sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Curtindo a família. Cap 03

Último dia de prova! Logo que entrei na sala, encontrei Mathias e Viviane. Minhas companhias da faculdade. Falo com muita gente aqui, mas os dois são meus grudes de todas as manhãs.

- Cara, tô me cagando. - Viviane falou visivelmente nervosa, assim que sentei ao seu lado. Gargalhei junto de Mathias. - É sério, se eu não tirar nota boa na matéria do Frascisco, tô ferrada!

- Calma, gata. Vai dar certo. - Mathias disse. Ele é bi, mas quem vê jura que não é. - Já recorri a todos os santos, lindas.

- Eu recorri as minhas unhas mesmo, olha como estão estragadas. - Vivi mostrou suas unhas ruídas.

- Eu tô confiante. Se quase me matei de estudar, vou tirar nota boa. - Eu disse.

- Nós vamos. - Mathias falou confiante.

- Amém, amigos. - Vivi fez o sinal da cruz e em poucos minutos já estávamos fazendo a prova.

• mais de uma hora depois •

- O que vão fazer no fim de semana? - Mathias perguntou, quando já estávamos saindo da faculdade.

- Vou ver minha família. - Respondi.

- Eu vou pra serra com o boy. - Vivi falou.

- Nossa, só eu que vou ficar mofando?

- Só você, amigo. - Vivi e eu falamos juntas, causando risadas em nós três. Nos despedimos já no estacionamento. Cheguei em casa e já fui arrumar minha mala. Quando já estava terminando, vi que meu pai me ligava.

- Oi, pai?

- Como foi a prova? - Sabia que essa séria sua pergunta.

- Acho que fui bem.

- Não quero achismos, Thaila. Se você realmente estudou é pra ter certeza que se saiu bem. - Suspirei pedindo paciência. Quanta pressão!

- Eu estudei, pai. Você sabe disso.

- Então seja mais confiante de que se saiu bem.

- Eu fui bem. - Falei a frase que ele queria ouvir.

- Que bom. - pude perceber que ele sorria. - Comprou suas passagens pra que horas?

- Pela manhã eu tô aí. Combinei com a Alice, ela vai me buscar.

- Tudo bem. Estamos esperando você.

- Tá, beijo.

- Outro. - Desligou sem ao menos dizer um, " eu te amo ", ou sem ao menos perguntar se eu estava bem. Meu pai nunca soube demonstrar corretamente seus sentimentos. Vejo seu amor através da sua exagerada proteção. Mas cobrar ele sempre soube fazer muito bem. Agora que Gustavo já alcançou seu sonho, ele não pega tanto no pé do meu irmão, mas há anos atrás era quase a mesma coisa que é comigo hoje.
Durante a tarde fui para a academia, já que pela manhã eu não consegui, pois acordei atrasada.
Depois de gastar duas horas fazendo exercícios, ainda tive pique para uma aula de Zumba. No fim da tarde sai destruída! Ao voltar para meu lar, depois de um merecido banho, coloquei minhas séries em dia com Julieta do meu lado. Quando percebi já era noite e então decidi pedir um japa, depois de comer eu não demorei muito a dormir.

Logo que amanheceu fui para o aeroporto de táxi, levando Julieta comigo. Não demoramos muito a desembarcar em São Paulo, logo vi minha amiga. Sorri e em passos largos fui ao seu encontro.

- Só você pra me fazer madrugar. - Disse ao me abraçar.

- Você é a melhor pessoa, sabe disso.

- Eu senti saudade. - ela ainda me apertava.

- Eu também. - Desfez o abraço.

- Agora vamos né? Eu ainda tenho que ir trabalhar.

- Vamos. - Entramos em seu carro e libertei minha cadelinha de sua casinha temporária. Fomos conversando, colocando o papo em dia. E ela também tocou no nome do Luan Santana, me questionou sobre os xingamentos e o porque de ele me seguir. Depois de esclarecer tudo pra ela, chegamos em casa.

- Eu nem vou descer, Thai. Mais tarde eu apareço.

- Tudo bem. Beijo e obrigada. - Beijei seu rosto e em seguida desci. Apertei a campanhia de casa e logo Maria apareceu.

- Não sabia que você vinha hoje! - Sorri ao ouvir seu sotaque baiano. - Num é sexta hoje? Tu não tem aula na faculdade não?

- Até tenho, mas faltei um diazinho. As provas acabaram ontem. - Falei enquanto já entrava. Julieta já saiu correndo pelo meio da casa.

- Ah sim, entendi. - Me olhou por um momento com as mãos na cintura. - Você faz falta aqui. - Sorri toda derretida.

- Ô Maria, meu amor! Eu também sinto falta de vocês. - Fui abraça-la. - Daqui há alguns anos estou de volta. Você me aguarde. - Desfiz o abraço e ouvi a voz do meu pai.

- Não imaginei que viria tão cedo.  - Falou enquanto descia as escadas.

- Eu quero aproveitar o máximo de tempo. - Sorri e ele me abraçou forte.

- Como foi a viagem?

- Foi maravilhosa. - Fechei meus olhos, me sentindo feliz por estar com ele.

- Eu achei essa ideia de você faltar faculdade muito desnecessária. Tem certeza que consegue colocar a matéria em dia? - desfez o abraço.

- Tenho, pai. - suspirei me sentindo agora um pouco chateada. Sempre cobrança! - Onde tá minha mãe e o chulé?

- Seu irmão já tá descendo, só vai treinar na parte da manhã hoje. Sua mãe ainda tá dormindo... Pelo menos eu acho.

- Entendi.

- Nós vamos almoçar juntos, certo?

- Certo, capitão! - bati continência sorrindo e ele riu.

- Essa menina... - Disse olhando Maria. Senti duas mãos sobre meus olhos e pelo perfume eu reconheci.

- Adivinha quem é? - Gustavo disse.

- O chulé mais fedido que existe? - Ele gargalhou me contagiando. Tirou as mãos de meus olhos e quando virei de frente pra ele, já o encontrei todo arrumado para ir ao treino. Sem esperar mais nada me abraçou, tirando meu pés do chão e me rodando, me fazendo gritar. - Para, seu louco! - Falei em meio a gargalhadas. - Pai, olha isso. Eu vou vomitar. - Depois de ouvir a última palavra ele me soltou e eu me senti tonta.

- Eu senti sua falta, chulé! Cê demorou pra voltar dessa vez hein?

- Pois é, a faculdade tá cada vez mais puxada.

- Eu tenho que ir agora com o pai, mas ó, depois cê vai me contar como foi o aniversário do Wesley.

- Eu conto tudinho, agora vai. - Beijei seu rosto e recebi outro. Meu pai me abraçou mais uma vez e então eles saíram. Meu irmão para o treino e meu pai com certeza para alguma reunião, ou para o escritório.
Decidi ir acordar minha mãe, entrei em seu quarto e pulei em cima dela.

- Acorda, sua linda! - Falei alto e ela resmungou.

- Isso é jeito de me acordar? Poxa, Thaila. Quase me mata de susto. - Ri ao ver sua expressão.

- Desculpa. Agora levanta logo, quero passar a manhã toda com você. Programinha de mãe e filha, beleza?

- Beleza, mas eu escolho onde vamos.

- Por mim, tudo bem. - Sai de cima dela e enquanto ela foi tomar banho, fui olhar meus filhos. Ficaram enlouquecidos quando me viram! Eram tantos latidos e eu nem sabia com qual falar primeiro. Maria que estava limpando o enorne quintal, riu ao ver a cena. Acabei sentando na grama junto deles e com o tempo foram acalmando. Alguns se espalharam pelo quintal brincando e então decidi levantar, afinal minha mãe já deve estar quase pronta, já se passaram alguns minutos.

- Maria, bate uma foto aqui. - Pedi e ela atendeu com toda a simpatia do mundo.

 - Obrigada. - Olhei a foto com dois dos sete filhinhos. No caminho até o quarto da minha mãe, eu postei:
                               " 😍 "

Quando adentrei ao quarto, dona Ângela ainda não estava pronta.

- Nossa, mãe. Que demora!

- Calma aí! - Disse enquanto decidia qual blusa vestir. Tirei meu óculos escuro e fiquei olhando o instagram mais um pouco, na tentativa de não ficar entediada. Vi uma foto do Matheus, ainda do dia do aniversário do Wesley. Haviam todos da rodinha dos cantores. Vi Luan na ponta e decidi olhar seu ig, vi somente as fotos do topo e decidi segui-lo, se vai dar o que falar ou não, pouco importa. Ele me seguiu, então não custa nada seguir de volta. Nos falamos, ele é super gente boa, então porque não? Luísa mandou uma mensagem no whatsapp perguntando se eu já havia chegado. Acabei iniciando uma conversa com ela.

" Avisa o bonde que a noite é noisss! HAHAHA "

" Onde vamos, Thailonaaa? "

" Bora jantar em algum restaurante, pode ser? "

" Claro, pode sim. Vou avisar ao Bonde! HAHAHA "

" 😂 Tá. Mais tarde combinamos o horário, vou sair com a minha mãe agora. Beijãooo! "

" Beijo, amiga. 💛"

Depois de mais alguns minutos, minha mãe ficou pronta e então saímos. Quando entramos em seu carro perguntei:

- Onde vamos?

- Falei com Marta, vamos em um salão que ela costuma frequentar. - Marta é sua amiga de longa data.

- Eu só gosto de ir no Wanderley, mas tudo bem.

- Me conta, como foi a viagem? - Mudou de assunto, enquanto ela já dirigia.

- Foi tudo bem. - Sorri.

- E você não tem nenhuma novidade pra me contar?

- Não, mãe. - Ri de leve. - Minha vida é academia e faculdade.

- Você é jovem, Thaila. Precisa se divertir também.

- Como mãe? Com o pai no meu pé o tempo todo. No dia do aniversário do Wesley fiquei super chateada com a ligação dele, dizendo que achava melhor eu ir embora logo. Não sou mais criança.

- Seu pai é osso duro de roer! Mas quando você se formar, ele vai sair do seu pé.

- É, eu sei. Na verdade eu espero. - Suspirei. E então ela já mudou de assunto. Falando sobre as instituições que vamos visitar amanhã e eu acabei ficando mais animada. Com alguns minutos chegamos no salão de beleza e eu fiquei boquiaberta. Era tudo muito lindo! Fomos bem tratadas desde que colocamos o pé dentro. Minha mãe encontrou sua amiga, a cumprimentei e então uma mulher loira perguntou o que desejamos.

- Eu preciso de uma drenagem. - Sorri.

- Já eu quero uma escova, junto com uma hidratação profunda.

- Entendi, Ângela. E você Marta? - a amiga da minha mãe também falou o que queria e então ela me levou até um cabeleleiro que acabava de finalizar um cabelo. - Ela quer uma drenagem. Meu nome é Thaís, qualquer coisa você pode me chamar.

- Tá, obrigada. - Sorrimos uma para a outra e então ela foi até minha mãe e sua amiga. Logo o cabeleleiro perguntou nome e se apresentou. Iniciamos um agradável conversa enquanto ele cuiadava dos meus cabelos. Ouvi uma voz bem fina, falando com todos do salão. Uma voz de fresca como diz Wesley. Parecida com a minha. Olhei pelo espelho e vi a Thaís abraçar a cliente, que aparentava ter a mesma idade que eu.

- A Bruna quer drenagem também. - A loira disse quando se aproximaram de nós.

- Você vai ter que esperar um pouco, iniciei a pouco tempo com a Thaila aqui.

- Eu vou fazer as unhas também, sem problemas. - Sorriu para nós, ficando ao meu lado. - Ele é maravilhoso né?! - comentou comigo simpática e percebi a Thaís se afastar.

- É a primeira vez que venho aqui. - sorri.

- Espero que seja a primeira de muitas. - O cabeleleiro disse, nos fazendo rir.

- Depois que você sair daqui com o cabelo impecável, cê vai querer voltar. - Ela garantiu.

- Eu preciso mesmo, meu cabelo está bem acabadinho.

- O meu nem tanto porque toda semana eu venho aqui. - Riu.

- Eu moro em Fortaleza e o sol estraga muito, você sabe.

- Sei... É verdade. Eu sou doida pra conhecer Fortaleza. Ir no beach park.

- Lá é muito divertido! Porque você ainda não foi?

- Falta de tempo. Faculdade e ainda trabalho.

- Complicado. Mas assim que você tiver um tempinho vai lá. Você não vai se arrepender.

- Tenho certeza que não. - Sorrimos uma para a outra e então continuamos falando sobre os lugares que já fomos e os que temos vontade de conhecer. O cabeleleiro participava também e eu estava adorando os dois. Conversamos até que ele terminasse meu cabelo.

- Realmente outra coisa. - Comentei me olhando no espelho.

- Não falei?! - Bruna disse já sentando na cadeira em que eu estava.

- Obrigada, você arrasou! - beijei o rosto dele.

- Que isso.

- Acho que vou pintar as unhas.

- Eu também ia, acabei conversando e esqueci. Mas depois daqui eu vou. - Bruna riu de leve.

- Então eu vou lá. - Me afastei sorrindo e fui fazer as unhas. Os minutos foram se passando e terminamos tudo que tinhamos para fazer. Olhei no celular e já era quase a hora do almoço com meu pai e Gustavo. Como gastamos a manhã toda no salão e eu não percebi? Fui me despedir de Bruna e do cabeleleiro.

- Foi um prazer conhecer você, Bruna. - Ela agora estava fazendo as unhas.

- O prazer foi meu. - Sorriu. Ela é muito meiga. Trocamos beijos no rosto e depois de me despedir do cabeleleiro prometendo voltar, Thaís nos levou até a saída.
Minha mãe e eu nos despedimos de sua amiga Marta e fomos rumo ao restaurante encontrar os homens da minha vida.

Tivemos um almoço agradável e sem nenhuma cobrança do meu pai, por incrível que pareça. Então nada estragou meu bom humor. Gu deixava tudo mais animado com o que falava. Ele é sempre muito divertido! Beijava meus cabelos e me abraçava o tempo todo. Tentou me irritar também, mas não conseguiu. Algumas pessoas apareceram pedindo foto, o que não é de se estranhar.
Estar junto da minha família é uma das melhores sensações. Como eu sinto falta da presença física deles no meu dia a dia.






Acho que alguém conheceu a futura cunhada 🙊 e esse pai surper protetor?
O que estão achando? Palpites sobre o próximo? 
Comentários respondidos! 😍
Bjs, Jéssica. ❤

4 comentários:

  1. Conheceu a cunhaaada , seguiu de volta o boy haha é assim que começa 😍 continua próximo eles deve se encontrar de novooo

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  2. Eles merecem um encontro novamente né Jessica 🙈🙊 No restaurante ou depois do jantar as amigas da Thaila convencerem ela de ir numa baladinha
    Continuaaaa Amanhã mesmo kkkk beijão

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  3. Adorei, ja podem se encontrar de novo

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