Dias depois...
Fui para a academia logo cedo, antes da faculdade, como de costume. Tomei banho lá e de lá fui para mais um dia de estudo. Ao chegar, encontrei Vivi e Mathias e mais alguns colegas no corredor onde fica nossa sala. Me juntei a eles e decidi postar a foto que bati depois do treino, a caminho do banheiro da academia:
" O de hoje tá pago! ✔ "
Começou a loucura de vários likes ao mesmo tempo e então decidi bloquear o celular e participar da conversa que rolava. Poucos minutos depois, entramos na sala e a primeia aula se iniciou.
A manhã passou em um piscar de olhos e foi piscolgicamente cansativa. Decidi esquecer um pouco os livros durante a tarde. Procurei um filme e logo comecei a assistir com Julieta do meu lado, não chegou nem perto da metade do filme e eu já havia dormido.
Acordei com meu celular tocando insistentemente, olhei ainda com os olhos quase fechado e vi o nome do Vini.
- Oi? - falei com a voz rouca e sonolenta.
- Tava dormindo?
- Uhum. Mas pode falar.
- A Deisy viu minhas conversas no whastapp, saiu daqui louca. Eu não sei o que fazer. - a informação recebida, fez com que eu despertasse totalmente.
- Ela viu o que? Suas galinhagens?
- Thaila! - me repreendeu.
- Vini, sinceramente, isso demorou pra acontecer. Pelo menos uma vez na semana ela dorme com você e até vai na sua casa durante o dia, quando cê não tá na academia. Uma hora ela pegaria suas conversas.
- Ela quer que eu largue meus contatos por ela... Eu não quero namorar agora. - Ele bufou e eu sentei, com as costas encostadas na cabeceira da cama.
- E você quer o que com essa menina?
- Curtir, Thai.
- Vini, a Deisy gosta mesmo de você. Vai ficar brincando com os sentimentos da coitada?
- Eu também gosto dela, mas não quero namorar agora. Terminei um namoro de anos a pouco tempo.
- Pouco tempo? Quando te conheci você já tinha terminado com a Ingrid. Já fazem anos!
- Cara, para de me julgar e me ajuda.
- O que você quer que eu faça?
- Eu não quero perder ela...- suspirou e eu senti dó dele.
- Então vai atrás, Vinicíus.
- Ela saiu daqui tão puta de raiva... - ri do modo que ele falou. - Não é pra rir, Thaila! - Você quer que eu chore?
- Não, mas pelo menos seja mais solidária.
- Hum... Diz logo o que você quer que eu faça.
- Eu tava pensando que você podia puxar um papo com ela, como quem não quer nada. Sobre algum suplemento e depois entrar no assunto nós, me defender.
- Eu não vou te defender sabendo que você é o errado.
- Que amiga eu fui arrumar hein?! - Reclamou.
- Cara, sabe o que você faz? Vai lá na casa dela e diz que não quer perder o que vocês tem, explica que é melhor não ter compromisso sério.
- Tu acha mesmo?
- Acho.
- Então eu vou lá a noite.
- Isso, faz isso. - sorri. Ele é tão inseguro as vezes quando se trata de mulher.
- Te amo. Obrigado por me ouvir. Com certeza atrapalhei seus estudos.
- Não, eu tirei uma tarde de folga. - Rimos.
- Então vem pra cá! A gente pode colocar aquela série em dia. Eu não vejo desde aquela noite que você dormiu aqui.
- É uma proposta tentadora... Mas eu posso levar o Julieta comigo? - Fiz carinho em minha cadela.
- Claro que pode! Tô te esperando pra levantar meu humor.
- Tô chegando. Beijo. - Desliguei e fui trocar de roupa.
Depois de alguns minutos, cheguei na casa do meu amigo, que tem uma decoração de muito bom gosto. Tudo escolhido por sua mãe, que mora próximo a Jericoacoara com seu pai.
- Julieta! - Ele exclamou e já robou minha cabela de meus braços. - Entra. - sorriu pra mim e então fomos caminhando no corredor até seu quarto.
- Tá melhor? - perguntei.
- Vou ficar. - Ele sorriu, me tranquilizando. - Já pode tirar esses óculos escuros.
- Espera. - Parei em frente ao espelho que tem no corredor e bati cerca de três fotos.
- Bora! - Chamou já da porta de seu quarto. Ri de leve e em passos largos o alcancei.
- Nossa! Que prendado! - Sorri completamente surpresa por ter um dois copos grandes com refrigerante, pipoca e brigadeiro numa bandeja na cama.
- Tá vendo que sorte você tem de me ter na sua vida? - se gabou.
- Muita sorte. - Sorri e o abracei. - Bebezinho tá triste, meu Deus! - fiz voz de criança.
- Para com isso. - ele disse rindo. - Bora logo sua pernuda. - Larguei ele e sentei na cama.
- Poderia ser um suco, cê sabe que eu não bebo refri. - Fiz careta.
- Mas hoje vai abrir uma excessão. - Afirmou, sentando ao lado e soltando Julieta que imediatamente foi para próximo aos meus pés e deitou-se. Ele ligou a tv e logo estávamos concentrados na série.
(...)
Já era noite, quando eu realmente decidi ir embora. Mas Vini insistia para que eu ficasse.
- Você tem que ir na Deisy. Não quero ser usada como desculpa. - Conheço bem seu jeito e sei que ele está nervoso quanto ao encontro com sua peguete.
- Não é desculpa. Só queria que você ficasse mais um pouco, mas beleza, pode ir. - O olhei segurando o sorriso.
- Deixa de ser mole!
- Não sou mole. Eu vou lá.
- Jura mesmo? - perguntei desconfiada. Ele não está com jeito de quem vai encarar uma mulher furiosa por descobrir que não é exclusiva.
- Juro! - Me olhou firme. E então olhei a foto que bati quando cheguei, já editada.
- Vou postar. - Mostrei a ele, mudando de assunto.
- Tá bem bonitinha.
- Bonitinha? Me chama de logo de feia. - Ele riu.
- Agora tu tá feia mesmo. Toda descabelada e com a roupa amassada. Aí ainda parecia gente. - O olhei boquiaberta e ele caiu na gargalhada, me contagiando.
- Como você é tão sem coração?! - Neguei com a cabeça e postei a foto:
" Good afternoo! "
Ele não me respondeu e vi que estava distraído com Julieta.
- Vou indo. - levantei e ele levantou junto.
- Se eu sair todo roxo da casa dela a culpa é sua. - Ri de leve, enquanto já estávamos saindo de seu quarto.
- A culpa é sua de ser um galinha.
- Depois que sou sem coração né? - ironizou e então abriu a porta da saída pra mim quando chegamos na sala.
- Vai dar tudo certo. Faz como eu te disse.
- Vou fazer. Obrigado por ter vindo. - Me abraçou, com Julieta entre nós.
- Te amo, feião.
- Eu também. - Beijou o alto da minha cabeça.
- Bye, porque enquanto você tenta se resolver com sua girl, eu vou estudar até dormir. - Falei após o abraço.
- Exagerada. - me repreendeu. - Não precisa de tanto.
- Beijo, beijo. - soltei de longe, dando fim ao início de uma lição dos meus horários de estudo. Entrei no carro e ele acenou com a mão, fechando a porta em seguida.
Já em casa passei o restante da noite estudando e só dei pausas para atender as ligações da minha família. Dona Ângela, seu Humberto e Gustavo. Meu pai logo quis saber o que aconteceu durante todo meu dia e eu lhe contei, mas logo tratei de dizer que passaria a noite estudando, para evitar que ele viesse com suas cobranças e reclamações. Todos lá em casa tem redes sociais e essa também é uma maneira de saber o que acontece na vida um do outro. Na verdade, meus pais só tem instagram. Mas já é uma maneira de ser sociável. Quando fui dormir, era madrugada.
No outro dia acordei super atrasada e não consegui ir para a academia. Confesso que estou curiosa para saber o que aconteceu entre Vini e Deisy. Vou ter que esperar.
Entrei na sala e a aula já havia começado. Sentei na cadeira vazia atrás de Viviane.
- Que atraso hein? - sussurrou, me olhando.
- Fui dormir tarde estudando. - Fiz careta e ela também.
- Você não entrou no instagram ontem? - perguntou baixinho, tentando não atrapalhar a aula.
- Não. - Franzi a testa, respondendo no mesmo tom.
- Luan Santana curtiu sua foto e estava uma loucura de comentários. Eu percebi porque fui comentar e li alguns. - Riu de leve. Ele de novo. Suas fãs de novo.
- Ei, vocês duas! - O professor chamou nossa atenção e então tivemos que encerrar a conversa. Fiquei tentando lembrar qual foto postei ontem, logo lembrei; foram duas. Qual ele curtiu? Adora dar o que falar! Sorri com meu pensamento. Sorte minha que não me importo e nem ao menos leio.
Quando a aula acabou, fui olhar meu instagram sentindo a curiosidade me corroer. Logo soube que ele curtiu a foto que postei depois do treino. Suas fãs me marcavam em vários prints.
- Oi lindas. - Mathias estava em pé, ao nosso lado. Bloqueei meu celular e decidi dar atenção ao meu amigo.
- Oi bonitão! - Ele se inclinou e deixou um beijo em minha bochecha.
- A Thai tá arrasando viu, Mathi... - Viviane sorriu sapeca.
- O que foi? - Ele perguntou e a outra professora entrou.
- Luan Santana curtiu a foto dela.
- Ah, eles já se conhecem. Dançaram e tudo na balada que nós fomos.
- Sério? Como vocês não me contaram isso? - Mathias riu e voltou ao seu assento.
- Depois te explico. - Pisquei o olho e começamos a prestar atenção na aula.
(...)
No estacionamento, antes de ir embora expliquei rapidamente como conheci o Luan para Vivi. Depois de deixar minha amiga informada, fui para casa. E claro, pensando no que Luan fez. Ele não cansa de dar o que falar? O olhar que trocamos enquanto dançavamos na noite em que ele pediu pra ficar comigo veio em minha mente. O mesmo olhar do dia do restaurante. Era um olhar tão intenso e sedutor. Na balada ele tinha tanta firmeza nas palavras e confiança até mesmo em sua postura. No restaurante foi tão gentil e ao mesmo tempo me devorava com o olhar. Que pena que só queria me levar pra cama. Que pena que sou virgem.
Tratei de expulsar meus pensamentos com música. Fui cantando até chegar em casa.
Depois de passar a tarde toda fazendo pesquisas sobre três novos assuntos que foram abordados na faculdade hoje, eu fui caminhar com Julieta para recompensar o dia sem academia. Ao passar na portaria cumprimentei seu Luíz, o porteiro. Cerca de meia hora depois, cheguei em casa e tomei banho. Um bom banho. Vesti um short e uma blusinha fresca e fui na casa de meu amigo. No caminho liguei para avisar que estava chegando.
Vinícius abriu a porta pra mim com uma cara nada boa e a preocupação logo me dominou.
- O que aconteceu? - Perguntei de olhos arregalados.
- Ela.. Ela.. - não conseguia falar.
- Ela o que Vinícius? Fala caramba! - Eu estava realmente aflita.
- Ela... Me desculpou! - Comemorou sorrindo.
- Que idiota, cara! Como você é idiota! - Distribuí tapas em seu ombro. Ele me agarrou pela cintura, tirando meus pés do chão e começou a rodopiar comigo em seus braços. Ele ria e acabou me contagiando.
- Para! Eu tô ficando tonta! - Ele foi parando e me colocou no chão. Vi tudo girar e me apoiei nele. - Você é um maluco idiota.
- Vem, vamos sentar. - Ele disse, muito bem humorado. Sentamos no sofá. - Você quer alguma coisa?
- Água. - ele prontamente levantou e pouco tempo depois voltou. Me deu um copo com água e sentou, ficou me olhando e sorrindo. Bobão! Ele tá muito feliz. - Pode começar a me contar.
- Espera, primeiro quero saber porque você não apareceu na academia hoje.
- Porque eu me atrasei pra faculdade- Fiz careta.
- Entendi. Mas então, vamos lá! - Esfregou uma mão na outra e começou: - Ela aceitou o fato de não ser exclusiva e eu não perdi o que tenho com ela.
- Sério? Aceitou fácil assim? - eu fiquei realmente surpresa.
- Não. Não foi nada fácil. Ela estava com muita raiva de mim no início, mas então depois ela me fez um proposta e eu aceitei. Não sei se é uma boa proposta, mas é melhor que ficar sem ela, ou ter que namorar com ela.
- Tá, agora me fala que proposta foi essa.
- Eu também não vou ser exclusivo. Relacionamento aberto.
- Que? - Ri sem acreditar.
- Isso mesmo que você ouviu. Você acha que pode ser muito ruim? - Fez careta. E aqui está sua insegurança novamente. Em um momento calada, eu tentava procurar as melhores palavras.
- A questão principal Vini, é que vocês tem sentimentos um pelo outro. Faz um tempo que estão juntos e mesmo sem rotular o que vocês tem, todo mundo que conhece os dois sabem que estão quase sempre juntos.
- Quase sempre não. Quase sempre eu tô junto de você. - Me interrompeu.
- Também. - Concordei. - Por esse motivo várias vezes já pensaram que nós dois temos algo a mais. - Ri e ele riu também. - Mas quando eu tô atolada com coisas da faculdade quem sempre sai com você é ela. Quem você realmente tem uma relação sexual mesmo que seja maluca, é com ela. Eu acho que vai ser complicado se caso você chegar a ver ela com outro, ou vice e versa. - ele suspirou.
- Você sempre tem razão, mas foi a única maneira. Eu gosto dela, você sabe. Mas não me sinto preparado pra um namoro. Não agora. Eu tô tão bem assim, Thai.
- Eu te compreendo. - fui sincera.
- Se tá bom do jeito que tá pra que mudar?
- Ela já não pensa como você.
- Eu sei, mas por enquanto vamos ficar assim mesmo.
- Cê tá feliz?
- Tô. - Ele sorriu lindamente. O abracei.
- Então eu tô também. - falei de olhos fechados.
- Eu te amo.
- Eu que te amo, maluco. - Desfez o abraço e sorrimos um pro outro. - Cuidado pra não se machucar.
- Pode deixar. - Acabei ficando com ele mais tempo que presentia, só fui embora depois da ligação do meu pai, que me repreendeu por não estar em casa. Segundo ele, era pra eu estar pronta pra dormir. A irritação me acompanhou até que eu fechasse os olhos e conseguisse dormir. Ah pai, porque tão controlador?
Luan dando o que falar com esse like heeeinn?! Hahahaha. Mostrei mais um pouco da amizade do Vinícius com a Thaila, o que acharam? E o pai controlador em cena de novo...
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Bjs, Jéssica. ❤
segunda-feira, 31 de outubro de 2016
domingo, 30 de outubro de 2016
Muita " coincidência". Cap 05
Hoje é folga! Raríssimas vezes tenho folga no domingo. Passei o dia junto de minha família, desfrutando da companhia deles. A noite ficou marcado um jantar com meus amigos, Douglas, He-man, Caio, Breno, minha irmã, Dani e Bruna Paiva.
O dia correu rapidamente e em determinada hora decidi ir tomar banho. Quando já estava terminando de me arruma, minha mãe disse do outro lado da porta que Douglas havia chegado. Tratei de me apressar e em seguida desci para encontrar meu amigo.
- Cadê as meninas?
- Acho que já tão descendo. - Nos abraçamos e em seguida sentei junto dele no sofá. Ficamos falando sobre canções e em poucos minutos as meninas estavam prontas. Fomos para o Paris 6, chegando lá, He-man, Caio e Breno já estavam sentado em uma mesa próxima a saída. Depois de nos cumprimentar, todos sentamos e fizemos nossos pedidos. Olhei ao redor e percebi que quase todas as mesas estavam ocupadas. Lotado. Era de se esperar para uma noite de sábado. Isaac chegou até nossa mesa e foi simpático como sempre.
- Você por aqui no domingo?
- Milagres acontecem. - Rimos de leve e ele cumprimentou todos que estavam comigo, muito simpático.
- Que vocês tenham uma ótima noite e um excelente jantar. É um prazer recebê-los.
- Obrigado. - Todos agradeceram ao mesmo tempo sorrindo. Foi só ele se afastar, para minha irmã chamar suas amigas para ir retocar a maquiagem. Elas acabaram de chegar! Neguei com a cabeça enquanto elas já caminhavam. Bruna parou em uma mesa, que estava bem no meio do restaurante. Uma mesa somente com mulheres. Franzi a testa ao perceber que não conhecia nenhuma que estava de frente pra mim, mas ela falava com à que estava de costas. A menina tinha cabelos pretos, bem pretos e a pele branca. Os meninos riam de algo que eu não fazia a mínima ideia. Depois de um momento a morena levantou e pelo corpo eu reconheci. O corpo que quis a semanas atrás. Thaila. A amiga do Wesley que me deu um belo fora. Como elas se conhecem? Me remexi na cadeira quando ela olhou para trás, mas precisamente para nossa mesa. Para mim. Sorriu completamente surpresa e acenou, acenei de volta com um sorriso, mostrando naturalidade, mas por dentro eu tentava entender e aceitar o fato de o quanto o mundo é pequeno.
- Boi cê... Olha a morena! - He-man disse e eles acenaram um para o outro. - Que reencontro hein? - Fez graça e eu apenas neguei sorrindo. Minha irmã e Thaila voltaram a conversar e eu expliquei aos meus amigos como nos conhecemos, depois de eles perguntarem.
- Foi no aniversário do Wesley.
- É, e ela deu um fora bonito nele no último show em Fortaleza. - Ele riram.
- Sério, boi? - Caio perguntou. Assenti.
- Relaxa cara, acontece. - Douglas disse solidário e ao mesmo tempo fazendo graça.
- Eu nem lembrava mais disso. - Fui sincero.
Nossos pedidos chegaram e então o assunto mudou. Fiquei pensando na reação que meu corpo teve ao ver ela. Que porra é essa? Eu tô desejando essa menina? Olhei para a mesa que ela está e percebi que minha irmã já não está junto dela. Suas amigas estavam rindo. Rindo bastante. Parece que o assunto está bastante divertido. Tratei de comer depois de mandar mensagem para Bubu, para que ela voltasse logo já que nossos pedidos já haviam chegado. Cerca de dois minutos depois ela voltou a mesa com suas amigas.
- Vocês se conhecem né?! - ela disse com um sorriso imenso no rosto.
- É, do aniversário do Wesley. - Falei naturalmente.
- Ela me disse. Que mundo pequeno!
- Vocês se conhecem de onde? - Perguntei completamente curioso.
- Do salão. Nos vimos uma vez e conversamos bastante. Ela é um amor de pessoa! - Bruna disse totalmente encantada. Pelo seu jeito de falar, ela gostou bastante de Thaila. Decidi dar o assunto por encerrado e voltei a comer calado, até os meninos iniciarem mais um assunto.
|| Thaila narrando. ||
Minha mãe me ligou na sexta a tarde para dizer que Jefferson havia tido uma pequena piora, o que me deixou completamente aflita. Procurei uma passagem ainda para o mesmo dia e consegui uma a noite. Cheguei em São Paulo na madrugada e hoje, domingo, logo cedo fomos visitá-lo. Seu rosto estava tão abatido! Mas bastou alguns longos minutos para sua expressão mudar para melhor e seu sorriso aparecer. O que me deixou extremamente aliviada! Ele me encantou tanto, desde o primeiro momento. Temos uma ligação forte, não só eu e ele, mas também, eu e sua família. Esse menininho mora no meu coração.
Quando voltei para casa com minha mãe, ainda estava cabisbaixa, preocupada. Ela tentou me tranquilizar, dizendo repetidas vezes que ele ficou muito feliz depois da minha visita. Não vi meu irmão e nem meu pai desde que cheguei. Aqueles famosos desencontros e horários diferente.
Durante a tarde fiquei na companhia de dona Ângela, tentando matar um pouco da saudade dela e a noite fui jantar com minhas melhores amigas, depois de muita insistência delas. É, eu ainda estava preocupada com a situação de Jefferson, mas elas me convenceram ao usarem o argumento de nos vemos pouco. A última coisa que esperava era encontrar Bruna, muito menos Luan e muito mesmo ainda, descobrir que os dois são amigos. Ele vai ficar cruzando meu caminho até quando? É muita coincidência!
- Ainda não entendi porque você deu um fora nesse gato. - Fernanda disse, olhando em direção a mesa que Luan estava.
- Claro que entendeu! Eu sou virgem e ele queria sexo. Preciso ser mais direta?
- Uma pena, amiga. - Alice suspirou enquanto esperávamos a sobremesa. Ri de sua expressão.
- Ele deve ser bom de cama. - Luísa comentou. - Essa garota, Bruna não é? - mudou de assunto. Assenti com a cabeça. - Eu acho que já vi ela em alguma balada.
- Pode ser que sim. - falei.
- Ela parece ser bem legal. - Fernanda disse.
- O santo bateu demais com essa menina! Sabe quando acontece de você gostar da pessoa de cara? - Elas assentiram sorrindo.
- Ela parece ser muito simpática. - Alice disse.
- E ela é! Conversamos como amigas de muito tempo no salão. - Nossas sobremesas chegaram e então quando o garçom se afastou, Fernanda disse:
- Eu devia ter escolhido Luan Santana. - sorriu maliciosa.
- Só assim pra você comer ele, amiga. - Alice brincou e isso nos causou risadas. Elas são as melhores amigas que qualquer pessoa poderia ter! Sou privilegiada por tê-las em minha vida. Contamos tudo uma pra outra e mesmo com a distância sempre presente nossa amizade nunca mudou!
Depois de pagarmos, nos levantamos.
- Você vai lá falar com ele? - Alice perguntou.
- Com eles, eu vou sim. - corrigi e já próximo a saída paramos. - Boa noite!
- Boa noite. - Todos responderam educadamente. Logo Luan levantou.
- Tudo bem? - Me abraçou, colocando uma se suas mãos em volta de minha cintura e a outra na parte de trás da minha cabeça, bem no centro dela.
- Tudo e com você? - Desfez o abraço e então respondeu.
- Tudo ótimo! - Seu amigo fortão levantou e me abraçou também, fazendo a mesma pergunta de Luan.
- Cê vai direto pro aeroporto mesmo? - Bruna perguntou, enquanto Luan me olhava fixamente. Eu acho que nunca fiquei tão constrangida. Parece que ele consegue ver além de mim e ao mesmo tempo, me olha com desejo e claro, sem deixar o sorriso sereno sair do rosto. Que mistura louca!
- Vou, vou sim. Amanhã tenho faculdade. - Sorri, tentando ignorar o olhar dele.
- De uma próxima vez que você vir, vamos marcar alguma coisa.
- Claro!
- Me passa seu número? - pegou o celular e eu prontamente lhe deu. Parece que a batida de santo foi recíproca. - Eu falo com você no whatsapp, daí cê salva o meu tá?! - Sorriu.
- Certo. Bom gente, eu vou indo. Um bom restante de jantar pra vocês.
- Obrigado. - agradeceram.
- Manda um abraço pro Wesley. E boa viagem. - Luan disse e em seguida mais uma vez me abraçou. Ele não sentou um minuto depois que me aproximei. Me dando total atenção. Total atenção mesmo! Tanta atenção através de seus olhares que fiquei sem jeito. Deixou um beijo em minha bochecha e acenou para minhas amigas, em seguida deixou um beijo na bochecha de cada uma. Aproveitei para apresentá-las e só então descobri o nome do fortão. He-man. Aliás, nome não, apelido.
Entramos no carro e eu pude respirar fundo. O cheiro de Luan totalmente empreguinado em mim. De novo. Como no dia do aniversário, como no dia da balada.
- Amigas, cai entre nós ele é bem príncipe. - Luísa disse.
- Aquele gêmeo cantor que é lindo. - Fernando sorriu maliciosa, enquanto Alice dava partida no carro. Todo nós acabamos sendo apresentados. Nós aos amigos dele e eles à nós.
- Suas loucas por homem! - Brinquei, mas o olhar dele ainda pairava em minha mente.
Chegamos no aeroporto e enquanto aguardava a chamada de meu vôo, meu irmão me ligou. Conversamos um pouco, já que só nos falamos por cerca de 10 à 15 minutos pessoalmente. Enquanto eu me arrumava para o jantar. Logo que ele desligou recebi uma mensagem de minha mãe.
" A médica me ligou pouco depois que você saiu pra ir jantar. Depois da sua visita o Jefferson só melhorou! Ela ficou muito feliz, assim como eu e com certeza como você também. Te amo, vai com Deus! "
O meu sorriso era o maior possível. Me segurei para não dar um grito de felicidade.
- Amigas, agora estou completamente aliviada!
- Ele melhorou? - Alice perguntou e eu assenti ainda sorrindo. Que maravilha!
- Eu disse que ele iria ficar melhor depois de ver você. - Luísa falou e então recebi o abraço de Fernanda, que estava sentada ao meu lado.
(...)
Cheguei em Fortaleza pela madrugada e depois alimentar minha Julieta, que teve ração e água suficiente enquanto eu estive fora, dormir rapidamente e só acordei com o despertador tocando. Academia e faculdade. Vamos lá!
No intervalo da primeira aula eu vi a mensagem de Bruna.
" Bom dia! "
" Salva aí 😊 "
" Oi! Salvo. 😘 " Surpreendentemente ela começou a digitar.
" Chegou bem? " Que gentil!
" Sim, cheguei. "
" Que bom! "
" Que coincidência você conhecer meu irmão né?! " Minha boca ficou entreaberta sem acreditar. Irmãos?
" Ele é seu irmão? "
" Nossa, que mundo pequeno!"
" Muito pequeno haha "
" Preciso sair, até outra hora. 😘 "
" Beijo! 😘 "
Estou de cara com essa notícia.Pensando bem eles se parecem bastante. Meu Deus, é muita coincidência. Ri negando e voltei a prestar atenção na segunda aula que já havia começado.
||Luan narrando.||
No domingo eu passei o dia compondo no Dudu, junto de Douglas e outros parceiros. Quando cheguei em casa, Rober estava sentado no sofá da sala.
- Que demora hein? Pensei até em ir lá. - Levantou e nos abraçamos, logo em seguida desfiz.
- Porque não foi?
- A Marizete me ofereceu umas coisinhas, preferi ficar. - Rimos.
- O que cê manda, viado?
- Bora pra uma balada.
- Cara, no final de semana que não tenho show cê quer me levar pra balada?
- Qual é, cara? Hoje é só diversão. Já combinei com os guris.
- Eu devia não ir. Ontem cê não quis ir jantar com a gente. - Ele riu.
- Tinha esquema melhor pra minha noite. - Ri negando. Xumba apareceu.
- Tudo bem, meu amor?
- Tudo sim. - Ela me abraçou de lado e eu beijei seus cabelos.
- Rober, qualquer coisa tem uma torta de abacaxi na geladeira. Eu sei que cê ama! Esqueci de oferecer. - sorriu.
- Opa, Marizete! Acho que vou aceitar. - Rimos e ela subiu, dizendo que iria jantar fora com meu pai. Perguntei por Bruna e no meio da escada ela respondeu dizendo que havia saído com Dani a poucos minutos.
- Vai ficar sozinho em casa mesmo? - Rober zoou.
- Beleza, viado. Nós vamos. - Ele riu e disse que ficaria esperando eu me aprontar. Apesar de não querer estar em meio a muito movimento, eu aceitei. É melhor do que ficar em casa sozinho.
Partimos para a balada e chegando lá fomos para o camarote. Encontrei algumas ex peguetes. As cumprimentei e logo fui atrás de alguma bebida para esquentar, junto com Rober, enquanto e esperávamos Douglas, Caio, Breno, He-man e o Negão.
- Fiquei sabendo que a morena que te deu um fora voltou a aparecer. Thaila não é? - ele puxou papo, enquanto aguardavamos nossa bebida.
- Foi. Ela e a Bubu se falam. Se conheceram no salão.
- Sério? - Rober riu.
-Sério. - Sorri ao pensar que é uma enorme coincidência.
- Cê acredita em coincidência? - Perguntou, como se adivinhasse o que eu estou pensando. Antes que eu respondesse, ele continuou. - Porque eu não acredito. Acho que essa menina tá cruzando seu caminho por algum motivo, acho que você tem que pegar ela. - Ele brincou, me fazendo rir.
- Cê para de me zoar, cara! Dá próxima vez que cê levar um fora eu vou falar até você não aguentar mais. - Avisei, em tom de brincadeira e então recebemos nossas bebidas. Rober acabou levando um litro de Whisque e ficamos numa mesinha. Entramos em outros assuntos até os meninos chegarem. Acabei ficando com uma loirona, que beijava muito bem. Fui para casa bem tarde e bastante satisfeito.
Muitooos acontecimentos em um capítulo só né?! Gostarammmm?
Comentários respondidos com amor! 😍
Bjs, Jéssica. ❤
O dia correu rapidamente e em determinada hora decidi ir tomar banho. Quando já estava terminando de me arruma, minha mãe disse do outro lado da porta que Douglas havia chegado. Tratei de me apressar e em seguida desci para encontrar meu amigo.
- Cadê as meninas?
- Acho que já tão descendo. - Nos abraçamos e em seguida sentei junto dele no sofá. Ficamos falando sobre canções e em poucos minutos as meninas estavam prontas. Fomos para o Paris 6, chegando lá, He-man, Caio e Breno já estavam sentado em uma mesa próxima a saída. Depois de nos cumprimentar, todos sentamos e fizemos nossos pedidos. Olhei ao redor e percebi que quase todas as mesas estavam ocupadas. Lotado. Era de se esperar para uma noite de sábado. Isaac chegou até nossa mesa e foi simpático como sempre.
- Você por aqui no domingo?
- Milagres acontecem. - Rimos de leve e ele cumprimentou todos que estavam comigo, muito simpático.
- Que vocês tenham uma ótima noite e um excelente jantar. É um prazer recebê-los.
- Obrigado. - Todos agradeceram ao mesmo tempo sorrindo. Foi só ele se afastar, para minha irmã chamar suas amigas para ir retocar a maquiagem. Elas acabaram de chegar! Neguei com a cabeça enquanto elas já caminhavam. Bruna parou em uma mesa, que estava bem no meio do restaurante. Uma mesa somente com mulheres. Franzi a testa ao perceber que não conhecia nenhuma que estava de frente pra mim, mas ela falava com à que estava de costas. A menina tinha cabelos pretos, bem pretos e a pele branca. Os meninos riam de algo que eu não fazia a mínima ideia. Depois de um momento a morena levantou e pelo corpo eu reconheci. O corpo que quis a semanas atrás. Thaila. A amiga do Wesley que me deu um belo fora. Como elas se conhecem? Me remexi na cadeira quando ela olhou para trás, mas precisamente para nossa mesa. Para mim. Sorriu completamente surpresa e acenou, acenei de volta com um sorriso, mostrando naturalidade, mas por dentro eu tentava entender e aceitar o fato de o quanto o mundo é pequeno.
- Boi cê... Olha a morena! - He-man disse e eles acenaram um para o outro. - Que reencontro hein? - Fez graça e eu apenas neguei sorrindo. Minha irmã e Thaila voltaram a conversar e eu expliquei aos meus amigos como nos conhecemos, depois de eles perguntarem.
- Foi no aniversário do Wesley.
- É, e ela deu um fora bonito nele no último show em Fortaleza. - Ele riram.
- Sério, boi? - Caio perguntou. Assenti.
- Relaxa cara, acontece. - Douglas disse solidário e ao mesmo tempo fazendo graça.
- Eu nem lembrava mais disso. - Fui sincero.
Nossos pedidos chegaram e então o assunto mudou. Fiquei pensando na reação que meu corpo teve ao ver ela. Que porra é essa? Eu tô desejando essa menina? Olhei para a mesa que ela está e percebi que minha irmã já não está junto dela. Suas amigas estavam rindo. Rindo bastante. Parece que o assunto está bastante divertido. Tratei de comer depois de mandar mensagem para Bubu, para que ela voltasse logo já que nossos pedidos já haviam chegado. Cerca de dois minutos depois ela voltou a mesa com suas amigas.
- Vocês se conhecem né?! - ela disse com um sorriso imenso no rosto.
- É, do aniversário do Wesley. - Falei naturalmente.
- Ela me disse. Que mundo pequeno!
- Vocês se conhecem de onde? - Perguntei completamente curioso.
- Do salão. Nos vimos uma vez e conversamos bastante. Ela é um amor de pessoa! - Bruna disse totalmente encantada. Pelo seu jeito de falar, ela gostou bastante de Thaila. Decidi dar o assunto por encerrado e voltei a comer calado, até os meninos iniciarem mais um assunto.
|| Thaila narrando. ||
Minha mãe me ligou na sexta a tarde para dizer que Jefferson havia tido uma pequena piora, o que me deixou completamente aflita. Procurei uma passagem ainda para o mesmo dia e consegui uma a noite. Cheguei em São Paulo na madrugada e hoje, domingo, logo cedo fomos visitá-lo. Seu rosto estava tão abatido! Mas bastou alguns longos minutos para sua expressão mudar para melhor e seu sorriso aparecer. O que me deixou extremamente aliviada! Ele me encantou tanto, desde o primeiro momento. Temos uma ligação forte, não só eu e ele, mas também, eu e sua família. Esse menininho mora no meu coração.
Quando voltei para casa com minha mãe, ainda estava cabisbaixa, preocupada. Ela tentou me tranquilizar, dizendo repetidas vezes que ele ficou muito feliz depois da minha visita. Não vi meu irmão e nem meu pai desde que cheguei. Aqueles famosos desencontros e horários diferente.
Durante a tarde fiquei na companhia de dona Ângela, tentando matar um pouco da saudade dela e a noite fui jantar com minhas melhores amigas, depois de muita insistência delas. É, eu ainda estava preocupada com a situação de Jefferson, mas elas me convenceram ao usarem o argumento de nos vemos pouco. A última coisa que esperava era encontrar Bruna, muito menos Luan e muito mesmo ainda, descobrir que os dois são amigos. Ele vai ficar cruzando meu caminho até quando? É muita coincidência!
- Ainda não entendi porque você deu um fora nesse gato. - Fernanda disse, olhando em direção a mesa que Luan estava.
- Claro que entendeu! Eu sou virgem e ele queria sexo. Preciso ser mais direta?
- Uma pena, amiga. - Alice suspirou enquanto esperávamos a sobremesa. Ri de sua expressão.
- Ele deve ser bom de cama. - Luísa comentou. - Essa garota, Bruna não é? - mudou de assunto. Assenti com a cabeça. - Eu acho que já vi ela em alguma balada.
- Pode ser que sim. - falei.
- Ela parece ser bem legal. - Fernanda disse.
- O santo bateu demais com essa menina! Sabe quando acontece de você gostar da pessoa de cara? - Elas assentiram sorrindo.
- Ela parece ser muito simpática. - Alice disse.
- E ela é! Conversamos como amigas de muito tempo no salão. - Nossas sobremesas chegaram e então quando o garçom se afastou, Fernanda disse:
- Eu devia ter escolhido Luan Santana. - sorriu maliciosa.
- Só assim pra você comer ele, amiga. - Alice brincou e isso nos causou risadas. Elas são as melhores amigas que qualquer pessoa poderia ter! Sou privilegiada por tê-las em minha vida. Contamos tudo uma pra outra e mesmo com a distância sempre presente nossa amizade nunca mudou!
Depois de pagarmos, nos levantamos.
- Você vai lá falar com ele? - Alice perguntou.
- Com eles, eu vou sim. - corrigi e já próximo a saída paramos. - Boa noite!
- Boa noite. - Todos responderam educadamente. Logo Luan levantou.
- Tudo bem? - Me abraçou, colocando uma se suas mãos em volta de minha cintura e a outra na parte de trás da minha cabeça, bem no centro dela.
- Tudo e com você? - Desfez o abraço e então respondeu.
- Tudo ótimo! - Seu amigo fortão levantou e me abraçou também, fazendo a mesma pergunta de Luan.
- Cê vai direto pro aeroporto mesmo? - Bruna perguntou, enquanto Luan me olhava fixamente. Eu acho que nunca fiquei tão constrangida. Parece que ele consegue ver além de mim e ao mesmo tempo, me olha com desejo e claro, sem deixar o sorriso sereno sair do rosto. Que mistura louca!
- Vou, vou sim. Amanhã tenho faculdade. - Sorri, tentando ignorar o olhar dele.
- De uma próxima vez que você vir, vamos marcar alguma coisa.
- Claro!
- Me passa seu número? - pegou o celular e eu prontamente lhe deu. Parece que a batida de santo foi recíproca. - Eu falo com você no whatsapp, daí cê salva o meu tá?! - Sorriu.
- Certo. Bom gente, eu vou indo. Um bom restante de jantar pra vocês.
- Obrigado. - agradeceram.
- Manda um abraço pro Wesley. E boa viagem. - Luan disse e em seguida mais uma vez me abraçou. Ele não sentou um minuto depois que me aproximei. Me dando total atenção. Total atenção mesmo! Tanta atenção através de seus olhares que fiquei sem jeito. Deixou um beijo em minha bochecha e acenou para minhas amigas, em seguida deixou um beijo na bochecha de cada uma. Aproveitei para apresentá-las e só então descobri o nome do fortão. He-man. Aliás, nome não, apelido.
Entramos no carro e eu pude respirar fundo. O cheiro de Luan totalmente empreguinado em mim. De novo. Como no dia do aniversário, como no dia da balada.
- Amigas, cai entre nós ele é bem príncipe. - Luísa disse.
- Aquele gêmeo cantor que é lindo. - Fernando sorriu maliciosa, enquanto Alice dava partida no carro. Todo nós acabamos sendo apresentados. Nós aos amigos dele e eles à nós.
- Suas loucas por homem! - Brinquei, mas o olhar dele ainda pairava em minha mente.
Chegamos no aeroporto e enquanto aguardava a chamada de meu vôo, meu irmão me ligou. Conversamos um pouco, já que só nos falamos por cerca de 10 à 15 minutos pessoalmente. Enquanto eu me arrumava para o jantar. Logo que ele desligou recebi uma mensagem de minha mãe.
" A médica me ligou pouco depois que você saiu pra ir jantar. Depois da sua visita o Jefferson só melhorou! Ela ficou muito feliz, assim como eu e com certeza como você também. Te amo, vai com Deus! "
O meu sorriso era o maior possível. Me segurei para não dar um grito de felicidade.
- Amigas, agora estou completamente aliviada!
- Ele melhorou? - Alice perguntou e eu assenti ainda sorrindo. Que maravilha!
- Eu disse que ele iria ficar melhor depois de ver você. - Luísa falou e então recebi o abraço de Fernanda, que estava sentada ao meu lado.
(...)
Cheguei em Fortaleza pela madrugada e depois alimentar minha Julieta, que teve ração e água suficiente enquanto eu estive fora, dormir rapidamente e só acordei com o despertador tocando. Academia e faculdade. Vamos lá!
No intervalo da primeira aula eu vi a mensagem de Bruna.
" Bom dia! "
" Salva aí 😊 "
" Oi! Salvo. 😘 " Surpreendentemente ela começou a digitar.
" Chegou bem? " Que gentil!
" Sim, cheguei. "
" Que bom! "
" Que coincidência você conhecer meu irmão né?! " Minha boca ficou entreaberta sem acreditar. Irmãos?
" Ele é seu irmão? "
" Nossa, que mundo pequeno!"
" Muito pequeno haha "
" Preciso sair, até outra hora. 😘 "
" Beijo! 😘 "
Estou de cara com essa notícia.Pensando bem eles se parecem bastante. Meu Deus, é muita coincidência. Ri negando e voltei a prestar atenção na segunda aula que já havia começado.
||Luan narrando.||
No domingo eu passei o dia compondo no Dudu, junto de Douglas e outros parceiros. Quando cheguei em casa, Rober estava sentado no sofá da sala.
- Que demora hein? Pensei até em ir lá. - Levantou e nos abraçamos, logo em seguida desfiz.
- Porque não foi?
- A Marizete me ofereceu umas coisinhas, preferi ficar. - Rimos.
- O que cê manda, viado?
- Bora pra uma balada.
- Cara, no final de semana que não tenho show cê quer me levar pra balada?
- Qual é, cara? Hoje é só diversão. Já combinei com os guris.
- Eu devia não ir. Ontem cê não quis ir jantar com a gente. - Ele riu.
- Tinha esquema melhor pra minha noite. - Ri negando. Xumba apareceu.
- Tudo bem, meu amor?
- Tudo sim. - Ela me abraçou de lado e eu beijei seus cabelos.
- Rober, qualquer coisa tem uma torta de abacaxi na geladeira. Eu sei que cê ama! Esqueci de oferecer. - sorriu.
- Opa, Marizete! Acho que vou aceitar. - Rimos e ela subiu, dizendo que iria jantar fora com meu pai. Perguntei por Bruna e no meio da escada ela respondeu dizendo que havia saído com Dani a poucos minutos.
- Vai ficar sozinho em casa mesmo? - Rober zoou.
- Beleza, viado. Nós vamos. - Ele riu e disse que ficaria esperando eu me aprontar. Apesar de não querer estar em meio a muito movimento, eu aceitei. É melhor do que ficar em casa sozinho.
Partimos para a balada e chegando lá fomos para o camarote. Encontrei algumas ex peguetes. As cumprimentei e logo fui atrás de alguma bebida para esquentar, junto com Rober, enquanto e esperávamos Douglas, Caio, Breno, He-man e o Negão.
- Fiquei sabendo que a morena que te deu um fora voltou a aparecer. Thaila não é? - ele puxou papo, enquanto aguardavamos nossa bebida.
- Foi. Ela e a Bubu se falam. Se conheceram no salão.
- Sério? - Rober riu.
-Sério. - Sorri ao pensar que é uma enorme coincidência.
- Cê acredita em coincidência? - Perguntou, como se adivinhasse o que eu estou pensando. Antes que eu respondesse, ele continuou. - Porque eu não acredito. Acho que essa menina tá cruzando seu caminho por algum motivo, acho que você tem que pegar ela. - Ele brincou, me fazendo rir.
- Cê para de me zoar, cara! Dá próxima vez que cê levar um fora eu vou falar até você não aguentar mais. - Avisei, em tom de brincadeira e então recebemos nossas bebidas. Rober acabou levando um litro de Whisque e ficamos numa mesinha. Entramos em outros assuntos até os meninos chegarem. Acabei ficando com uma loirona, que beijava muito bem. Fui para casa bem tarde e bastante satisfeito.
Muitooos acontecimentos em um capítulo só né?! Gostarammmm?
Comentários respondidos com amor! 😍
Bjs, Jéssica. ❤
sábado, 29 de outubro de 2016
Reencontro. Cap 04
•• Um mês se passou ••
Depois de chegar da faculdade, passei a tarde toda fazendo um trabalho para apresentar amanhã. É, deixei para a última hora. O sol já estava se pondo quando eu enfim consegui finalizar. Respirei fundo sentindo um alívio. Adeus trabalho!
Meu celular começou a tocar e eu tentei achá-lo em meio a bagunça. Quando achei, atendi sem olhar quem me ligava.
- Oi!
- Thai, tenho um convite pra você. - Wesley disse do outro lado da linha.
- Pode fazer. - Sorri.
- Bora num show hoje. Eu, você, minha flor, o Vini... Vamos encontrar mais alguns amigos lá.
- Não sei, eu acabei de terminar um trabalho e tô morta de cansada. - passei a mão por minha testa. - Ainda não parei hoje sabe? Academia, faculdade e uma tarde toda tentando fazer um trabalho bom.
- E vai ficar a noite mofando? Bora com a gente. - Insistiu.
- Eu tenho aula amanhã.
- Quantas desculpas você ainda vai ter? - brincou me fazendo rir.
- Não é desculpa.
- Então vamos. Fechou!
- Espera! Não fechou nada. - falei rindo.
- Thai, faz um tempo que não nos vemos. Nos meus dias de folga você não tinha tempo. Desde o meu aniversário! A Thi também não vê você a umas duas semanas.
- Apelando pro emocional né?! - Encolhi os olhos e ele gargalhou.
- Só tô falando a verdade.
- Tudo bem, eu vou. - decidi me render ao seu convite. Estou com saudade de todos. Ouvi ele comemorar, isso me fez sorrir.
- O Vinícius vai passar aí e a gente se encontra lá, beleza?
- Fechado. - sorri. - Beijo.
- Outro, frescurenta. - Desligou e eu decidi levantar e decidir com que roupa ir. Só então lembrei que nem ao menos perguntei que bandas estarão no show. Espero que eu goste.
•• Algumas horas depois ••
Depois do banho, decidi por uma roupa leve e de cor neutra, antes de sair tentei algumas fotos no banheiro, até que Vini me atrapalhou.
- Tô aqui embaixo. - Falou assim que atendi sua ligação.
- Tô indo. - desliguei e peguei minha bolsa, indo ao encontro de meu amigo.
Fomos o caminho todo ouvindo músicas e cantando ridiculamente, nesse percurso eu postei uma das fotos que bati no banheiro:
" White love 🙆"
Já bem perto do centro de eventos decidi chamar Mathias e Viviane através do whatsapp. Meu amigo aceitou, mas Vivi disse que dormirá na casa do namorado e havia acabado de chegar de um jantar.
Ao chegarmos no camarote, não demoramos a achar Wesley, Thyane e Odete, rodeados de algumas pessoas querendo fotos. Logo que os fãs conseguiram o que queriam, se afastaram. E então pude cumprimentar meus amigos. Tocava música eletrônica, acho que estava no intervalo entre uma banda e outra.
- Onde estão as crianças? - Perguntei a Thyane, depois de já ter cumprimentado todos.
- Ficaram com minha sogra. - Sorriu e então entrou um radialista no palco anunciando a próxima atração e então só aí eu soube que se tratava de um show do Luan Santana. O radialista ficou naquela enrolação, enquanto as pessoas gritavam eufóricas. Ele tem muito fãs aqui! Logo começou a abertura, um cara no piano tocando. Fiquei atenta a todo movimento. Não demorou muito e ele entrou no palco e a galera foi a loucura. Sorri com a euforia enorme de todos! Thyane já estava na grade e Wesley a abraçava por trás.
- Thai, vem. - Vini pegou minha mão me levando até um espaço que ele achou, também na grade. - Se você não ficar aqui, não vai ver nada. - falou próximo ao meu ouvido, me zoando. Fingi uma risada e ele gargalhou. Assisti todo o show atentamente e cantei as mais conhecidas. É realmente um espetáculo! A energia que ele passa é incrível. Eu gostei demais!
Depois que ele se despediu do público, começou as músicas eletronicas novamente, misturadas com funk.
- Ele manda muito bem! - comentei.
- Verdade, o cara é massa! - Vinícius falou, enquanto nós já não estávamos mais na grade.
- Ele é foda demais. - Wesley disse.
- Só que você é melhor. - Thyane falou e nós junto de Odete fizemos um coro de: "onw." Vini me abraçou por trás, passando um de seus braço em volta do meu pescoço.
- As pessoas vão pensar que você tá tentando me matar. - Brinquei e ele gargalhou.
- Odete, bora beber! - Vinícius disse e logo os dois foram até o bar. Fiquei conversando com meu casal de amigos e minutos depois eles voltaram.
- Eu amo essa música! - Odete disse, quando começou a tocar uma nova da Ludmila. Começou a dançar, segurando seu copo.
- Experimenta, Thai. - Vini brincou, colocando seu copo proximo a minha boca. O cheiro forte da bebida me fez fazer careta.
- Para, você sabe que eu não bebo! - bati em seu braço, enquanto ele gargalhava com Wesley. - Quem vai entrar agora? Perguntei ao ver o radialista voltar.
- Matheus fernandes. - Thyane respondeu e então vi Wesley olhar em uma direção e sorrir. Acompanhei seu olhar e vi que se tratava de Luan e seus três amigos na entrada do camarote. Ele tirava selfie com uma mulher, logo depois com outra, outra, outra... A namorada de Matheus Fernandes passou por nós.
- Já vai começar!!! - disse animada. - Thaila, faz tempo que não te vejo! - Me abraçou rapidamente, enquanto eu sorria. Ela é um amor. - Vou correr. - Desfez o abraço e foi em passos largos para mais próximo do palco.
- Ela é doidinha! - Thyane disse sorrindo e no mesmo instante Luan e seus companheiros, se aproximaram de nós. Os cumprimentos começaram e me surpreendi, por seus amigos ainda lembrarem de mim. Que memória boa! Quando foi a vez dele, me abraçou.
- Tudo bem com seus pés? - brincou me fazendo rir.
- Tive uma rápida recuperação. - Ele riu e desfez o abraço. - Seu show é muito bom!
- Cê nunca tinha ido? - perguntou supreso e eu neguei com a cabeça. Logo Wesley puxou outro assunto com ele, tomando sua atenção.
- Ou, cadê suas amigas? - o baixinho disse, sugestivamente.
- As mais íntimas em São Paulo. A mais próxima que tenho aqui está com o namorado e a outra, como você pode ver tá com o marido. - Os fortões riram e eu sorri. Vi Mathias adentrar no camarote, logo pedi licença e fui ao seu encontro, ou ele não me encontraria tão cedo nessa multidão.
- Que lotação! - Ele comentou, assim que me abraçou.
- Tudo bem?
- Tudo. E com você?
- Também. Você fez o trabalho de amanhã?
- Fiz, mas esquece faculdade por enquanto. - Fez careta e eu ri.
- Tá, então vem. - segurei sua mão e levei até a rodinha onde eu já estava, agora todos riam de algo. Thyane, Wesley, Vinícius e Odete, cumprimentaram Mathias. O apresentei aos demais e me envolvi numa animada conversa com Mathias, até que uma loira passou dando mole pra ele, explicitamente.
- Eu não posso perder, gata. - piscou o olho e já foi atrás da mulher. Neguei sorrindo ao ver ele cumprimentando ela.
- Parceira, bora dançar! - Luan disse e eu o olhei. Sorrimos um para o outro.
- Se você não acabar com meus pés. - Rimos e ele me pegou pela mão, juntando seu corpo ao meu.
- Gostou do forró hein, boi?! - Um de seus amigos falou.
- Gostei demais. - Ele disse sorrindo. E eu achei que tinha uma certa malícia em sua voz, mas deixei pra lá. Ele me levava, e não era bem um forró. Estava mais para arrocha, mas pelo menos eu não levava pisões no pé.
- Aquele cara é seu amigo? - perguntou próximo ao meu ouvido. Acho que se referiu a Mathias.
- É.
- Só seu amigo?
- Sim. - ri de leve.
- Então você é solteira?
- Sou sim. - ele afastou um pouco seu rosto e me olhou. Sorriu.
- Gostei de saber.
- Ah foi?! - ergui as sobrancelhas, entendendo tudo.
- É. Eu queria muito curtir a noite com você. - Seu rosto ficou mais próximo e em seguida foi para meu pescoço, cheirando em seguida. Me arrepiei.
- Não vai dar. - neguei, sabendo que ele só quer me comer e eu não estou disponível pra isso.
- Porque, uai? - me olhou novamente.
- Porque eu não tô afim de ficar com ninguém hoje. - fui direta. Usando a clássica desculpa. Se fosse uns beijos, é claro que rolaria, mas para sexo não.
- Entendi. - sorriu, mas pude perceber seu ego ferido. Não é todo dia que Luan Santana leva um fora. Acho que isso quase nunca acontece. Dançamos até o fim da música em silêncio, mas não era um silêncio contrangedor. As vezes trocavamos sorrisos. Eu estava confortável com ele.
Depois que voltamos para a rodinha dos amigos, começaram as zoações com Luan. Uns diziam que ele se saiu melhor, outro falavam que ele continuava muito mal. Vini se aproximou e me abraçou.
- Eu percebi um clima entre vocês. - falou próximo ao meu ouvido. Ri.
- Ele pediu pra curtir a noite comigo.
- E você não quis...
- Não. Ele só quer levar pro hotel e gozar. Eu não sirvo pra isso. Você sabe.
- É verdade, você tem razão. Mas cara, uns beijos não seriam nada demais.
- E depois viria a pergunta: " Bora pro hotel que tô hospedado?" ou " Bora pra um lugar mais tranquilo? " Só adiantei um não que teria que dar em algum momento.
- Tu não é fácil! - Ele riu. E se afastou. Pude capturar o olhar interrogativo de Luan sobre nós. Será que ele acha que o Vini está tentando algo comigo? Decidi me afastar um pouco e procurar algum lugar na grade. Assim que achei, comecei a assistir o show do Matheus Fernandes e cantar algumas músicas. Recebi olhares de alguns homens, mas não passou disso.
|| Luan narrando.||
Depois do show em Fortaleza, fui para o camarote, pois já havia combinado de curtir o restante da noite com Wesley. Encontrei a Thaila. Impossível esquecer o nome dela! Mesmo eu sendo um lerdo, lembrei por ser um nome bastante diferente. Eu queria muito ter um noite de prazer e já que ela era a mais próxima, decidi tentar algo a mais. Mesmo lembrando que minha primeira impressão foi de que ela não vai pra cama com qualquer um. Mas quem sabe eu não estivesse enganado? Ela é linda e acho que me daria uma noite maravilhosa. Mas depois do fora que levei, decidi não tentar com mais ninguém. Há quantos anos eu não levo um fora? Sim, anos! Pelo menos eu acho. Já havia esquecido a sensação de receber um não.
- Que cara é essa, viado? - Testa perguntou rindo, para que somente eu ouvisse.
- A Thaila me deu um fora. Acredita? - ri sem ânimo.
- Rapaz! - ele riu. - Pra quem disse no aniversário do Wesley que não tinha ficado afim dela...
- E não tava. Eu só queria uma noite hoje. Ela era a mais próxima e é linda, pensei que poderia rolar.
- Mas se enganou, parceiro. - deu um tapinha em minhas costas.
- Viado, bora pegar uma bebida? - Chamei He-man e o negão veio junto. Rober já estava bebendo.
No bar fizemos nosso pedido, enquanto aguardava, bati selfies com algumas pessoas que pediram. Logo que ficou somente eu e meus amigos, Wellington perguntou:
- Vai ficar no 0 a 0, boi?
- Depois do fora que levei, até desanimei. - Ri de leve.
- De quem? - He-man perguntou curioso.
- Da Thaila.
- Cê disse que não queria a menina, uns dias atrás.
- Só queria me divertir hoje.
- Ta brabo o negócio viu?! - Negão fez graça. - Eu nem vou tentar, se tá assim pro viado, imagina pra nós?
- Ah e vocês tão querendo ela também? - Perguntei.
- Não, cara. Eu não! Tô falando da mulherada em geral.
- Cê já quer parceiro, então pra mim é homem. - He-man disse e nós rimos.
- Amanhã passa, boi. Todo mundo tem um dia mal. - Negão fez graça e nossas bebidas chegaram.
- Eu tô de boa, seus viados. - Fingi naturalidade, mas é claro que foi no mínimo estranho levar um fora. Logo depois o cara agarrou ela, o mesmo que estava no aniversário. Lembro dele. Lembro que fomos apresentados, mas seu nome esqueci completamente. Se ele tentou algo, ela também deu um chega pra lá, já que logo se afastaram e a baixinha foi para a grade ver o show. Durante o percursso até a roda da galera, parei para algumas fotos.
Os minutos foram passando e vi algumas mulheres se insinuarem pra mim, mas acho que é melhor terminar a noite sossegado mesmo. Quando o show do cara acabou, ela voltou e perguntou por Vini e Mathias. Deduzi que seriam os dois caras que estavam conosco.
- Mathias sumiu! E Vini foi pegar bebida com Odete. - Ouvi Thyane falar. Examinei o corpo de Thaila. Ela é uma tremenda gostosa! Olhei seu rosto e agora ela colocava uma mecha do cabelo atrás da orelha, enquanto sorria para a esposa de Wesley. É linda. E me deu um fora.
Depois de mais um show, todos nós decidimos ir embora. No estacionamento, nos despedimos e ela veio até mim.
- Tchau, até uma próxima. - beijou minha bochecha, enquanto me abraçava.
- Até, linda. - beijei seu rosto e cheirei seu pescoço. Eu queria essa mulher hoje! Receber um não só me fez querer mais. Ela desfez o abraço e sorriu pra mim simpática. Wesley veio se despedir em seguida. Depois de todas as despedidas, fui com meus amigos para o hotel. Eles comentaram novamente sobre o fora que levei e até eles estavam incrédulos. Não são acostumados a me ouvir contando histórias do tipo. Mas faz parte da vida de qualquer homem. Mesmo eu sendo o Luan Santana, levo foras também.
Acho que ninguém esperava por esse fora né, migas? 😂 Luanzinho ficou desanimado depois do não que levou e ainda na vontade. O que acharam? Hahaha.
Preciso sair, postei rapidinho por isso não respondi os comentários, mas obrigada por cada um viu?! 😍
Bjs, Jéssica. ❤
Depois de chegar da faculdade, passei a tarde toda fazendo um trabalho para apresentar amanhã. É, deixei para a última hora. O sol já estava se pondo quando eu enfim consegui finalizar. Respirei fundo sentindo um alívio. Adeus trabalho!
Meu celular começou a tocar e eu tentei achá-lo em meio a bagunça. Quando achei, atendi sem olhar quem me ligava.
- Oi!
- Thai, tenho um convite pra você. - Wesley disse do outro lado da linha.
- Pode fazer. - Sorri.
- Bora num show hoje. Eu, você, minha flor, o Vini... Vamos encontrar mais alguns amigos lá.
- Não sei, eu acabei de terminar um trabalho e tô morta de cansada. - passei a mão por minha testa. - Ainda não parei hoje sabe? Academia, faculdade e uma tarde toda tentando fazer um trabalho bom.
- E vai ficar a noite mofando? Bora com a gente. - Insistiu.
- Eu tenho aula amanhã.
- Quantas desculpas você ainda vai ter? - brincou me fazendo rir.
- Não é desculpa.
- Então vamos. Fechou!
- Espera! Não fechou nada. - falei rindo.
- Thai, faz um tempo que não nos vemos. Nos meus dias de folga você não tinha tempo. Desde o meu aniversário! A Thi também não vê você a umas duas semanas.
- Apelando pro emocional né?! - Encolhi os olhos e ele gargalhou.
- Só tô falando a verdade.
- Tudo bem, eu vou. - decidi me render ao seu convite. Estou com saudade de todos. Ouvi ele comemorar, isso me fez sorrir.
- O Vinícius vai passar aí e a gente se encontra lá, beleza?
- Fechado. - sorri. - Beijo.
- Outro, frescurenta. - Desligou e eu decidi levantar e decidir com que roupa ir. Só então lembrei que nem ao menos perguntei que bandas estarão no show. Espero que eu goste.
•• Algumas horas depois ••
Depois do banho, decidi por uma roupa leve e de cor neutra, antes de sair tentei algumas fotos no banheiro, até que Vini me atrapalhou.
- Tô aqui embaixo. - Falou assim que atendi sua ligação.
- Tô indo. - desliguei e peguei minha bolsa, indo ao encontro de meu amigo.
Fomos o caminho todo ouvindo músicas e cantando ridiculamente, nesse percurso eu postei uma das fotos que bati no banheiro:
" White love 🙆"
Já bem perto do centro de eventos decidi chamar Mathias e Viviane através do whatsapp. Meu amigo aceitou, mas Vivi disse que dormirá na casa do namorado e havia acabado de chegar de um jantar.
Ao chegarmos no camarote, não demoramos a achar Wesley, Thyane e Odete, rodeados de algumas pessoas querendo fotos. Logo que os fãs conseguiram o que queriam, se afastaram. E então pude cumprimentar meus amigos. Tocava música eletrônica, acho que estava no intervalo entre uma banda e outra.
- Onde estão as crianças? - Perguntei a Thyane, depois de já ter cumprimentado todos.
- Ficaram com minha sogra. - Sorriu e então entrou um radialista no palco anunciando a próxima atração e então só aí eu soube que se tratava de um show do Luan Santana. O radialista ficou naquela enrolação, enquanto as pessoas gritavam eufóricas. Ele tem muito fãs aqui! Logo começou a abertura, um cara no piano tocando. Fiquei atenta a todo movimento. Não demorou muito e ele entrou no palco e a galera foi a loucura. Sorri com a euforia enorme de todos! Thyane já estava na grade e Wesley a abraçava por trás.
- Thai, vem. - Vini pegou minha mão me levando até um espaço que ele achou, também na grade. - Se você não ficar aqui, não vai ver nada. - falou próximo ao meu ouvido, me zoando. Fingi uma risada e ele gargalhou. Assisti todo o show atentamente e cantei as mais conhecidas. É realmente um espetáculo! A energia que ele passa é incrível. Eu gostei demais!
Depois que ele se despediu do público, começou as músicas eletronicas novamente, misturadas com funk.
- Ele manda muito bem! - comentei.
- Verdade, o cara é massa! - Vinícius falou, enquanto nós já não estávamos mais na grade.
- Ele é foda demais. - Wesley disse.
- Só que você é melhor. - Thyane falou e nós junto de Odete fizemos um coro de: "onw." Vini me abraçou por trás, passando um de seus braço em volta do meu pescoço.
- As pessoas vão pensar que você tá tentando me matar. - Brinquei e ele gargalhou.
- Odete, bora beber! - Vinícius disse e logo os dois foram até o bar. Fiquei conversando com meu casal de amigos e minutos depois eles voltaram.
- Eu amo essa música! - Odete disse, quando começou a tocar uma nova da Ludmila. Começou a dançar, segurando seu copo.
- Experimenta, Thai. - Vini brincou, colocando seu copo proximo a minha boca. O cheiro forte da bebida me fez fazer careta.
- Para, você sabe que eu não bebo! - bati em seu braço, enquanto ele gargalhava com Wesley. - Quem vai entrar agora? Perguntei ao ver o radialista voltar.
- Matheus fernandes. - Thyane respondeu e então vi Wesley olhar em uma direção e sorrir. Acompanhei seu olhar e vi que se tratava de Luan e seus três amigos na entrada do camarote. Ele tirava selfie com uma mulher, logo depois com outra, outra, outra... A namorada de Matheus Fernandes passou por nós.
- Já vai começar!!! - disse animada. - Thaila, faz tempo que não te vejo! - Me abraçou rapidamente, enquanto eu sorria. Ela é um amor. - Vou correr. - Desfez o abraço e foi em passos largos para mais próximo do palco.
- Ela é doidinha! - Thyane disse sorrindo e no mesmo instante Luan e seus companheiros, se aproximaram de nós. Os cumprimentos começaram e me surpreendi, por seus amigos ainda lembrarem de mim. Que memória boa! Quando foi a vez dele, me abraçou.
- Tudo bem com seus pés? - brincou me fazendo rir.
- Tive uma rápida recuperação. - Ele riu e desfez o abraço. - Seu show é muito bom!
- Cê nunca tinha ido? - perguntou supreso e eu neguei com a cabeça. Logo Wesley puxou outro assunto com ele, tomando sua atenção.
- Ou, cadê suas amigas? - o baixinho disse, sugestivamente.
- As mais íntimas em São Paulo. A mais próxima que tenho aqui está com o namorado e a outra, como você pode ver tá com o marido. - Os fortões riram e eu sorri. Vi Mathias adentrar no camarote, logo pedi licença e fui ao seu encontro, ou ele não me encontraria tão cedo nessa multidão.
- Que lotação! - Ele comentou, assim que me abraçou.
- Tudo bem?
- Tudo. E com você?
- Também. Você fez o trabalho de amanhã?
- Fiz, mas esquece faculdade por enquanto. - Fez careta e eu ri.
- Tá, então vem. - segurei sua mão e levei até a rodinha onde eu já estava, agora todos riam de algo. Thyane, Wesley, Vinícius e Odete, cumprimentaram Mathias. O apresentei aos demais e me envolvi numa animada conversa com Mathias, até que uma loira passou dando mole pra ele, explicitamente.
- Eu não posso perder, gata. - piscou o olho e já foi atrás da mulher. Neguei sorrindo ao ver ele cumprimentando ela.
- Parceira, bora dançar! - Luan disse e eu o olhei. Sorrimos um para o outro.
- Se você não acabar com meus pés. - Rimos e ele me pegou pela mão, juntando seu corpo ao meu.
- Gostou do forró hein, boi?! - Um de seus amigos falou.
- Gostei demais. - Ele disse sorrindo. E eu achei que tinha uma certa malícia em sua voz, mas deixei pra lá. Ele me levava, e não era bem um forró. Estava mais para arrocha, mas pelo menos eu não levava pisões no pé.
- Aquele cara é seu amigo? - perguntou próximo ao meu ouvido. Acho que se referiu a Mathias.
- É.
- Só seu amigo?
- Sim. - ri de leve.
- Então você é solteira?
- Sou sim. - ele afastou um pouco seu rosto e me olhou. Sorriu.
- Gostei de saber.
- Ah foi?! - ergui as sobrancelhas, entendendo tudo.
- É. Eu queria muito curtir a noite com você. - Seu rosto ficou mais próximo e em seguida foi para meu pescoço, cheirando em seguida. Me arrepiei.
- Não vai dar. - neguei, sabendo que ele só quer me comer e eu não estou disponível pra isso.
- Porque, uai? - me olhou novamente.
- Porque eu não tô afim de ficar com ninguém hoje. - fui direta. Usando a clássica desculpa. Se fosse uns beijos, é claro que rolaria, mas para sexo não.
- Entendi. - sorriu, mas pude perceber seu ego ferido. Não é todo dia que Luan Santana leva um fora. Acho que isso quase nunca acontece. Dançamos até o fim da música em silêncio, mas não era um silêncio contrangedor. As vezes trocavamos sorrisos. Eu estava confortável com ele.
Depois que voltamos para a rodinha dos amigos, começaram as zoações com Luan. Uns diziam que ele se saiu melhor, outro falavam que ele continuava muito mal. Vini se aproximou e me abraçou.
- Eu percebi um clima entre vocês. - falou próximo ao meu ouvido. Ri.
- Ele pediu pra curtir a noite comigo.
- E você não quis...
- Não. Ele só quer levar pro hotel e gozar. Eu não sirvo pra isso. Você sabe.
- É verdade, você tem razão. Mas cara, uns beijos não seriam nada demais.
- E depois viria a pergunta: " Bora pro hotel que tô hospedado?" ou " Bora pra um lugar mais tranquilo? " Só adiantei um não que teria que dar em algum momento.
- Tu não é fácil! - Ele riu. E se afastou. Pude capturar o olhar interrogativo de Luan sobre nós. Será que ele acha que o Vini está tentando algo comigo? Decidi me afastar um pouco e procurar algum lugar na grade. Assim que achei, comecei a assistir o show do Matheus Fernandes e cantar algumas músicas. Recebi olhares de alguns homens, mas não passou disso.
|| Luan narrando.||
Depois do show em Fortaleza, fui para o camarote, pois já havia combinado de curtir o restante da noite com Wesley. Encontrei a Thaila. Impossível esquecer o nome dela! Mesmo eu sendo um lerdo, lembrei por ser um nome bastante diferente. Eu queria muito ter um noite de prazer e já que ela era a mais próxima, decidi tentar algo a mais. Mesmo lembrando que minha primeira impressão foi de que ela não vai pra cama com qualquer um. Mas quem sabe eu não estivesse enganado? Ela é linda e acho que me daria uma noite maravilhosa. Mas depois do fora que levei, decidi não tentar com mais ninguém. Há quantos anos eu não levo um fora? Sim, anos! Pelo menos eu acho. Já havia esquecido a sensação de receber um não.
- Que cara é essa, viado? - Testa perguntou rindo, para que somente eu ouvisse.
- A Thaila me deu um fora. Acredita? - ri sem ânimo.
- Rapaz! - ele riu. - Pra quem disse no aniversário do Wesley que não tinha ficado afim dela...
- E não tava. Eu só queria uma noite hoje. Ela era a mais próxima e é linda, pensei que poderia rolar.
- Mas se enganou, parceiro. - deu um tapinha em minhas costas.
- Viado, bora pegar uma bebida? - Chamei He-man e o negão veio junto. Rober já estava bebendo.
No bar fizemos nosso pedido, enquanto aguardava, bati selfies com algumas pessoas que pediram. Logo que ficou somente eu e meus amigos, Wellington perguntou:
- Vai ficar no 0 a 0, boi?
- Depois do fora que levei, até desanimei. - Ri de leve.
- De quem? - He-man perguntou curioso.
- Da Thaila.
- Cê disse que não queria a menina, uns dias atrás.
- Só queria me divertir hoje.
- Ta brabo o negócio viu?! - Negão fez graça. - Eu nem vou tentar, se tá assim pro viado, imagina pra nós?
- Ah e vocês tão querendo ela também? - Perguntei.
- Não, cara. Eu não! Tô falando da mulherada em geral.
- Cê já quer parceiro, então pra mim é homem. - He-man disse e nós rimos.
- Amanhã passa, boi. Todo mundo tem um dia mal. - Negão fez graça e nossas bebidas chegaram.
- Eu tô de boa, seus viados. - Fingi naturalidade, mas é claro que foi no mínimo estranho levar um fora. Logo depois o cara agarrou ela, o mesmo que estava no aniversário. Lembro dele. Lembro que fomos apresentados, mas seu nome esqueci completamente. Se ele tentou algo, ela também deu um chega pra lá, já que logo se afastaram e a baixinha foi para a grade ver o show. Durante o percursso até a roda da galera, parei para algumas fotos.
Os minutos foram passando e vi algumas mulheres se insinuarem pra mim, mas acho que é melhor terminar a noite sossegado mesmo. Quando o show do cara acabou, ela voltou e perguntou por Vini e Mathias. Deduzi que seriam os dois caras que estavam conosco.
- Mathias sumiu! E Vini foi pegar bebida com Odete. - Ouvi Thyane falar. Examinei o corpo de Thaila. Ela é uma tremenda gostosa! Olhei seu rosto e agora ela colocava uma mecha do cabelo atrás da orelha, enquanto sorria para a esposa de Wesley. É linda. E me deu um fora.
Depois de mais um show, todos nós decidimos ir embora. No estacionamento, nos despedimos e ela veio até mim.
- Tchau, até uma próxima. - beijou minha bochecha, enquanto me abraçava.
- Até, linda. - beijei seu rosto e cheirei seu pescoço. Eu queria essa mulher hoje! Receber um não só me fez querer mais. Ela desfez o abraço e sorriu pra mim simpática. Wesley veio se despedir em seguida. Depois de todas as despedidas, fui com meus amigos para o hotel. Eles comentaram novamente sobre o fora que levei e até eles estavam incrédulos. Não são acostumados a me ouvir contando histórias do tipo. Mas faz parte da vida de qualquer homem. Mesmo eu sendo o Luan Santana, levo foras também.
Acho que ninguém esperava por esse fora né, migas? 😂 Luanzinho ficou desanimado depois do não que levou e ainda na vontade. O que acharam? Hahaha.
Preciso sair, postei rapidinho por isso não respondi os comentários, mas obrigada por cada um viu?! 😍
Bjs, Jéssica. ❤
sexta-feira, 28 de outubro de 2016
Curtindo a família. Cap 03
Último dia de prova! Logo que entrei na sala, encontrei Mathias e Viviane. Minhas companhias da faculdade. Falo com muita gente aqui, mas os dois são meus grudes de todas as manhãs.
- Cara, tô me cagando. - Viviane falou visivelmente nervosa, assim que sentei ao seu lado. Gargalhei junto de Mathias. - É sério, se eu não tirar nota boa na matéria do Frascisco, tô ferrada!
- Calma, gata. Vai dar certo. - Mathias disse. Ele é bi, mas quem vê jura que não é. - Já recorri a todos os santos, lindas.
- Eu recorri as minhas unhas mesmo, olha como estão estragadas. - Vivi mostrou suas unhas ruídas.
- Eu tô confiante. Se quase me matei de estudar, vou tirar nota boa. - Eu disse.
- Nós vamos. - Mathias falou confiante.
- Amém, amigos. - Vivi fez o sinal da cruz e em poucos minutos já estávamos fazendo a prova.
• mais de uma hora depois •
- O que vão fazer no fim de semana? - Mathias perguntou, quando já estávamos saindo da faculdade.
- Vou ver minha família. - Respondi.
- Eu vou pra serra com o boy. - Vivi falou.
- Nossa, só eu que vou ficar mofando?
- Só você, amigo. - Vivi e eu falamos juntas, causando risadas em nós três. Nos despedimos já no estacionamento. Cheguei em casa e já fui arrumar minha mala. Quando já estava terminando, vi que meu pai me ligava.
- Oi, pai?
- Como foi a prova? - Sabia que essa séria sua pergunta.
- Acho que fui bem.
- Não quero achismos, Thaila. Se você realmente estudou é pra ter certeza que se saiu bem. - Suspirei pedindo paciência. Quanta pressão!
- Eu estudei, pai. Você sabe disso.
- Então seja mais confiante de que se saiu bem.
- Eu fui bem. - Falei a frase que ele queria ouvir.
- Que bom. - pude perceber que ele sorria. - Comprou suas passagens pra que horas?
- Pela manhã eu tô aí. Combinei com a Alice, ela vai me buscar.
- Tudo bem. Estamos esperando você.
- Tá, beijo.
- Outro. - Desligou sem ao menos dizer um, " eu te amo ", ou sem ao menos perguntar se eu estava bem. Meu pai nunca soube demonstrar corretamente seus sentimentos. Vejo seu amor através da sua exagerada proteção. Mas cobrar ele sempre soube fazer muito bem. Agora que Gustavo já alcançou seu sonho, ele não pega tanto no pé do meu irmão, mas há anos atrás era quase a mesma coisa que é comigo hoje.
Durante a tarde fui para a academia, já que pela manhã eu não consegui, pois acordei atrasada.
Depois de gastar duas horas fazendo exercícios, ainda tive pique para uma aula de Zumba. No fim da tarde sai destruída! Ao voltar para meu lar, depois de um merecido banho, coloquei minhas séries em dia com Julieta do meu lado. Quando percebi já era noite e então decidi pedir um japa, depois de comer eu não demorei muito a dormir.
Logo que amanheceu fui para o aeroporto de táxi, levando Julieta comigo. Não demoramos muito a desembarcar em São Paulo, logo vi minha amiga. Sorri e em passos largos fui ao seu encontro.
- Só você pra me fazer madrugar. - Disse ao me abraçar.
- Você é a melhor pessoa, sabe disso.
- Eu senti saudade. - ela ainda me apertava.
- Eu também. - Desfez o abraço.
- Agora vamos né? Eu ainda tenho que ir trabalhar.
- Vamos. - Entramos em seu carro e libertei minha cadelinha de sua casinha temporária. Fomos conversando, colocando o papo em dia. E ela também tocou no nome do Luan Santana, me questionou sobre os xingamentos e o porque de ele me seguir. Depois de esclarecer tudo pra ela, chegamos em casa.
- Eu nem vou descer, Thai. Mais tarde eu apareço.
- Tudo bem. Beijo e obrigada. - Beijei seu rosto e em seguida desci. Apertei a campanhia de casa e logo Maria apareceu.
- Não sabia que você vinha hoje! - Sorri ao ouvir seu sotaque baiano. - Num é sexta hoje? Tu não tem aula na faculdade não?
- Até tenho, mas faltei um diazinho. As provas acabaram ontem. - Falei enquanto já entrava. Julieta já saiu correndo pelo meio da casa.
- Ah sim, entendi. - Me olhou por um momento com as mãos na cintura. - Você faz falta aqui. - Sorri toda derretida.
- Ô Maria, meu amor! Eu também sinto falta de vocês. - Fui abraça-la. - Daqui há alguns anos estou de volta. Você me aguarde. - Desfiz o abraço e ouvi a voz do meu pai.
- Não imaginei que viria tão cedo. - Falou enquanto descia as escadas.
- Eu quero aproveitar o máximo de tempo. - Sorri e ele me abraçou forte.
- Como foi a viagem?
- Foi maravilhosa. - Fechei meus olhos, me sentindo feliz por estar com ele.
- Eu achei essa ideia de você faltar faculdade muito desnecessária. Tem certeza que consegue colocar a matéria em dia? - desfez o abraço.
- Tenho, pai. - suspirei me sentindo agora um pouco chateada. Sempre cobrança! - Onde tá minha mãe e o chulé?
- Seu irmão já tá descendo, só vai treinar na parte da manhã hoje. Sua mãe ainda tá dormindo... Pelo menos eu acho.
- Entendi.
- Nós vamos almoçar juntos, certo?
- Certo, capitão! - bati continência sorrindo e ele riu.
- Essa menina... - Disse olhando Maria. Senti duas mãos sobre meus olhos e pelo perfume eu reconheci.
- Adivinha quem é? - Gustavo disse.
- O chulé mais fedido que existe? - Ele gargalhou me contagiando. Tirou as mãos de meus olhos e quando virei de frente pra ele, já o encontrei todo arrumado para ir ao treino. Sem esperar mais nada me abraçou, tirando meu pés do chão e me rodando, me fazendo gritar. - Para, seu louco! - Falei em meio a gargalhadas. - Pai, olha isso. Eu vou vomitar. - Depois de ouvir a última palavra ele me soltou e eu me senti tonta.
- Eu senti sua falta, chulé! Cê demorou pra voltar dessa vez hein?
- Pois é, a faculdade tá cada vez mais puxada.
- Eu tenho que ir agora com o pai, mas ó, depois cê vai me contar como foi o aniversário do Wesley.
- Eu conto tudinho, agora vai. - Beijei seu rosto e recebi outro. Meu pai me abraçou mais uma vez e então eles saíram. Meu irmão para o treino e meu pai com certeza para alguma reunião, ou para o escritório.
Decidi ir acordar minha mãe, entrei em seu quarto e pulei em cima dela.
- Acorda, sua linda! - Falei alto e ela resmungou.
- Isso é jeito de me acordar? Poxa, Thaila. Quase me mata de susto. - Ri ao ver sua expressão.
- Desculpa. Agora levanta logo, quero passar a manhã toda com você. Programinha de mãe e filha, beleza?
- Beleza, mas eu escolho onde vamos.
- Por mim, tudo bem. - Sai de cima dela e enquanto ela foi tomar banho, fui olhar meus filhos. Ficaram enlouquecidos quando me viram! Eram tantos latidos e eu nem sabia com qual falar primeiro. Maria que estava limpando o enorne quintal, riu ao ver a cena. Acabei sentando na grama junto deles e com o tempo foram acalmando. Alguns se espalharam pelo quintal brincando e então decidi levantar, afinal minha mãe já deve estar quase pronta, já se passaram alguns minutos.
- Maria, bate uma foto aqui. - Pedi e ela atendeu com toda a simpatia do mundo.
- Obrigada. - Olhei a foto com dois dos sete filhinhos. No caminho até o quarto da minha mãe, eu postei:
" 😍 "
Quando adentrei ao quarto, dona Ângela ainda não estava pronta.
- Nossa, mãe. Que demora!
- Calma aí! - Disse enquanto decidia qual blusa vestir. Tirei meu óculos escuro e fiquei olhando o instagram mais um pouco, na tentativa de não ficar entediada. Vi uma foto do Matheus, ainda do dia do aniversário do Wesley. Haviam todos da rodinha dos cantores. Vi Luan na ponta e decidi olhar seu ig, vi somente as fotos do topo e decidi segui-lo, se vai dar o que falar ou não, pouco importa. Ele me seguiu, então não custa nada seguir de volta. Nos falamos, ele é super gente boa, então porque não? Luísa mandou uma mensagem no whatsapp perguntando se eu já havia chegado. Acabei iniciando uma conversa com ela.
" Avisa o bonde que a noite é noisss! HAHAHA "
" Onde vamos, Thailonaaa? "
" Bora jantar em algum restaurante, pode ser? "
" Claro, pode sim. Vou avisar ao Bonde! HAHAHA "
" 😂 Tá. Mais tarde combinamos o horário, vou sair com a minha mãe agora. Beijãooo! "
" Beijo, amiga. 💛"
Depois de mais alguns minutos, minha mãe ficou pronta e então saímos. Quando entramos em seu carro perguntei:
- Onde vamos?
- Falei com Marta, vamos em um salão que ela costuma frequentar. - Marta é sua amiga de longa data.
- Eu só gosto de ir no Wanderley, mas tudo bem.
- Me conta, como foi a viagem? - Mudou de assunto, enquanto ela já dirigia.
- Foi tudo bem. - Sorri.
- E você não tem nenhuma novidade pra me contar?
- Não, mãe. - Ri de leve. - Minha vida é academia e faculdade.
- Você é jovem, Thaila. Precisa se divertir também.
- Como mãe? Com o pai no meu pé o tempo todo. No dia do aniversário do Wesley fiquei super chateada com a ligação dele, dizendo que achava melhor eu ir embora logo. Não sou mais criança.
- Seu pai é osso duro de roer! Mas quando você se formar, ele vai sair do seu pé.
- É, eu sei. Na verdade eu espero. - Suspirei. E então ela já mudou de assunto. Falando sobre as instituições que vamos visitar amanhã e eu acabei ficando mais animada. Com alguns minutos chegamos no salão de beleza e eu fiquei boquiaberta. Era tudo muito lindo! Fomos bem tratadas desde que colocamos o pé dentro. Minha mãe encontrou sua amiga, a cumprimentei e então uma mulher loira perguntou o que desejamos.
- Eu preciso de uma drenagem. - Sorri.
- Já eu quero uma escova, junto com uma hidratação profunda.
- Entendi, Ângela. E você Marta? - a amiga da minha mãe também falou o que queria e então ela me levou até um cabeleleiro que acabava de finalizar um cabelo. - Ela quer uma drenagem. Meu nome é Thaís, qualquer coisa você pode me chamar.
- Tá, obrigada. - Sorrimos uma para a outra e então ela foi até minha mãe e sua amiga. Logo o cabeleleiro perguntou nome e se apresentou. Iniciamos um agradável conversa enquanto ele cuiadava dos meus cabelos. Ouvi uma voz bem fina, falando com todos do salão. Uma voz de fresca como diz Wesley. Parecida com a minha. Olhei pelo espelho e vi a Thaís abraçar a cliente, que aparentava ter a mesma idade que eu.
- A Bruna quer drenagem também. - A loira disse quando se aproximaram de nós.
- Você vai ter que esperar um pouco, iniciei a pouco tempo com a Thaila aqui.
- Eu vou fazer as unhas também, sem problemas. - Sorriu para nós, ficando ao meu lado. - Ele é maravilhoso né?! - comentou comigo simpática e percebi a Thaís se afastar.
- É a primeira vez que venho aqui. - sorri.
- Espero que seja a primeira de muitas. - O cabeleleiro disse, nos fazendo rir.
- Depois que você sair daqui com o cabelo impecável, cê vai querer voltar. - Ela garantiu.
- Eu preciso mesmo, meu cabelo está bem acabadinho.
- O meu nem tanto porque toda semana eu venho aqui. - Riu.
- Eu moro em Fortaleza e o sol estraga muito, você sabe.
- Sei... É verdade. Eu sou doida pra conhecer Fortaleza. Ir no beach park.
- Lá é muito divertido! Porque você ainda não foi?
- Falta de tempo. Faculdade e ainda trabalho.
- Complicado. Mas assim que você tiver um tempinho vai lá. Você não vai se arrepender.
- Tenho certeza que não. - Sorrimos uma para a outra e então continuamos falando sobre os lugares que já fomos e os que temos vontade de conhecer. O cabeleleiro participava também e eu estava adorando os dois. Conversamos até que ele terminasse meu cabelo.
- Realmente outra coisa. - Comentei me olhando no espelho.
- Não falei?! - Bruna disse já sentando na cadeira em que eu estava.
- Obrigada, você arrasou! - beijei o rosto dele.
- Que isso.
- Acho que vou pintar as unhas.
- Eu também ia, acabei conversando e esqueci. Mas depois daqui eu vou. - Bruna riu de leve.
- Então eu vou lá. - Me afastei sorrindo e fui fazer as unhas. Os minutos foram se passando e terminamos tudo que tinhamos para fazer. Olhei no celular e já era quase a hora do almoço com meu pai e Gustavo. Como gastamos a manhã toda no salão e eu não percebi? Fui me despedir de Bruna e do cabeleleiro.
- Foi um prazer conhecer você, Bruna. - Ela agora estava fazendo as unhas.
- O prazer foi meu. - Sorriu. Ela é muito meiga. Trocamos beijos no rosto e depois de me despedir do cabeleleiro prometendo voltar, Thaís nos levou até a saída.
Minha mãe e eu nos despedimos de sua amiga Marta e fomos rumo ao restaurante encontrar os homens da minha vida.
Tivemos um almoço agradável e sem nenhuma cobrança do meu pai, por incrível que pareça. Então nada estragou meu bom humor. Gu deixava tudo mais animado com o que falava. Ele é sempre muito divertido! Beijava meus cabelos e me abraçava o tempo todo. Tentou me irritar também, mas não conseguiu. Algumas pessoas apareceram pedindo foto, o que não é de se estranhar.
Estar junto da minha família é uma das melhores sensações. Como eu sinto falta da presença física deles no meu dia a dia.
Acho que alguém conheceu a futura cunhada 🙊 e esse pai surper protetor?
O que estão achando? Palpites sobre o próximo?
Comentários respondidos! 😍
Bjs, Jéssica. ❤
- Cara, tô me cagando. - Viviane falou visivelmente nervosa, assim que sentei ao seu lado. Gargalhei junto de Mathias. - É sério, se eu não tirar nota boa na matéria do Frascisco, tô ferrada!
- Calma, gata. Vai dar certo. - Mathias disse. Ele é bi, mas quem vê jura que não é. - Já recorri a todos os santos, lindas.
- Eu recorri as minhas unhas mesmo, olha como estão estragadas. - Vivi mostrou suas unhas ruídas.
- Eu tô confiante. Se quase me matei de estudar, vou tirar nota boa. - Eu disse.
- Nós vamos. - Mathias falou confiante.
- Amém, amigos. - Vivi fez o sinal da cruz e em poucos minutos já estávamos fazendo a prova.
• mais de uma hora depois •
- O que vão fazer no fim de semana? - Mathias perguntou, quando já estávamos saindo da faculdade.
- Vou ver minha família. - Respondi.
- Eu vou pra serra com o boy. - Vivi falou.
- Nossa, só eu que vou ficar mofando?
- Só você, amigo. - Vivi e eu falamos juntas, causando risadas em nós três. Nos despedimos já no estacionamento. Cheguei em casa e já fui arrumar minha mala. Quando já estava terminando, vi que meu pai me ligava.
- Oi, pai?
- Como foi a prova? - Sabia que essa séria sua pergunta.
- Acho que fui bem.
- Não quero achismos, Thaila. Se você realmente estudou é pra ter certeza que se saiu bem. - Suspirei pedindo paciência. Quanta pressão!
- Eu estudei, pai. Você sabe disso.
- Então seja mais confiante de que se saiu bem.
- Eu fui bem. - Falei a frase que ele queria ouvir.
- Que bom. - pude perceber que ele sorria. - Comprou suas passagens pra que horas?
- Pela manhã eu tô aí. Combinei com a Alice, ela vai me buscar.
- Tudo bem. Estamos esperando você.
- Tá, beijo.
- Outro. - Desligou sem ao menos dizer um, " eu te amo ", ou sem ao menos perguntar se eu estava bem. Meu pai nunca soube demonstrar corretamente seus sentimentos. Vejo seu amor através da sua exagerada proteção. Mas cobrar ele sempre soube fazer muito bem. Agora que Gustavo já alcançou seu sonho, ele não pega tanto no pé do meu irmão, mas há anos atrás era quase a mesma coisa que é comigo hoje.
Durante a tarde fui para a academia, já que pela manhã eu não consegui, pois acordei atrasada.
Depois de gastar duas horas fazendo exercícios, ainda tive pique para uma aula de Zumba. No fim da tarde sai destruída! Ao voltar para meu lar, depois de um merecido banho, coloquei minhas séries em dia com Julieta do meu lado. Quando percebi já era noite e então decidi pedir um japa, depois de comer eu não demorei muito a dormir.
Logo que amanheceu fui para o aeroporto de táxi, levando Julieta comigo. Não demoramos muito a desembarcar em São Paulo, logo vi minha amiga. Sorri e em passos largos fui ao seu encontro.
- Só você pra me fazer madrugar. - Disse ao me abraçar.
- Você é a melhor pessoa, sabe disso.
- Eu senti saudade. - ela ainda me apertava.
- Eu também. - Desfez o abraço.
- Agora vamos né? Eu ainda tenho que ir trabalhar.
- Vamos. - Entramos em seu carro e libertei minha cadelinha de sua casinha temporária. Fomos conversando, colocando o papo em dia. E ela também tocou no nome do Luan Santana, me questionou sobre os xingamentos e o porque de ele me seguir. Depois de esclarecer tudo pra ela, chegamos em casa.
- Eu nem vou descer, Thai. Mais tarde eu apareço.
- Tudo bem. Beijo e obrigada. - Beijei seu rosto e em seguida desci. Apertei a campanhia de casa e logo Maria apareceu.
- Não sabia que você vinha hoje! - Sorri ao ouvir seu sotaque baiano. - Num é sexta hoje? Tu não tem aula na faculdade não?
- Até tenho, mas faltei um diazinho. As provas acabaram ontem. - Falei enquanto já entrava. Julieta já saiu correndo pelo meio da casa.
- Ah sim, entendi. - Me olhou por um momento com as mãos na cintura. - Você faz falta aqui. - Sorri toda derretida.
- Ô Maria, meu amor! Eu também sinto falta de vocês. - Fui abraça-la. - Daqui há alguns anos estou de volta. Você me aguarde. - Desfiz o abraço e ouvi a voz do meu pai.
- Não imaginei que viria tão cedo. - Falou enquanto descia as escadas.
- Eu quero aproveitar o máximo de tempo. - Sorri e ele me abraçou forte.
- Como foi a viagem?
- Foi maravilhosa. - Fechei meus olhos, me sentindo feliz por estar com ele.
- Eu achei essa ideia de você faltar faculdade muito desnecessária. Tem certeza que consegue colocar a matéria em dia? - desfez o abraço.
- Tenho, pai. - suspirei me sentindo agora um pouco chateada. Sempre cobrança! - Onde tá minha mãe e o chulé?
- Seu irmão já tá descendo, só vai treinar na parte da manhã hoje. Sua mãe ainda tá dormindo... Pelo menos eu acho.
- Entendi.
- Nós vamos almoçar juntos, certo?
- Certo, capitão! - bati continência sorrindo e ele riu.
- Essa menina... - Disse olhando Maria. Senti duas mãos sobre meus olhos e pelo perfume eu reconheci.
- Adivinha quem é? - Gustavo disse.
- O chulé mais fedido que existe? - Ele gargalhou me contagiando. Tirou as mãos de meus olhos e quando virei de frente pra ele, já o encontrei todo arrumado para ir ao treino. Sem esperar mais nada me abraçou, tirando meu pés do chão e me rodando, me fazendo gritar. - Para, seu louco! - Falei em meio a gargalhadas. - Pai, olha isso. Eu vou vomitar. - Depois de ouvir a última palavra ele me soltou e eu me senti tonta.
- Eu senti sua falta, chulé! Cê demorou pra voltar dessa vez hein?
- Pois é, a faculdade tá cada vez mais puxada.
- Eu tenho que ir agora com o pai, mas ó, depois cê vai me contar como foi o aniversário do Wesley.
- Eu conto tudinho, agora vai. - Beijei seu rosto e recebi outro. Meu pai me abraçou mais uma vez e então eles saíram. Meu irmão para o treino e meu pai com certeza para alguma reunião, ou para o escritório.
Decidi ir acordar minha mãe, entrei em seu quarto e pulei em cima dela.
- Acorda, sua linda! - Falei alto e ela resmungou.
- Isso é jeito de me acordar? Poxa, Thaila. Quase me mata de susto. - Ri ao ver sua expressão.
- Desculpa. Agora levanta logo, quero passar a manhã toda com você. Programinha de mãe e filha, beleza?
- Beleza, mas eu escolho onde vamos.
- Por mim, tudo bem. - Sai de cima dela e enquanto ela foi tomar banho, fui olhar meus filhos. Ficaram enlouquecidos quando me viram! Eram tantos latidos e eu nem sabia com qual falar primeiro. Maria que estava limpando o enorne quintal, riu ao ver a cena. Acabei sentando na grama junto deles e com o tempo foram acalmando. Alguns se espalharam pelo quintal brincando e então decidi levantar, afinal minha mãe já deve estar quase pronta, já se passaram alguns minutos.
- Maria, bate uma foto aqui. - Pedi e ela atendeu com toda a simpatia do mundo.
- Obrigada. - Olhei a foto com dois dos sete filhinhos. No caminho até o quarto da minha mãe, eu postei:
" 😍 "
Quando adentrei ao quarto, dona Ângela ainda não estava pronta.
- Nossa, mãe. Que demora!
- Calma aí! - Disse enquanto decidia qual blusa vestir. Tirei meu óculos escuro e fiquei olhando o instagram mais um pouco, na tentativa de não ficar entediada. Vi uma foto do Matheus, ainda do dia do aniversário do Wesley. Haviam todos da rodinha dos cantores. Vi Luan na ponta e decidi olhar seu ig, vi somente as fotos do topo e decidi segui-lo, se vai dar o que falar ou não, pouco importa. Ele me seguiu, então não custa nada seguir de volta. Nos falamos, ele é super gente boa, então porque não? Luísa mandou uma mensagem no whatsapp perguntando se eu já havia chegado. Acabei iniciando uma conversa com ela.
" Avisa o bonde que a noite é noisss! HAHAHA "
" Onde vamos, Thailonaaa? "
" Bora jantar em algum restaurante, pode ser? "
" Claro, pode sim. Vou avisar ao Bonde! HAHAHA "
" 😂 Tá. Mais tarde combinamos o horário, vou sair com a minha mãe agora. Beijãooo! "
" Beijo, amiga. 💛"
Depois de mais alguns minutos, minha mãe ficou pronta e então saímos. Quando entramos em seu carro perguntei:
- Onde vamos?
- Falei com Marta, vamos em um salão que ela costuma frequentar. - Marta é sua amiga de longa data.
- Eu só gosto de ir no Wanderley, mas tudo bem.
- Me conta, como foi a viagem? - Mudou de assunto, enquanto ela já dirigia.
- Foi tudo bem. - Sorri.
- E você não tem nenhuma novidade pra me contar?
- Não, mãe. - Ri de leve. - Minha vida é academia e faculdade.
- Você é jovem, Thaila. Precisa se divertir também.
- Como mãe? Com o pai no meu pé o tempo todo. No dia do aniversário do Wesley fiquei super chateada com a ligação dele, dizendo que achava melhor eu ir embora logo. Não sou mais criança.
- Seu pai é osso duro de roer! Mas quando você se formar, ele vai sair do seu pé.
- É, eu sei. Na verdade eu espero. - Suspirei. E então ela já mudou de assunto. Falando sobre as instituições que vamos visitar amanhã e eu acabei ficando mais animada. Com alguns minutos chegamos no salão de beleza e eu fiquei boquiaberta. Era tudo muito lindo! Fomos bem tratadas desde que colocamos o pé dentro. Minha mãe encontrou sua amiga, a cumprimentei e então uma mulher loira perguntou o que desejamos.
- Eu preciso de uma drenagem. - Sorri.
- Já eu quero uma escova, junto com uma hidratação profunda.
- Entendi, Ângela. E você Marta? - a amiga da minha mãe também falou o que queria e então ela me levou até um cabeleleiro que acabava de finalizar um cabelo. - Ela quer uma drenagem. Meu nome é Thaís, qualquer coisa você pode me chamar.
- Tá, obrigada. - Sorrimos uma para a outra e então ela foi até minha mãe e sua amiga. Logo o cabeleleiro perguntou nome e se apresentou. Iniciamos um agradável conversa enquanto ele cuiadava dos meus cabelos. Ouvi uma voz bem fina, falando com todos do salão. Uma voz de fresca como diz Wesley. Parecida com a minha. Olhei pelo espelho e vi a Thaís abraçar a cliente, que aparentava ter a mesma idade que eu.
- A Bruna quer drenagem também. - A loira disse quando se aproximaram de nós.
- Você vai ter que esperar um pouco, iniciei a pouco tempo com a Thaila aqui.
- Eu vou fazer as unhas também, sem problemas. - Sorriu para nós, ficando ao meu lado. - Ele é maravilhoso né?! - comentou comigo simpática e percebi a Thaís se afastar.
- É a primeira vez que venho aqui. - sorri.
- Espero que seja a primeira de muitas. - O cabeleleiro disse, nos fazendo rir.
- Depois que você sair daqui com o cabelo impecável, cê vai querer voltar. - Ela garantiu.
- Eu preciso mesmo, meu cabelo está bem acabadinho.
- O meu nem tanto porque toda semana eu venho aqui. - Riu.
- Eu moro em Fortaleza e o sol estraga muito, você sabe.
- Sei... É verdade. Eu sou doida pra conhecer Fortaleza. Ir no beach park.
- Lá é muito divertido! Porque você ainda não foi?
- Falta de tempo. Faculdade e ainda trabalho.
- Complicado. Mas assim que você tiver um tempinho vai lá. Você não vai se arrepender.
- Tenho certeza que não. - Sorrimos uma para a outra e então continuamos falando sobre os lugares que já fomos e os que temos vontade de conhecer. O cabeleleiro participava também e eu estava adorando os dois. Conversamos até que ele terminasse meu cabelo.
- Realmente outra coisa. - Comentei me olhando no espelho.
- Não falei?! - Bruna disse já sentando na cadeira em que eu estava.
- Obrigada, você arrasou! - beijei o rosto dele.
- Que isso.
- Acho que vou pintar as unhas.
- Eu também ia, acabei conversando e esqueci. Mas depois daqui eu vou. - Bruna riu de leve.
- Então eu vou lá. - Me afastei sorrindo e fui fazer as unhas. Os minutos foram se passando e terminamos tudo que tinhamos para fazer. Olhei no celular e já era quase a hora do almoço com meu pai e Gustavo. Como gastamos a manhã toda no salão e eu não percebi? Fui me despedir de Bruna e do cabeleleiro.
- Foi um prazer conhecer você, Bruna. - Ela agora estava fazendo as unhas.
- O prazer foi meu. - Sorriu. Ela é muito meiga. Trocamos beijos no rosto e depois de me despedir do cabeleleiro prometendo voltar, Thaís nos levou até a saída.
Minha mãe e eu nos despedimos de sua amiga Marta e fomos rumo ao restaurante encontrar os homens da minha vida.
Tivemos um almoço agradável e sem nenhuma cobrança do meu pai, por incrível que pareça. Então nada estragou meu bom humor. Gu deixava tudo mais animado com o que falava. Ele é sempre muito divertido! Beijava meus cabelos e me abraçava o tempo todo. Tentou me irritar também, mas não conseguiu. Algumas pessoas apareceram pedindo foto, o que não é de se estranhar.
Estar junto da minha família é uma das melhores sensações. Como eu sinto falta da presença física deles no meu dia a dia.
Acho que alguém conheceu a futura cunhada 🙊 e esse pai surper protetor?
O que estão achando? Palpites sobre o próximo?
Comentários respondidos! 😍
Bjs, Jéssica. ❤
quinta-feira, 27 de outubro de 2016
Ele me seguiu no instagram e deu o que falar. Cap 02
Depois de mais ou menos uma hora, decici ir embora da festa do Wesley. Quando entramos no carro alugado, Testa já disparou:
- Cê gostou da professora de forró né?! - Riu malicioso, enquanto o negão já dava partida com He-man ao seu lado no banco da frente.
- Tá viajando, viado? - Ri o olhando.
- É, boi. Eu percebi também. De conversinha com ela e tudo. - He-man disse malicioso também.
- Ela é linda, isso é claro. - Cirilo falou.
- Ou, dá pra vocês voltarem pra cá? Porque a viagem tá indo longe demais.
- Qual é, viado?! Diz logo. - Rober riu e eu continuei sério, se eu pelo menos sorrir em meio as insinuações deles, vão achar que eu realmente fiquei afim dela. Mas não.
- Cara, já me viu negar quando tô afim de alguém? Se eu quisesse ficar com ela, teria pegado o número.
- Quem disse que não pegou? - Negão disse, gargalhando em seguida.
- Não peguei, seus viados. - Tirei minha touca e passei a mão por meus cabelos.
- Só acredito vendo. - He-man disse e para acabar com a viagem deles, eu dei meu celular ao testa.
- Olha se tem alguma Thaila aí. - Ele começou a procurar e depois de uns momentos viu que realmente não tinha.
- É, não tem. - Ele disse.
- Cadê? - He-man pediu o celular e olhou também. - Não tem mesmo.
- Pronto, agora me devolvam o celular. - Pedi e He-man me deu. Logo entraram no assunto sobre a festa, dizendo o quanto gostaram. Eu afim da baixinha? Claro que não. Ri em pensamento. Ela é linda, gostei do jeito dela, mas ela não parece ser uma mulher que se leva pra cama, que fica sem compromisso algum. Se não for pra me divertir na cama, sem cobranças depois, eu não quero.
Ao chegar no hotel, conversei um pouco com Douglas e Dudu por whatsapp, eles foram convidados, mas não puderam vir. Contei um pouco como foi, entramos em outros assuntos e com isso se passou alguns minutos. Depois que larguei o celular, fui tomar um banho. Quando voltei para a cama não demorei muito a dormir, ouvindo o barulho de chuva no meu celular.
Acordei as 14:00 horas e depois das higienes matinais, desci para o restaurante do hotel e lá encontrei os viados, pois já havíamos combinado por mensagem.
- Acordei com um dor de cabeça. - Ouvi Rober reclamar, enquanto eu sentava.
- Vai beber demais de novo. - He-man disse e nós rimos.
- Pior que bebo. - Ele mesmo riu. Fizemos nossos pedidos e depois do almoço, subi e peguei minha pequena mochila, guardei o que estava espalhado e passei no quarto do Cirilo. De lá, encontramos os outros dois em frente ao elevador. Fomos no carro alugado, até o aeroporto velho de Fortaleza. Haviam fãs lá, assim como quando eu cheguei. Tirei algumas selfies de dentro da van e depois decolei para São Paulo com meus amigos. Ainda hoje tenho show por lá.
Logo que cheguei em casa, minha mãe me recebeu junto de meu pai. Minha irmã estava na casa de Bruna Paiva, sua amiga.
Enquanto conversava com eles no sofá sobre ontem e fazia carinho no puff, olhava o instagram. Me deparei com uma foto do Wesley, a Thaila estava no meio e tinha mais uma galera que eu lembro de ter visto lá. Sorri ao lembrar das insinuações dos meus amigos. Babacas. Decidi olhar seu instagram e ela parece ser bem reservada. Vi algumas fotos com seu irmão, percebi que era ele por conta das legendas. Ele é jogador do timão! Eu lembro de um dia desses ter visto uma entrevista dele após um jogo. Ela falou sobre o sonho dele, só não disse que tinha realizado. Decidi segui-lá e bastou minha atitude, para o meu instagram travar por chegar tantas notificações. Minhas fãs já faziam daquilo como o acontecimento do século. Assim que consegui entrar no instagram novamente, vi que elas comentavam na última foto da Thaila. Xingavam, afirmavam que tinhamos ficado, algumas comentavam que ela deu pra mim, que eu comi, que era mais uma. E claro, tinha a pequena parte defendendo, reclamando sobre os comentários maldosos e enfim, uma confusão sem fim. Espero que Thaila não se importe com isso.
Quando tirei os olhos do celular, percebi que meus pais não estavam mais na sala. Internet faz a gente ir a outro mundo mesmo. Decidi levantar e ir para meu quarto. Puff me acompanhou e ficou comigo na cama. Peguei meu violão e algumas ideias começaram a surgir na minha cabeça. Iniciei uma composição. Trabalhei nela por horas e fui interrompido por meu pai, lembrando do horário do show.
Quando já estava indo na direção do banheiro, ouvi minha irmã me chamar, bater na porta e em seguida entrar com seu sorriso contagiante.
- Pi, eu vou no seu show também.
- Beleza, Bubuzinha. - Sorri.
- Chegou que horas?
- Nem sei. - Ri de leve e ela revirou os olhos.
- Lerdo como sempre.
- Vai tomar seu banho e deixa de me ofender. - Falei descontraído e ela apenas soltou beijo e saiu do meu quarto.
Depois de prontos, saímos eu, Bru, meus pais e Paiva junto com Dani.
Chegamos ao local do show que já estava lotado. Parei por poucos instantes para bater foto com algumas fãs e logo em seguida entrei acompanhado de Cirilo e Rober. Minha família acabou parando também por ser muito chamada para fotos, logo em seguida seguiram comigo.
Ao chegar no camarim, encontrei Lelê e mais algumas pessoas da equipe. Cumprimentei todos, logo após Lelê disse:
- Tá uma loucura no instagram, você viu?
- Vi, vi sim. - Ri de leve. E Testa me olhou sem entender, já o restante estavam distraídos em outras conversas.
- O que cê fez? - Perguntou assim que Márcio chamou Lelê.
- Segui a Thaila. - Falei já esperando mais insinuações.
- E ainda tem a cara de pau de me dizer que não tá afim da morena.
- Não tô. Ela só é gente boa, o que tem demais eu seguir? Vai trabalhar, Testudo. - Dei um tapa em sua cabeça e ele se afastou rindo. Fui trocar de roupa e arrumar meu cabelo, logo depois jantei junto da equipe, família e os amigos que vieram. Eu gosto muito quando eles vem ao meu show.
Quando já iria começar os atendimentos, todos se despediram indo para camarote. Depois de atender impresa, fãs e convidados de contratantes. Aqueci meu corpo e minha voz, em seguida subi no palco para fazer o que mais amo. Cantar.
|| Thaila narrando ||
Três dias se passaram desde o aniversário do Wesley. Como as provas estão chegando, eu não tive mais tempo de nem ao menos ver meus amigos ou passar um tempo em redes sociais. Recebi as diárias ligações do meu pai, meu irmão e minha mãe.
Já passa do meio dia e eu estou atolada de conteúdo para estudar. Fui comprar uma marmita mesmo junto de Julieta, minha cadelinha. Aproveitei para que ela pudesse sair um pouco do apartamento. No condomínio é permitido animais de pequeno porte.
Quando voltei e abri a marmita, meu celular tocou. Pelo horário deve ser meu lindo. Confirmei quando vi seu nome na tela do celular.
- Oi, chulé. - Sorri ao atender.
- Oi, como cê tá?
- Tô bem. Vou comer agora. E você?
- Eu tô aqui no centro de treinamento, vou comer daqui a pouco também. Só queria saber se estava tudo bem com você e te perguntar um negócio.
- Tô bem e pode perguntar. - Franzi a testa.
- Cê viu a loucura que tá seu instagram?
- Não. - Ri imaginando ser alguma coisa das fãs dele.
- O tal Luan Santana te seguiu e você tá sendo mais xingada que tudo.
- Sério? - Fiquei boquiaberta no mesmo instante.
- Você acha que eu ia brincar com isso? Vocês ficaram, Thai?
- Claro que não. - Ri de sua conclusão precipitada. - Ele tava no aniversário do Wesley, nos conhecemos lá. Ele é bem legal, simpático, mas não passou disso.
- Entendi. Então tá explicado. Pra você não ter visto toda essa loucura no seu insta, é porque deve tá só estudando né? Não exagera! - Me repreendeu.
- Tenho prova daqui a quatro dias. Preciso estudar.
- Não tanto assim. Você é inteligente, não precisa se matar de tanto ler e pesquisar.
- Tá, Gu. Fala isso pro pai.
- O pai é exigente demais, cê sabe.
- Como sei... - Ri sem humor.
- Então vai ver o Vini, sai de casa.
- Eu vejo ele todos os dias na academia.
- Sem ser no horário de trabalho dele né, chulé?!
- Tá. Prometo que vou tirar um tempinho pra mim. - Sorri.
- Beleza. Promessa e promessa hein?!
- Eu sei, bobão. Te amo.
- Eu também. Não esquenta com os comentários maldosos na sua foto viu?
- Eu vejo comentários maldosos em todas as fotos. - Ri de leve. - Relaxa, eu não vou esquentar. Como você já me falou, eu nem vou ler nada.
- Ótimo. Eu tô com tanta saudade!
- Eu também.
- Depois das provas cê vem! - afirmou.
- Eu vou, mas vou passar só três dias.
- Melhor que nada. A gente pode ir visitar as instituições que a gente ajuda. - Me animei com a proposta.
- Vou amar!
- Então tá combinado. Vou comer agora. Te amo, beijo.
- Te amo também, beijão. - Desliguei com o bom humor lá em cima. Eu amo quando ele me liga! Pelo que meu irmão me falou, as fãs do Luan são mais malucas que as dele. Me xingar porque ele me seguiu? Ri sozinha. Já devem estar imaginando que nós temos algo. Deixando esses pensamentos de lado, decidi comer e logo depois passei a tarde toda estudando.
Eram cerca de 18:00 horas, quando minha mãe ligou.
- Oi, filha! Tudo bem?
- Tudo e com você?
- Estou bem. Gustavo disse que você vai vir depois das provas...
- É, eu vou. Nós vamos nas instituições.
- Ele me disse. Fui no lar dos amigos de Jesus semana passada. Vi o Jefferson. Ele perguntou por você.
- Sério? Ah, que amor! Eu preciso ver ele. Como ele tá reagindo ao tratamento?
- Tá reagindo muito bem. Tenho fé que ele vai se curar. - Minha família crê muito em Deus e minha mãe segue a risca a religião católica. Eu fresquentava muito com ela, meu irmão e meu pai. Mas com as mudanças na nossa vida, eu acabo indo aos domingos quando tenho tempo. Gustavo vai quando tem folga de treinos ou quando não tem jogos. Meu pai os acompanha sempre. São todos muito cristãos.
- Fico feliz. E ele vai ficar curado sim! - Jefferson tem câncer e eu tenho um carinho infinito por ele, desde que o conheci. Aquelas crianças que cativam.
- Mocinha, fiquei sabendo que Luan Santana te seguiu no insta.
- Nossa, como o Gu é fofoqueiro. - Neguei com a cabeça sorrindo.
- Vocês se conheceram?
- Sim, na festa do Wesley, mas não rolou nada, se é isso que você quer saber. - Minha mãe as vezes parece ser mais jovem que eu. Muitas vezes me sinto como mãe e ela como minha filha. Nos damos tão bem!
- Entendi. Ele é lindo, se fosse você pegava. É assim que vocês falam hoje em dia né? - Ri dela.
- É, mãe. E o papai? - Tentei mudar de assunto.
- Subiu com o Gustavo, parece que vão no aniversário do Mário. - Citou um de nossos vários amigos.
- Hoje é aniversário dele?
- É.
- Nossa, vou dar uma ligada pra ele daqui a pouco.
- Liga mesmo.
- Como estão meus filhos? - Mudei de assunto mais uma vez, perguntando sobre os cachorros que ficam em São Paulo com eles.
- Estão bem. Foram no petshop hoje.
- Que saudade deles... E de vocês também, é claro. - Ficamos longos minutos conversando e quando ela desligou eu decidi ir tomar banho e como prometi ao meu irmão, vou tirar essa noite pra mim.
Depois de ficar pronta, liguei para o Mário, aniversariante do dia e depois quw encerramos a ligação, liguei para Vini:
- Quem é vivo sempre liga pro amigo. - Fez graça assim que atendeu.
- Onde você tá? - Perguntei.
- Saindo da academia.
- Bora sair?
- Oi? Você me convidando pra sair perto das provas? O que fizeram com a Thaila?
- Bobão! - Gargalhei. - Gu me fez prometer que tiraria uma noite pra me distrair.
- Santo Gustavo! Então me diga, onde você quer ir?
- Eu tava pensando naquele barzinho. Comer uns salgadinhos com suco.
- Prefiro com cerveja.
- Então estamos combinados?
- Estamos. Passo na sua casa em meia hora.
- Tá, beijo. - Desliguei e fiquei brincando com Julieta enquanto meu amigo não chegava.
Exatamente meia hora depois, ele ligou dizendo que estava me esperando em frente ao condomínio.
Já no elevador aproveitei para bater uma foto, depois de uma leve editada, eu postei assim que entrei no carro de Vinícius, sem olhar nada sobre os comentários das fãs do Luan, que pelas notificações eram muitos:
" A foto clássica no elevador 😝 "
- Tudo bem? - Vini beijou meu rosto.
- Tudo e com você?
- Tudo ótimo. É sempre bom receber sua ligação pra gente sair e se ver sem ser na academia. - Ligou o carro sorrindo, me fazendo rir.
- Eu sei. Você ama me companhia.
- Convencida! - Aproveitei parar dar um sinal de vida no snap. Gravei uns três vídeos com ele e em seguida fomos comer e conversar por horas. Eu amo a companhia desse cara!
Maaaais um! O segundo! Fiquei muito feliz que vocês tenham gostado tanto! 😍😍😍 Esqueci de esclarecer, que essa história está se passando em 2015. Mas agora estão informadas! Comentários respondidos com mtoooo amor! 💁
Bjs, Jéssica. ❤
- Cê gostou da professora de forró né?! - Riu malicioso, enquanto o negão já dava partida com He-man ao seu lado no banco da frente.
- Tá viajando, viado? - Ri o olhando.
- É, boi. Eu percebi também. De conversinha com ela e tudo. - He-man disse malicioso também.
- Ela é linda, isso é claro. - Cirilo falou.
- Ou, dá pra vocês voltarem pra cá? Porque a viagem tá indo longe demais.
- Qual é, viado?! Diz logo. - Rober riu e eu continuei sério, se eu pelo menos sorrir em meio as insinuações deles, vão achar que eu realmente fiquei afim dela. Mas não.
- Cara, já me viu negar quando tô afim de alguém? Se eu quisesse ficar com ela, teria pegado o número.
- Quem disse que não pegou? - Negão disse, gargalhando em seguida.
- Não peguei, seus viados. - Tirei minha touca e passei a mão por meus cabelos.
- Só acredito vendo. - He-man disse e para acabar com a viagem deles, eu dei meu celular ao testa.
- Olha se tem alguma Thaila aí. - Ele começou a procurar e depois de uns momentos viu que realmente não tinha.
- É, não tem. - Ele disse.
- Cadê? - He-man pediu o celular e olhou também. - Não tem mesmo.
- Pronto, agora me devolvam o celular. - Pedi e He-man me deu. Logo entraram no assunto sobre a festa, dizendo o quanto gostaram. Eu afim da baixinha? Claro que não. Ri em pensamento. Ela é linda, gostei do jeito dela, mas ela não parece ser uma mulher que se leva pra cama, que fica sem compromisso algum. Se não for pra me divertir na cama, sem cobranças depois, eu não quero.
Ao chegar no hotel, conversei um pouco com Douglas e Dudu por whatsapp, eles foram convidados, mas não puderam vir. Contei um pouco como foi, entramos em outros assuntos e com isso se passou alguns minutos. Depois que larguei o celular, fui tomar um banho. Quando voltei para a cama não demorei muito a dormir, ouvindo o barulho de chuva no meu celular.
Acordei as 14:00 horas e depois das higienes matinais, desci para o restaurante do hotel e lá encontrei os viados, pois já havíamos combinado por mensagem.
- Acordei com um dor de cabeça. - Ouvi Rober reclamar, enquanto eu sentava.
- Vai beber demais de novo. - He-man disse e nós rimos.
- Pior que bebo. - Ele mesmo riu. Fizemos nossos pedidos e depois do almoço, subi e peguei minha pequena mochila, guardei o que estava espalhado e passei no quarto do Cirilo. De lá, encontramos os outros dois em frente ao elevador. Fomos no carro alugado, até o aeroporto velho de Fortaleza. Haviam fãs lá, assim como quando eu cheguei. Tirei algumas selfies de dentro da van e depois decolei para São Paulo com meus amigos. Ainda hoje tenho show por lá.
Logo que cheguei em casa, minha mãe me recebeu junto de meu pai. Minha irmã estava na casa de Bruna Paiva, sua amiga.
Enquanto conversava com eles no sofá sobre ontem e fazia carinho no puff, olhava o instagram. Me deparei com uma foto do Wesley, a Thaila estava no meio e tinha mais uma galera que eu lembro de ter visto lá. Sorri ao lembrar das insinuações dos meus amigos. Babacas. Decidi olhar seu instagram e ela parece ser bem reservada. Vi algumas fotos com seu irmão, percebi que era ele por conta das legendas. Ele é jogador do timão! Eu lembro de um dia desses ter visto uma entrevista dele após um jogo. Ela falou sobre o sonho dele, só não disse que tinha realizado. Decidi segui-lá e bastou minha atitude, para o meu instagram travar por chegar tantas notificações. Minhas fãs já faziam daquilo como o acontecimento do século. Assim que consegui entrar no instagram novamente, vi que elas comentavam na última foto da Thaila. Xingavam, afirmavam que tinhamos ficado, algumas comentavam que ela deu pra mim, que eu comi, que era mais uma. E claro, tinha a pequena parte defendendo, reclamando sobre os comentários maldosos e enfim, uma confusão sem fim. Espero que Thaila não se importe com isso.
Quando tirei os olhos do celular, percebi que meus pais não estavam mais na sala. Internet faz a gente ir a outro mundo mesmo. Decidi levantar e ir para meu quarto. Puff me acompanhou e ficou comigo na cama. Peguei meu violão e algumas ideias começaram a surgir na minha cabeça. Iniciei uma composição. Trabalhei nela por horas e fui interrompido por meu pai, lembrando do horário do show.
Quando já estava indo na direção do banheiro, ouvi minha irmã me chamar, bater na porta e em seguida entrar com seu sorriso contagiante.
- Pi, eu vou no seu show também.
- Beleza, Bubuzinha. - Sorri.
- Chegou que horas?
- Nem sei. - Ri de leve e ela revirou os olhos.
- Lerdo como sempre.
- Vai tomar seu banho e deixa de me ofender. - Falei descontraído e ela apenas soltou beijo e saiu do meu quarto.
Depois de prontos, saímos eu, Bru, meus pais e Paiva junto com Dani.
Chegamos ao local do show que já estava lotado. Parei por poucos instantes para bater foto com algumas fãs e logo em seguida entrei acompanhado de Cirilo e Rober. Minha família acabou parando também por ser muito chamada para fotos, logo em seguida seguiram comigo.
Ao chegar no camarim, encontrei Lelê e mais algumas pessoas da equipe. Cumprimentei todos, logo após Lelê disse:
- Tá uma loucura no instagram, você viu?
- Vi, vi sim. - Ri de leve. E Testa me olhou sem entender, já o restante estavam distraídos em outras conversas.
- O que cê fez? - Perguntou assim que Márcio chamou Lelê.
- Segui a Thaila. - Falei já esperando mais insinuações.
- E ainda tem a cara de pau de me dizer que não tá afim da morena.
- Não tô. Ela só é gente boa, o que tem demais eu seguir? Vai trabalhar, Testudo. - Dei um tapa em sua cabeça e ele se afastou rindo. Fui trocar de roupa e arrumar meu cabelo, logo depois jantei junto da equipe, família e os amigos que vieram. Eu gosto muito quando eles vem ao meu show.
Quando já iria começar os atendimentos, todos se despediram indo para camarote. Depois de atender impresa, fãs e convidados de contratantes. Aqueci meu corpo e minha voz, em seguida subi no palco para fazer o que mais amo. Cantar.
|| Thaila narrando ||
Três dias se passaram desde o aniversário do Wesley. Como as provas estão chegando, eu não tive mais tempo de nem ao menos ver meus amigos ou passar um tempo em redes sociais. Recebi as diárias ligações do meu pai, meu irmão e minha mãe.
Já passa do meio dia e eu estou atolada de conteúdo para estudar. Fui comprar uma marmita mesmo junto de Julieta, minha cadelinha. Aproveitei para que ela pudesse sair um pouco do apartamento. No condomínio é permitido animais de pequeno porte.
Quando voltei e abri a marmita, meu celular tocou. Pelo horário deve ser meu lindo. Confirmei quando vi seu nome na tela do celular.
- Oi, chulé. - Sorri ao atender.
- Oi, como cê tá?
- Tô bem. Vou comer agora. E você?
- Eu tô aqui no centro de treinamento, vou comer daqui a pouco também. Só queria saber se estava tudo bem com você e te perguntar um negócio.
- Tô bem e pode perguntar. - Franzi a testa.
- Cê viu a loucura que tá seu instagram?
- Não. - Ri imaginando ser alguma coisa das fãs dele.
- O tal Luan Santana te seguiu e você tá sendo mais xingada que tudo.
- Sério? - Fiquei boquiaberta no mesmo instante.
- Você acha que eu ia brincar com isso? Vocês ficaram, Thai?
- Claro que não. - Ri de sua conclusão precipitada. - Ele tava no aniversário do Wesley, nos conhecemos lá. Ele é bem legal, simpático, mas não passou disso.
- Entendi. Então tá explicado. Pra você não ter visto toda essa loucura no seu insta, é porque deve tá só estudando né? Não exagera! - Me repreendeu.
- Tenho prova daqui a quatro dias. Preciso estudar.
- Não tanto assim. Você é inteligente, não precisa se matar de tanto ler e pesquisar.
- Tá, Gu. Fala isso pro pai.
- O pai é exigente demais, cê sabe.
- Como sei... - Ri sem humor.
- Então vai ver o Vini, sai de casa.
- Eu vejo ele todos os dias na academia.
- Sem ser no horário de trabalho dele né, chulé?!
- Tá. Prometo que vou tirar um tempinho pra mim. - Sorri.
- Beleza. Promessa e promessa hein?!
- Eu sei, bobão. Te amo.
- Eu também. Não esquenta com os comentários maldosos na sua foto viu?
- Eu vejo comentários maldosos em todas as fotos. - Ri de leve. - Relaxa, eu não vou esquentar. Como você já me falou, eu nem vou ler nada.
- Ótimo. Eu tô com tanta saudade!
- Eu também.
- Depois das provas cê vem! - afirmou.
- Eu vou, mas vou passar só três dias.
- Melhor que nada. A gente pode ir visitar as instituições que a gente ajuda. - Me animei com a proposta.
- Vou amar!
- Então tá combinado. Vou comer agora. Te amo, beijo.
- Te amo também, beijão. - Desliguei com o bom humor lá em cima. Eu amo quando ele me liga! Pelo que meu irmão me falou, as fãs do Luan são mais malucas que as dele. Me xingar porque ele me seguiu? Ri sozinha. Já devem estar imaginando que nós temos algo. Deixando esses pensamentos de lado, decidi comer e logo depois passei a tarde toda estudando.
Eram cerca de 18:00 horas, quando minha mãe ligou.
- Oi, filha! Tudo bem?
- Tudo e com você?
- Estou bem. Gustavo disse que você vai vir depois das provas...
- É, eu vou. Nós vamos nas instituições.
- Ele me disse. Fui no lar dos amigos de Jesus semana passada. Vi o Jefferson. Ele perguntou por você.
- Sério? Ah, que amor! Eu preciso ver ele. Como ele tá reagindo ao tratamento?
- Tá reagindo muito bem. Tenho fé que ele vai se curar. - Minha família crê muito em Deus e minha mãe segue a risca a religião católica. Eu fresquentava muito com ela, meu irmão e meu pai. Mas com as mudanças na nossa vida, eu acabo indo aos domingos quando tenho tempo. Gustavo vai quando tem folga de treinos ou quando não tem jogos. Meu pai os acompanha sempre. São todos muito cristãos.
- Fico feliz. E ele vai ficar curado sim! - Jefferson tem câncer e eu tenho um carinho infinito por ele, desde que o conheci. Aquelas crianças que cativam.
- Mocinha, fiquei sabendo que Luan Santana te seguiu no insta.
- Nossa, como o Gu é fofoqueiro. - Neguei com a cabeça sorrindo.
- Vocês se conheceram?
- Sim, na festa do Wesley, mas não rolou nada, se é isso que você quer saber. - Minha mãe as vezes parece ser mais jovem que eu. Muitas vezes me sinto como mãe e ela como minha filha. Nos damos tão bem!
- Entendi. Ele é lindo, se fosse você pegava. É assim que vocês falam hoje em dia né? - Ri dela.
- É, mãe. E o papai? - Tentei mudar de assunto.
- Subiu com o Gustavo, parece que vão no aniversário do Mário. - Citou um de nossos vários amigos.
- Hoje é aniversário dele?
- É.
- Nossa, vou dar uma ligada pra ele daqui a pouco.
- Liga mesmo.
- Como estão meus filhos? - Mudei de assunto mais uma vez, perguntando sobre os cachorros que ficam em São Paulo com eles.
- Estão bem. Foram no petshop hoje.
- Que saudade deles... E de vocês também, é claro. - Ficamos longos minutos conversando e quando ela desligou eu decidi ir tomar banho e como prometi ao meu irmão, vou tirar essa noite pra mim.
Depois de ficar pronta, liguei para o Mário, aniversariante do dia e depois quw encerramos a ligação, liguei para Vini:
- Quem é vivo sempre liga pro amigo. - Fez graça assim que atendeu.
- Onde você tá? - Perguntei.
- Saindo da academia.
- Bora sair?
- Oi? Você me convidando pra sair perto das provas? O que fizeram com a Thaila?
- Bobão! - Gargalhei. - Gu me fez prometer que tiraria uma noite pra me distrair.
- Santo Gustavo! Então me diga, onde você quer ir?
- Eu tava pensando naquele barzinho. Comer uns salgadinhos com suco.
- Prefiro com cerveja.
- Então estamos combinados?
- Estamos. Passo na sua casa em meia hora.
- Tá, beijo. - Desliguei e fiquei brincando com Julieta enquanto meu amigo não chegava.
Exatamente meia hora depois, ele ligou dizendo que estava me esperando em frente ao condomínio.
Já no elevador aproveitei para bater uma foto, depois de uma leve editada, eu postei assim que entrei no carro de Vinícius, sem olhar nada sobre os comentários das fãs do Luan, que pelas notificações eram muitos:
" A foto clássica no elevador 😝 "
- Tudo bem? - Vini beijou meu rosto.
- Tudo e com você?
- Tudo ótimo. É sempre bom receber sua ligação pra gente sair e se ver sem ser na academia. - Ligou o carro sorrindo, me fazendo rir.
- Eu sei. Você ama me companhia.
- Convencida! - Aproveitei parar dar um sinal de vida no snap. Gravei uns três vídeos com ele e em seguida fomos comer e conversar por horas. Eu amo a companhia desse cara!
Maaaais um! O segundo! Fiquei muito feliz que vocês tenham gostado tanto! 😍😍😍 Esqueci de esclarecer, que essa história está se passando em 2015. Mas agora estão informadas! Comentários respondidos com mtoooo amor! 💁
Bjs, Jéssica. ❤
quarta-feira, 26 de outubro de 2016
Aniversário do Wesley. Cap 01
Vini me esperava em frente a casa de Wesley quando estacionei o carro.
- Até que enfim! - Ele reclamou, abrindo a porta pra mim.
- Eu tive que dar minha placa na entrada do condomínio, você sabe como é. - Desci, o cumprimentei com um abraço e um beijo no rosto. - Tudo bem?
- Sim. Jurei que você não viria. - sorriu.
- Eu disse que viria, é o aniversário do Wesley. - Coloquei a mão na cintura, fingindo indgnação.
- Essa sua faculdade sempre ocupa seu tempo. - Apenas sorri e não rebati, já que realmente é verdade.
- Bate uma foto minha, seu falador. - Fiz pose.
- Do meu celular né, folgada?! - Apenas ri e ele tirou o celular do bolso, bateu a foto em seguida. - Pronto.
- Obrigada, amorzão. - Beijei seu rosto. - Espera só um minuto, o presente dele tá dentro do carro. - Rapidamente peguei o presente e então entramos. Vini me passou a foto pelo whatsapp e antes mesmo de chegar no jardim, onde está acontecendo toda a festa, eu postei:
nigth 😚
Logo chuveu comentários dos fã clubes do meu irmão, e até alguns meus. Tento entender qual o motivo de tamanha admiração por mim. Ele é o jogador, eu sou apenas uma estudante de arquitetura.
Assim que chegamos no jardim, encontrei várias pessoas! Grande parte conhecidos, colegas, amigos. Alguns eu nunca vi. Vini me levou até Thyane, com o braço em volta do meu ombro, enquanto falava que planejava passar a noite com a Deisy.
- Flor, você veio! - Thyane me recebeu em um abraço carinhoso.
- Eu disse que vinha. Tudo bem?
- Tudo sim e com você?
- Tudo ótimo. - Vinícius já havia sumido. Cumprimentei Paula, esposa do Matheus da dupla Matheus e Kauan. Ela é amiga de algum tempo. Nos abraçamos e logo começamos uma animada conversa. Odete, o amigo e funcionário gay do Wesley, se juntou a nós. Ele é um amor. Entramos no assunto: defeitos de homens. Isso rendeu muito! Logo eu gargalhava das palavras que ouvia.
Depois de um tempo, eu decidi procurar o aniversariante que se quer me viu chegar. Ele estava na rodinha dos cantores. A maior parte eu já conheço e falo. Mesmo com um pouco de vergonha, eu fui até ele. Assim que me viu, logo abriu os braços, fazendo todos os olhares se voltarem para mim.
- Thaila, meu amor! - Me abraçou apertado.
- Parabéns, lindão! Tudo de mais lindo pra sua vida sempre. Tudo que tinha pra falar já disse durante a ligação de mais cedo. Agora é hora de curtir muito, mais uma ano de vida concendido a você. - Fechei os olhos enquanto falava. Ele é de uma importância sem tamanho pra mim, não só ele, mas toda sua família.
- Obrigada, frescurenta. - Ri ao ouvir meu apelido. Ele me chama assim, por conta da minha voz. Tenho a voz bem fina e ele diz que tenho voz de metida ou fresca, como ele costuma falar.
- Seu presente. - Entreguei depois do abraço.
- Não precisava.
- Logico que precisava! A Thyane me ajudou a comprar semana passada. Espero que goste. É um relógio.
- Tenho certeza que vou gostar. - Sorri e cumprimentei a todos os cantores com um oi. - Pra quem não conhece, essa é a Thaila. - Wesley falou mais alto, por conta da música e beijou meus cabelos, afetuosamente. Eu continuava a sorrir e fui cumprimentando aqueles que já conheço com um abraço. Alguns eu não encontrava a bastante tempo. Depois de breves palavras, eu pedi licença, indo falar com outro grupo de colegas. Desta vez mulheres e confesso que fiquei bem mais confortável, do que com os cantores. Alguns me olhavam como gaviões atrás de uma presa. Aqueles que não me conhecem, é claro. Já que todos os meus amigos e amigos de minha família me tratam com um respeito extremo. Apesar do meu irmão dizer, na verdade reclamar, que todos os seus amigos me elogiam demais. Afinal, a maior parte das pessoas que conheço, foi atrávez dele.
•• algumas horas depois. ••
- Thai, vou embora. - Vini chegou, até mim, assim que encerrei a ligação com meu pai.
- Tá bom. - meu tom de voz saiu baixo.
- Ei, o que foi? - Passou a mão por meus cabelos.
- Meu pai. - Revirei os olhos. - Me ligou e disse pra eu ir pra casa.
- Ele não cansa de ser controlador? Poxa, você tem uma vida tão independente!
- Não é bem assim, Vini. É tudo pago por ele. Meu apartamento, minha faculdade, meu cartão...
- É, eu já sei. Mas ele quer em troca que você viva para a faculdade. E o pior... Você faz isso.
- Você também vai ficar me dando lição? De um lado eu ouço: " Thayla, vai pra casa. Você tem faculdade amanhã. " Do outro lado: " Thayla, você vive para a faculdade.
- Tá, tá, desculpa. - suspirou.
- Tudo bem.
- Aproveita mais um pouco, a festa tá linda.
- Só mais um pouco. - sorri de lado e ele apertou uma de minhas bochechas.
- Tchau. - me abraçou. - Te amo.
- Eu também. Usa camisinha tá? - Eu sabia muito bem que ele iria com a Deisy para casa. Eles trocaram beijos o tempo todo.
- Não se preocupa. - Riu e depois realmente foi embora. Já iria atrás de Thyane, minha barriga roncava de fome e agora eu aceitaria a comida que ela me ofereceu a mais de uma hora. Quando estava caminhando até minha amiga, ouvi Wesley me chamar. Parei e olhei para trás, ele vinha com o cantor Luan Santana. Praticamente arrastando o coitado, enquanto os dois riam.
- Oi? - perguntei quando chegaram perto. Eu não conhecia Luan Santana pessoalmente. Olhando de perto pude perceber o quão branco e alto ele é. Uma girafa.
- Ele quer dançar forró.
- Mentira. - O cantor me olhou. Ergui as sobrancelhas e sorri de leve, sem entender os dois.
- Ele tava se gabando ali pra gente. Quero ver agora. Você se garante no forró, apesar de ser paulistana, quero ver ele. - Wesley disse animado. Luan passou a mão no rosto e eu ri do pequeno desespero estampado em seu rosto.
- Pode ser. - Falei e Wesley empurrou Luan para mais próximo de mim. Fazendo com que eu sentisse bem seu cheiro. Cheiro bom. Suas mãos pousaram em minha cintura. - Uma das suas mãos, segura a minha. - ergui a mão e ele sorriu, entrelaçando nossas mãos. Ele tentou me levar ao som do forró que tocava, mas não tinha ritimo nenhum. Isso me fez cair na risada e seus amigos o zoavam.
- Vão pra porra! - Ele respondeu os olhando rápido, mas também rindo.
- Calma. Olha, vou te ensinar passo a passo. - O olhei e ele me olhava com atenção. Nossa diferença de tamanho e bem significativa.
- Luan, aprende com o papai aqui. - Wesley gritou e rodou Thyane, iniciando um forró agarradinho.
- Isso é fácil. - Uma de suas mãos foram para minha nuca e logo para entre meus cabelos, enquanto a outra segurava com firmeza, minha cintura. Colou seu corpo no meu, fazendo minha respiração se alterar por uns instantes. Começou a me levar no seu ritmo, mas vez ou outra pisava no meu pé, me fazendo rir e ele ficar sem graça. - Agarradinho é fácil. - Luan disse, com a lateral do seu rosto colado na lateral do meu. Ele estava um pouco inclinado para baixo, para ficar com o rosto na altura do meu.
- Quero ver sair do básico. - Alfinetei e ele riu.
- Calma, muié. Calma. - Pisou mais uma vez no meu pé, assim que a música acabou. - Desculpa de novo. - fez uma careta.
- Tudo bem. - sorri e ele me soltou.
- Provei ou não provei que sei? - Gritou olhando seu amigos. Uns diziam que ele foi bom, outros falavam que ele só enrolou. - Esses caras não ficam satisfeitos com nada! - Me olhou negando com a cabeça. Sorrimos um pro outro. - Depois cê me ensina os passos, combinado? Quando seus pés aguentarem mais pisões.
- Daqui a um mês, talvez. - Brinquei e ele riu.
- Que exagerada! - dessa vez, quem riu foi eu.
- Você tem tudo pra ser um forrozeiro. - Ironizei.
- Cê tá me zoando também? - me olhou desconfiado e eu cai na risada. Ele sorriu e negou com a cabeça. Wesley e Thyane ficaram mais próximos de nós.
- Que nota, Thai? - Wesley perguntou.
- Um oito. - Sorri.
- Fui muito bem, cara. - Luan falou convencido.
- Thy, eu quero comer. - Sorri amarelo.
- Vamos.
- Tchau. - Beijei o rosto de Luan.
- Tchau, linda. - Ele sorriu e eu me afastei com minha amiga. Fomos para a cozinha, enquanto eu colocava a comida, ela conversava comigo. Coisas do cotidiano. Quando sentei para comer, falei sobre a ligação de meu pai.
- Você sabe o que eu penso né? Você é jovem, precisa sair, se divertir. Essa faculdade é sua vida. Isso é errado.
- Mas eu preciso de notas boas. Daqui a alguns anos vai acabar e vou estar livre. - Abri os braços e fechei os olhos sorrindo. Rimos em seguida.
Depois que terminei de comer, Thyane subiu para ver Ysis, que já estava dormindo junto com Yhudi. Quando eu já estava saindo da cozinha, Luan Santana entrou junto com um baixinho e dois fortões, um branco e o outro negro.
- Cê pode mostrar pra gente onde que é o banheiro? - Ele perguntou simpático.
- Claro. As duas últimas portas desse corredor. - Apontei para o corredor que ficava bem ao lado da cozinha.
- São dois? - O baixinho perguntou. Assenti com a cabeça. - Vão lá vocês, depois eu vou com o boi aqui. - Os fortões foram na direção que indiquei.
- Eu já tô indo. - Sorri.
- Já? Não, antes cê me tem que ser sincera comigo. - O baixinho disse todo brincalhão. Eu continuava sorrindo e olhei Luan, que me observava com o sorriso no rosto também. - Ele dança muito mal né?
- Diz pra ele, Thaila. - Fiquei surpresa por Luan lembrar meu nome.
- Até que não. Mas precisa melhorar muito. - Olhei os dois. Seu amigo começou a zoá-lo e ele só falava: " Você vai me pagar. " apontando o dedo pra mim.
- Ou, podem ir lá. - O fortão de pele mais clara, falou do meio do corredor. Caminhando em nossa direção. O baixinho foi, ainda zoando Luan. Quando ficou frente a frente com o fortão, os dois ficaram conversando algo que eu não pude ouvir e olhavam os seus celulares também.
- Cê mora aqui faz tempo? O Wesley disse que você é paulistana. - Luan disse, tomando minha atenção para ele.
- Ah não, faz um pouco mais de um ano. Na verdade foram idas e vindas de São Paula pra cá.
- Sério? Eu também mudei muito de estado. - Riu de leve.
- Foi? Ainda bem que eu só fiquei entre São Paulo e Fortaleza.
- Eu rodei quase o Brasil todo. - Disse em um tom de brincadeira, me fazendo rir. - Por conta da profissão do meu pai. Ele era bancário e viviam transferindo ele de estado.
- Entendi. No meu caso, quem nos fez sempre ir e vir foi meu irmão. Ele sempre sonhou em ser jogador e a família toda sempre apoiou muito. - Sorri ao falar do meu chulé.
- Seus olhinhos brilharam agora. - Luan riu de leve.
- Eu amo muito, meu irmão. Ele é a melhor pessoa que eu tenho na vida. - Falei com toda a admiração que carrego por Gustavo dentro do peito.
- Ele deve ser bem bacana mesmo, pra você falar isso.
- Pode ter certeza, ele é. - Sorri e inclinei a cabeça um pouco para o lado. Nós estávamos no meio de uma conversa sobre nossas vidas? Como isso começou?
- Eles estão dormin... Luan, veio atrás de dançar de novo? - Thyane disse e se aproximou de nós. Fazendo com que nossa breve conversa se encerrasse.
- Na verdade eu vim atrás do banheiro. - Ele olhou em direção ao corredor e eu também. Pude ver seus amigos voltando. - Eu ainda não fui, acabei conversando com a Thaila. - Riu de leve e eu sorri, colocando um mecha do meu cabelo atrás da orelha. Gosto de ouvir ele chamar meu nome. Que estranho. Ri internamente.
- Ou, vai lá boi. - O negro disse ao chegar próximo de nós.
- Vou lá. Cê já tá indo embora né?! - Assenti com a cabeça. Ele me abraçou, com uma de suas mãos na parte de trás da minha cabeça e a outra em volta do meu pescoço. Beijou meu rosto. - Desculpa por cada pisada no seu pé. - Disse assim que nos afastamos.
- Que isso.
- Foi um prazer te conhecer. - Disse educadamente.
- O prazer foi meu. - Logo seus amigos também me abraçaram e beijaram meu rosto. Todos muito simpáticos e divertidos. Thyane os deixou a vontade e me acompanhou até o jardim. Depois de me despedir de Wesley, ela me deixou até a porta.
- Amei ter você aqui hoje. Obrigada por ter vindo.
- Eu que amei. - Sorri. Senti uma pontada de tristeza por estar indo embora e ficar na solidão do meu apartamento.
- Não vai ficar depressiva por causa da ligação do seu pai!
- Eu prometo. Beijo. Obrigada por tudo. - Entrei no carro.
- Não demora a aparecer.
- Pode deixar. - Liguei o carro e fui embora. Chegando em casa, tomei um banho e quando deitei na cama vi mais ligações do meu pai. Como eu imaginava. Ele ligou para saber se eu já estava em casa. Amanhã eu retorno e digo que já estava dormindo. Sem pensar em muita coisa, eu dormi rapidamente por conta do cansaço.
Primeiro capítulo e os dois já se conheceram... Se deram bem hein?! O que acharam? 🙊
Bjs, Jéssica. 💕
- Até que enfim! - Ele reclamou, abrindo a porta pra mim.
- Eu tive que dar minha placa na entrada do condomínio, você sabe como é. - Desci, o cumprimentei com um abraço e um beijo no rosto. - Tudo bem?
- Sim. Jurei que você não viria. - sorriu.
- Eu disse que viria, é o aniversário do Wesley. - Coloquei a mão na cintura, fingindo indgnação.
- Essa sua faculdade sempre ocupa seu tempo. - Apenas sorri e não rebati, já que realmente é verdade.
- Bate uma foto minha, seu falador. - Fiz pose.
- Do meu celular né, folgada?! - Apenas ri e ele tirou o celular do bolso, bateu a foto em seguida. - Pronto.
- Obrigada, amorzão. - Beijei seu rosto. - Espera só um minuto, o presente dele tá dentro do carro. - Rapidamente peguei o presente e então entramos. Vini me passou a foto pelo whatsapp e antes mesmo de chegar no jardim, onde está acontecendo toda a festa, eu postei:
nigth 😚
Logo chuveu comentários dos fã clubes do meu irmão, e até alguns meus. Tento entender qual o motivo de tamanha admiração por mim. Ele é o jogador, eu sou apenas uma estudante de arquitetura.
Assim que chegamos no jardim, encontrei várias pessoas! Grande parte conhecidos, colegas, amigos. Alguns eu nunca vi. Vini me levou até Thyane, com o braço em volta do meu ombro, enquanto falava que planejava passar a noite com a Deisy.
- Flor, você veio! - Thyane me recebeu em um abraço carinhoso.
- Eu disse que vinha. Tudo bem?
- Tudo sim e com você?
- Tudo ótimo. - Vinícius já havia sumido. Cumprimentei Paula, esposa do Matheus da dupla Matheus e Kauan. Ela é amiga de algum tempo. Nos abraçamos e logo começamos uma animada conversa. Odete, o amigo e funcionário gay do Wesley, se juntou a nós. Ele é um amor. Entramos no assunto: defeitos de homens. Isso rendeu muito! Logo eu gargalhava das palavras que ouvia.
Depois de um tempo, eu decidi procurar o aniversariante que se quer me viu chegar. Ele estava na rodinha dos cantores. A maior parte eu já conheço e falo. Mesmo com um pouco de vergonha, eu fui até ele. Assim que me viu, logo abriu os braços, fazendo todos os olhares se voltarem para mim.
- Thaila, meu amor! - Me abraçou apertado.
- Parabéns, lindão! Tudo de mais lindo pra sua vida sempre. Tudo que tinha pra falar já disse durante a ligação de mais cedo. Agora é hora de curtir muito, mais uma ano de vida concendido a você. - Fechei os olhos enquanto falava. Ele é de uma importância sem tamanho pra mim, não só ele, mas toda sua família.
- Obrigada, frescurenta. - Ri ao ouvir meu apelido. Ele me chama assim, por conta da minha voz. Tenho a voz bem fina e ele diz que tenho voz de metida ou fresca, como ele costuma falar.
- Seu presente. - Entreguei depois do abraço.
- Não precisava.
- Logico que precisava! A Thyane me ajudou a comprar semana passada. Espero que goste. É um relógio.
- Tenho certeza que vou gostar. - Sorri e cumprimentei a todos os cantores com um oi. - Pra quem não conhece, essa é a Thaila. - Wesley falou mais alto, por conta da música e beijou meus cabelos, afetuosamente. Eu continuava a sorrir e fui cumprimentando aqueles que já conheço com um abraço. Alguns eu não encontrava a bastante tempo. Depois de breves palavras, eu pedi licença, indo falar com outro grupo de colegas. Desta vez mulheres e confesso que fiquei bem mais confortável, do que com os cantores. Alguns me olhavam como gaviões atrás de uma presa. Aqueles que não me conhecem, é claro. Já que todos os meus amigos e amigos de minha família me tratam com um respeito extremo. Apesar do meu irmão dizer, na verdade reclamar, que todos os seus amigos me elogiam demais. Afinal, a maior parte das pessoas que conheço, foi atrávez dele.
•• algumas horas depois. ••
- Thai, vou embora. - Vini chegou, até mim, assim que encerrei a ligação com meu pai.
- Tá bom. - meu tom de voz saiu baixo.
- Ei, o que foi? - Passou a mão por meus cabelos.
- Meu pai. - Revirei os olhos. - Me ligou e disse pra eu ir pra casa.
- Ele não cansa de ser controlador? Poxa, você tem uma vida tão independente!
- Não é bem assim, Vini. É tudo pago por ele. Meu apartamento, minha faculdade, meu cartão...
- É, eu já sei. Mas ele quer em troca que você viva para a faculdade. E o pior... Você faz isso.
- Você também vai ficar me dando lição? De um lado eu ouço: " Thayla, vai pra casa. Você tem faculdade amanhã. " Do outro lado: " Thayla, você vive para a faculdade.
- Tá, tá, desculpa. - suspirou.
- Tudo bem.
- Aproveita mais um pouco, a festa tá linda.
- Só mais um pouco. - sorri de lado e ele apertou uma de minhas bochechas.
- Tchau. - me abraçou. - Te amo.
- Eu também. Usa camisinha tá? - Eu sabia muito bem que ele iria com a Deisy para casa. Eles trocaram beijos o tempo todo.
- Não se preocupa. - Riu e depois realmente foi embora. Já iria atrás de Thyane, minha barriga roncava de fome e agora eu aceitaria a comida que ela me ofereceu a mais de uma hora. Quando estava caminhando até minha amiga, ouvi Wesley me chamar. Parei e olhei para trás, ele vinha com o cantor Luan Santana. Praticamente arrastando o coitado, enquanto os dois riam.
- Oi? - perguntei quando chegaram perto. Eu não conhecia Luan Santana pessoalmente. Olhando de perto pude perceber o quão branco e alto ele é. Uma girafa.
- Ele quer dançar forró.
- Mentira. - O cantor me olhou. Ergui as sobrancelhas e sorri de leve, sem entender os dois.
- Ele tava se gabando ali pra gente. Quero ver agora. Você se garante no forró, apesar de ser paulistana, quero ver ele. - Wesley disse animado. Luan passou a mão no rosto e eu ri do pequeno desespero estampado em seu rosto.
- Pode ser. - Falei e Wesley empurrou Luan para mais próximo de mim. Fazendo com que eu sentisse bem seu cheiro. Cheiro bom. Suas mãos pousaram em minha cintura. - Uma das suas mãos, segura a minha. - ergui a mão e ele sorriu, entrelaçando nossas mãos. Ele tentou me levar ao som do forró que tocava, mas não tinha ritimo nenhum. Isso me fez cair na risada e seus amigos o zoavam.
- Vão pra porra! - Ele respondeu os olhando rápido, mas também rindo.
- Calma. Olha, vou te ensinar passo a passo. - O olhei e ele me olhava com atenção. Nossa diferença de tamanho e bem significativa.
- Luan, aprende com o papai aqui. - Wesley gritou e rodou Thyane, iniciando um forró agarradinho.
- Isso é fácil. - Uma de suas mãos foram para minha nuca e logo para entre meus cabelos, enquanto a outra segurava com firmeza, minha cintura. Colou seu corpo no meu, fazendo minha respiração se alterar por uns instantes. Começou a me levar no seu ritmo, mas vez ou outra pisava no meu pé, me fazendo rir e ele ficar sem graça. - Agarradinho é fácil. - Luan disse, com a lateral do seu rosto colado na lateral do meu. Ele estava um pouco inclinado para baixo, para ficar com o rosto na altura do meu.
- Quero ver sair do básico. - Alfinetei e ele riu.
- Calma, muié. Calma. - Pisou mais uma vez no meu pé, assim que a música acabou. - Desculpa de novo. - fez uma careta.
- Tudo bem. - sorri e ele me soltou.
- Provei ou não provei que sei? - Gritou olhando seu amigos. Uns diziam que ele foi bom, outros falavam que ele só enrolou. - Esses caras não ficam satisfeitos com nada! - Me olhou negando com a cabeça. Sorrimos um pro outro. - Depois cê me ensina os passos, combinado? Quando seus pés aguentarem mais pisões.
- Daqui a um mês, talvez. - Brinquei e ele riu.
- Que exagerada! - dessa vez, quem riu foi eu.
- Você tem tudo pra ser um forrozeiro. - Ironizei.
- Cê tá me zoando também? - me olhou desconfiado e eu cai na risada. Ele sorriu e negou com a cabeça. Wesley e Thyane ficaram mais próximos de nós.
- Que nota, Thai? - Wesley perguntou.
- Um oito. - Sorri.
- Fui muito bem, cara. - Luan falou convencido.
- Thy, eu quero comer. - Sorri amarelo.
- Vamos.
- Tchau. - Beijei o rosto de Luan.
- Tchau, linda. - Ele sorriu e eu me afastei com minha amiga. Fomos para a cozinha, enquanto eu colocava a comida, ela conversava comigo. Coisas do cotidiano. Quando sentei para comer, falei sobre a ligação de meu pai.
- Você sabe o que eu penso né? Você é jovem, precisa sair, se divertir. Essa faculdade é sua vida. Isso é errado.
- Mas eu preciso de notas boas. Daqui a alguns anos vai acabar e vou estar livre. - Abri os braços e fechei os olhos sorrindo. Rimos em seguida.
Depois que terminei de comer, Thyane subiu para ver Ysis, que já estava dormindo junto com Yhudi. Quando eu já estava saindo da cozinha, Luan Santana entrou junto com um baixinho e dois fortões, um branco e o outro negro.
- Cê pode mostrar pra gente onde que é o banheiro? - Ele perguntou simpático.
- Claro. As duas últimas portas desse corredor. - Apontei para o corredor que ficava bem ao lado da cozinha.
- São dois? - O baixinho perguntou. Assenti com a cabeça. - Vão lá vocês, depois eu vou com o boi aqui. - Os fortões foram na direção que indiquei.
- Eu já tô indo. - Sorri.
- Já? Não, antes cê me tem que ser sincera comigo. - O baixinho disse todo brincalhão. Eu continuava sorrindo e olhei Luan, que me observava com o sorriso no rosto também. - Ele dança muito mal né?
- Diz pra ele, Thaila. - Fiquei surpresa por Luan lembrar meu nome.
- Até que não. Mas precisa melhorar muito. - Olhei os dois. Seu amigo começou a zoá-lo e ele só falava: " Você vai me pagar. " apontando o dedo pra mim.
- Ou, podem ir lá. - O fortão de pele mais clara, falou do meio do corredor. Caminhando em nossa direção. O baixinho foi, ainda zoando Luan. Quando ficou frente a frente com o fortão, os dois ficaram conversando algo que eu não pude ouvir e olhavam os seus celulares também.
- Cê mora aqui faz tempo? O Wesley disse que você é paulistana. - Luan disse, tomando minha atenção para ele.
- Ah não, faz um pouco mais de um ano. Na verdade foram idas e vindas de São Paula pra cá.
- Sério? Eu também mudei muito de estado. - Riu de leve.
- Foi? Ainda bem que eu só fiquei entre São Paulo e Fortaleza.
- Eu rodei quase o Brasil todo. - Disse em um tom de brincadeira, me fazendo rir. - Por conta da profissão do meu pai. Ele era bancário e viviam transferindo ele de estado.
- Entendi. No meu caso, quem nos fez sempre ir e vir foi meu irmão. Ele sempre sonhou em ser jogador e a família toda sempre apoiou muito. - Sorri ao falar do meu chulé.
- Seus olhinhos brilharam agora. - Luan riu de leve.
- Eu amo muito, meu irmão. Ele é a melhor pessoa que eu tenho na vida. - Falei com toda a admiração que carrego por Gustavo dentro do peito.
- Ele deve ser bem bacana mesmo, pra você falar isso.
- Pode ter certeza, ele é. - Sorri e inclinei a cabeça um pouco para o lado. Nós estávamos no meio de uma conversa sobre nossas vidas? Como isso começou?
- Eles estão dormin... Luan, veio atrás de dançar de novo? - Thyane disse e se aproximou de nós. Fazendo com que nossa breve conversa se encerrasse.
- Na verdade eu vim atrás do banheiro. - Ele olhou em direção ao corredor e eu também. Pude ver seus amigos voltando. - Eu ainda não fui, acabei conversando com a Thaila. - Riu de leve e eu sorri, colocando um mecha do meu cabelo atrás da orelha. Gosto de ouvir ele chamar meu nome. Que estranho. Ri internamente.
- Ou, vai lá boi. - O negro disse ao chegar próximo de nós.
- Vou lá. Cê já tá indo embora né?! - Assenti com a cabeça. Ele me abraçou, com uma de suas mãos na parte de trás da minha cabeça e a outra em volta do meu pescoço. Beijou meu rosto. - Desculpa por cada pisada no seu pé. - Disse assim que nos afastamos.
- Que isso.
- Foi um prazer te conhecer. - Disse educadamente.
- O prazer foi meu. - Logo seus amigos também me abraçaram e beijaram meu rosto. Todos muito simpáticos e divertidos. Thyane os deixou a vontade e me acompanhou até o jardim. Depois de me despedir de Wesley, ela me deixou até a porta.
- Amei ter você aqui hoje. Obrigada por ter vindo.
- Eu que amei. - Sorri. Senti uma pontada de tristeza por estar indo embora e ficar na solidão do meu apartamento.
- Não vai ficar depressiva por causa da ligação do seu pai!
- Eu prometo. Beijo. Obrigada por tudo. - Entrei no carro.
- Não demora a aparecer.
- Pode deixar. - Liguei o carro e fui embora. Chegando em casa, tomei um banho e quando deitei na cama vi mais ligações do meu pai. Como eu imaginava. Ele ligou para saber se eu já estava em casa. Amanhã eu retorno e digo que já estava dormindo. Sem pensar em muita coisa, eu dormi rapidamente por conta do cansaço.
Primeiro capítulo e os dois já se conheceram... Se deram bem hein?! O que acharam? 🙊
Bjs, Jéssica. 💕
domingo, 16 de outubro de 2016
Personagens
Thaila, 19 anos. Solteira, nasceu em São Paulo, mas sempre viveu entre Fortaleza e a grande capital. Estudande de arquitetura, tem um pai muito protetor e controlador, um irmão jogador que a cada dia está mais conhecido e uma mãe bem parceira. Atualmente mora em Fortaleza, sozinha por conta da faculdade. Ela optou pela cidade, em busca de uma certa liberdade e independência.
Gustavo, 22 anos, atacante do Corinthians, mora atualmente em São Paulo junto dos pais. Solteiro. A melhor pessoa do mundo, segundo Thaila.
Ângela, 40 anos. Uma mulher que sempre lutou muito por seus sonhos e principalmente pelos sonhos de seus filho. É casada com Humberto, porém o casamento esfriou. Dormem em quartos separados, mas vivem harmoniosamente e se respeitam extremamente. Tem uma alma jovem e vê a filha como uma grande amiga.
Humberto, um pai super protetor, exigente, tem 45 anos. É empresário do filho e administra o escritório de cerca de 20 pessoas que cuida de tudo ligado a ao jogador Gustavo. Quer o melhor para seus filhos e sempre os ajudou a realizar seus sonhos.
Alice, 20 anos, solteira, trabalha para Humberto no escritório e cursa jornalismo. Melhor amiga de Thaila. Se conhecem desde quando eram crianças, quando Thaila e sua família ainda eram pobres. Mesmo com a distância, continuam melhores amigas. Ela reside em São Paulo e além de ser amiga de Thaila, também é amiga de toda a família.
Luísa, 25 anos, solteira, recém formada em administração e também é uma das melhores amigas de Thaila. Tem uma loja de roupas e acessórios que é sucesso entre os jovem mais ricos e populares do país. Conheceu Thaila em um aniversário de um amigo em comum das duas e de Gustavo, há cerca de 4 anos. ( ou seja desde os 15 anos de Thaila ). Desde então se tornou muito próxima dela e de sua família. Também reside em São Paulo e sempre está junto de Alice e Fernanda.
Fernanda, 20 anos, solteira, também uma das melhores amigas de Thaila. Se sustenta com o dinheiro que ganha na internet, tanto em seu canal no YouTube, como também na divulgação de marcas e eventos em que é convidada. Conhece Thaila desde a adolescência, quando tinham 14 anos, ou quase 15, quando as coisas começaram a acontecer para Gustavo. Até hoje são bem amigas. Ela também reside em São Paulo.
Vinícius, 24 anos, solteiro, o melhor amigo de Thaila em Fortaleza e também o melhor amigo homem. Se conhecem desde quando Thaila começou na academia. Cerca de 2 anos ( ou seja quando ela tinha 17 anos) e desde então se tornaram unha e carne. Irmãos. Não há segredos entre os dois.
Wesley, mais conhecido como Safadão. É um dos amigos de Thaila e família. Não só ele, mas sua esposa Thyane também. São muito próximos e de muita importância pra ela e sua família. Sempre a tratam com muito carinho e atenção.
Viviane, 19 anos, namorando. Grude de Thaila na faculdade, uma pessoa bem engraçada e companheira.
Mathias, 22 anos, solteiro. Também é grude de Thaila na faculdade. Ele é bissexual e muito festeiro.
Luan Santana 24 anos, Cantor, Solteiro. Mora em São Paulo com os pais.
Bruna Santana, 20 anos, irmã de Luan, Solteira, mora em São Paulo com os pais.
Marizete e Amarildo, pais do cantor.
Ps: a História vai começar ainda no ano passado, 2015, por isso as idades de um ano atrás.
Logo, logo, primeiro capítulo!
Bjs, Jéssica. ❤
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