domingo, 26 de novembro de 2017

" Aproveitando a folga juntinhos " 191

Hoje o Luan vai ter uma folguinha. Uma folga de três dias, na verdade. Acabamos de chegar no quarto de hotel que ele escolheu para ficarmos no Rio de Janeiro. Combinamos de ir a praia, aproveitar um pouco. Meus amigos cariocas também vão conosco.

- Avisa que nós já chegamos, amor. - Luan disse, colocando nossa bagagem no cantinho do quarto.

- Tá. - Peguei meu celular e então vi todas as telas brancas subindo, dando lugar a um quarto com todas as paredes de vidro. - Que lindo!

- Massa né?! - Luan sorriu com um pequeno controle na mão.

- Muito! - Olhei admirada para a vista.

- Liga pros teus amigos. - Me lembrou e eu ri de leve voltando minha atenção para o celular. Logo avisei a toda a galera. Logo todos combinaram de vestir biquínis e sungas para irmos a praia. Na verdade, eles passaram para nos levar até uma das praias mais tranquilas do Rio. Foi extremamente compreensivo e atencioso da parte deles, afinal, uma praia lotada a tranquilidade passaria longe.

- Você tá muito linda com essa barriguinha. - Gringa disse pela quinta vez após chegarmos a praia. Sorri e olhei para minha barriga. Luan está distraído conversando com Rodrigo e Claudinho.

- Ouvi falar que a vida sexual das grávidas é uma maravilha. - Mudou completamente de assunto, enquanto os meninos começam a brincar com uma bola. Gargalhei.

- Você é muito piranha, Receba. - Gringa disse sorrindo.

- Piranha com sentimentos.

- Esses dias eu não tô com vontade. Na verdade, desde que eu voltei de Páris, Luan e eu transamos uma vez. - As duas arregalaram os olhos.

- Desculpa, amiga, mas como você consegue negar? - Gringa franziu e testa e eu lhe dei um tapinha no ombro.

- Quem é piranha mesmo? - Rebeca provocou e nós rimos.

- Mas ele anda sendo muito compreensivo mesmo. - Esticamos cangas no chão e sentamos.

- Sério, como cê dá conta de negar um boy desses? - Rebeca me olhou surpresa.

- Você tá falando do pai do meu filho, só pra lembrar. - Brinquei.

- Falo com todo o respeito, amiga. Você sabe. - Se defendeu. Acabei rindo e o olhei gargalhando com Rodrigo enquanto Claudinho corre para pegar a bola que foi parar no mar. Ele é realmente lindo!

- Meus hormônios estão uma bagunça, estou assim esses dias... Não sei. - Dei de ombros.

- Enquanto eu aqui tô cheia de energia pra gastar. - Gringa se queixou e nós rimos.

- Só eu que tô sentindo falta das meninas? - Rebeca fez bico.

- Nanda viajou com o namorado, aqueles dois já estão quase morando juntos. Alice vai sair com o Dudu produtor do Luan mais tarde, vocês sabem, eles se encontram as vezes.  Luíza fez cu doce pro Rodrigo.

- Só pra variar. - Gringa revirou os olhos.

- Quando eles vão ficar juntos hein?! - Rebeca olhou Rodrigo fazendo embaixadinhas.

- Se é que vão ficar né?! As vezes eu acho que o Rodrigo vai acabar cansando desse joguinho. - Falei - Ela não acredita que ele pode ser decente e ficar só com ela. Eu também não acreditava que o Luan ficaria só comigo no início, mas se eu não tivesse dado chance, não teria o que tenho hoje.

- Tinha perdido uma porrada de felicidade. - Rebeca disse e eu assenti.

- Eu aposto que eles ainda ficam juntos. - Gringa palpitou. Logo vi o Luan se aproximar correndo. Ele está usando apenas uma bermuda de pano molinho, sentou-se na areia, ao meu lado, e nos olhou sorrindo. É uma desgraça de lindo!

- Bora comprar água de cocó? - Convidou.

- Os meninos vão? - Perguntei, arrumando um pouquinho seu cabelos que está todo bagunçado.

- Vão. - Os olhou e então eles também se aproximaram, Claudinho com a bola debaixo do braço.

- Bora, minhas gatas? - Claudinho reforçou o convite.

- Nós acabamos de sentar. - Gringa fez careta.

- É verdade, vão vocês. - Rebeca falou.

- Beleza, mas a gente não vai trazer pra ninguém. - Rodrigo disse, fingindo seriedade.

- Vai se ferrar, Rodrigo. - Falei rindo.

- Quero ir até aquela ponte pra tirar foto. - Gringa apontou.

- Pra bater foto elas se animam, agora pra beber água... - Luan alfinetou, eu apertei um ponto da sua barriga e ele riu.

- Bora, bora comprar essa água de cocó e ir até a ponte. - Levantei e Luan esticou o braço para que eu o levante. - Cê não tem vergonha na cara? - Coloquei as mãos na cintura e ele riu.

- Vai, amor. - Me olhou com seu sorriso de menino.

- Não, levanta sozinho. - Virei e comecei a caminhar, logo senti ele me agarrar por trás, soltei um grito de surpresa e ri em seguida.

- Você tá muito marrentinha viu?! - Pousou as mãos em meus quadris, apertando.

- Você tá muito folgado. - Falei sorrindo. Ele beijou meu ombro.

- Pega sua canga, amiga. - Rebeca nos alcançou e então eu peguei. Começamos a caminhar lado a lado e Claudinho fez um truque, colocando o pé dele na frente do das meninas rapidamente, fazendo elas tropeçarem todas as vezes.

- Filho da mãe! - Gringa se irritou quando ele fez mais uma vez e então começou a correr atrás dele, meu amigo não perdeu tempo. Começou a correr também.

- Eu te ajudo. - Rebeca então quis se vingar também. Não sei o que aconteceu, mas eu só vi quando Claudinho caiu na areia e então Gringa montou nele e começou a fazer cocegas. Ele odeia cocegas. Rebeca os alcançou e começou a fazer também, eu senti meu ar faltar de tanto rir. Rodrigo não perdeu tempo e registrou em seu celular para postar no stories do instagram.

- Reage, cara! - Luan gritou, se divertindo com a cena.

- Seu otário. - Rodrigo gritou ainda gravando e então nós rimos mais ainda.
Logo Claudinho se recuperou.

- Vocês vão me pagar. - Todo sujo de areia. Respirei fundo, tentando recuperar o fôlego. Luan me pegou de surpresa ao segurar meu rosto em suas mãos e me deu um beijo rápido, carinhoso. Sorri encantada. Continuamos a caminhar até acharmos o vendedor de água de cocó, compramos e então seguimos para a ponte.

- Sua amiga é osso duro hein?! - Rodrigo puxou papo comigo quando já estávamos chegando.

- Ela é. - Fiz careta.

- Chamei umas quinhentas vezes pra ela vir. A Luíza é foda. - Negou com a cabeça.

- O que ela disse pra você? - Pergunte, enquanto Luan tem o braço em volta do meu pescoço, descansando a mão na altura do meu seio.

- Que tinha muito trabalho pra fazer. - Sorri de lado, um pouco sem graça.

- Vai ver tinha mesmo, tá chegando o final do ano, vai chegar novas roupas na loja, tem todo um preparativo. - Tente defendê-la.

- Thaila... - Me olhou como quem diz: nem tenta. E então dei de ombros, não tive sucesso na tentativa. E então chegamos na ponta que dá acesso a uma água parada, parece mais uma lagoa. Que lugar lindo!

- Quero mergulhar! - Me animei como uma criança e vi Luan me olhar sorrindo. Ele me observa constantemente com um sorriso apaixonado e eu acho que nunca vou me acostumar com isso. Em todas as vezes me sinto extremamente especial pra ele.

- Eu vou tentar as fotos, depois eu molho o cabelo. - Gringa disse e Rebeca acompanhou.

- Vamos, bebê? - Chamei Luan, fazendo a maior cara de coitadinha.

- Não sei. - Segurou o sorriso, tentando se fazer de durão. Os meninos sentaram na ponte e eu vi os dois com seus celulares.

- Vem! - Chamei Luan mais um vez.

- Ah não. - Fez charme, ainda segurando o sorriso. Eu sorri e o puxe pela mão. - Bora, seus bois. - Chamou os meninos e eles deixaram os celulares na ponte, pulando na água em seguida. Fiz o mesmo e Luan também. Entramos e meu namorido me abraçou quando chegamos na parte onde a água ficou na altura dos meus peitos. Passei as pernas em volta da cintura dele, ficando um mais alta.

- Aqui é lindo demais. - Comentei.

- A Bubu ia gostar daqui. - Luan comentou.

- É, mas ela e a Paiva estão acompanhando os meninos nos shows. - Beijei sua bochecha.

- De outra vez eles podem vir. - Olhou minha boca e eu dei um sorrisinho. - Coisa linda. Cê é a coisa mais linda. - Me olhou sorrindo, enquanto nossos amigos estão distraídos em outras conversas. Corei e encostei minha testa na sua. - Bora mergulhar, prende a respiração. - Fiz como ele disse e então ele se agachou até ficarmos completamente dentro da água e com alguns segundos voltamos a superfície. Sorrimos um para o outro. É tão bom, imensamente bom, estar nesta tranquilidade com ele, com meus amigos do Rio.

- Thaila, vem bater foto. - Rebeca gritou.

- Não! - Luan gritou de volta de minha amiga fez gesto obsceno pra ele, me fazendo rir.

- Tô indo. - Sorri pra elas. - Vai, me larga. - O olhei, pousando minhas mãos nas laterais do seu rosto.

- Beijo. - Fez bico e então eu o beijei, trocamos um beijo tranquilo, nossas línguas brincando na boca um do outro, se tocando... Ah, esse beijo!

- Respeita, pô! Eu levei um fora da minha gata. - Rodrigo reclamou e eu ri, encerrando o beijo.

- Mas eu tô com a minha, fazer o que?! - Luan se gabou, me soltando.

- Bobos. - Neguei com a cabeça.

- Quero foto também, caramba. - Claudinho disse e então todos acabaram saindo da lagoa e fomos para a ponte. Tiramos as mais diversas poses, Luan  acabou fazendo uns registros de fotos minhas sozinha. Ele ficou dizendo o tempo todo que eu fiquei linda com minha barriguinha saliente.
Combinamos de ir almoçar juntos. Luan e eu voltamos para o hotel e gringa se encarregou de vir nos buscar. Sentei na cama do hotel e me joguei em seguida.

- Tomar banho, porquinha. - Luan disse bem humorado.

- Eu quero dormir. - Ele riu.

- Cê só pensa em dormir, nosso filho vai nascer muito preguiçoso.

- Vai puxa a você então.

- Como é? - Ele se aproximou, ficando ainda de pé e me olhou de modo desafiador.

- Para. - Falei rindo e ele se contagiou.

- Eu não tô fazendo nada. - Ficou de joelhos na cama e então atacou minha bochecha com mordidas.

- Para! - Gritei, me remexendo e ele começou a atacar meu pescoço, mordendo o tempo todo. - Luan! - Repreendi gargalhando. Suas mordidas desceram por meu ombro, meu braço. Segurou minhas pernas e também mordeu.

- Eu trabalho muito viu?! Isso é pra você aprender a não me chamar de preguiçoso. - Levantou todo convencido e eu levantei rápido e corri pulando em suas costas. Ele agarrou minhas pernas de imediato.

- Não pode judiar comigo. - Ele riu e então entramos no banheiro.

- Deixa eu beijar onde eu mordi. - Me soltou e então começou a beijar minha bochecha, descendo por meu pescoço. - Esqueci daqui. - Olhou minha boca e beijou. Ele nem havia mordido meus lábios e isso me fez sorrir. - Acho que mordi aqui também. - Beijou entre meus seios e afastou meu biquíni. Chupou meu mamilo com leveza e eu suspirei, sentindo prazer.

- Não temos tempo. - Ele me olhou.

- Cê tá só me dando fora. - Ergueu as sobrancelhas.

- Não é fora. - Tentei me justificar.

- Cê tá enjoada de mim, amor? - Franziu a testa.

- Claro que não. - Fiquei na ponta dos pés, encostando meu corpo todo no dele. Tadinho, deve estar pensando mil bobagens. - Eu só tô uma bagunça por dentro. Essa gravidez tá meio maluca. - Ele continuou me olhando chateado.

- Certeza que é isso? Eu fiz alguma coisa que cê não gostou? - Se preocupou. Ai, meu Deus! Ele é lindo!

- Não, meu amor. São só os hormônios. Juro.

- Tudo bem. Vamos tomar banho. - Desviou o olhar do meu.

- Tudo bem mesmo? - Procurei seu olhar e me olhando nos olhos ele afirmou com a cabeça. Eu sei que não está, mas não quero que ele pense que o problema é ele. - Então dá um beijo aqui. - E então ele me beijou, percebi que não iria prolongar muito, mas eu logo tratei de invadir sua boca com a minha língua e através do beijo, eu passei toda a paixão que sinto por ele e tentei lhe dizer, deste modo, que meu desejo por ele nunca vai morrer.

- Entendi o recado. - Sorriu de lado e eu retribuí. Tomamos banho juntos, discutindo sobre possíveis nomes para nosso filho e a tensão se dissipou. Terminamos o banho e nenhum nome foi decidido. Começamos a nos vestir e eu percebi que o tempo no Rio mudou, agora está um pouco nublado. Luan foi até o banheiro arrumar seus cabelos e escovar os dentes e então o telefone tocou. Minha amiga gringa chegou. Poucos segundos depois, ela bateu na porta.

- Olha só o que eu trouxe. - Me mostrou um pirulito em formado de coração. - Tinha um senhor vendendo ao lado do hotel, quis ajudar.

- Minha infância isso aqui. Obrigada. - Lhe abracei. - Me ajuda aqui. - Caminhei até a cama. - Sem boné ou com boné? - Coloquei um dos meus bonés.

- Com. Cê é uma gravidinha muito estilosa. - Ri de seu comentário.

- Oi, gringola. - Luan sorriu ao sair do banheiro.

- E ai, Luan. - Minha amiga sorriu de volta.

- Chegou pontual hein?!

- Sempre. - Passou a mão em seus cabelos, convencida. Rimos.

- Pirulito? - Luan olhou ao me ver abrindo a embalagem.

- Nem vem, é meu. - Fui para a sacada e ele me seguiu.

- Cê tá vendo como sua amiga é egoísta? - Luan disse para gringa.

- Façam pose. - Minha amiga apontou o celular em nossa direção, ficando ao nosso lado. Luan levantou minha camiseta, deixando minha barriga a mostra e então fizemos algumas poses. - Vocês são muito modelos.

- Me passa. - Luan pediu.

- Me passa também. - Ele abaixou minha camiseta e então fomos para o carro. Durante o trajeto aproveitei para postar fotos do dia de hoje:
" E todos já conseguem ver que não estou sozinha 👶💙 " 

Em seguida postei uma com Luan:
" A melhor companhia. O melhor amor. O melhor pai do mundo. 💕"

Acabei encontrando uma publicação dele: 
" Ela não me deu nenhum pedaço desse pirulito. ( Só pra dividir com vocês: essa barriguinha é a mais linda que meus olhos já viram. ) 😍 "

Sorri toda boba. Eu o amo. O amo. Amo! Fomos o caminho todo conversando animadamente e ao chegamos no restaurante, encontramos o restante da galera. Fizemos nossos pedidos e então Luan levantou-se após dizer que está apertado. Foi até um garçom e creio que perguntou onde fica o banheiro, quando ele começou a caminhar em direção ao banheiro, uma menininha o parou. Ele imediatamente se achagou e ela o abraçou. Sorri toda derretida. 

- Ele vai um puto pai. - Claudinho disse. 

- Ele já está sendo. - Falei, enquanto nós ficamos observando toda a atenção que ele está dando a menininha. Eu sou uma mulher abençoada. Tenho essa certeza todos os dias. 

Quando ele retornou, eu banquei a namorada grudenta. Lhe dei carinho em todo o momento. Ele está carente, eu sei. Está um pouco confuso por conta do meu comportamento, mas de modo algum o problema é ele. Não quero que ele se senta mal. Quero deixar claro o quão feliz eu sou por tê-lo comigo. 









OIIIIIIIIIIII!!!! Voltei mais rápido dessa vez! Capítulo cheio de lazer né?! Luan ficou confuso, chateado por conta do comportamento da Thaila, mas a compreensão prevaleceu. Até quando ele vai ficar nessa abstinência? Teve também as primeiras fotinhaaaaas da Thaila com barriga. O que acharam??? Mais um capítulo onde o amor prevaleceu. Como não apaixonar por esse casal né?! Gostaram do cap???? Espero voltar logoooo!
Comentários respondidooooosss!!!!
Bjs, Jéssica!

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

" Compreensivo, porém frustrado " 190

Tivemos uma tarde muito divertida! Todos falam inglês, então foi fácil a comunicação. Os jogadores comprometidos trouxeram suas mulheres. Acabei conversando bastante com duas delas que estão na mesma condição que eu: grávidas. Haviam dois jogadores que estão solteiros. São lindos, confesso. Mas meu coração já é doidinho por um branquelo da carinha gorda. A noite decidimos passear. Meus meninos e eu, juntos. Todos felizes. Achei meu pai tão mais leve. O tempo todo tocando no assunto sobre meu filho, falando sobre possíveis compras para amanhã. Ele até quer ir junto. Eu ri de seu momento delicado. Ele é sempre tão durão. Meu pequenininho parece que realmente veio para ajeitar tudo em minha vida. Fez o Luan e eu nos reaproximarmos e meu pai se tornar um velho de coração mole. Quando voltamos eu fui para meu quarto, me sentindo extremamente cansada. Mas foi só eu deitar, para ouvir uma batidinha em minha porta.

- Entra. - Falei alto. Meu irmão colocou parte do corpo para dentro do quarto.

- Posso entrar?

- Claro, chulé. - Sorri, acariciando minha barriga. Hoje a noite fez muito frio, então eu coloquei um vestido colado e dois casacos por cima, além das botas cano alto. Mas precisamente até os joelhos. Agora estou em uma cama quentinha. Só com meu vestido, deitada de lado. Gustavo sentou-se ao meu lado.

- Eu tô muito feliz por ter você aqui. - Me olhou com seu sorriso lindo.

- Eu também tô muito feliz por estar aqui com vocês.

- Sei que você abandonou sua casa, seu marido... Tudo bem, é temporário. Mas eu sei que cê já ta sentindo falta dele e de estar no Brasil. - Sorri ao perceber pela milésima vez o quão sensível e compreensivo ele é.

- Tô. - Assumi. - Mas eu estou adorando ficar aqui. Essa cidade é linda! A companhia de vocês me faz uma falta tremenda, então estar aqui, curtindo vocês é muito bom. - Ele deitou-se na cama,
Acariciou minha barriguinha saliente. Eu sorri e então voltamos os olhos para o mesmo ponto: a morada do meu menino. - É, meninão... Cê já ta fazendo uma diferença enorme viu?! Seu Humberto é a maior revelação de vovô coruja. - Rimos juntos e eu senti meus olhos lacrimejando. Ver meu irmão conversando com meu filho... Ah, me faltam palavras. Sou toda emoção neste momento. - Cê tá deixando sua mãe mais gata e aposto que sei pai tá ficando maluco com isso. - Ri, concordando com a cabeça. Realmente Luan está quase perdendo todos os fios de cabelos. - Você vai ser uma mãe incrível, na verdade cê já é! - me olhou.

- Você já me disse isso tantas vezes... - Sorri e ele também. - Eu te amo, Gustavo.

- Eu também te amo, chulé. - Diego logo abriu a porta após bater.

- Ah, não chamam? - Fingiu estar magoado.

- Vem cá. - Abri os braços e ele se jogou entre Gustavo e eu, fazendo meu irmão lhe dar um empurrão. Eu ri e Diego revolveu o empurrão.

- Cê nem foi e eu já tô pensando no alívio que vai ser não ter que ver essa tua cara feia. - Fez graça e eu gargalhei.

- Até parece, Diego. Gu, cê me diz quantos dias ele vai chorar de saudade. - Entrei na brincadeira e então Diego me abraçou.

- Porque cês moram tão longe, gorda? - Lhe dei um tapa no ombro e meu irmão riu.

- Vai se ferrar, Diego. - Falei sorrindo.

- Bora pra sala? - Meu irmão chamou.

- Bora, chama o pai também. - Sentei na cama animada. Acabamos nos reunindo para assistir filme e acabamos planejando como será a decoração da casa. Vou voltar antes do bebê nascer para cuidar disso.

Os dias foram se passando...
Hora de voltar ao Brasil. Meu pai foi me deixar no aeroporto, aproveitamos o caminho para conversar mais e chegando lá, nos despedimos.

- Cê tem que vir mais aqui viu?!

- Pode deixar.

- Diz a Maria e a sua mãe que estamos esperando por elas.

- Digo sim.

- Manda um abração pro Luan e diz que ele também é convidado.

- Vocês também tem que ir nos visitar, viu?! - Falei cheia de razão.

- Pode deixar, nós vamos sim. - Demos um último abraço antes do tchau, ele acariciou minha barriga e foi um gesto grandioso, mesmo que tão singelo. E então eu esperei a chamada do voo.

|| Luan narrando ||

Fiquei a tarde toda deitado, esperando por uma mensagem dela. Olhei a hora do celular pela milionésima vez. Cadê você, Thaila? Nunca vi vôo tão demorado! Já a noite começou a chegar, meu celular tocou e meu coração se encheu de alívio.

- Oi, amor! - Disse toda animada e eu sorri. Que saudade da minha linda.

- Oi, meu bem. Chegou agora?

- Nesse minuto. Cê precisa ver a bagunça que o Romeu fez. - Riu. Ela é tão paciente!

- O que ele fez?

- Em poucas horas sozinho, ele colocou essa casa à baixo! - Gargalhei. Imagino. Realmente faz pouco tempo que minha mãe o deixou lá em casa.

- Romeu é um monstro. - Ela riu.

- Não, não é. É o meu amorzinho, não é filho?! - Fez voz de criança e eu revirei os olhos sem deixar de sorrir.

- Saudade de você.

- Saudade também! Mas amanhã cê vem né?!

- Se duvidar logo que acabar o show eu tô voltando.

- Não, para e descansa. Quero meu homem e não um zumbi. - Suspirei alto. - Cê sabe que eu me preocupo. Você precisa dormir bem, descansar fisicamente e mentalmente.

- Tá, Thaila. - Concordei contra gosto.

- Tá bravo, bebê? - Fez voz de criança e eu segurei o sorriso, mesmo sabendo que ela não pode me ver.

- Boba. - Fingi estar bravo, em vão.

- Tenho que desligar. Tenho uma bagunça para colocar em ordem. Até amanhã? - Fiquei calado, avaliando o que realmente devo fazer. - Luan... Me promete que vai dormir um pouco. - Bufei.

- Prometo. Até amanhã.

- Bom, assim eu fico me sentindo tranquila. Te amo viu?!

- Eu também te amo. - Senti meu coração se contorcer de saudade.

- Beijo. - E então desligou. Rolei na cama, sentindo uma agonia danada. Depois que passamos a morar juntos e ela engravidou, fica tão difícil ficar longe... 1000 vezes mais difícil. É ruim pra mim, eu acabo sofrendo quando estou longe. As vezes fico imaginando como será quando nosso filho nascer. Essa saudade vai ser ainda pior e eu não imagino que possa ficar pior. Então, realmente vai ser bem ruim.

Chegou a hora de ir para o show e eu o fiz extremamente feliz. No palco tudo se vai, eu me sinto realizado. Mas, foi só parar dentro da van pra saudade apertar. Eu tô com saudade do cheiro, da pele, de pegar nela, de beijar ela. De fazer amor com ela. Eu confesso, ando pensando muito nisso. Desde que ela foi para Páris, eu ando em abstinência. Espero fechar em casa e resolver isso. Fechei os olhos e imaginei ela. Sem roupa, com aquela barriguinha. Os seios mais fartos. Tá tão linda! Uma delícia. Passei a mão por meu rosto, soltando um suspiro.

- Tá tudo bem, Luan? - Lelê perguntou.

- Saudade da minha mulher. - Sorri.

- Tá carente, viado? - Testa provocou.

- Vai se foder.

- O bebezão tá carente. - He-man falou de forma afeminada.

- Vai se foder, cara. - Repeti o palavrão, o olhando, sorrindo. Isso foi motivo para brincadeiras até chegarmos ao hotel. Tomei um banho longo, frio, para acalmar meus hormônios. Deitei e rezei por meus dois tesouros. Rezei também por tudo que sempre rezo todos os dias. E então, ouvindo o barulho de chuva, eu rapidamente adormeci.

(...)

Acordei com o celular tocando, tocando bastante.

- Hum?

- Bom dia, boi. Cê tem 40 minutos. - A voz do Testa. Porra.

- Hum.

- Acorda, Luan!

- Humm! - Murmurei, ainda de olhos fechados e desliguei. Sei que não posso dormir mais e então abri meus olhos. Respirei fundo e então lembre. Estou indo pra casa. Pra casa! Sorri e fechei os olhos novamente. Um bom motivo para levantar, enfrentar meu sono e cansaço. Sentei, passei a mão por meus cabelos e olhei meu celular. Nenhum sinal da Thaila. Com certeza está dormindo. Ainda são 5:30 da manhã. Levantei e fui para o banheiro. Depois das higienes matinais eu me arrumei, arrumei todos os meus pertences e antes de 40 minutos, eu já estava descendo para o hall do hotel. Aguentei piadinhas dos meus amigos por conta da minha rapidez. Atendi as fãs na porta do hotel e satisfeito, eu entre na van.
Seguimos para o aeroporto e não demoramos para decolar, meu coração ficou acelerado o tempo todo. Não consegui dormir, só pensando. Pensando e pensando... Ver Thaila, minha família, meus amigos. Estar na tranquilidade da minha casa... É tudo que eu quero agora.

Quando chegamos em São Paulo, eu atendi mais fãs. Fui deixado em casa. Abri a porta e Romeu me recebeu muito alegre. Nada de Thaila. Olhei em volta e o silêncio reinou. Acho que alguém ainda está dormindo.

- Cadê sua mãe? - Sussurrei e então acariciei sua cabeça. Ele seguiu para a cozinha e eu franzi a testa. Decidi segui-lo. Ao chegar eu tive uma bela surpresa. Thaila, somente com uma lingerie preta. Uma mão pousada na barriga, a outra segurando o copo, enquanto ela bebe água. Meu coração reagiu apaixonado. Puta merda, como eu amo essa mulher! - Ei. - Sorri e então ela me olhou assustada.

- Que susto!

- Desculpa. - Me aproximei e então coloquei uma mexa do seu cabelo atrás da orelha. - Acordada essa hora? - Examinei seu rosto, lembrando do quanto eu senti vontade de vê-la de perto.

- Eu senti vontade de ir ao banheiro. Aproveitei e vim beber água. - Largou o copo no balcão e me abraçou, ficando na ponta dos pés. Passei meus braços em volta da sua cinturinha fina e não resistir em explorar seu corpo. Mais precisamente, sua bunda. Acariciei mesmo, peguei mesmo. - Como foi a viagem?

- Bem. - Beijei seu pescoço. - Tudo em paz por aqui? - Perguntei, desta vez cheirando seu pescoço.

- Sim, tudo em paz. - Comecei a beijar seu pescoço de forma provocantes, grudando seu corpo ao meu. - Acho que alguém está muito animado por finalmente estar em casa. - Brincou ao sentir minha ereção.

- Muito animado é pouco. - Sorri, mordendo sua pele.

- Cadê meu beijo? - Não se passou dois segundos e eu já encostei minha boca na sua. Seus lábios se afastaram dando livre acesso para minha língua. E então meu corpo todo incendiou, meu coração relaxou por eu finalmente estar fazendo o que ele tanto pediu: estar com ela. Seus dedos se emaranharam em meus cabelos e eu apertei sua bunda redondinha. Filho, me desculpa, mas agora eu realmente só tenho olhos para sua mãe. Só desgrudei meus lábios dos seios porque ela encerrou o beijo. - Tô sem ar. - Falou risonha com os lábios vermelhinhos. Continuei comendo-a com os olhos. - Desculpa eu cortar toda a sua vontade, mas eu tô morrendo de sono. - Senti um balde de água fria sendo jogado em cima de mim. Franzi a testa e mordi meu lábio inferior. Ela está brincando? Não, não há nenhum registro de brincadeira em seu rosto.

- Tudo bem. - Tentei ser compreensivo e então ela me beijou novamente. Desta vez um beijo lento, não menos gostoso. Um beijo longo, onde ela brincou com a língua, puxou meus cabelos, mordeu meus lábios. Quando afastou seu rosto do meu, meu tesão já se encontrava em um nível mais alto.

- Conheço esse olhar. - Sorriu sapeca e eu olhei seus seios cobertos pelo lindo sutiã. - Ei! - Chamou minha atenção. Olhei em seus olhos. - Vamos dormir novamente? - Gemi frustrado e joguei minha cabeça para trás. Ela riu e acariciou meu pênis por cima do jeans, senti ele pulsar no mesmo instante. - Depois eu vou dar a devida atenção tá?! - Assenti, respirando fundo.

- E meu garoto, como está? - Mudei de assunto, acariciando sua barriga.

- Bem. Quietinho.

- Ele já pode mexer, não aguento mais esperar por isso. - Riu de minha ansiedade.

- Você é extremamente ansioso, amor. - Entrelaçou sua mão na minha e começou a caminhar na minha frente. Meu pau começou a pulsar em um menor intervalo de tempo. Que corpo! Fechei os olhos por um momento e deixe ela me levar para nosso quarto. Eu estou extremamente frustrado, mas não vou deixar transparecer. - Vai dormir assim?

- Não, vou tirar. - A olhei. Poxa, Thaila! Cê não devia ser tão gostosa e muito menos se tornar mais gostosa grávida. Deitou-se na cama e mesmo sem nossos olhares se encontrarem diretamente, eu sei que ela está observando cada passo. Quando eu fiquei somente com uma cueca boxe verde claro, deitei-me com ela. Se aconchegou toda em meu corpo e eu me agarrei a ela.

- Ainda não acalmou? - Perguntou, mesmo sentindo minha ereção.

- Já já passa. - Acariciei seus cabelos. Que frustração... As mulheres grávidas gostam de sexo. Eu sei, eu li sobre isso. Na grande parte das vezes as mulheres quando estão grávidas sentem maior necessidade. Por que a Thaila está assim agora? No mesmo instante me repreendi. Para de ser ogro, Luan! Ela só não quis hoje. Dá um tempo, cara! Sou um filho da puta mesmo. Beijei sua bochecha e procurei sua boca em seguida. - Te amo. - Sussurrei após o beijo.

- Eu que amo você. - Me olhou e então fechou os olhos novamente.

Ela dormiu e eu fiquei acordado. O sol se tornando cada vez mais forte e eu ainda sem conseguir dormir. Acho que a minha frustração e meu desejo ficaram tão exaltados que eu perdi qualquer resquício de sono. Mas eu usei meu autocontrole. Autocontrole.


















Já dizia aquele ditado: quem é vivo sempre aparece. Demorei, massssssssssssss estou aqui! 15 dias sem postar cap, um record. Vocês não tem noção do quanto eu fiquei mal por isso. Odeio não conseguir cumprir com aquilo que comprometo. Agradeço de todo o coração pela paciência. Nós fizemos um combinado. Vocês vão esperar e eu vou finalizar a história como estava planejado. Nada vai mudar. Quero muito voltar logo para postar pra vcssssss!
Comentários respondidosssss
Bjs, Jéssica.

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

" Páris " Cap 189

Quando desembarquei em Páris, mandei uma mensagem para Diego, avisando que já estou aqui. Logo respondeu:
" Tô no estacionamento. Vem me encontrar aqui "
E assim fiz, no caminho, pude perceber que há várias notificações referente ao meu instagram. Será que Luan anunciou sobre o sexo do bebê? Não, ele sabe que só pode falar publicamente depois que eu falar com meu pai, Diego e Gustavo. Logo quis saber do que se trata e então meu coração doeu de amor e saudade:
" Volta logo. Saudade já. ❤ "

Ele postou uma foto de ontem, enquanto estávamos no restaurante. Já fomos bem tarde, não havia mais ninguém no restaurante. Somente nós e nossos amigos.
Comentei: " Logo estaremos juntos de novo, bebê ❤❤ "
Não demorei a ver Diego, meu coração acelerou feliz. Eu senti tanta saudade! Tanta! Corri, arrastando minha mala.

- Cuidado! - Ouvi ele dizer. Acabei atraindo alguns olhares de estranhos. Nem liguei para o que Diego disse, continuei correndo e só parei em seu abraço. - Cuidado com o bebê, gorducha.

- Senti saudade de você. - Sorri imensamente.

- Eu também senti, caramba! Cê tá muito linda com essa barriguinha. - Desfez o abraço e acariciou minha barriga. Acabei escolhendo uma blusinha colada e uma calça jeans.

- Eu sempre fui linda, Diego. - Revirei os olhos e ao ver a cara que ele fez, caí na risada.

- Bora logo, tem gente querendo te ver. - Entramos em seu carro, e que carro!

- Muito boa a escolha. - Comentei, olhando todo o interior do carro.

- É foda né?!

- Muito.

- Vocês fazem uma falta danada aqui. - Mudou de assunto. - Sinto falta da minha família, de você, da Ma, da sua mãe.

- Vocês também. Eu já perdi as contas de quantas vezes me peguei chorando. - Ri de leve.

- Mas nós estamos felizes. Tanto vocês, quanto nós. - Ressaltou.

- Sim! É isso que importa. Eu quero sempre vir aqui, sempre que eu puder.

- Gustavo tá numa agonia do caralho, já pensando em quando chegar o dia do parto.

- Por que? - Ri de leve.

- Ele quer estar no Brasil o mais rápido possível quando acontecer, mas não sabe se vai ser possível. - Suspirei.

- Nem me fale sobre isso. Mas me diz, cês tomaram jeito? - Mudei para um assunto mais animado. Não quero imaginar a falta que meus meninos vão fazer no dia do nascimento de meu filho.

- Não preciso tomar jeito, Thaila. - Riu. Sem vergonha!

- Toma vergonha, Diego! - Acabei rindo também.

- Como tá o boi?

- Tá bem. Ele vai viajar hoje de novo. - Sorri de lado. Já estou sentindo saudade da presença do Luan.

- Seu marido não para hein?!

- Não é oficialmente meu marido.

- Claro que é.

- Não somos casados mesmo.

- Porque você não quis. - Afirmou.

- Agora não, eu não quero casar assim. Nem tenho tempo pra casamento agora.

- Nem preciso falar de como o Humberto ficou né?! - Acabei rindo de leve. Meu pai e eu nos falamos muito pouco desde que eles vieram morar aqui. Ontem, antes de dormir, Luan conversou muito comigo. Nunca pensei que viveria para ver primeiramente meu pai defendendo Luan e depois Luan defendendo ele. Tomei uma decisão, vou perdoá-lo. Vamos conversar antes, claro. Preciso deixar algumas coisas bem claras pra ele, mas eu já o perdoei.

- Meu pai sempre imaginou eu casando depois de me formar, anos depois eu engravidar. Olha a vida como é?! Tudo ao contrário. Engravidei de um cara que eu nem ao menos estava namorando, acabei trancando a faculdade e só vou casar sabe Deus quando.

- É verdade. - Diego riu de leve. - Agora ele aceita bem isso. As coisas são como tem que ser.

- Você é um poeta. - Zoei.

- Vai se foder! - Ele gargalhou. Que saudade de ver essa pessoa rindo, assim, do meu ladinho.

- Meu irmão já chegou do treino?

- Deve tá chegando agora. - Assenti e só então parei para olhar a cidade. É tão linda! Logo ouvi um pagode tocando no carro e eu sorri. Pagode é a cara da família. Quando nos juntamos sempre começa e acaba em pagode. Peguei meu celular e mandei uma mensagem para meu bebê.
" Cheguei, meu amor! "  Ele respondeu imediatamente.

" Bem? " 

" Sim " 

" Não sentiu nadinha? Bem mesmo? "

" hahahahahaha, bem mesmo! "  Logo meu celular tocou. Ele.

- Oi, amor. - Atendi sorrindo.

- Eita, grude! - Diego gritou.

- Manda o Diego ir se foder. - Luan disse rindo e eu gargalhei.

- Qual o motivo da ligação? - Mudei de assunto. Ele respirou fundo.

- Cê não devia ficar longe de mim desse jeito. - Sorri, abobalhada.

- Judiação né?!

- Judiação demais, amor. Tô com tanta saudade.

- Luan, não faz 24hrs que estou longe.

- Foda-se, eu tô sentindo tua falta. Falta da nossa barriguinha.

- Minha barriguinha. - Corrigi sorrindo.

- Nossa, amor. Nossa. - Enfatizou e eu ri.

- Tá, tá bom. Nossa.

- Volta logo viu?! - Ri mais uma vez.

- Carente. Volto logo, aguenta aí.

- Vou tentar. - Riu de leve. - Te amo demais viu?! Se cuidem!

- Nós também te amamos. Um beijo.

- Outro. Manda um abraço pros manés e se resolve com seu pai.

- Tá, tá. Tchau.

- Tchau, meu amor. - Desligou.

- Esse tá dependente hein?! - Diego disse e eu ri de leve.

- Mandou um abraço pra você.

- Saudade daquele viado também. - Continuamos conversando até chegar na casa deles. Logo ao olhar a fachada eu fiquei boquiaberta. Que casa linda! Não é extremamente luxuosa, mas sim, contém um requinte encantador.

- Que casa hein!

- Não vai ficando tão animada viu?! Tá um pouco bagunçado lá dentro, a moça da limpeza vem amanhã. - Neguei com a cabeça.

- Os três porquinhos morando juntos...

- Cala a boca, gorducha. - Riu, me provocando.

- Vai se ferrar, Diego! - Ele pegou minha mala e então entramos. Dei de cara com duas embalagens de biscoito, latinhas de refrigerante, almofadas no chão. Uma enorme bagunça. - Isso você chama de pouca bagunça?

- É, ué. - Riu de leve. - Chegamos, galera! - Ele gritou. Logo meu pai apareceu com um pedaço de bolo na mão e Gustavo logo atrás com um copo cheio de água.

- Gente, vocês deixam isso ficar assim? - Os repreendi, mas os dois não se importaram. Meu irmão logo me abraçou, abraçou tão forte e então eu esqueci de tudo ao meu redor. Só ele e eu. Só o nosso abraço. Eu quase morri de saudade.

- Não pensei que você iria me fazer tanta falta. Dói pra caramba ficar longe. - Falou.

- Eu também senti saudade. Muita saudade! - Falei, sentindo as lágrimas brotando. Ah, hormônios!

- Deixa eu dar uma olhadinha na barriguinha do tio! - Me afastou e então eu vi seus olhos brilhando de pura felicidade. Ficou de joelhos, o rosto na altura de minha barriga. - Tá muito maior do que parece nas fotos. - Ri de seu exagero. Levantei o olhar para meu pai e ele está paralisado me olhando. Um olhar tão amoroso, como quem admira o que ele ver. Sorri pra ele, sentindo chulé beijar minha barriga. Sorriu de volta e olhou para minha barriga, inclinou a cabeça para o lado e suspirou encantado. Ah, pai! Seu cabeça dura!

- Cê já descobriu o que é? Sua mãe disse que você fez um mistério enorme e que só iria nos contar pessoalmente. - Meu pai falou pela primeira vez desde que cheguei.

- Já. - Sorri e então meu irmão ficou de pé. - Mas vem cá, me dá um abraço. - O chamei e então ele se aproximou e o abraço aconteceu. Não falamos nada. Apenas sentimos a presença um do outro, senti que ele não ficou totalmente relaxado. Sabe que ainda precisamos resolver nossas pendencias um com o outro. Desfizemos o abraço e então ele olhou minha barriga mais uma vez. - Quer pegar? - Ele assentiu, engolindo seco. Sua mão que está livre do bolo, acariciou minha barriga. Ele então sorriu e eu sorri junto.

- Nossa... - Ele tentou falar, mas acabou não encontrando palavras.

- Pai, é um barriga com um bebê. Normal. - Ri de leve por perceber sua reação, apesar de ter ficado emocionada.

- É a sua barriga com um bebê. Minha filha carregando um bebê. Meu neto, ou neta. - Olhou em meus olhos e eu sorri.

- Tentei de todas as formas fazer a minha mãe falar se é menino ou menina, mas não consegui. - Gustavo disse.

- E olha que a Ângela adora falar, pensei que iriamos conseguir. - Diego falou e eu semicerrei meus olhos em direção deles.

- Não queriam esperar, seus danados?

- Obvio que não. - Gustavo disse rindo.

- Agora, diz. É menino ou menina? - Meu pai voltou a falar.

- É um menininho! Mais um homem para minha vida. - Lhes dei a notícia.

- Caralho, porra! - Meu irmão gritou palavrões, sorrindo.

- Puta que pariu! - Diego bateu uma mão na outra animado.

- Um menino, porra! - Meu pai passou a mão por seus cabelos e eu ri.

- Vocês tem a boca muito suja. - Brinquei.

- Mais um jogador de futebol pra família. Não tem pra onde correr. - Gus disse.

- Luan pode discordar disso. - Segurei o sorriso.

- Não vai ter vez pra cantor nessa família. Só aquele boi mesmo. Meu sobrinho não, ele vai ser jogador de futebol. - Disse muito feliz e convicto.

- Nosso craque! - Diego me abraçou, logo após beijar minha testa. - Nós vamos ensinar tudo a ele.

- Deus me livre! - Disparei e eles riram. - Vocês não sabem cuidar da própria casa. - Olhei ao redor.

- Ficamos até tarde jogando vídeo game, acontece. Mas não fica assim sempre. - Gustavo se justificou.

- Thaila, cê já sabe o nome? - Meu pai perguntou curioso, voltando a falar de meu filho.

- Ainda não. Luan deu a sugestão de Clodosvaldo. - Lembrei da brincadeira do meu bobão. Os meninos riram.

- Ele deve tá muito bobo. - Diego comentou.

- Cê não imagina o quanto!

- Agora vamos almoçar, a gente só tava te esperando. - Gu disse.

- Preciso de um banho primeiro.

- Tá, mas vai rápido. - Diego me olhou entediado.

- Alguém me leva pra conhecer a casa. - Falei.

- Vai lá, pai. - Gu lhe deu um olhar significativo.

- Claro, vamos. - Sorriu pra mim e então pegou minha mala e seguimos para o corredor. - Como foi a viagem? - Puxou papo.

- Tranquila. - Sorri pra ele. - Como está a vida por aqui?

- Tranquila também, você e sua mãe fazem falta. Maria também. Ninguém sabe cozinhar como ela. - Ri de leve.

- Ela não vai gostar de saber que você só lembrou dela por causa da comida.

- Não diz nada disso pra ela. - Entrou na brincadeira. - Como tá sendo a experiência de casada? - Entrou em outro assunto.

- Muito boa. O Luan é incrível. Eu estou muito feliz.

- Eu sei que sim. - Chegamos em frente a uma porta. - Você vai ficar aqui.

- Cê pode entrar rapidinho? Precisamos conversar.

- Agora?

- Sim, pai. Se possível agora. - Ele assentiu e então entramos. - É lindo aqui. - Olhei o quarto acolhedor.

- É, mas o Gustavo quer que você dê um toque em tudo.

- Eu vou dar, depois vamos conversar sobre isso também. - Ele sentou-se na cama e eu fiz o mesmo. - Nós dois erramos muito, pai. - Introduzi o assunto e ele assentiu. - Você errou comigo, eu errei com você. Nós somos família, nós sempre vamos amar um ao outro. Seus erros não vão anular toda a importância que você tem pra mim, assim como eu sei que meus erros não anulam o que eu represento pra você.

- Absolutamente não. - Concordou.

- Eu só quero te dizer que eu já esqueci tudo que aconteceu. Eu estou vivendo uma fase tão linda, tão linda, pai! Todo o passado ficou lá atrás. Quero te pedir perdão por todas as vezes que errei com você. - E então ele me interrompeu:

- Eu é quem peço perdão. Errei muito feio com você, várias vezes.

- Então estamos perdoados? - Sorri de lado.

- Estamos perdoados. - Me abraçou.

- Só temos que tomar cuidado para não repetir os mesmos erros.

- Não, nunca mais. - Falou com determinação.

- Fico feliz por estarmos bem, pai.

- Eu também. - Desfez o abraço. Beijou minha testa longamente e então levantou-se. - Se apressa, precisamos comer. Tentei enrolar com o pedaço de bolo, mas não adiantou muito. - Ri o olhando. Humberto sendo Humberto.

- Tudo bem, eu vou tomar banho. - Soltei beijo e ele sorriu, caminhando para a saída do quarto. Tomei banho me sentindo extremamente em paz. Em paz comigo mesmo. Que sensação maravilhosa!

Almocei com meus meninos, aproveitei para abracá-los bastante, para compartilhar risadas. As histórias que eles contaram dos primeiros dias na cidade, são impagáveis! Sem contar com eles me ensinando o pouco do francês que sabem. Sim, nós rimos. Rimos bastante.

Quando voltamos, Gustavo me disse que alguns amigos que jogam no mesmo time que ele, viriam para casa. Arrumamos tudo como deu e foram mais risadas envolvidas. Eles realmente me fazem falta e me fazem feliz. O clima com meu pai não ficou nem um pouco estranho. O meu maior objetivo desta viagem, já foi alcançado. Ficar bem com meu pai. Fui para meu quarto, para mais um banho. Quando saí do banheiro, meu celular tocou. Luan. Conversamos e ele ficou feliz por eu e meu pai estarmos bem. Mas, quando eu disse que os amigos que Gustavo se reuniriam aqui, ele não gostou.

- Só você no meio de um bando de homens?

- Amor, a maioria com certeza são casados. Acho que suas mulheres também vão vir.

- E os que não são? Thaila, cê tá ainda mais linda grávida. Não dá, amor. - Suspirou agoniado e eu sorri. Existe mais lindo? Desconheço.

- Luan, para de bobagem.

- É, essa maternidade exalando, chama atenção. Hoje eu recebi várias cantadas, as mulheres falando que eu fiquei mais lindo agora que tenho um olhar de pai. Você então... - Ele disse espontaneamente.

- Cantadas? Ah é?! - Ergui as sobrancelhas.

- Thaila, isso não é o foco. O foco é você.

- Foda-se o foco. Você toma muito cuidado com essas piranhas. - Senti o ciúme me incomodar.

- Ninguém me interessa. Eu amo você.

- Sei. - Falei ainda incomodada. Ele é meu! Saber que estão querendo o que é meu, enquanto eu estou longe, me deixa extremamente irritada.

- Para, amor. Em todos os shows tem isso. Cê sabe.

- Para de falar. - Falei entredentes. Ele precisa mesmo ficar lembrando?

- Você não é ciumenta. - Pude sentir o sorriso em seus lábios. O jogo virou? Ele é quem está me fazendo sentir ciúmes agora.

- Vai se ferrar. - Revirei os olhos.

- Ô vontade de te apertar agora e encher de beijo. - Segurei o sorriso. Filho da mãe lindo!

- Vai ficar querendo. - Ele soltou sua risada gostosa.

- Te amo muito!

- Tenho que desligar, preciso me arrumar. - Falei ainda um pouco irritada.

- Tudo bem, chatona. Cuidado com esses caras. - Foi minha vez de sorrir.

- Cuidado você com essas piranhas. - Ele riu.

- Eu amo você, Thai. Diz que me ama também. - Pediu um pouco dengoso.

- Eu te amo também. Amo muito, demais.

- Beijo na boca.

- Outro! - E então encerrei a ligação. Ele sente ciúmes, me faz sentir ciúmes. Acaba nós dois sentindo ciúmes. Acabei rindo sozinha. Esse cara é extremamente essencial em minha vida.










OIIIIIIIIIIIIII lindas! Capítulo pra vcsssssss! Gostaram???? Thaila em Páris, se reconciliando com o pai, Luan sentindo saudade, os dois sentindo ciúmes. HAHAHA
Volto logo que puder tá?! Obrigadaaaaa por essa extrema paciência de vocês!!!!!!! 
Agora eu preciso ir dormir, já tô morrendooo de sono. Como pode? hahahaha
Bjs, Jéssica.