terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

" Comunicando a data do jantar ao pai. " Cap 95

A semana se passou em um piscar de olhos, estou completamente atarefada, tantas matérias para estudar e só porque tenho um feriadão, tenho trabalho da faculdade para fazer. Luan passou a semana toda reclamando, pois nos falamos pouco. Uma vez por dia, o que é incomum, pois seja através de ligação ou mensagens nós estamos em contato. Reclamou também, por todas as vezes ele ligar, em nenhuma vez eu liguei. Peço sua compreensão, pois essa semana realmente eu não tive tempo de respirar direito. Sei que ele está chateado e querendo atenção, estou fazendo o possível. Em nossas ligações eu sempre lhe dou total atenção e tento paparicá-lo um pouco, pra compensar minha falta de tempo.

- Ufa, pronto! - respirei fundo e coloquei as mãos na cintura olhando Vinícius. Minha mala está feita!

- Tu tá com cara de arrasada, tenta descansar mais.

- Não dormi essa noite. - sentei ao se lado. - Passaram um trabalho pesado na faculdade. - ele acariciou afetuosamente meus cabelos e eu continuei a falar. - Tentei adiantar alguma coisa e consegui, mas isso me rendeu um noite de sono perdida.

- Essa fase de faculdade é um teste de sobrevivência.- ele disse solidário e eu concordei com a cabeça. - Vai tomar um banho, seu voo sai em uma hora e meia.  - Levante e olhei as horas no celular. Ainda são 5:30 da manhã. Vini passou aqui para me levar ao aeroporto e vai chegar mais tarde na academia, sorte dele que sempre tem personal para substituir seus atrasos. Amanhã viaja junto com Deisy para a casa onde vamos ficar no Rio.

- Amanhã vocês vão chegar que horas no Rio? - perguntei já caminhando em direção ao banheiro.

- Pela manhã, talvez umas 8:30. Vamos sair daqui cedinho.

- Entendi. - falei e entrei no banheiro. Como foi combinado com meus pais, hoje faltarei faculdade e vou passar o dia ao lado deles, do meu irmão e bem provável que Diego também esteja junto conosco. Ele fica mais na casa dos meus pais, do que na própria casa. É considerado da família.

(...)

Cheguei em São Paulo e sorri feliz, vou ver minha família! Em alguns minutos cheguei em casa, decidi chamar um uber, para não atrapalhar os compromissos de ninguém. Meu pai vai ficar no escritório trabalhando até meio dia e minha mãe foi ver rapidinho como anda a obra da sua loja. Maria me recebeu, logo após eu tocar a campanhia.

- Minha linda, que saudade de você! - Sorri ao ouvir seu sotaque baiano. Nos abraçamos longamente, em silêncio. Nos largamos quando ouvi Julieta grunhir manhosa. Tadinha, esqueci dela dentro da sua casinha temporária. Maria e eu rimos de leve e logo soltei minha cadela, que saiu animada pelo meio da casa, depois de cheirar os pés de Maria.

- Minha mãe saiu faz tempo? - perguntei, largando a mala próximo ao sofá.

- Faz um tempinho, já deve estar voltando. Vem, eu tô lavando a louça. - fomos para a cozinha e lá conversamos bastante, falei sobre a correria na faculdade, sobre meu namoro, sobre o carnaval. Vários assuntos, ela me disse também que hoje minha mãe quer preparar minha comida preferida; fricassê de frango, arroz e purê de batata. Minha boca encheu de saliva! Nossa, eu amo fricassê, para ser mais especifica, eu amo o fricassê da minha mãe.

- Olha só, minha neném tá aqui mesmo! - ouvi a voz da minha mãe eufórica. Sorri largamente e logo fui acolhida em seu abraço, fechei os olhos e senti uma emoção imensa ao sentir seu abraço e seu cheirinho.

- Que saudade eu senti de você. - falei com toda a sinceridade do meu coração.

- E eu de você. - beijou minha bochecha repetidas vezes, toda amorosa. - Como foi a viagem? - desfez o abraço e segurou as laterais do meu rosto, me olhando com todo o amor que sente por mim.

- Correu tudo bem. - não consigo parar de sorri e logo abracei ela novamente.

- Que amor! - Maria disse rindo animada.

- Comeu direitinho?

- Não. - a olhei fazendo careta, minha mãe olhou Maria.

- Nem vem, eu ofereci tudo que temos aqui e ela não quis. - Maria logo se justificou.

- Eu estava animada conversando, mas agora eu vou comer algo. - falei para tranquilizar minha mãe, sei que preciso comer também. Minha barriga já começa a dar os primeiros sinais disso. Me decidi por torradas integrais e patê de atum, junto com um suco natural de laranja. Falamos tanto,,, Rimos tanto... Que falta elas me fazem! Meu peito se enche de alegria por estar ao lado da minha família, sei que estarei plenamente feliz quando meu pai voltar do escritório e meu irmão chegar do treino. Minha mãe acabou me convencendo a ficar com ela em nosso enorme quintal, enquanto Maria começou a arrumar a casa, Procuramos uma sombra próximo a piscina, nem preciso comentar a alegria que meus filhos e eu sentimos ao nos vermos. Depois de passar um tempo dando atenção a todos, sentei no chão com minha mãe, é tão bom estar na simplicidade desse momento e na paz que me trás também.

- Vai mesmo falar sobre a data do jantar hoje? - me perguntou, ela já sabe de tudo. Em nossas inúmeras ligações e troca de mensagens tocamos no assunto.

- Vou, já adiei demais.

- Ele vai gostar do jantar.

- Eu sei, vai ser a oportunidade de ele pra deixar o Luan encurralado.

- Não vai ser tão ruim. - minha mãe disse tentando ser positiva e ela a olhei entediada.

- Mãe, nós sabemos que vai ser extremamente desconfortável.

- Tá, mas eu já prometi que vou te ajudar no que for preciso, no que eu puder.

- Sei disso e agradeço de todo o coração. Não quero que o Luan passe por muitos constrangimentos, está querendo esse jantar com a melhor das intenções. Acredita que assim a relação dos dois pode mudar.

- Pode ser que ele tenha razão.

- Conhecemos o papai, o Miguel tentou inúmeras vezes uma relação amigável e nunca teve sucesso. - suspirei.

- Tá, mas não vai ficar tensa antes da hora. Me ajuda a pensar no cardápio da noite. - mudou um pouco a direção do assunto.

- Cardápio? Que chique, Luan tá com essa moral toda? - pergunte bem humorada e ela riu.

- Ele faz você feliz, então já se tornou especial. Agora me ajuda, o que ele gosta? - Começamos a combinar o que cozinhar para o dia do jantar e vez ou outro meus filhinhos se aproximavam de mim querendo atenção e eu lhes dei. Acabamos falando sobre o carnaval e ela quer saber de tudo, seus comentários e imaginações me fizeram rir até a barriga doer. Não existe melhor sensação que essa, rir até sentir o ar faltar, até lágrimas brotarem no cantinho dos olhos.

Passamos horas conversando e ela me contou sobre um cara que saiu outro dia, lhe conte sobre o namoro e o quanto Luan anda incomodado por passarmos o carnaval separados, ela disse que o compreende. Já está defendendo aquela criatura? Falei sobre minha falta de tempo e recebi seus conselhos, falamos sobre meu pai e como está agindo em relação a mim nos últimos tempos. Sei que anda chateado com minha ausência. Pretendo encher aquele resmungão e mal humorado de amor hoje. Me falou sobre as palhaçadas que Gustavo e Diego aprontam com ela e Maria, me rendeu gargalhadas. Falamos também sobre as instituições que ajudamos, falamos de Jefferson e ela disse que ele anda sentindo muito minha falta. Meu coração apertou, ficando pequenininho. Ele é tão especial e eu ando tão distante, prometi para mim mesma, na frente de minha mãe que de agora em diante, pelo menos vou ligar com certa frequência para Verônica, mãe dele, e conversar com meu menino, que pelo que minha mãe disse está a cada dia melhor. Isso me enche de alegria e de esperança, logo, logo esse câncer não vai existir mais.

- Oi. - ouvimos a voz do senhor durão, olhei para trás e mesmo vendo seu semblante sério de quase sempre eu levantei animada e pulei em seus braços, ouvi sua risada e continuei o abraçando forte. Eu amo meu pai com todos os defeitos que carrega.

- Que saudade, pai. - Falei contra seu ombro e ele acariciou minhas costas carinhosamente.

- Chegou faz tempo?

- Faz. - desfiz o abraço. - Sentiu saudade de mim? - perguntei sorrindo.

- Claro que senti, Thaila. - disse com seu jeito durão e eu sorri o abraçando de novo. - Filha, você tá me apertando muito. - reclamou, mas sei que está gostando. Enchi sua bochecha de beijos e ele riu novamente.

- Ou, ou, ou. - Ouvi a voz animada de Diego e logo larguei meu pai e o olhei sorrindo. Devem ter chegado juntos. - Vem cá! - falou e ele mesmo se aproximou, me agarrando pelas pernas e colocando meu tronco em seu ombro. Gritei sorrindo e ele começou a correr comigo pelo jardim, me deixando descabelada e me fazendo rir e gritar sem parar.

- Eu tô tonta, chatão! - falei estérica e rindo. Logo ele diminuiu os passos, parou de correr e começou a andar. Estou ofegante de tanto gritar e gargalhar. - Você é muito filho da mãe. - ele gargalhou despreocupado e eu continuo com o rosto em sua bunda. Quando chegamos próximos dos meus pais, ele me colocou no chão. Arrumei meus cabelos, fazendo um coque. - Porque não veio pro quintal logo com meu pai?

- Eu vi uma torta de abacaxi em cima do balcão e não resisti. - Sorriu amarelo e todos nós rimos dele. - Demorou pra aparecer em sampa.

- É, mas eu estou aqui. - abri os braços e sorri.

- Faltando faculdade hoje e sumida por conta do cantor. - meu pai alfinetou e eu o repreendi com o olhar, apesar de saber que não causa nenhum efeito nele.

- Para com isso, Humberto! - minha mãe reclamou.

- Estou sendo sincero. - ele deu de ombros e eu fingi não ouvir, olhando Diego.

- Antes de cê ir, tem que fazer um doce caseiro. - Meu amigo de infância disse, mudando de assunto.

- Você vai viajar com a turma pro Rio, pra quê quer doce? - pergunte.

- Eu vou levar. - deu de ombros.

- Ele passou a semana toda falando desse doce. - meu pai disse, soltando um suspiro.

- Quase me crucificou por nunca ter aprendido com a mamãe. - minha mãe disse, se vitimizando e Diego se agachou abrancando-a e a enchendo de beijos. Aprendi a fazer doces caseiros com minha avó materna, coisa que minha mãe nunca conseguiu. Modéstia a parte, todos amam meus doces! Conversamos mais um pouco, até que decidimos entrar. Minha mãe vai fazer o fricassê, já é bem tarde, mas todos esperam de bom humor pelo almoço atrasado. No sofá sentei ao lado de meu pai e passei meu braço em volta de sua barriga, aconchegando minha cabeça em seu ombro. Conversamos um pouco, ele, Diego e eu. Quando estamos juntos pessoalmente seu Humberto se torna minimamente menos frio que por telefone. Até agora só soltou uma de suas alfinetadas sobre o namoro e os estudos. Depois de minutos, vi a porta abrir e nem precisei ver o rosto pra saber quem é. A melhor pessoa do mundo, meu chulé.

- Chulézinho! - falou animado ao me ver, com seu sorriso lindo no rosto. Corri até ele e nos abraçamos. Que saudade eu senti da minha família, só meu coração sabe o quanto é bom a tranquilidade, o bem estar que é ficar ao lado das pessoas que estão comigo desde que me entendo por gente.

- Que saudade, meu chulé.

- Não sentiu mais que eu, tenho certeza; - disse bem humorado, me apertando em seus braços.

- Não tenha tanta certeza assim. - rimos e então ele beijou meu ombro repetidas vezes. Nos juntamos na sala, enquanto minha mãe prepara o almoço junto com Maria. Gu nos contou sobre o treino, acontecimentos rotineiros, bobos, mas que sempre faz questão de dividir conosco. Quando meu irmão perguntou por Luan, senti meu pai ficar tenso, pois já estou em seus braços novamente. Nossa, ele não gosta mesmo do Luan! O que eu faço com um pai tão ciumento? Respondi rapidamente meu irmão e logo comecei a falar sobre nossa viagem amanhã, para mudar o assunto e fazendo com que o ambiente continue agradável. Quando minha mãe disse que o almoço ficou pronto, nos direcionamos a sala de jantar. Ajudei ela e Maria a colocar as travessas com comida na mesa. Depois de todos sentados, percebi que chegou a hora. Não vou ficar adiando, penso, penso e penso, em inúmeras maneiras de falar sobre o jantar e nada parece bom.

- Pai, preciso te falar uma coisa.

- Diz, Thaila. - me olhou impaciente, talvez pensa que é algum problema.

- O Luan vai ter folga próximo fim de semana, e ele vem jantar aqui. Conhecer você a mamãe melhor.

- Ah, mas e não aguentava mais esperar por esse dia. - deu um sorriso satisfeito.

- Pai, ele vai vir com a melhor das intenções, por favor, não vai deixá-lo constrangido.

- Ele já é bem grande pra faltar com educação. Né pai?! - Gustavo disse, como forma de pressioná-lo. Ele só sorriu e começou a colocar sua comida. Essa reação eu não esperava, ele vai me fazer passar vergonha, com certeza vai. Suspirei e comecei a me servir também, enquanto Gu fala o quanto está satisfeito com o jantar, me fez o convite para eu ir ao seu jogo no domingo depois do carnaval com Luan. E então ficou combinado, nós vamos, sei que Luan aceitará. Diego vai também, ele está presente em quase todos, vou falar com minhas melhores amigas também. Podemos ir todos juntos. Meu pai perguntou sobre a faculdade e eu escondi o trabalho que preciso terminar, senão é bem capaz de ele me mandar pra Fortaleza imediatamente, do jeito que é exagerado. De restante ele ficou mais calado e eu não consigo tirar sua reação da minha cabeça, ficou muito contente pra quem não gosta do Luan...
Depois do almoço, Diego me levou para a cozinha e eu fiz o doce que ele tanta quer, pediu de leite. Gu nos acompanhou e ao perceberem que estou tensa, e por saberem o motivo, tentaram me animar, me distrair com suas brincadeiras e conseguiram. Eu amo esse dois!









OIIIIIIIIIIIII, lindas! Só a Thaila ficou surpresa com a reação do pai dela? Ou alguém mais também achou estranho? Estão preparadas para os próximos acontecimentos? hahaha Gossstaram???
Comentários respondidosss!
Bjs, Jéssica.

14 comentários:

  1. Espero que o pai da Thaila não faça nada

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  2. Li o tão temido jantar no título quase cai dura

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    1. Não quero imaginar quando realmente for o capítulo do jantar hahaha

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  3. Tem como ir logo pro jantar e dps voltar 😂espero que ele não faça nada e nem faça a Thaila passar vergonha.. continuuaa

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    1. Infelizmente não tem como fazer isso hahahaha, o jeito é esperarr

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  4. Misericórdia! O que Humberto irá aprontar? Espero que Luan se saias bem no que ele queira aprontar. Mas acho que não vai ser nada fácil.

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  5. Socorro! Estou surpresa também. Que esse jantar ocorra tudo bem e corta logo pro jantar!!!
    OBS: Estou lendo sua Fanfic antiga: "Vítimas do destino" e estou amando♥.

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    1. Sério? Fico felizzzz, eu escrevia pior naquele tempo hahahahaha Apesar dos erros, espero que goste mesmo. Foi feita com mto carinho!

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  6. SCRRR espero que o senhor Humberto não faça nada que deixe o Luan mal , que ele veja o genro maravilhoso que ele tem e pare de gracinha né 😂😂😂😍AAAAAAA scrrr ja quero muito esse jantar e depois tem esse jogo também agora , mal posso esperar kkk 😍😍 que o nosso casal seja só amor ,tá vai e que tenha um pouquinho de ciúmes por parte dos dois ,que eu acho fofo 😍 só um pouquinho também 😂😂❤e que nada abale o amor deles . AAAAAAA continua amoorrr, a melhor fanfic do mundo amoo kk 😍❤❤❤

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    1. Vão ter tanto acontecimentoooooos, só não morre de ansiedade viu?! hahahaha Só um pouquinho de ciumes né?! hahahahha

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