quinta-feira, 2 de novembro de 2017

" Páris " Cap 189

Quando desembarquei em Páris, mandei uma mensagem para Diego, avisando que já estou aqui. Logo respondeu:
" Tô no estacionamento. Vem me encontrar aqui "
E assim fiz, no caminho, pude perceber que há várias notificações referente ao meu instagram. Será que Luan anunciou sobre o sexo do bebê? Não, ele sabe que só pode falar publicamente depois que eu falar com meu pai, Diego e Gustavo. Logo quis saber do que se trata e então meu coração doeu de amor e saudade:
" Volta logo. Saudade já. ❤ "

Ele postou uma foto de ontem, enquanto estávamos no restaurante. Já fomos bem tarde, não havia mais ninguém no restaurante. Somente nós e nossos amigos.
Comentei: " Logo estaremos juntos de novo, bebê ❤❤ "
Não demorei a ver Diego, meu coração acelerou feliz. Eu senti tanta saudade! Tanta! Corri, arrastando minha mala.

- Cuidado! - Ouvi ele dizer. Acabei atraindo alguns olhares de estranhos. Nem liguei para o que Diego disse, continuei correndo e só parei em seu abraço. - Cuidado com o bebê, gorducha.

- Senti saudade de você. - Sorri imensamente.

- Eu também senti, caramba! Cê tá muito linda com essa barriguinha. - Desfez o abraço e acariciou minha barriga. Acabei escolhendo uma blusinha colada e uma calça jeans.

- Eu sempre fui linda, Diego. - Revirei os olhos e ao ver a cara que ele fez, caí na risada.

- Bora logo, tem gente querendo te ver. - Entramos em seu carro, e que carro!

- Muito boa a escolha. - Comentei, olhando todo o interior do carro.

- É foda né?!

- Muito.

- Vocês fazem uma falta danada aqui. - Mudou de assunto. - Sinto falta da minha família, de você, da Ma, da sua mãe.

- Vocês também. Eu já perdi as contas de quantas vezes me peguei chorando. - Ri de leve.

- Mas nós estamos felizes. Tanto vocês, quanto nós. - Ressaltou.

- Sim! É isso que importa. Eu quero sempre vir aqui, sempre que eu puder.

- Gustavo tá numa agonia do caralho, já pensando em quando chegar o dia do parto.

- Por que? - Ri de leve.

- Ele quer estar no Brasil o mais rápido possível quando acontecer, mas não sabe se vai ser possível. - Suspirei.

- Nem me fale sobre isso. Mas me diz, cês tomaram jeito? - Mudei para um assunto mais animado. Não quero imaginar a falta que meus meninos vão fazer no dia do nascimento de meu filho.

- Não preciso tomar jeito, Thaila. - Riu. Sem vergonha!

- Toma vergonha, Diego! - Acabei rindo também.

- Como tá o boi?

- Tá bem. Ele vai viajar hoje de novo. - Sorri de lado. Já estou sentindo saudade da presença do Luan.

- Seu marido não para hein?!

- Não é oficialmente meu marido.

- Claro que é.

- Não somos casados mesmo.

- Porque você não quis. - Afirmou.

- Agora não, eu não quero casar assim. Nem tenho tempo pra casamento agora.

- Nem preciso falar de como o Humberto ficou né?! - Acabei rindo de leve. Meu pai e eu nos falamos muito pouco desde que eles vieram morar aqui. Ontem, antes de dormir, Luan conversou muito comigo. Nunca pensei que viveria para ver primeiramente meu pai defendendo Luan e depois Luan defendendo ele. Tomei uma decisão, vou perdoá-lo. Vamos conversar antes, claro. Preciso deixar algumas coisas bem claras pra ele, mas eu já o perdoei.

- Meu pai sempre imaginou eu casando depois de me formar, anos depois eu engravidar. Olha a vida como é?! Tudo ao contrário. Engravidei de um cara que eu nem ao menos estava namorando, acabei trancando a faculdade e só vou casar sabe Deus quando.

- É verdade. - Diego riu de leve. - Agora ele aceita bem isso. As coisas são como tem que ser.

- Você é um poeta. - Zoei.

- Vai se foder! - Ele gargalhou. Que saudade de ver essa pessoa rindo, assim, do meu ladinho.

- Meu irmão já chegou do treino?

- Deve tá chegando agora. - Assenti e só então parei para olhar a cidade. É tão linda! Logo ouvi um pagode tocando no carro e eu sorri. Pagode é a cara da família. Quando nos juntamos sempre começa e acaba em pagode. Peguei meu celular e mandei uma mensagem para meu bebê.
" Cheguei, meu amor! "  Ele respondeu imediatamente.

" Bem? " 

" Sim " 

" Não sentiu nadinha? Bem mesmo? "

" hahahahahaha, bem mesmo! "  Logo meu celular tocou. Ele.

- Oi, amor. - Atendi sorrindo.

- Eita, grude! - Diego gritou.

- Manda o Diego ir se foder. - Luan disse rindo e eu gargalhei.

- Qual o motivo da ligação? - Mudei de assunto. Ele respirou fundo.

- Cê não devia ficar longe de mim desse jeito. - Sorri, abobalhada.

- Judiação né?!

- Judiação demais, amor. Tô com tanta saudade.

- Luan, não faz 24hrs que estou longe.

- Foda-se, eu tô sentindo tua falta. Falta da nossa barriguinha.

- Minha barriguinha. - Corrigi sorrindo.

- Nossa, amor. Nossa. - Enfatizou e eu ri.

- Tá, tá bom. Nossa.

- Volta logo viu?! - Ri mais uma vez.

- Carente. Volto logo, aguenta aí.

- Vou tentar. - Riu de leve. - Te amo demais viu?! Se cuidem!

- Nós também te amamos. Um beijo.

- Outro. Manda um abraço pros manés e se resolve com seu pai.

- Tá, tá. Tchau.

- Tchau, meu amor. - Desligou.

- Esse tá dependente hein?! - Diego disse e eu ri de leve.

- Mandou um abraço pra você.

- Saudade daquele viado também. - Continuamos conversando até chegar na casa deles. Logo ao olhar a fachada eu fiquei boquiaberta. Que casa linda! Não é extremamente luxuosa, mas sim, contém um requinte encantador.

- Que casa hein!

- Não vai ficando tão animada viu?! Tá um pouco bagunçado lá dentro, a moça da limpeza vem amanhã. - Neguei com a cabeça.

- Os três porquinhos morando juntos...

- Cala a boca, gorducha. - Riu, me provocando.

- Vai se ferrar, Diego! - Ele pegou minha mala e então entramos. Dei de cara com duas embalagens de biscoito, latinhas de refrigerante, almofadas no chão. Uma enorme bagunça. - Isso você chama de pouca bagunça?

- É, ué. - Riu de leve. - Chegamos, galera! - Ele gritou. Logo meu pai apareceu com um pedaço de bolo na mão e Gustavo logo atrás com um copo cheio de água.

- Gente, vocês deixam isso ficar assim? - Os repreendi, mas os dois não se importaram. Meu irmão logo me abraçou, abraçou tão forte e então eu esqueci de tudo ao meu redor. Só ele e eu. Só o nosso abraço. Eu quase morri de saudade.

- Não pensei que você iria me fazer tanta falta. Dói pra caramba ficar longe. - Falou.

- Eu também senti saudade. Muita saudade! - Falei, sentindo as lágrimas brotando. Ah, hormônios!

- Deixa eu dar uma olhadinha na barriguinha do tio! - Me afastou e então eu vi seus olhos brilhando de pura felicidade. Ficou de joelhos, o rosto na altura de minha barriga. - Tá muito maior do que parece nas fotos. - Ri de seu exagero. Levantei o olhar para meu pai e ele está paralisado me olhando. Um olhar tão amoroso, como quem admira o que ele ver. Sorri pra ele, sentindo chulé beijar minha barriga. Sorriu de volta e olhou para minha barriga, inclinou a cabeça para o lado e suspirou encantado. Ah, pai! Seu cabeça dura!

- Cê já descobriu o que é? Sua mãe disse que você fez um mistério enorme e que só iria nos contar pessoalmente. - Meu pai falou pela primeira vez desde que cheguei.

- Já. - Sorri e então meu irmão ficou de pé. - Mas vem cá, me dá um abraço. - O chamei e então ele se aproximou e o abraço aconteceu. Não falamos nada. Apenas sentimos a presença um do outro, senti que ele não ficou totalmente relaxado. Sabe que ainda precisamos resolver nossas pendencias um com o outro. Desfizemos o abraço e então ele olhou minha barriga mais uma vez. - Quer pegar? - Ele assentiu, engolindo seco. Sua mão que está livre do bolo, acariciou minha barriga. Ele então sorriu e eu sorri junto.

- Nossa... - Ele tentou falar, mas acabou não encontrando palavras.

- Pai, é um barriga com um bebê. Normal. - Ri de leve por perceber sua reação, apesar de ter ficado emocionada.

- É a sua barriga com um bebê. Minha filha carregando um bebê. Meu neto, ou neta. - Olhou em meus olhos e eu sorri.

- Tentei de todas as formas fazer a minha mãe falar se é menino ou menina, mas não consegui. - Gustavo disse.

- E olha que a Ângela adora falar, pensei que iriamos conseguir. - Diego falou e eu semicerrei meus olhos em direção deles.

- Não queriam esperar, seus danados?

- Obvio que não. - Gustavo disse rindo.

- Agora, diz. É menino ou menina? - Meu pai voltou a falar.

- É um menininho! Mais um homem para minha vida. - Lhes dei a notícia.

- Caralho, porra! - Meu irmão gritou palavrões, sorrindo.

- Puta que pariu! - Diego bateu uma mão na outra animado.

- Um menino, porra! - Meu pai passou a mão por seus cabelos e eu ri.

- Vocês tem a boca muito suja. - Brinquei.

- Mais um jogador de futebol pra família. Não tem pra onde correr. - Gus disse.

- Luan pode discordar disso. - Segurei o sorriso.

- Não vai ter vez pra cantor nessa família. Só aquele boi mesmo. Meu sobrinho não, ele vai ser jogador de futebol. - Disse muito feliz e convicto.

- Nosso craque! - Diego me abraçou, logo após beijar minha testa. - Nós vamos ensinar tudo a ele.

- Deus me livre! - Disparei e eles riram. - Vocês não sabem cuidar da própria casa. - Olhei ao redor.

- Ficamos até tarde jogando vídeo game, acontece. Mas não fica assim sempre. - Gustavo se justificou.

- Thaila, cê já sabe o nome? - Meu pai perguntou curioso, voltando a falar de meu filho.

- Ainda não. Luan deu a sugestão de Clodosvaldo. - Lembrei da brincadeira do meu bobão. Os meninos riram.

- Ele deve tá muito bobo. - Diego comentou.

- Cê não imagina o quanto!

- Agora vamos almoçar, a gente só tava te esperando. - Gu disse.

- Preciso de um banho primeiro.

- Tá, mas vai rápido. - Diego me olhou entediado.

- Alguém me leva pra conhecer a casa. - Falei.

- Vai lá, pai. - Gu lhe deu um olhar significativo.

- Claro, vamos. - Sorriu pra mim e então pegou minha mala e seguimos para o corredor. - Como foi a viagem? - Puxou papo.

- Tranquila. - Sorri pra ele. - Como está a vida por aqui?

- Tranquila também, você e sua mãe fazem falta. Maria também. Ninguém sabe cozinhar como ela. - Ri de leve.

- Ela não vai gostar de saber que você só lembrou dela por causa da comida.

- Não diz nada disso pra ela. - Entrou na brincadeira. - Como tá sendo a experiência de casada? - Entrou em outro assunto.

- Muito boa. O Luan é incrível. Eu estou muito feliz.

- Eu sei que sim. - Chegamos em frente a uma porta. - Você vai ficar aqui.

- Cê pode entrar rapidinho? Precisamos conversar.

- Agora?

- Sim, pai. Se possível agora. - Ele assentiu e então entramos. - É lindo aqui. - Olhei o quarto acolhedor.

- É, mas o Gustavo quer que você dê um toque em tudo.

- Eu vou dar, depois vamos conversar sobre isso também. - Ele sentou-se na cama e eu fiz o mesmo. - Nós dois erramos muito, pai. - Introduzi o assunto e ele assentiu. - Você errou comigo, eu errei com você. Nós somos família, nós sempre vamos amar um ao outro. Seus erros não vão anular toda a importância que você tem pra mim, assim como eu sei que meus erros não anulam o que eu represento pra você.

- Absolutamente não. - Concordou.

- Eu só quero te dizer que eu já esqueci tudo que aconteceu. Eu estou vivendo uma fase tão linda, tão linda, pai! Todo o passado ficou lá atrás. Quero te pedir perdão por todas as vezes que errei com você. - E então ele me interrompeu:

- Eu é quem peço perdão. Errei muito feio com você, várias vezes.

- Então estamos perdoados? - Sorri de lado.

- Estamos perdoados. - Me abraçou.

- Só temos que tomar cuidado para não repetir os mesmos erros.

- Não, nunca mais. - Falou com determinação.

- Fico feliz por estarmos bem, pai.

- Eu também. - Desfez o abraço. Beijou minha testa longamente e então levantou-se. - Se apressa, precisamos comer. Tentei enrolar com o pedaço de bolo, mas não adiantou muito. - Ri o olhando. Humberto sendo Humberto.

- Tudo bem, eu vou tomar banho. - Soltei beijo e ele sorriu, caminhando para a saída do quarto. Tomei banho me sentindo extremamente em paz. Em paz comigo mesmo. Que sensação maravilhosa!

Almocei com meus meninos, aproveitei para abracá-los bastante, para compartilhar risadas. As histórias que eles contaram dos primeiros dias na cidade, são impagáveis! Sem contar com eles me ensinando o pouco do francês que sabem. Sim, nós rimos. Rimos bastante.

Quando voltamos, Gustavo me disse que alguns amigos que jogam no mesmo time que ele, viriam para casa. Arrumamos tudo como deu e foram mais risadas envolvidas. Eles realmente me fazem falta e me fazem feliz. O clima com meu pai não ficou nem um pouco estranho. O meu maior objetivo desta viagem, já foi alcançado. Ficar bem com meu pai. Fui para meu quarto, para mais um banho. Quando saí do banheiro, meu celular tocou. Luan. Conversamos e ele ficou feliz por eu e meu pai estarmos bem. Mas, quando eu disse que os amigos que Gustavo se reuniriam aqui, ele não gostou.

- Só você no meio de um bando de homens?

- Amor, a maioria com certeza são casados. Acho que suas mulheres também vão vir.

- E os que não são? Thaila, cê tá ainda mais linda grávida. Não dá, amor. - Suspirou agoniado e eu sorri. Existe mais lindo? Desconheço.

- Luan, para de bobagem.

- É, essa maternidade exalando, chama atenção. Hoje eu recebi várias cantadas, as mulheres falando que eu fiquei mais lindo agora que tenho um olhar de pai. Você então... - Ele disse espontaneamente.

- Cantadas? Ah é?! - Ergui as sobrancelhas.

- Thaila, isso não é o foco. O foco é você.

- Foda-se o foco. Você toma muito cuidado com essas piranhas. - Senti o ciúme me incomodar.

- Ninguém me interessa. Eu amo você.

- Sei. - Falei ainda incomodada. Ele é meu! Saber que estão querendo o que é meu, enquanto eu estou longe, me deixa extremamente irritada.

- Para, amor. Em todos os shows tem isso. Cê sabe.

- Para de falar. - Falei entredentes. Ele precisa mesmo ficar lembrando?

- Você não é ciumenta. - Pude sentir o sorriso em seus lábios. O jogo virou? Ele é quem está me fazendo sentir ciúmes agora.

- Vai se ferrar. - Revirei os olhos.

- Ô vontade de te apertar agora e encher de beijo. - Segurei o sorriso. Filho da mãe lindo!

- Vai ficar querendo. - Ele soltou sua risada gostosa.

- Te amo muito!

- Tenho que desligar, preciso me arrumar. - Falei ainda um pouco irritada.

- Tudo bem, chatona. Cuidado com esses caras. - Foi minha vez de sorrir.

- Cuidado você com essas piranhas. - Ele riu.

- Eu amo você, Thai. Diz que me ama também. - Pediu um pouco dengoso.

- Eu te amo também. Amo muito, demais.

- Beijo na boca.

- Outro! - E então encerrei a ligação. Ele sente ciúmes, me faz sentir ciúmes. Acaba nós dois sentindo ciúmes. Acabei rindo sozinha. Esse cara é extremamente essencial em minha vida.










OIIIIIIIIIIIIII lindas! Capítulo pra vcsssssss! Gostaram???? Thaila em Páris, se reconciliando com o pai, Luan sentindo saudade, os dois sentindo ciúmes. HAHAHA
Volto logo que puder tá?! Obrigadaaaaa por essa extrema paciência de vocês!!!!!!! 
Agora eu preciso ir dormir, já tô morrendooo de sono. Como pode? hahahaha
Bjs, Jéssica.

11 comentários:

  1. Luan não consegue ficar muito tempo longe dela ,adorei q ela e pai dela fizeram as pazes acho q faltava ISS pra tudo ficar bem na nova fase dela ,eles com ciumes e bonitinho ela ainda mais pq e raro ter e luan gosta de provocar kkkkk

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  2. Se acertaram ! Revknhecer os erros sempre facilita as coisas , e não é nada bom uma crinaca nascer num clima de "desunião" na familia.Numa casa que só existe bom a bagunca reina mesmo . amei o capítulo tava morrendo de saudades disso.

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    1. Só pazzzzzzzzzzz! Fico mto mto mto feliz q vc tenha gostado

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  3. E a paz volta a reinar entre pai e filha ❤️❤️❤️

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  4. Que bom que pai e filha se resolverão e agora está tudo bem. continua

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