" Vizinha brasileira " Cap 179

Chegou o dia da viagem, nós vamos para Nova York. Volto a tempo de me despedir do meu irmão, antes de sua ida para Páris. Me cobrou uma visita ainda esse mês pra ajudá-lo com a decoração do quarto. Não gosto de pensar na falta que ele e Diego vão me fazer. Já meu pai, eu quero realmente distância por enquanto. Não voltei a Fortaleza desde que soube a verdade. Vou morar com minha mãe e trancar a faculdade. Queria continuar cursando, mas por N motivos, decidi vir pra cá. Minha mãe agora está sozinha, eu estou grávida fico sozinha em Fortaleza, posso precisar de alguém. Claro, a ideia de contrariar tudo aquilo que meu pai quer pra mim é satisfatório também.

- Filha, vai com Deus. - Minha mãe me abraçou. - Toma muito cuidado, lembra que agora não é só você. - Sorri.

- Não esqueço disso nem por um minuto. - Ela desfez o abraço e então foi a vez de Diego.

- Vê se faz tudo certinho tá? Chega de infelicidade. - É, todos estão poiando Luan. Absolutamente todos.

- Me abraça, caramba. - Desconversei e ele sorriu, me abraçando.

- Boa viagem. Aproveita.

- Obrigada.

- Agora é minha vez. - Chulé disse e então me abraçou, após Diego desfazer o nosso abraço. - Volta logo pra aquele feião. - Ri dele. - Se divirta muito. - beijou meus cabelos.

- Vou me divertir. - Garanti, olhando em seus olhos e então ele se afastou.

- Acho bom!

- Acho que um abraço agora séria forçar muito né?! - Meu pai me olhou e eu continuei impassível. - Faz uma boa viagem e tenta perdoá-lo. Não esquece do que te falei no escritório. - Apenas assenti. Meu celular tocou e eu logo atendi.

- Já estamos aqui. - Alice disse. A mãe dela nos levará até o aeroporto.

- Tô saindo. - Desliguei e soltei beijo. - Vou indo.

- Me liga quando chegar. - Minha mãe pediu.

- Pode deixar.

- Já tô com os dedos cruzados desde agora. - Meu irmão cruzou os dedos e Diego repetiu seu gesto.
- Bobões! - Neguei sorrindo. Acho que Luan não imagina o tamanho da torcida. Carreguei minha mala até o carro e a mãe de Alice desceu para me ajudar a colocá-la no porta-malas.

- Tudo pronto! - Ela disse.

- Obrigada, sua linda. - Sorri e então entrei no carro.

- Tá frio hoje né?! - Alice comentou sentada no banco da frente.

- Tá mesmo. Não sei porque o Luan preferiu viajar a noite e tão tarde assim.

- Não é tão tarde. - A mãe de Alice descordou, dando partida no carro.

- Eu já tô morrendo de sono. - Resmunguei.

- Você é o sono ambulante. - Alice fez graça e nós rimos. - Luan já saiu de casa?

- Ele me mandou uma mensagem dez minutos atrás dizendo que sim.

- Me conta como tá a gravidez? Tudo tranquilo? - Mãe de Alice abordou o assunto. Eu adoro falar sobre minha gravidez! Adoro quando as pessoas perguntam, se interessam. Comecei a falar e ela dividiu algumas experiências quando engravidou de Alice. Minha amiga é filha única e deu um trabalhão enquanto estava na barriga de sua mãe.
Já no aeroporto, logo percebi que Luan ainda não chegou.

- Vamos comprar um chá? - Alice propôs.

- Eu vou comprar cappuccino. - Ela assentiu e então depois de fazer nossos pedidos, eu chequei meu celular. Nenhuma mensagem de Luan ou Bruna.

- Nada deles? - Alice perguntou.

- Nada. - Fiz um bico insatisfatório. - Bate uma foto minha aqui. - Pedi.

- Tá, vai lá. Faz pose. - Sentei em uma das cadeiras. Alice largou sua mochila em uma outra cadeira. Sim, além de uma mala média ela trouxe uma mochila.

- Pega meu celular. - Lhe entreguei e sorri. Logo ela registrou.

- Outra.

- Tá. - Fiz outra pose. E depois outra, outra e em meio aos registros, nós rimos. - Chega. Alguma deve ter prestado. - Alice sentou-se ao meu lado. Comecei a olhar as fotos e depois de dar uma rápida editada, postei:

" Night flight ✈ "

Posicionei a câmera do celular e gravei um vídeo para o stories do instagram.

- Duas horas esperando uma galera atrasada, não é amiga? - Mostrei Alice e nós rimos.

- Exagerada. - Ela disse.

- Cappuccino pra espantar o sono. Tá difícil viu?! - Mostrei o copo e fechei os olhos, quando os abri pude ver Alice sorrindo e negando com a cabeça, olhando para a câmera.

- Chegaram. - Ela disse para nossa direção norte. Parei de gravar e postei. Vi Luan, Bruna, Dudu, Douglas, Marquinhos, Joana e Rober. Não sabia que Rober também iria. Com certeza o Luan esqueceu de mencioná-lo. Lerdo. Levantamos e eu ergui as mãos em agradecimento aos céus. Logo ouvi a Risada de Douglas, Marquinhos e Bru. O restante colocaram um sorriso no rosto.

- Até que enfim! - Falei.

- Foi o trânsito. Uma droga. - Luan disse e Alice já começou a cumprimentar os que conhece. - Tá bem? - Me olhou com um cuidado quase palpável.

- Tô. - Bebi um pouco de café. - Quer? - Ofereci.

- Não, obrigado. - Olhei Alice e vi que Bru já está apresentando-a ao Dudu e Joana.

- Ei, gravidinha. - Douglas me chamou. O abracei, fazendo o mesmo com todos. Logo uma mulher se aproximou de Luan pedindo uma foto. Ele atendeu e então nos apressamos para fazer o checkin in. Luan foi parado mais uma duas vezes e eu tenho absoluta certeza de que haverá fotos nossas e até vídeos nas redes sociais dentro das próximas duas horas. Me mantive distante dele. Não quero equívocos da parte dos fãs. Apesar de que, só por estarmos juntos será motivo suficiente para uma falação enorme. Não esperamos muito para embarcar. Houveram conversas e Luan me deixou a vontade o tempo todo. Foram assuntos descontraídos, em nenhum momento houve desconforto. Me senti bem. Esses dias serviram para eu assimilar tudo que aconteceu. Conversar com as pessoas que me amam, que me querem bem, também colaborou. A decepção com meu pai é bem maior. Partiu dele. Tudo se iniciou por causa dele, ideia dele. Não estou livrando Luan da culpa, mas colocando na balança, a dele é um pouco mais leve. Sentei com Alice e Bru. Eu até queria conversar, mas meus olhos começaram a pesar demais e eu me rendi ao sono.

|| Luan narrando ||

Não sei dimensionar o tamanho da minha alegria ao ver Thaila no aeroporto. Ela realmente veio. Eu estava num nervoso horroroso. Sabia que séria inevitável ela saber da verdade, mas o que eu mais temia aconteceu. Ela se fechou totalmente. Eu não sei quantas vezes agradeci a Deus por ela aceitar a vir conosco nesta viagem. Recebi vários conselhos de meus pais, minha irmã fez questão de me ajudar. Vai faltar até uns dias na faculdade só para estar conosco.

- Cara, essa Alice é gata. - Dudu sussurrou.

- Investe. Cê tá ligado no que eu disse né?! - Sussurrei de volta, nos estamos na fileira atrás da delas.

- Sei. - Riu de leve. É, eu contei que houve certo interesse de Alice nele. Thaila que não saiba disso. Mas qual é? Eles formariam um belo casal.

- Calem a boca! - Marquinhos reclamou já com os olhos fechados. Nos calamos. Dudu decidiu ver um filme e eu comecei a ler um livro. Bubu e Alice não param de falar, mas a voz de Thaila eu não escuto. Acho que dormiu.

(...)

Depois de longas horas de voo, chegamos em Nova York as 7:00 da manhã, horário local. Acordei ainda atordoado. Logo vi o sorriso de Thaila em nossa direção depois de ela ficar de pé. E então meu corpo despertou completamente. Essa mulher me comanda por inteiro. Ela nem imagina o quanto...

- Vamos? - Jôzinha falou animada, passando por nós e então eu levantei.

- Tô quebrado. - Testa disse, enquanto Dudu resolve com Douglas a questão dos táxis.

- É muito demorado. - Thaila fez careta.

- Mas agora estamos aqui. Em New York, babys! - Alice sorriu imensamente.

- Já tá toda animadinha, nem parece que passou umas duzentas horas sentada numa cadeira. - Bubu disse.

- Ou, vamos. - Douglas chamou e então nos dividimos. Acabei não indo com Thaila. Quero ir devagar, deixá-la a vontade. Vou ter boas oportunidades esses dias. Meus amigos sabem o que aconteceu realmente e estão torcendo para que a gente volte a ficar juntos. Após chegarmos na casa de decidimos alugar e olhar todos os detalhes, cada um foi para seu quarto, alguns acabaram dividindo o espaço com outros. O combinado foi nos encontrarmos daqui a pouco para comermos juntos. Em seguida, eu vou sair a trabalho e as meninas vão passear, com exceção de Joana. Acabei ficando com Dudu em um quarto.

- A Thaila tá ficando mais redondinha né, cara?! - Ele comentou, tirando os sapatos e eu sorri.

- Tá. Pelo que ela me disse antes da briga feia, a médica falou que agora vai começar a crescer a barriguinha. Mas tá linda demais, boizera. - Continuei sorrindo feito bobo.

- Ela é linda mesmo e você é arriado por ela. - Eu ri.

- Não é segredo pra ninguém. Acho que nunca vai deixar de ser ela.

- Eu nunca amei assim. Cê sabe, a gente já conversou sobre isso. - Comecei a me desfazer de meus tênis e camiseta.

- Já. Mas acho que nessa vida todo mundo tem sua tampa. Quem sabe a sua não é a morena que cê acabou de conhecer. - Fiz graça e ele riu.

- Ela é gostosa. Eu tava dando uma olhada... Vale! Ali vale.

- Ela é muito parecida com a Thaila. O jeito é muito igual.

- Meiguinha né?! - Ele sorriu e eu assenti. Suspirei quando o medo passou por minha cabeça. Quero muito voltar com algo positivo dessa viagem. - Vai dar tudo certo, boi. - Dudu percebeu minha tensão. - Não tô achando ela tão braba com você.

- Vou saber disso quando eu puder conversar sozinho com ela. - Respirei fundo. - Vou tomar banho.

- Beleza, vou separar uma roupa pra mim. - Disse já abrindo sua mala.

Depois de pronto, eu segui para a sala e encontrei Thaila conversando com Rober e Joana. Apenas eles.

- Cheirozão. - Jôzinha elogiou.

- Tem que tá né?! - Sorri e sentei ao lado de Thaila no sofá. - Ficou pronta rápido assim? - A olhei, enquanto meus dois amigos permanecem no outro sofá.

- Seu rápido é diferente do meu rápido. - Sorriu e eu sorri junto, não pelo que ela disse, mas sim por ver seu sorriso.

- Cê demora até quando pensa que é rápido, viado. - Rober disse e eu ri. Thaila está de cara limpa. Nada de maquiagem. Escolheu um moletom rosinha claro e uma calça jeans azul marinho. Calçando tênis branco.

- Os carros chegaram? - Perguntei.

- Ainda não. Mas já deve tá quase. - Joana respondeu e eu assenti. Alugamos dois carros. Um com sete lugares e outro com cinco. É muito melhor para nos locomover por este lugar. Joana puxou assunto sobre trabalho e eu naturalmente me empolguei. Ela falou algumas de suas ideias e eu fiz o mesmo. Thaila e Rober permaneceram calados, os dois concentrados em seus celulares. Aos poucos todos foram chegando. E os carros também foram deixados para nós por Juarez. Ele nos deu todas as orientações necessárias e enfim pudemos sair para comer.

Chegamos ao restaurante, eu logo percebi Thaila mais calada. Mais uma vez viemos em carros separados, porém eu fui rapidinho e sentei ao seu lado quando escolhemos a mesa. Todos conversam animadamente. Alice e Dudu estão em uma conversa só deles. Começando os avanços...

- O que cê tem? - Perguntei a Thaila quando vi ela olhar o cardápio sem animação.

- Tô me sentindo enjoada, um pouco zonza. Foi a viagem. Foi muito cansativa. - Fez careta e eu franzi a testa.

- Quer ficar lá na casa? Cê pode descansar. Nosso trenzinho tá cansado também. - Ela riu de leve.

- Não, eu acho que posso passear um pouco e depois descansar.

- Vou ficar preocupado.

- Não precisa. Não vou estar sozinha. - Me olhou. Assenti, sem querer contrariá-la. Voltei a tentar escolher algo para comer.

- Não tô entendendo nada aqui. - Falei e ouvi a risada de Joana e Thaila. Ambas estão sentadas ao meu lado.

- Ajuda ele Thaila. - Jôzinha disse e então me inclinei um pouco para perto de Thaila.

- Isso daqui? Deve ser bom, tem muita coisa. He-man não tá aqui, então eu tô livre. - Falei e ela riu, me fazendo sorrir. Começou a traduzir pra mim pacientemente. Algumas coisas nem ela conhecia, disse ser alimentos locais. Os meninos começaram a fazer graça e ela só gargalhava. Quando a comida chegou, as brincadeiras diminuíram, mas ainda rimos em alguns momentos.

|| Thaila narrando ||

Nos despedimos dos meninos e Joana, pois agora vamos nos separar. Eles vão para uma feira sobre música, ideias inovadoras e Rober me disse que é para o novo DVD que deve ser lançado ano que vem.

- Se cuida, pelo o amor de Deus. - Luan me olhou cheio de preocupação. Ele fica tão lindo assim.

- Tá, até já passou o mal estar. - Ele assentiu ainda insatisfeito. Por ele eu iria pra casa, mas eu não vou mesmo.

- Bora, porra! - Marquinhos o gritou. Ele riu.

- Tchau. - Beijou minha mão e fez uma curta carícia em minha barriga.

- Tchau. - Respondi e me deparei com Bruna batendo uma fotos de Alice. Logo depois elas me mostraram os registros que uma fez da outra.

- Postei. - Bru disse e me mostrou:

" Hora de explorar as lindezas desse lugar 😍 " 

Vi que ela colocou Nova York na localização.

- Maravilhosa! - Falei e ela riu. Entramos no carro e Alice assumiu o volante. Começamos pelo Jardim Botânico do Broockyn, ficamos encantadas com o lugar. Fizemos registros, sentamos na grama. Conversamos, admiramos as pessoas. É realmente lindo, traz uma leveza incrível. Quando fomos para o nosso segundo destino, eu aproveitei pra postar uma foto da paisagem:

" Tentando dimensionar o tamanho da paz que esse lugar trás 💗🙆 "

Fomos visitar um segundo park, no mesmo bairro. E mais uma vez encantadas.

- Já quero ser um florzinha pra morar aqui. - Alice disse e nós rimos.

- É lindo demais! - Bru disse encantada.

- Quando perguntarem por onde a gente andou e a gente falar que foi por um park e depois outro, vão rir de nós. - Sorri.

- Ah, mas são lindos. Aproveitamos por ser no mesmo bairro. - Bru deu de ombro sorrindo.

- Vamos sentar um pouco também. - Caminhamos até um banquinho de madeira. - Tô muito blogueira. - Alice riu, mostrando sua foto:

" O lugar certo pra morar, pena que não sou uma florzinha ( literalmente) 🤣 "

- Além de blogueira tá arrasando com o Dudu. - Bru sorriu sapeca e Alice corou. Eu ri.

- Thaila, o que você falou? - Me lançou um olhar de acusação.

- Eu não disse nada. Se todo mundo percebeu o clima, não é culpa minha. - Fui sincera.

- Não tem clima nenhum gente. - Mentiu na maior cara dura. Bru e eu estreitamos os olhos e ela riu. - Não sei se vai rolar. Ele é gente boa, mas não sei ta?

- Pois eu acho que vai. - Bru olhou suas unhas.

- Eu também acho. - Alice ergueu as sobrancelhas e negou com a cabeça. Bru e eu rimos. Ficamos mais uns minutinhos e então demos uma parada para o almoço. A fome realmente atacou. Em seguida fomos para um park de diversão. Eu fiquei tão encantada! As meninas me proibiram de ir nos mais legais, eu acabei brincando nos mais sem graça. Enquanto as meninas estavam na fila de mais um, eu olhei meu instagram e vi a postagem de Bubu:

" Pense numa criança feliz... "

Perdi as contas de quantas vezes eu ri até a barriga doer. Nos divertimos tanto que nem vimos as horas passarem. Quando decidimos voltar já era fim de tarde. 

Quando chegamos ao nosso temporário lar, encontramos o restante da galera reunidos na sala, conversando.

- Graças a Deus! Eu já tava pirando. Cês tem celular pra que? - Luan disparou irritado.

- Oi pra você também. - Falamos juntas.

- Foi falta de atenção, acabamos esquecendo de olhar o celular. - Falei.

- É, não é pra tanto. - Bru disse.

- Eu tô morta. - Alice se jogou no sofá.

- Quer uma massagem? - Dudu perguntou.

- Por favor. - Bru e eu nos olhamos cúmplices e então Dudu começou a massagear os ombros de minha amiga. Olhei Luan e ele continua emburrado, enquanto os amigos conversam animadamente.

- Vocês podem parar de falar um segundo de trabalho e ouvir nossas histórias? - Bubu pediu e todos riram, menos o senhor bom humor.

- Conhecemos lugares lindos.  - Alice disse, enquanto relaxa no outro sofá que além de Dudu tem também Joana. Todos os assentos estão ocupados. Sofás e poltronas. Bru começou a falar, sentando-se em cima do tapete e vi um rastro de sorriso em alguns momentos no rosto de Luan. Não precisava ter se preocupado tanto. Peguei meu celular e vi as mais de 5 chamadas dele. Tadinho. Sentei no " braço " do sofá, ao lado de Joana. Depois de um tempo decidimos tomar banho e aproveitar a noite. 

|| Luan narrando ||

Fiquei tão bravo por nenhuma das meninas atender minhas ligações nem responder minhas mensagens. Thaila estava se sentindo mal antes do tal passeio, fiquei pensando um monte de besteiras. Segui para meu quarto e Dudu ficou um pouco mais atrás com Alice. Acho que esses dois não passam de hoje sem se pegar.
Liguei o chuveiro e nada de Dudu entrar no quarto. Quando saí ele estava falando com alguém por telefone. O tempo esfriou um pouco e então eu vesti uma camisa de lã, mangas longas. Coloquei uma calça jeans, um par de coturno e uma touca. Pronto. Sinalizei para Dudu que estou indo para fora e ele assentiu, ainda falando com, creio eu, a mãe dos seus gêmeos. Foi só eu chegar na sala, bateram na porta. Franzi a testa e quando a abri, dei de cara com uma loirinha. Loirinha gata!

- Oi. - Sorriu timidamente.

- Oi. - Sorri de volta. Ela é brasileira.

- Eu estou aqui na casa do lado com minhas amigas. Eu vi vocês chegando mais cedo, me segurei pra não vir até aqui, mas não deu. - Riu de leve e eu também. - Sou sua fã. Precisava vir dar um oi, um abraço.

- Ah, claro. - Lhe abracei.

- Você é muito foda. - Ri de leve.

- Obrigado. - Desfiz o abraço.

- Canta muito bem, compõe músicas maravilhosas, é lindo e solteiro. Pacote completo de um homem interessante. - Uou, ela está flertando comigo? Apenas soltei uma risadinha. - Até onde eu sei você está solteiro. - Ela quer minha confirmação. Fiquei um momento sem saber o que dizer.

- Sim, estou. - Disse por fim, com vontade de acrescentar " infelizmente ", mas isso vai desencadear mais assunto.

- Seus amigos também? - Quis saber e eu assenti. Sem contar com Douglas, todo o restante estão solteiros. Eu sei que ela não faz a minima ideia de que tem mulheres aqui além de Joana. Ela e as amigas nos viram chegar quando voltamos da feira musical, eu pensei que fossem gringas.

- Vamos dar uma festinha hoje aqui, se quiserem vir, estão convidados. - Me lançou um sorriso nada inocente.

- Obrigado pelo convite. - Sorri, para não parecer antipático. É óbvio que eu não vou.

- Vocês vão mesmo? Nós ficaremos felizes com a presença de vocês. - Droga, estou sem saída. Pensa rápido Luan.

- Vou falar com meus amigos e qualquer coisa a gente aparece. - Consegui me safar.

- Tá. Tchau. - Me deu mais um abraço e um beijo no pescoço e naturalmente eu arrepiei. Ela soltou uma risadinha. Droga, percebeu!

- Tchau. - Sorri sem graça, então ela se afastou e eu fechei a porta. Quando virei, encontrei Thaila sentada na poltrona. E ela tá muito linda! Calça jeans branca, camiseta preta soltinha e uma jaqueta preta de mangas longas. Seus pés estão com botas pretas que vão até seu tornozelo. Quando meus olhos encontraram os seus, registrei que ela está divinamente maquiada, tudo bem levinho, mas perfeita. E em seguida percebi seu olhar. Puta merda! O que ela ouviu?

- Convite pra festa... - Sorriu sarcasticamente.

- É, tem uma turma brasileira aqui na casa do lado. Legal né? - Sentei na outra poltrona ao seu lado e ela assentiu lentamente. Está brava. - Por que essa cara? - Ela ergueu ligeiramente as sobrancelhas.

- Que cara? - Se fez de desentendida.

- Eu te conheço, Thaila. Cê ta brava.

- Talvez porque você é um mulherengo do cassete - Fiquei espantado.

- Mas... mas eu só tava conversando.

- Luan, porque você não vai se foder com esse papo e essa piranha? - Levantou-se feito um furacão, sem me dar chance de dizer nada. Ela tá maluca? Eu não dei cabimento nenhum. Bufei, colocando as mãos no rosto. A Thaila vai queimar meus miolos.

OIIIIIIIIIII lindas! Recebi ideias no grupo e muitas queriam Thaila com ciúmes, atendidooooo! Eu adoro ideias! No próximo, eu continuoooo! Amanhã vai ter capítulo de novo, moresss. Ouvi um amém? O que acharam do capítulo? O que vai rolar no próximo????

Comentários respondidoooosss!
Bjs, Jéssica.