quarta-feira, 1 de março de 2017

" Encontrando a cunhada. " Cap 96

A noite chegou e nós continuamos juntos, todos juntos. Depois de assistirmos o segundo filme, Diego foi embora, pois disse que precisa terminar de arrumar a mala para amanhã. Meu pai não tocou mais no assunto Luan e jantar, tento me distrair, porém, vez ou outra o pensamento que esse jantar pode ser um desastre volta a me perturbar. Meu celular começou a tocar, é minha cunhada! Sorri e levantei, enquanto eles decidem um jogo para brincarmos. Gu tem inúmeros vídeo games, as vezes nos divertimos jogando todos juntos. Ao conseguir me afastar um pouco atendi.

- Oi, maravilhosa! - sorri animada. Nos falamos sempre que temos tempo, para dividir as novidades e as pequenas dores de cabeça, principalmente, causadas pela faculdade. Ela cursa comunicação, acabou desistindo do teatro, que era o que fazia antes.

- Oi, maravilhosona! - rimos. - Acabei de falar com o pi, ele me disse que você tá aqui na cidade.

- Tô, vim ver meus pais.

- Entendi, pode dar uma fugidinha e ir jantar comigo? Quero te ver!

- Podemos sair depois do jantar? A gente come algo leve, bebe um suco.

- Põe a conversa em dia. - completou e nós rimos. Essa semana não nos falamos em nenhum momento.

- Eu passo aí e nós decidimos um lugar, tudo bem?

- Pode ser, que horas?

- Umas 21:30.

- Combinado, amiga. Beijo.

- Beijo, até daqui a pouco. Te amo viu?!

- Te amo também. - riu de leve e então encerrei a ligação.

- Chulé, vai ser você e a mamãe, contra nós dois. Beleza? - Gu disse, ao me ver se aproximando deles.

- Vamos ganhar, rolar em cima de vocês. - falei convencida e minha mãe gargalhou concordando. Estamos animados.

Passamos o tempo todo até o jantar jogando, eles tentando virar o placar, porém, quando Maria nos chamou para jantar não teve jeito. Minha mãe e eu ganhamos!

- Dancinha da vitória. - ela disse, fazendo graça com eles. Ficamos uma ao lado da outra, de pé, em frente aos dois. - Novinha vai no chão, novinha vai no chão, novinha vai no chão. - comecei a cantar o refrão da música do Wesley junto dela, enquanto rebolamos e rimos ao mesmo. Eles nos olharam entediados e logo levantaram indo para a sala de jantar, causando gargalhadas em nós duas. Passamos o jantar todo zoando com os dois, sempre que podíamos fazer alguma piadinha, fazíamos. Logo a reação do meu pai sobre o jantar passou por minha cabeça de novo... Ah, céus, por favor me ajuda!

- Agora que o jantar já passou, vou me ausentar por duas horas, tudo bem? - falei ao levantar.

- Vai aonde? - meu pai perguntou com seu tom severo.

- Sair com minha cunhada, ela quer me ver. - coloquei uma mecha do cabelo atrás da orelha.

- Aquela irmã do Luan é uma gostosa. - Gustavo falou com sua sinceridade crua e eu ri ao ver dona Ângela jogar o guardanapo nele.

- Filha, mas por qual milagre as meninas não apareceram aqui hoje? - Minha mãe perguntou, sei que se refere as minhas melhores amigas.

- Estão se desdobrando no trabalho, ainda não tiveram tempo para arrumar mala e reservaram a noite pra isso. Falei com elas através do whatsapp, tentei convencê-las a vir, mas não deu. - fiz bico.

- Tá, agora tchau. - Gustavo disse, fazendo graça e eu lhe dei um tapa no ombro sorrindo. Como já tomei banho depois de deixar pronto o doce de Diego, só preciso trocar de roupa.

- Cuidado com essas saídas. - meu pai disse, deixando claro seu cuidado exagerado.

- Pode deixar. - falei entediada e beijei a bochecha de cada um. Me afastei indo em direção as escadas, meu celular tocou e eu o tirei do bolso do meu short. É meu bebê! Não pude segurar o sorriso bobo.

- Oi, amor. - atendi toda felizinha.

- Oi, minha gatinha. Falei com você já tem horas no whatsapp.

- Desculpa. - falei, subindo os degraus. - Eu olhei a última vez quando falei com as meninas ainda a tarde.

- Que meninas?

- Luíza, Alice e Fernanda.

- Entendi. E ai, tudo bem?

- Tá sim. Já falei pro meu pai sobre o dia do jantar.

- Que bom. Ele vai gostar de mim, cê vai ver. Eu sou encantador. - disse com seu jeito convencido e eu ri, abrindo a porta do meu quarto.

- Na verdade você é um convencido, bobão, gostoso, que tá me fazendo uma falta danada. - me joguei na cama e ouvi sua risadinha gostosa, fazendo um sorriso escapar por meus lábios.

- Eu também tô com saudade, projetinho.

- Para de me chamar assim, seu pé pão. - reclamei e falei seu apelido de propósito, ouvi sua gargalhada e acabei rindo também. - Tá tudo bem com você, implicante?

- Tá sim, meu amor.

- Amor, eu tenho que desligar. Sua irmã e eu marcamos de sair.

- Vão aonde? - suspirei ao ver que ele repetiu a mesma pergunta do meu pai. Dois Humbertos na minha vida é demais. Pensei em lhe dar uma resposta bem irônica, mas optei por ser gentil.

- Não sei ainda, mas em algum lugar que já conheço. Comer uma bobagem e conversar. Eu já jantei, então só aguento algo mais leve.

- Ela me disse mesmo que ia te ligar. Vai lá, eu vou tomar banho, ou assistir um pouco. Não tenho nada pra fazer.

- Ficar no twitter com suas fãs deve ser mais divertido, sei que ainda tem tempo até o horário do show.

- Tem razão, já te disse que adoro ver os twittes delas?

- Já. - ri de leve, ao ver seu lado de menino. - Por isso estou te aconselhando a conversar com elas um pouquinho.

- Eu vou fazer isso.

- Te amo tá, bebê?! - suspirei, completamente apaixonada por ele.

- Eu que te amo.

- Eu amo muito, muito mesmo. - fechei os olhos com força, ao falar tão sinceramente e ele riu de leve.

- Eu te amo tanto quanto você me ama, projeto de gente. - sorri e me enchi de vontade de agarrá-lo e beijá-lo e mordê-lo.

- Tchau, amor. Um beijo de língua bem gostoso. - ele riu divertido e eu sorri.

- Opa, gostei. Esse beijo e eu pegando na sua bunda. Eu adoro sua bunda. - desta vez quem ri sou eu.

- Tarado. - rimos. -Preciso desligar. Beijo.- falei com pesar, por mim ficaria o tempo todo falando com ele.

- Outro e um tapinha na bunda. - Gargalhei.

- Bobão. - desliguei e respirei fundo. Como eu sou amada por ele! Nosso relacionamento só me faz bem e bem e bem... Ainda bem que ele não ficou chateado por eu não ter respondido, essa semana ele anda tão reclamão. Não falou nada sobre a viagem, não sei se ainda nos falaremos hoje, mas de uma coisa eu sei, ele vai me ligar amanhã querendo saber o nome de todos que vão estar comigo. Ciumento!
Abri meu guarda-roupa e acabei escolhendo um vestido longo preto, que marca na cintura e tem um decote bonito, mas nada exagerado. Tem um tecido levinho e é amarrando por duas tiras nas costas, esse é seu charme. O vesti rapidamente e já peguei minha bolsinha com tudo que preciso. Dei tchau aos meus pais que estão conversando na sala, enquanto Gustavo está em algum outro lugar da casa. Peguei um dos seus carros e então fui até a casa dos meus sogros, demorei um pouco a chegar, por conta do trânsito intenso. Muitas pessoas já estão saindo da capital. Só deu tempo de estacionar e logo Bru abriu a porta.

- Que demora! - Falou sorridente. Sei que está feliz ao me ver, e eu também estou. Saí do carro, sem parar de sorrir e logo nos abraçamos apertado. - Que saudade de você! - fechei os olhos ao ouvir suas palavras.

- E eu de você. Não tenho muito tempo, você sabe. Caso tivesse, estaria mais em São Paulo.

- É, eu sei. - desfez o abraço. - Meus pais querem ver você.

- Eu também quero ver eles. - Entramos ainda sorrindo e logo ouvi Amarildo e Marizete numa discussão boba por conta de um copo, nada demais. Bubu me olhou, eu a olhei e nós rimos. Só então eles notaram nossa presença.

- Thaila! - disseram juntos, animados. Eu adoro ser tão querida por essa família. Espero que a minha possa retribuir pelo menos um pouco do maravilhoso tratamento que recebo quando estou com a família do meu namorado. Mais abraços, mais uma vez a frase " Que saudade! " Conversamos um pouco e ao olhar meus sogros e minha cunhada é impossível não lembrar de Luan. Ele tem características dos três. Como uma conversa leva a outro, quando percebi já estávamos falando da época de namoro dos meus sogros, eles contaram alguns acontecimentos que me fizeram rir. Eu adoro a companhia deles! Me sinto extremamente a vontade, como se estivesse em minha própria casa.

- Temos que ir, já tem meia hora que Thaila entrou e ainda não saímos. - Bru disse, interrompendo nossas risadas, logo após ela se recuperar da dela.

- É verdade, gente. Eu combinei com a minha maravilhosa. - Abracei minha amiga de lado e fui acolhida. Nos despedimos de meus sogros e então logo saímos, depois de me fazerem prometer que passarei um dia na casa deles, em breve.

(...)

- Essa batata é ótima. - falei ao provar a segunda porção. Não tenho noção de quanto tempo passou, mas não parece ter sido muito. Estamos em conversas tão agradáveis, nem percebo o tempo passar.

- Quero uma. - minha cunhada sorriu e eu sorri junto. - Amiga, é como eu te disse, só vou ver as escolas de samba mesmo.- entramos no assunto carnaval, depois de conversar tantos outros.

- Eu também vou. Qual o camarote que você vai ficar?

- Brahma.

- Ah, não vou ficar lá. Gu é quem vai pra lá, eu e minhas amigas vamos ficar em outro. Esqueci o nome agora.

- Vão ficar separados?

- É, eles quiseram um camarote e nós outro. No fim a gente se encontra.

- Entendi. Já falei pi agilizar nossa viagem de casais.

- Quando será que ele vai ter tempo? - fiz um careta, ao ter quase certeza que vai demorar.

- Espero que seja logo, pedi pra ele falar com a Lelê. Não sei se vai ter tempo antes do aniversário dele.

- Ainda é começo de fevereiro, acho que sim.

- É, veremos. Ele sempre faz show no dia do aniversário.

- Ele comentou comigo, rapidamente.

- Depois sempre fazemos um comemoração simples. Você tem ideias?

- Ai, eu adoro estar metida nessas coisas! - falei animada, batendo palminhas e nós rimos. Ficamos um tempo falando sobre o aniversário do meu amor, dividindo ideias e encaixando, complementando uma ideia a outra. Havia esquecido o quanto é  bom ficar ao lado de Bruna, sempre que paramos pra conversar, lembro porque nos demos tão bem desde o primeiro momento que nos vimos. Ela é tão parecida comigo em alguns aspectos, seu jeitinho doce também conquista o afeto de qualquer pessoa. Cheguei em casa tarde, bem tarde. Não encontrei ninguém na sala, mas ao beber água, ouvi o grito divertido da minha mãe vindo do quintal e logo ouvi Gustavo gargalhar junto de meu pai.

- Para, Julieta! - minha mãe gritou estérica, mas ainda divertida. Minha Juju está aprontando algo! Me juntei a eles e ficamos até 3:00 da manhã conversando, meu pai me deu mil e uma recomendações para a viagem, só parou quando Gustavo o interrompeu, nos chamando pra dormir. Agradeci internamente e não segurei a risada. Meu pai reclamou e então entramos em casa. Essa é minha família! Minha imperfeita e amada família!
Ao deitar em minha cama, lembrei da viagem amanhã. Sairemos pela manhã e eu não vou aguentar de tanto sono que vou sentir amanhã, eu sei muito bem disso. Olhei meu celular e vi cinco chamados do Luan, droga, eu não ouvi! Estava muito animada com sua irmã e nem ouvi o celular vibrar. Amanhã eu ligo, sei que ele vai soltar suas reclamações, mas eu consigo fazer com que ele volte ao seu humor normal. Sempre consigo.





Oiiiiiiii, cheguei mais tarde, mas posteiii! Saidinha com a cunhada, clima bom com a família apesar do jeito do Humberto ( normal) hahahaha. E essas chamadas que ela não atendeu do Luan, será que vai dar problema, ou ela vai ter sua enorme paciência novamente? 
Comentários respondidoooos!
Bjs, Jéssica.

6 comentários:

  1. Cunhadas 😍💛 bem que o Luan podia aparecer de surpresa no rio só acho ... É apresse logo esse jantar ansiosa.com bjs kkk

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    1. Seráaaa, miga? Só esperando pra ver o que vai acontecer!

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  2. Não vejo a hora de chegar esse jantar. Que Deus abençoe esse carnaval desses dois separados! Continue.

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  3. Tadinha da Thaila, esse jantar está mexendo com ela. Ela não para de pensar e quem não né nom?! Com um Humberto da vida é difícil kkkkk
    E essas chamadas perdidas? Sei não viu?! Mas ela dobra ele direitinho. 😏

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    1. Até vocês ficam pensando, imagina ela que já conhece a peça desde que nasceu? hahahaha

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