" Oferecidas. " Cap 86

Que vontade de agarrá-lo, meu desejo está gritante. Acho ele tão excitante no palco, sorrindo, rebolando, dando as olhadas para as fãs, suado. Sinto um calor bom vibrando em todo meu corpo. Ele ainda não me viu. Ao sair do transe, cumprimentei sua equipe com abraços. Quando parei para observá-lo novamente, vi seu olhar intenso sobre mim, sorri e ele sorriu lindamente, voltando a dar atenção ao seu público. Lindo, todo lindo!

- Amei esse detalhe do seu macacão. - Arleide disse, se referindo a transparência nas pernas.

- É a primeira vez que estou usando, amei quando chegou. Comprei em uma loja online de Goiânia.

- É realmente lindo. - ela disse, admirando minha roupa e eu sorri.

- Agora o boi fica tranquilo com você aqui. - He-man disse e eu ri de leve.

- Ele estava exagerando na preocupação com você. - Arleide disse.

- Tadinho do meu bebê.

- Tô quase vomitando arco-íris. - Rober fez graça e eu lhe dei um tapa no ombro rindo.

- É muito gostoso, caralho, amiga! - Ouvi uma mulher bem sarada dizendo para sua amiga ao nosso lado, ergui as sobrancelhas ao ver ela toda animadinha olhando para o meu homem.

- Eu dava tudo, de qualquer jeito que ele quisesse. - pude ler os lábios da sua amiga, enquanto a equipe do Luan conversa distraidamente sobre quais são os pontos melhores para Rober bater as fotos do show. Que cachorras! Cruzei os braços e o olhei, ele é o sonho de tantas... É tão bom em tudo que faz, tudo que diz. Olhei para as piriguetes novamente e agora gravam um vídeo dele. Rober se afastou para começar com as fotos.

- Quem são elas? - perguntei baixinho a Arleide.

- Convidadas do contratante. Relaxa, estão se oferecendo pro Luan desde o camarim. - ri sem humor algum, Arleide não ajudou em nada com o que disse e ao ver minha expressão de incomodo, falou: - Desculpa. - bateu na testa se repreendendo. - Desculpa mesmo, eu deveria ter deixado esse detalhe pra lá. Não esquenta, sempre tem dessas, ele não dá bola pra nenhuma delas. - Suspirei tentando segurar meu ciúmes. Estou com tanta raiva, essas mulheres se jogam em cima dele sem respeito algum por nosso relacionamento. - Você deve saber, seu irmão é jogador.

- Sei, sei sim, mas a situação é diferente. - lhe dei um sorrisinho desanimado e ela me abraçou de lado, cantando.

Passei o show todo ouvindo os comentários das oferecidas sobre o meu namorado e quando ele se aproximou para trocar de roupa, conversou com Márcio e nós não podemos nos falar. Ouvi uma das duas chamá-lo de gostoso, quando ficou sem camiseta e ele sorriu pra elas. Sei que não foi com outras intenções, ele só não quer ser antipático, meu irmão faz muito isso. Porém, minha raiva só aumentou, meus sentimentos ganharam da razão e eu só quero fazer essas galinhas evaporarem. Logo que ele começou a se despedir eu desci para o corredor onde fica os camarins, He-man veio logo atrás e pude ouvir a voz da Arleide também, estou com tanta raiva, quase cuspindo fogo. Sei que os dois perceberam, não consigo disfarçar minha cara de poucos amigos. Entramos no camarim e eu peguei uma das garrafinhas de água no pequeno refrigerador.

- Lotou né? - He-man puxou papo.

- É, como sempre. - Arleide respondeu sorrindo.

- Só foi ruim ouvir aquelas duas caras de pau, falando do Luan o tempo todo. - suspirei e os dois sorriram. Sentei no sofá.

- É bom ir se acostumando, conselho de alguém que já vive essa rotina a algum tempo.

- Eu sei, só sei que não é fácil. - lamentei e eles riram, Arleide sentou ao meu lado e me abraçou.

- Tadinha, deve ser bem ruim mesmo, mas é a vida dele, isso é rotina.

- Eu sei. - suspirei mais uma vez, sentindo raiva das duas putas que até agorinha estavam falando dele.

- Vem, vem comer alguma coisa. - Arleide levantou e me puxou pela mão gentilmente, cedi, afinal eu realmente sinto um pouco de fome. Comecei a me servir, enquanto He-man fala sobre alguns acontecimentos engraçados do show com Arleide. Eu estou perdida em pensamentos, pro Luan estar demorando assim, elas devem está penduradas nele. Segurei um gemido de raiva e fechei os olhos pro um momento. Ouvi a porta abrir, já que estou de costas pra ela e em seguida ouvi a voz de Rober, Wellington e Márcio. Senti os braços do Luan passando em volta da minha cintura. me abraçando por trás. Abraçando forte. Suspirei aliviada ao sentir sua presença, porém é impossível não notar os perfumes femininos misturados ao dele.

- Cê demorou, amor. Fiquei preocupado. - Ele falou, enquanto todos estão conversando animadamente. Suspirei e terminei de colocar tudo que eu quero, virei de frente pra ele, deixando o prato no balcão.

- Cheguei no tempo previsto, Luan. - Olhei em seus olhos, ele é lindo. Muito lindo.

- Que bom que você tá aqui. - cheirou meu pescoço e o beijou em seguida, me fazendo arrepiar. Uma de suas mãos procuraram meus cabelos e logo ele me beijou, beijou com tanta vontade, matando a saudade. Cravei minhas unhas em seus ombros cobertos por sua camiseta. Sua língua em minha boca, a minha na dele. As duas se encontrando, se provando, se movimentando. Ele encerrou com um selinho demorado e eu continuei de olhos fechados. Ele é meu. - Sujou um pouquinho de batom. - voltei a olhá-lo e agora ele está limpando ao redor da minha boca, aproveitei para fazer o mesmo na dele. - Quer me contar porque tá com essa cara? - perguntou me deixando surpresa, ele percebeu.

- Nada. - Respondi lhe abraçando, pousando minhas mãos no fim de suas costas.

- Me fala vai.

- Ciúmes. - He-man disse como quem espirra e eu desfiz o abraço, o olhando. Luan o olhou também enquanto todos continuam em outra conversa. Meu namorado riu junto com o amigo, fiquei toda sem graça. Mesmo com todos conversando, He-man ouviu nossa conversa.

- É? - Luan me olhou segurando o sorriso e eu escondi meu rosto em seu peito. Ouvi sua risada e logo Arleide disse.

- Thai, cê pode comer tranquila, vou resolver os últimos detalhes do show. - A olhei e assenti.

- Vamos deixar o casal a sós, é o reencontro minha gente. - Rober fez graça e eu ri.

- Desculpa, Thai. - He-man disse rindo antes de sair com o restante.

- Metido. - falei bem humorada e ouvi a gargalhada dele.

- Cê tá com ciúmes? - Luan perguntou novamente, agora somente nós dois no camarim.

- Tô. - assumi com as sobrancelhas erguidas.

- Por quê, posso saber?

- Porque eu aturei seu show inteiro com aquelas putas falando de você. - Ele arregalou os olhos quando eu disse o palavrão e riu.

- Olha a boca! - Brincou e eu fiz menção de me afastar dele, antes de fazer tal ação, ele me agarrou. - Que coisa mais bonitinha com ciumes.

- Bonitinha porque eu tenho bastante autocontrole.

- O que elas falaram? - ele perguntou me provocando e o olhei entediada.

- Me solta, seu ridículo. - tentei sair de seus braços, mas ele impediu.

- Sou todo seu, projetinho. - beijou minha bochecha e eu pude ver uma mancha de batom em seu pescoço.

- Isso foram elas? - passei o dedo em cima da marca e lhe mostrei.

- Não sei, atendi umas cinco pessoas antes de chegar aqui no camarim. - Senti minha respiração ficar mais acelerada por pura raiva, aposto que não houve outra mulher tão oferecida quanto elas. - Para com isso, minha neném. Tá linda com essa roupa. - tentou mudar de assunto com um sorriso no rosto. Continuei calada e de cara fechada. - Isso não tem importância alguma, Thaila.

- Não tô brava com você, é só que... - acabei perdendo as palavras e então desisti de falar. - Me deixa comer, daqui a pouco a Arleide volta e eu tô com fome.

- Tá. - me soltou e logo se desfez da sua camiseta, tomando toda minha atenção pra ele. Se afastou e foi até o sofá, onde tem uma outra camiseta. Fiquei paralisada o olhando, puta merda, que gostoso! Soltei um suspiro alto e ele me olhou vestindo a camiseta. - Sei bem o que significa esse olhar, parece que sua fome não é só de comida.

- Luan, eu preciso comer. - falei sem graça, não consigo disfarçar nada.

- Eu também preciso comer, tô com uma baita vontade de comer. - disse me olhando intenso, esse olhar não. Fiquei de costas pra ele.

- Seu grosso. - ele riu.

- Amor...

- Nem ouse fazer alguma piadinha com o que eu disse. - lhe interrompi ao ouvir seu tom sapeca. Ele riu.

- Senta aqui pra comer. - o olhei e agora está sentado no sofá, fiz o que ele disse e então comecei a comer, engatamos no assunto sobre minha viagem e tivemos uma pequena e irrelevante discussão sobre eu não aceitar seu jatinho ir me buscar, mas isso não afetou em nada nosso humor um com o outro. Meu ciúmes foi embora, ainda bem. Odeio sentir ciumes, nunca fui ciumenta e não quero que isso mude. Elas passaram do limite, qualquer pessoa no me lugar ficaria incomodada, já passou. Ele está comigo agora, me dando total atenção e dizendo através do seu olhar o quanto me ama, o tempo todo.

Entramos na van e ele atendeu o máximo que deu, rapidamente, logo fomos em direção ao hotel, ele me provocando o tempo todo com seus beijos e mordidinhas. Esse homem é coisa de louco! Descemos e há algumas meninas no hotel a sua espera, fui na frente com sua equipe e acenei e sorri para aquelas que chamaram meu nome, porém não parei. Estou extremamente cansada. He-man trouxe minha mala e então ao chegar em frente ao quarto que ficarei com Luan, ele me entregou.

- Obrigada. - sorri.

- E o metido? - Fez graça.

- Seu bobo. - ri de leve.

- Vamos, ela tá cansada. - Rober disse.

- Tá muito na cara? - Fiz careta.

- Tá. - eles disseram juntos e rindo.

- Boa noite, minha linda. - Arleide disse.

- Boa noite, boa noite pra todos. - soltei beijo e em seguida passei o cartão na porta, enquanto eles seguiram no corredor. Entrei e deixei minha mala ao lado da porta, me desfiz dos meus saltos, sentindo um alivio imenso. Comecei a tirar minha roupa, aproveitei e me desfiz do algodão que ainda estava em minha bunda. Olhei minha lingerie no espelho, é toda delicada, mas não deixa de ter um lado sexy. É preta, com algumas flores vermelhas.

- Hum, que calcinha pequena. - Saltei de um susto e logo vi Luan rindo.

- Filho da mãe!

- Sua gostosa. - falou entre dentes, divertido. Se aproximou e me agarrou com um sorriso no rosto. Me fazendo rir. - Eu te amo. - falou olhando em meus olhos.

- Diz de novo. - sorri, acariciando sua barba.

- Eu te amo, amor da minha vida. - Meu coração quase explodiu de tanto amor ao ouvir suas palavras.

- Eu que te amo, pé pão. Amo muito.

- Ama muito, projeto de gente?

- Muito. - sussurrei e lhe beijei, beijei passando todo meu amor que se mistura com meu desejo, passando pra ele a vontade que estou de ser sua na cama, ele apertou minha cintura e logo desceu as mãos para minha bunda. segurando-a com vontade, sua língua agindo com vontade, seus lábios contra os meus duramente, seu corpo rígido contra o meu. Nenhum espaço entre nós, senti ele sugar minha língua, me dando um selinho em seguida, voltando a me beijar novamente, tirando meu fôlego. Puxei seus cabelos de leve. Nosso desejo é quase palpável, é algo tão bom! Quero ele me levando ao céu hoje, quero muito.






Thaila controlou bem o ciumes né? Vocês teriam esse autocontrole? hahaha E o fogo desse casaaaaal, minha gente? Quem quer hot no próximo capítulo??? Gostaram?
Bjs, Jéssica!
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