" Como definir a noite? " Cap155

Chegamos ao camarote e logo pediram uma mesinha para colocar bebidas. Me encostei na grade e olhei para a multidão que está aqui para ver os sucessos de meu amigo. Estou tão orgulhosa! Olhei para o lado e vi Thyane com as mulheres de Matheus e Kauan um pouco mais afastadas de nós. David Brasil também conversava com elas.

- Ele fode pra caramba. Beija tão bem! Pena que foi só uma vez. - Ouvi uma loira ao meu lado, falando com duas amigas.

- Eu já dei pra ele também. - A outra disse rindo.

- Mentira! Tá falando sério? - A loira disse.

- Tô. Não sabia que você tinha pegado também.- Pelo sotaque eu percebi que não são de Fortaleza. - A Lu pegou antes de nós.- apontou para a terceira.

- Luan é um gostoso e fodedor de primeira. - As olhei com a testa franzida.

- Olha aquela boca. - A loira falou e elas olharam todas na mesma direção. Segui o olhar e vi ele no ponto do camarote mais perto do palco com Hugo e Sabrina.

- Ele faz gozar de um jeito... - A outra disse e eu senti todas as minhas células raivosas. Sou toda raiva agora. Me recusei a continuar escultando. Voltei para próximo de meus amigos e cruzei os braços. Odeio me sentir ciumenta. Que vontade de dar na cara delas! Não é nada agradável saber das lembranças que ela tem com meu... Droga! Ele não é mais meu.

- Que foi? - Mathias passou o braço em volta dos meus ombros.

- Nada. - Continuei carrancuda.

- Esse nada quer dizer tudo. - O namorado de Vivi disse.

- Ela só não quer falar. - Vivi complementou.

- Criança, bebe um pouquinho de tequila. Tu vai melhor num instante. - Mathias disse e Vini riu.

- Com o Luan aqui? É melhor não. - Vini disse e eu o fuzilei com o olhar.

- Para, amor. Se quiser bater nele, pode bater. Eu deixo. - Deisy disse em meu favor. Apenas desviei o olhar para o palco, onde já começa a primeira participação. Continuei de braços cruzados como uma criança birrenta, sem parar de pensar no que ouvi. Luan nem ao menos me olha! Não para de rir com os amiguinhos famosos. Eu também acho melhor assim. Me sinto insignificante pra ele, mas é melhor assim. Aos poucos, fui relaxando e me deixando contagiar pela alegria de meus amigos e pelo bom desenvolvimento da gravação do DVD de Wesley. Depois de algumas músicas, vi Luan entrar no palco. De primeira, ele esqueceu a letra e eu ri de seu jeito lerdo. Ele é um cretino adorável.

- A música é minha e eu esqueci a letra. - Ele disse bem humorado.

- De novo, bora de novo. - Wesley disse sorrindo e então Luan voltou para a parte de trás do palco.

- É um lerdo mesmo. - Comentei e Deisy riu.

- Ele é tão lindinho, amiga. - Disse Deisy, sem maldade.

- Que papo é esse? - Vini disse, fingindo ciúmes e eu ri.

- Idiota. - Deisy disse e ele lhe deu um tapinha na bunda, a abraçando em seguida. Não posso culpá-la, ele é realmente muito encantador. Na segunda tentativa deu certo e em seguida ele cantou a música " chuva de arroz " o olhei o tempo todo, lembrando de quando vi seu novo clipe. Quase morri. É tudo muito erótico. Mesmo com vontade de jogar meu celular longe, eu consegui ver até o final. Ainda bem que eu não o acompanhei na época da gravação. Morreria de ciúmes. Ver o clipe me deixou ciumenta, não gosto nem de lembrar e não quero ver de novo. Maldito sentimento! Seu olhar encontrou o meu e ele sorriu. Desviei o olhar para o público. Estou com raiva dele. Porque precisa ser tão safado? Não gostei de ouvir aquelas mulheres falando dele, amigas que pegaram o mesmo homem e comentando positivamente sobre ele. O grande problema é o quanto esse homem representa pra mim. Lembrar do clipe só aumentou meu ciúmes e eu só posso engolir, mesmo rasgando, preciso engolir.

- Thay, pode ir lá dentro comigo? - Thyane disse ao se aproximar e eu assenti. Caminhamos, entrando em sua casa e ela explicou que precisa procurar uma bolsa que não usa e vai dar de presente para a mulher de Matheus. - Não queria entrar sozinha. - Me olhou sorrindo.

- Medrosa. - Fiz graça e ela riu.

- E ai, como está com essa situação? - Me olhou, enquanto nos direcionamos ao seu quarto.

- Não tá nada fácil. - suspirei.

- Você ainda não esqueceu ele né?

- Não. É uma merda, mas ainda não. - Lamentei.

- Você vai conseguir superar. Tu vai ver. - Entramos em seu quarto e eu permaneci calada, enquanto ela procura a bolsa em seu closet. Não demorou a voltar. - Achei!

- Vou no banheiro rapidinho, olhar o estado da minha maquiagem. - Vi seu jeito afobado. - Pode ir. - Ri de leve, ao perceber que ela está um pouco apressada.

- Tá. Depois tu fecha a porta. - Thyane disse e saiu em passos largos.

- Doidinha. - Falei sozinha e entrei no enorme banheiro. Ainda bem que a mãe de Wesley ficou encarregada de ficar com os meninos para cima e para baixo durante toda a gravação. Thyane precisa dar atenção a tanta gente... Me olhei no espelho e vi que a maquiagem ainda está intacta. Meu batom já foi embora quase por completo. Peguei um lenço e tirei por completo. Não quero mais ver Luan. Isso me machuca. É, eu realmente estou chateada com esse reencontro. Não é legal ver ele agindo como se eu fosse uma mera conhecida. Vi Rober e Wellington de longe, mas eles não me viram. Também estavam no camarote. Meu coração fica tão pequeno! Eu já quero ir embora. Ir pra longe dele e todo esse amor. Infelizmente eu tenho que encarar. Suspirei pesadamente e saí do quarto. Desci as escadas, olhando para os degraus, tomando cuidado para não cair.

- Oi. - Luan. Aqui. Ah, não. O olhei e vi seu sorriso.

- Oi. - Continuei caminhando e quando já iria passar por ele, segurou minha mão.

- Pode me mostrar onde fica o banheiro? - Imediatamente eu voltei no dia que nos conhecemos. Ele apareceu aqui e queria saber onde ficava o banheiro. Foi quando rolou nossa primeira conversa mais prolongada e eu lembro perfeitamente de como me senti quando ele disse me nome.

- Luan, eu tenho cara de guia? - Respondi de forma grosseira. Estou magoada e com raiva. De mim. Dele.

- Opa! - Me olhou com vestígios de sorriso no rosto. - A Thyane me disse que você poderia me mostrar. Eu não lembro mais onde fica. - Bufei. - Porque você tá tão bravinha? - Me olhou com toda a atenção. Fiz menção de falar, mas desisti. - Para com essa carinha de brava, projeto de gente. - Ah, não. Ele falando assim, sorrindo assim. Eu estou me tornando uma geleia.

- Não me chama de projeto de gente! - Franzi a testa. Ele não tem o direito de agir como antes. Ele sorriu e eu o odiei. Ele e sua mania de não levar minha raiva à sério. - O que foi? Eu tô contando piada? Idiota! - Revirei os olhos e ele puxou minha mão gentilmente, fazendo nossos corpo se tocarem. Passou os braços em volta de minha cintura e eu não sei lidar com essa proximidade. Estou com um frio terrível na barriga, meu coração grita satisfeito. Ele pode lidar com isso. Minha razão não.

- Saudade de você. - disse contra meus cabelos e o cheirou. Não consigo respirar. Beijou meu pescoço e eu fiquei entregue. Que droga! Beijou de novo. - Cê tá tão cheirosa. - Cheirou meu pescoço caprichosamente e eu arrepiei toda. Sorriu contra minha pele. Suas mãos começaram a se mover em minha cintura.

- Me solta. - Falei em um fio de voz.

- O que? - Me olhou. - Repete. - Olhou minha boca.

- Me solta. - falei olhando sua boca também.

- Você quer que eu te beije. - Disse simplesmente. Franzi a testa. Ele conhece todos os meus sinais.

- Me solta, Luan. -Voltei a pedir, aninhando meu rosto na curvatura do seu pescoço e inalei seu cheiro. - Eu odeio você.

- Acho que não odeia tanto assim. - Suas mãos continuam me acariciando. Gemi frustrada. - Tô doido pra beijar essa sua boca. - Falou próximo ao meu ouvido e meu sexo começou a pulsar. Ele tá me deixando excitada. Estou tão necessitada dele. Desisti. Minhas mãos agarraram seus ombros e eu aninhei meu corpo ainda mais ao seu. - Sinto sua falta.

- Por quê você é assim? - Lamentei. Ele é tão irresistível e cretino.

- Assim como? - continuou me acariciando. Não falei nada. - Olha pra mim. - Pediu.

- Pra que?

- Olha pra mim. - repetiu, rindo de leve. Fiz o que ele pediu. - Fecha os olhos. - Mais um pedido.

- Não. Por quê isso? - Franzi a testa.

- Fecha os olhos, gatinha.

- Não faça nada que... - Ele sorriu e eu suspirei. Que droga! Fechei os olhos.

- Isso. - Pude perceber que ele ainda está sorrindo. Senti seus lábio tocando o centro de minha testa, afetuosamente. Beijou como se eu fosse a coisa mais preciosa do mundo. Beijou outro ponto de minha testa e eu suspirei. Estou completamente entregue. Senti uma de suas mãos acariciando minha bochecha de leve e eu inclinei minha cabeça em direção ao carinho. Como uma gatinha carente. Ele soltou uma risadinha fraquinha. Beijou minha bochecha e eu continuei com os olhos fechados. - Você é linda demais. - Suspirou. Beijou a ponta do meu nariz. - Thaila... - senti seu hálito com rastros de menta.

- Hum? - Abri os olhos e vi ele olhar minha boca. Antes que eu registrasse, sua mão saiu de minha bochecha e foi para meus cabelos, seu braço se firmou ainda mais em volta da minha cintura e então sua boca encostou na minha. Chupou meu lábio inferior uma vez, duas vezes, longa e lentamente. Iniciou o beijo pra valer e eu não tive forças para negar. Só soube corresponder e agarrar seus ombros ainda mais. Sua língua explorando toda minha boca, uma de suas mãos segurando firme meus cabelos e a outra em minha cintura. Um beijo lento, gostoso pra caralho. Tudo em sintonia. O encaixe de nossos corpos, os movimentos de nossas línguas. Que saudade eu estava! Agarrei sua nuca e ele desceu as mãos para minhas bunda, aprofundando o beijo, dando um pouco mais de rapidez. Apertou minhas nádegas e chupou minha língua ao mesmo tempo. Gemi em sua boca e ele soltou um grunhido, apertando desesperadamente minha bunda. Começamos a quase engolir a boca um do outro. A calma se foi e a saudade ardente nos consumiu. Senti o inicio de sua ereção no finzinho da minha barriga. Eu estou ainda mais excitada por saber que ainda mexo assim com ele. Ele puxou uma de minhas pernas contra seu quadril.

- Passa as pernas em volta da minha cintura. - Pediu em minha boca, rapidamente, voltando a me beijar loucamente de novo. Dei impulso para pular e quando pulei, ele segurou a parte posterior de minhas pernas e eu as enlacei em sua cintura. E ele interrompeu o beijo me deixando excessivamente ofegante. Começou a beijar meu pescoço e chupá-lo. Me remexi excitada em seus braços. - Eu preciso de você. - Sussurrou com a voz rouca e eu puxei seus cabelos com firmeza, fazendo-o olhar pra mim e eu beijei novamente. Minha língua sedenta por sua boca. Suas mãos se moveram e adentraram ao meu vestido, acariciando minha bunda por cima do pequeno short preto que serve como um forrinho. Eu quis isso todos os dias desde que terminamos. Logo me veio na cabeça todas as bocas que ele deve ter beijado nesse meio tempo e consequentemente lembrei das amigas comentando sobre ele. Me enchi de raiva e interrompi o beijo.

- Me solta. - Pedi firme e ele me olhou sem entender, com a boca entreaberta, vermelhinha, chamativa. Seus cabelos um pouco desarrumados. O deixando mais sexy. - Me coloca no chão! - Falei mais alto e ele atendeu meu pedido.

- O que aconteceu? -Sua voz ainda contém tesão.

- Você é um cafajeste! - O ataquei, abaixando meu vestido.

- Thaila... - Tentou falar algo, mas está claramente confuso.

- Três... Mulheres, estavam falando de você. Elas são amigas e todas transaram com você! - Explodi e ele continuou a me olhar confuso.

- O que? Quando foi isso?

- Hoje, aqui. Elas estão no camarote. - Cruzei os braços e ele suspirou, passando a mão pelo rosto.

- Isso é passado, Thaila.

- Passado o caramba! - Respirei fundo. - O que eu ainda tô fazendo aqui com você? O que aconteceu aqui foi um erro! - Ele me olhou magoado.

- Um erro? - Falou baixo.

- É. - Confirmei.

- Mentirosa! Você queria isso tanto quanto eu. Queria isso porque ainda não me esqueceu e tá se mordendo de ciúmes por causa do meu passado. - Ele jogou tudo em minha cara, sem hesitar.

- Luan... Que raiva de você! - Acertei seu ombro com um tapa.

- A verdade é tão complicada assim? - Me provocou e eu até imaginei como ficaria se eu voasse em cima dele e lhe enchesse de tapas.

- Vai se foder! - Comecei a caminhar, pisando firme no chão e bufando de raiva.

- Foder só se for com você. - Olhei para trás e vi seu olhar malicioso. Grunhi de raiva e ao mesmo tempo me odiando por me sentir afetada por ele. O que eu fiz? Voltei o mais rápido possível para o camarote e só consigo sentir o cheiro dele e me odiar por ter gostado tanto, por não ter resistido. Uma baita droga!

- Essa boquinha andou beijando! - Mathias disse assim que me aproximei o suficiente. Apenas fiz uma careta e revirei os olhos. De maneira alguma vou contar o quão fraca eu fui. Eu estava tão entregue que se ele tivesse tirado minha roupa, eu teria deixado. Teria deixado ele fazer o que quisesse.

- Coloca tequila aqui pra mim. - Peguei um copinho que estava sobrando.

- O que aconteceu hein?! - Vini questionou e no mesmo instante o cafajeste chegou ao camarote, me procurando com o olhar, porém não encontrou e logo alguém se aproximou pedindo foto.
- Nada. Quero beber. - Falei. E então a gravação continuou e eu não parei de beber, muito menos de pensar nele. Não quero mais amá-lo. Só quero que ele saia do meu coração. Não aguento mais sofrer por ele. Simplesmente não aguento! Parece que quanto mais o tempo passa, mais difícil fica.

|| Luan narrando ||

Já no estacionamento, caminhando com Rober e He-man eu finalmente vi Thaila novamente. Meu coração saltou dentro do peito. Ainda não sei como definir está noite. Foi boa, boa não, foi espetacular. Beijar ela novamente, sentir o encaixe dos nossos corpos, ela totalmente entregue... Só não gostei muito de como tudo terminou. Ela ficou irritada, me atacou com palavras e eu não pude me defender. Ela tem uma visão totalmente equivocada de mim.

-  Ó lá a galera, rapaz. - Rober disse.

- Finalmente encontramos eles! - Negão disse e eu olhei mais uma vez a turminha de amigos de Thaila e vi ela desencostando de seu carro, logo após seu olhar encontrar o meu. Tombou e falou algo. Olhei bem para seu rosto e mesmo com certa distância consegui perceber que está alterada.
- Bêbada. - Murmurei insatisfeito. Ela nunca bebeu pra ficar assim. Caminhei decidido em direção deles, enquanto ela procura algo na bolsa e seus amigos a repreendem por algo. Me olhou novamente e começou a andar se distanciando de mim. Cambaleando muito, quase caindo com os saltos extremamente finos.

- Oi,oi! - Rober cumprimentou todos e eles responderam. Sem olhar ninguém, eu segurei a cintura de Thaila e a virei de frente pra mim.

- Tira as mãos de mim! - Falou com dificuldade.

- Você bebeu muito. Não consegue nem andar sozinha, cara. - A repreendi.

- Isso não é problema seu.

- Ela acabou se excedendo, Luan. -Ouvi Vivi dizer, afinal, estou de costas pra eles.

- Você vai pra casa? - Coloquei uma mecha de seu cabelo atrás da orelha.

- Não te interessa. - Retrucou, sem formular corretamente as palavras. Xinguei muito mentalmente. Ele tá muito mal. Tentou se sair de meus braços, em vão. - Me tirem daqui. - Implorou aos amigos e eu os olhei, deixando claro que não quero envolvimento de ninguém agora. Ela encheu a cara por minha causa e não preciso ser um gênio pra saber disso. Ficou puta de raiva comigo antes de sair daquela sala. Meu coração está todo estraçalhado por conta disso. Olhei em seus olhos novamente e vi as lágrimas descendo por seu rosto. Puta merda! Mil vezes puta merda!

- O negócio tá brabo. - Ouvi Cirilo comentar. Ninguém consegue ver o rosto dela, afinal, eu sou mais alto e acabo cobrindo-a.

- O que aconteceu? Por quê cê tá chorando? - Meu coração está tão pequeno. Tão pequeno.

- Porque eu ainda amo você e você não merece isso. Só me faz sofrer. - Falou baixo e embolado. Me senti fraco imediatamente. Ninguém além de mim ouviu. Claro que eu soube que ela ainda me ama logo após entrar no camarim e olhar em seus olhos, mas ouvir essa declaração nessas circunstâncias, me deixa triste pra caramba.

- Thaila... Você não entende. - Falei baixo também. Esse é um momento nosso. Ela pousou o rosto em meu peito e continuou chorando. Afaguei seus cabelos. Acho que não vou conseguir seguir com isso. Lembrei de seu Humberto, seu choro, a maneira que ele implorou, seu desespero. Lembrei de todo o esforço que ela fazia pra me acompanhar nas viagens. Ela não pode namorar agora. Não posso ser tão egoísta. Tudo tem que continuar como está. É para o bem dela. - Eu me sinto igual a você, talvez pior. - Ela me olhou.

- Mentiroso. - Respirei fundo e lhe abracei forte. Só queria levá-la comigo e cuidar dela. É minha. E tá assim por minha causa.

- Vai pra casa. Vai direto pra casa, por favor. Se cuida, meu amor. Por favor. - beijei seus cabelos e desfiz o abraço. Olhei seus amigos e fiz um apelo: - Cuidem dela.

- Ela sempre está sendo bem cuidada por nós. Nós entendemos de cuidado, diferente de você. - Vinícius me alfinetou e Thaila começou a rir do nada, batendo palmas.

- Agora não é hora. Vinícius. - Respondi sério.

- Vamos, Thaila. - Mathias se aproximou e segurou-a pela cintura. Me senti extremamente possessivo. Ele tá pegando o que é meu. Cuidando do que é meu. Preferia que fosse Vivi a carregá-la. Thaila começou a perguntar se seu amigo estava bravo com ela, ainda com vestígios de lágrimas nas bochechas.

- Posso falar com você amanhã pra saber como ela tá? - Olhei Vinícius. Ele deve saber que isso tudo é por minha causa. Está me fuzilando com o olhar.

- Ela vai estar sendo cuidada. Isso eu te garanto. - Me alfinetou mais uma vez e eu suspire derrotado.

- Acho que vou vomitar. - Thaila fez careta.

- Ai, meu Deus! - Deisy se aproximou dela. - Olha pra cima, amiga. Isso deve funcionar até chegarmos em casa pelo menos. - Começou a fazer uma espécie de massagem na barriga dela.

- Já pedi o uber. - Vivi disse. Não posso fazer nada. Sou um filho da puta impotente. Uma das piores sensações da vida.

- Vamos embora, boi. Ela vai ser bem cuidada. - Testa disse ao perceber o clima nada harmonioso. Os dois se despediram de todos e eu não consegui mais olhar Thaila. Não tenho coração para olhá-la novamente e mesmo assim ir embora. Estou deixando meu coração, a mulher mais incrível que eu já tive. Apenas caminhei completamente derrotado. Preocupado. Me sentindo o pior ser humano.








OIIIIIIII lindas! Voltei! Teve recaída simmmm! Teve Thaila com ciúmes simmmmm! Teve um fim sofrido sim. :| Thaila bebeu horrores, Luan se sentindo a pior pessoa do mundo... Não briguem comigoooo! hahaha O que acharammm??? 
Comentários respondidooossss! 
Bjs, Jéssica.