" Sobrou o sofá " Cap 181

Dudu e Alice foram os primeiros a deixarem a sala. Não preciso ser um gênio pra saber que eles estão transando no quarto que estou dividindo com meu amigo. Alice é uma hipócrita do caralho. Não queria que Thaila e eu usássemos a cama, mas está usando a que eu durmo.

- Preciso falar que estou muito feliz por ver vocês assim. - Bru disse. Sorri e pude ver Thaila sorrir também.

- Eu queria propor um brinde com champanhe, mas a Thaila não pode beber. - Douglas continuou e nós rimos.

- Já tava na hora dos dois tomar jeito. - Testa disse e Thaila beijou minha bochecha.

- Só falta o pedido de casamento, não quero pressionar nem nada, mas... - Marquinhos fez graça.

- Não quero um pedido comum. - Thaila fingiu seriedade.

- Cê tem que agradecer por eu querer casar com você. - Brinquei.

- Ah é? - Ergueu as sobrancelhas, segurando o sorriso. - Toma vergonha! - Gargalhamos.

- Cuidado, Luan. Ela pode voltar atrás... - Joana também fez graça. Ela não sabe porque Thaila e eu nos separamos, mas claro, soube que vou ser pai e que não estávamos juntos.

- Nem brinca, caramba. - Afundei meu rosto na curvatura do pescoço de Thaila, apertando ainda mais mais meus braços  volta dela. Todos riram, inclusive a Thaila.

- Bom, eu acho que já deu por hoje. - Bru levantou-se sorrindo. - Tô com sono.

- Amanhã vamos acordar cedo pra aproveitar esse lugar. - Testa comentou.

- É, a gente ainda não viu nada. Só trabalhamos. -Marquinhos ressaltou.

- Tá, mas eu quero saber onde eu vou dormir. - Me manifestei.

- No nosso quarto não. Não vou passar a noite com vocês do lado entre amassos. - Bru disse e Thaila riu de leve.

- Vai lá no seu quarto, pô. - Douglas brincou. Ele sabe que o casal está se aventurando por lá.

- Nem a pau! - Neguei veementemente.

- Cê tá lascado, boi. - Marquinhos riu, levantando-se.

- Não ficaria bem eu dividir um quarto com você. - Joana disse já em pé.

- Ei, não dá pra eu dormir com vocês? - Olhei Douglas, Marquinhos e Testa.

- Não. Já somos três, porra. - Douglas negou meu pedido.

- Vai se foder, então. - Thaila riu, ainda sentada no meu colo.

- Tchau. Espero você, maravilhosa. - Bru soltou beijo para todos.

- Boa noite galera. - Joana acenou, indo em direção ao corredor também. Olhei meus três amigos, na esperança de que eles tenham dó de mim.

- Até amanhã, casal. - Marquinhos acenou.

- Até amanhã. - Douglas se afastou rindo.

- Boa noite. - Testa falou rindo também.

- Filhos da puta! - resmunguei e então Thaila levantou-se.

- Que situação hein, amor? - Meu coração derreteu todo e minha raiva se dissolveu. Ela me chamou de amor, sorrindo. Respirei fundo.

- Senti saudade de ouvir você me chamar de amor.

- E eu senti saudade de falar. - Esticou os braços com as mãos abertas. As segurei e fiquei esperando ela me puxar.

- Vai, uai. Me levanta. - Sorrimos. Ela se esforçou, mas não conseguiu me tirar do lugar.

- Nossa, Luan! Você come o que? Rocha? - Gargalhei e ela mordeu o lábio inferior se esforçando mais uma vez. Para acabar com seu sofrimento, eu levantei e ela tombou para trás, quase caindo. Envolvi meus braços em sua cintura à tempo. - Você tá maluco? - franziu a testa.

- Desculpa, desculpa, desculpa.

- Eu tô grávida, quedas na gravidez precisam ser evitadas. - Continuou me repreendendo.

- Desculpa, amor. Não era minha intenção. - Lhe abracei forte. Deus me livre de acontecer alguma coisa com ela, ou meu trenzinho.

- Tá, tá bom. Chega, você tá me apertando. - Reclamou e eu sorri. Lhe apertei mais. - Luan! - Grunhiu. - Me apertar te excita? Eu hein! - Me olhou bravinha e eu ri.

- É gostoso, pô. - Beijei sua boca rapidamente. - Pensei que poderíamos ter uma noite daquelas. - Mudei de assunto.

- Você já percebeu que não. - Acariciou minha barba.

- É. - Bufei. - O Dudu tá me devendo uma das grandes. Só sobrou o sofá pra eu dormir. - Ela riu de mim.

- Você acha que a Alice vai dormir lá?

- Não sei, mas eu não vou ficar esperando a noite toda e nem vou dormir na cama que eles foderam.

- Eu vou pegar um travesseiro pra você. - Se afastou e meu corpo todo protestou. Me senti vazio. Assenti, sentando no sofá. Tudo que eu queria era foder minha mulher a noite toda. Matar toda a saudade acumulada. Não há um quarto sobrando. Bufei frustrado e passei as mãos em meu rosto. - Aqui ó. - Ouvi a voz dela e olhei para trás. Ela tá tão deliciosa nessa calça. Meu pau concorda.

- Já disse que você ficou gostosa pra caralho nessa calça? - Ela sorriu, corando.

- Não. - Respondeu sem graça e eu senti mais tesão. Ela já é gostosa pra cassete, pra acabar completamente comigo, ela ostenta uma certa inocência. O olhar, o sorriso, a maneira como fica sem graça por tudo. Parece uma menininha e cronologicamente ela é. Só tem 20 anos e já vai ser mãe. Apesar de ser nova, vai ser uma baita mãe. - Deixa eu arrumar aqui pra você. - Ela também tem um Edredom e uma coberta mais fininha em seus braços.

- Antes vem cá. - bati fraco em minha perna.

- Fala. - Se aproximou mais, mas não sentou-se em minhas pernas.

- Só depois que cê sentar aqui. - Sorri lascivamente e ela negou com a cabeça. Largou travesseiros e cobertas, jogando-os no espaço livre do sofá.

- Você só vai atiçar. - Falou, enquanto monta em mim. Soltei uma risadinha. Ela me conhece. Apertei seu traseiro. Eu amo olhar, tocar sua bunda. Beijei seu pescoço, chupando em seguida.

- Eu tô tão feliz, gatinha. - Sussurrei.

- Eu também. - Senti seu sorriso contra meu pescoço.

- Olha aqui. - Pedi e assim ela fez, procurei sua boca. Chupei seu lábio inferior, em seguida o superior e então invadi sua boca com minha língua. Ela passou os braços em volta do meu pescoço e correspou a altura. Sua língua habilidosa, me fez gemer. O beijo dela é tão gostoso. Parece que a cada vez se torna melhor, causa maior efeito em mim. O único barulho é do nosso beijo. Nossas cabeças se movimentando em sincronia, nossas línguas se tocando. Ela chupa a minha, eu chupo a dela. Comecei a ficar ereto, essas mulher gostosa em cima de mim, não dá. É pra deixar qualquer homem de pau duro. Ela rebolou só para provocar e sorriu contra minha boca. Soltei um grunhido. - Thaila. - Falei seu nome, com a testa encostada na sua. - Eu quero você. - Olhei sua boca. Que boca convidativa, porra!

- Nem pensar. - Me cortou.

- O que? - Olhei em seus olhos, ainda embriagado de tesão.

- Não vou transar aqui. - Gemi frustrado. - Vamos dormir, bebê. - Novamente meu coração derreteu. Ela me chamando de bebê! Que saudade eu senti de ouvir isso. Em outros tempos e situações, eu acharia cafona, mas ela me chamando assim é tão fofinha, tão acolhedora, tão cuidadosa. Respirei fundo.

- Tudo bem. - Ela cheirou minha bochecha e beijou abaixo do meu olho, beijando em seguida, na altura de minha sobrancelha.

- Sacanagem o que aqueles dois fizeram com você. - Ela riu me olhando e eu sorri.

- Dudu é um filho da mãe. Alice também. - Ela me abraçou e mordeu meu ombro. - Ei! Para. - Ela continuou e eu lhe dei um tapa na bunda. Logo ouvi sua risada. Meu coração está tão em paz novamente. Passei meses sem ter essa intimidade, esses momentos.

- Vou dormir. - Se despediu.

- Te amo. - Falei olhando em seus olhos.

- Eu que te amo. - encostou seu nariz no meu. - Cê arruma tudo aqui? Ou quer que eu ajude?

- Não, eu arrumo. Obrigado por trazer coberta e travesseiro. - Ela selou nossos lábios, mas minha língua pediu passagem e ela cedeu em prolongar o beijo.

- Boa noite.

- Boa noite. - Sussurrei e então ela se afastou, ficando de pé. Fiquei olhando-a feio bobo, até ela sumir do meu campo de visão.

|| Thaila narrando ||

Não resisti ao ouvir a declaração linda que Luan fez. O perdoei e admito: nunca me senti tão leve e em paz comigo mesma. Deitei na cama com um sorriso no rosto.

- Onde o Pi vai dormir? - Bru perguntou com uma voz sonolenta e de olhos fechados.

- No sofá, tadinho. - Ela sorriu e não disse mais nada. Peguei a coberta e me cobri até o pescoço. Fechei os olhos e mentalmente agradeci a Deus por Luan, por esta gravidez. Agradeci por toda a paz que me envolve.

NO DIA SEGUINTE 

Acordei com as risadas de Bruna e Alice. Abri meus olhos com dificuldade. 

- Ele é maravilhoso! - Minha amiga disse animada. 

- Gostou mesmo? - Bruna perguntou e Alice assentiu segurando o sorriso. 

- Calem a boca! - Resmunguei. 

- Amiga, deixa eu te contar! - Alice sacudiu minhas pernas e eu ri. 

- Conta. 

- Ele manda muito! Eu nem percebi o tempo passar. - Suspirou sonhadora. 

- É, o Luan acabou dormindo no sofá por sua causa. - Ela fez careta. 

- Esqueci disso.

- Nada vai estragar o bom humor dele, relaxa. - Bru disse despreocupada. 

- Claro, voltou com o amorzinho dele. - Alice fez graça e eu ri. Idiota. Ela continuou falando, mas não deu muitos detalhes. Até assustei, Alice nunca ficou empolgada com uma transa. Tomara que ela não se machuque. Levantei, fiz minhas higienes matinais e quando eu saí, ouvi as vozes vindo da cozinha. Fui até lá e encontrei Luan, juntamente com Dudu e Douglas. Os três tomando café. 

- Bom dia. - Sorri. 

- Bom dia, meu amor. - Luan abriu os braços e então eu fui até ele. Beijou minha barriga e acariciou minha bunda.

- Dormiu bem, Dudu? - Provoquei e ele riu. 

- Esse filho da puta nem dormiu! - Luan xingou e então nós gargalhamos. 

- O que vamos fazer hoje? - Bru entrou alegre.

- Já tô no jeito. - Luan disse, ainda com o braço em volta de meus quadris. 

- Eu também. - Falei. 

- Então bora comer e esperar o povo acordar. - Douglas disse. 

Comemos e quando todos acordaram, se alimentaram, nós saímos. Meninos em um carro, meninos em outro. Passamos a manhã toda nos divertindo, conhecendo os lugares, brincando, rindo. Quando a fome falou mais alto, nós paramos em um restaurante e mais uma vez, os assuntos descontraídos tomaram conta da mesa. Durante a tarde, o cansaço me venceu. Todos queriam continuar conhecendo tudo, mas por minha causa, as meninas cancelaram os planos. Luan só saiu com os meninos por muito insistência minha. Ele não queria sair do meu lado de maneira nenhuma. Resultado: os meninos saíram e as meninas voltaram para casa. Elas ficaram conversando na varanda da casa e eu fui diretamente para a cama. Dormi tão rápido. 

Acordei me sentindo tão disposta. Tive um sonho tão bonito. Luan, eu e quatro filhos. Eu observava ele e os quatro. Brincavam, sorriam e me olhavam com tanto amor. Ah, Luan! Suspirei. Peguei meu celular para saber alguma notícia do meu homem. Não há nenhuma mensagem dele. Mas minha família andou mandando mensagem. Os respondi e quando percebi uma movimentação diferente de notificações, eu olhei. É do instagram, coisa ligada ao Luan. Entrei no aplicativo e logo vi a postagem dele. Conforme eu ia lendo, meus olhos ficaram marejados. Esse homem ainda vai me matar de tanto amor! Assumiu que estamos juntos em meio a mais uma declaração de tirar o fôlego:

Você é linda reclamando enquanto eu te aperto, as vezes eu acho que você é uma boneca de tão linda! Dá vontade de te apertar, me entende? Você é linda franzindo a testa, erguendo as sobrancelhas, quando estamos em meio de uma discussão. Você é linda quando acorda e me olha sorrindo. Você é toda linda! Carrega uma leveza, uma luz... É tão meiga, tão espontânea, mas também quando fica brava... E ainda assim, eu te acho linda. Sabe lidar com meus defeitos e minha vida corrida, aguenta meu lado ciumento (que eu só descobri que tinha com você.) Não tenho ciúmes por falta de confiança, na verdade, eu só sei o quão encantadora você é. Tenho medo. Gatinha, você é o sonho de todos os caras desse mundo! Entende meu ciúme? Afinal eu tô longe de ser o cara mais perfeito que existe. Pelo resto da vida eu quero segurar tua mãozinha pequena, quero sentir teu cheiro, quero ver teu sorriso. Quero ouvir você me chamar de bebê, bebê-leão, amor... Quero receber teus carinhos, quero ser cuidado por ti e cuidar de ti (e claro, do nosso trenzinho.) O que temos é amor. O amor perdoa, o amor tolera, o amor compreende, o amor supera. Obrigado por me fazer entender o quão bonito é o amor verdadeiro. Bejo, amor! 

OIIIIIIIIII lindas! Me desculpem por todo esse tempo sem capítulo, eu queria ter postado antes, mas realmente não deu. Me desculpem pelo tamanho do capítulo também, eu tô dor de cabeça. Massss consegui finalizar. Vocês gostaram do capítulo? Luan dormiu no sofá, Dudu e Alice rolou meiiiixxxmooo! Todos tiveram um dia divertido e... Que declaração né, mores? Louam assumiu a volta dos dois em grande estilo! 

Comentários respondidoooosss!

Bjs, Jéssica.