" Atirada " Cap 104

- Que lugar lindo! - exclamei ao entrarmos no restaurante. É muito, muito diferente! Tem carros antigos, mesas pelo meio. Tudo muito harmonioso. Aqui é enorme! Não tem muita gente.
- Caralho, nunca vi algo tão diferente. - Rober disse.

- Muito original. - Wellington concordou.

- É de um amigo meu, gente. - gringa disse para todos nós. É claro que somos o centro da atenção dos frequentadores do restaurante. Afinal somos uma enorme galera, sem contar com Gustavo e Luan, dois famosos.

- Oi! Boa noite! - Um cara barbudo chegou até nós. Luan não soltou minha mão desde que saímos do carro. Logo o cara foi apresentado a nós por gringa, ele nos levou até a parte de cima do restaurante. Ficamos bem a vontade durante todo o jantar, Já no fim, descemos novamente e então Gu e Luan foram chamados para fotos. As meninas e eu fomos até um dos carros que fazem parte da decoração do Lugar e batemos fotos. Fiquei olhando a minha, enquanto os meus dois homens atendem pedidos de selfies. Vi uma loirinha agarrar Luan. O abraçou e tentou beijá-lo, ele desviou sem deixar de ser simpático. Até que ela conseguiu. Ela deu um selinho em meu namorado. Wellington a afastou imediatamente. Estou apenas paralisada. Nem quero acreditar no que vi.
- Que palhaçada foi essa? - Deisy disse e eu a olhei.

- Cê viu?

- Claro! Que atirada!

- Ou, vamos? - Diego nos olhou e eu já vejo Luan na porta ao lado de Wellington, caminhando de costas pra mim. Pelo que parece, de todas as meninas só quem viu o acontecido foi Deisy e eu.

- Bora. - Alice disse e então todos saímos, nos direcionando aos carros. A mesma divisão que fizemos no dia de Angra dos Reis. Entrei e sentei ao lado de Luan, nos bancos da frente.

- O que foi aquilo? - falei apesar de estar super sem graça por conta das outras pessoas no carro e também me sentindo extremamente incomodada com o ocorrido.

- Uma sem noção. - Luan se limitou a responder apenas isso, concentrado no volante. Suspirei e olhei pela janela. Que. Raiva. A galera que sentou atrás ao perceber a tensão, começaram um assunto totalmente diferente, sobre a comida do lugar. Realmente é muito boa, porém eu estou muito puta para conversar animadamente. Aquela vaca não me respeitou, não respeitou nosso relacionamento. Apesar de saber que Luan não tem culpa, eu estou muito brava com ele também. Não sei exatamente o motivo, mas também não quero me questionar. Não gostei, estou me sentindo ciumenta e com raiva dos dois. Pegue meu celular e decidi postar a foto que bati: 

                         " Let's go to the party! "

Com alguns minutos, chegamos ao local do show. Ao sairmos do carro, Luan entrelaçou sua mão na minha e a beijou. Ele também não está no seu jeito normal. Quase não trocou palavras comigo durante o trajeto e com a raiva que estou, é melhor ficar calado mesmo. Vi alguns flashes sobre nós, mas logo que entramos parou. Fomos direto para o camarote, subimos as escadas e todos conversam animadamente. Um cara está cantando axé, porém eu nunca o vi. Camarote vazio, somente para nós.

- Oben bar, galera. - Luan disse e então boa parte das pessoas foram até o bar. Olhei para o camarote ao lado. Está lotado! Senti um cheiro em minha bochecha e logo os braços dele me prenderam contra seu corpo. - Desculpa pelo que aconteceu. - falou em meu ouvido e em seguida olhou em meus olhos.

- Eu ainda tô bastante incomodada com o que vi. - Falei com sinceridade.

- Eu sei que não é nada legal. Algumas são descontroladas.

- Você não tá incluindo ela no meio das suas fãs né?! - Perguntei incrédula e ele não respondeu nada. Continuei: - Aquela era uma atirada, só querendo tirar casquinha de você. Desrespeitosa. Uma galinhazinha.

- Calma! - Ele pediu e eu bufei.

- Luan, olha bem o que você tá me pedindo.

- Espera...Você tá brava comigo também?

- Tô.

- Eu não fiz nada, Thaila.

- Não vem fazer eu me julgar, querendo deixar claro que não teve culpa. Não gostei, tô com raiva dela e de você. Tô com vontade de te xingar muito. - Ele riu com os olhos arregalados e isso só me fez ficar mais brava. Olhei para o lado com uma carranca enorme!

- Aquilo nem foi um beijo. Eu também não gosto, mas acontece. Como eu já falei, algumas são descontroladas, as vezes ninguém consegue conter certos comportamentos. - falou sereno.

- Isso não é tão simples como você faz parecer. - O olhei novamente. - Por quê você quase não falou comigo durante o caminho todo até aqui? - Perguntei irritada.

- Porque eu percebi seu mal humor. Sei que não é uma situação confortável. Quis te dar um tempo, um espaço. Agora estamos numa balada, em um camarote só pra nós e um show incrível pra ver. Tenho você. Temos um ao outro. Vamos curtir, esquece isso. Não significou nada pra mim, amor. - O avaliei por um momento e suspirei.

- Tá.- ergui as sobrancelhas ainda com o semblante sério. É claro que não vou esquecer isso, mas ele tem razão. Não estamos juntos todos os dias, ou sempre que queremos. Temos que aproveitar a presença um do outro. Odeio sentir ciúmes, me faz mal, me deixa irritada, insegura... Irritada, irritada e irritada! Ele é meu homem, ninguém pode chegar beijando ou agindo tão descaradamente como fez aquelazinha. Ele beijou minha testa afetuosamente, demoradamente. Em seguida fez o mesmo em meu nariz, repetiu o ato em minha boca três vezes e eu correspondi. Logo senti sua língua pedir passagem e eu deixei. Iniciou um beijo pra valer, envolvi minhas mãos em seus cabelos, aprofundando o beijo.

- Veeeem cá! - Ouvi Rebeca me chamar, com as mãos em volta da minha cintura, tentando me afastar do Luan. Interrompeu nosso beijo. Droga! Franzi a testa o olhando e lamentando mentalmente.

- O que foi? - a olhei.

- Você precisa ver os drinks que o barman tá preparando.

- Sem álcool?

- Claro! - disse animada e eu a acompanhei até o bar. As meninas já estão dançando animadas próximo ao bar.

- Vem, Thailinha! - Fernanda me chamou e eu sorri, fazendo gesto com a mão para ela esperar.

- Faz um igualzinho o que cê fez pra mim. - Rebeca pediu ao barman. Depois de pronto, eu pude comprovar que o drink é realmente bom. Logo me juntei as meninas e começamos a dançar o axé que continua tocando. Olhei Luan algumas vezes e pude ver ele conversando animadamente com os meninos. Fiquei suada de tanto dançar, alguns cabelos grudados na nuca. As meninas falaram sobre o beijo que Luan recebeu, elas já estão sabendo. Todos estão. Ficaram surpresas e tomaram um pouco da minha indignação, se colocando em meu lugar. Quando eu disse que quero deixar o assunto pra lá, elas imediatamente mudaram de assunto.

- Boquinha da garrafa! - Alice exclamou animada, quando o cantor iniciou a música. Essa é antiga, lembro muito bem que já dancei ouvindo É o tchan cantar.

- Preciso pegar uma garrafa com os meninos. - Deisy correu na direção deles, eles estão na grade e nós mais atrás ainda próximas do bar. Logo ela voltou segurando uma garrafa com Whisky pela metade. Os meninos voltaram sua atenção para nós. Me senti um pouco sem graça por um momento, mas logo tratei de esquecer. De uma por uma, fomos descendo na boquinha da garrafa.

- Vai, Thailinha! Vai, Thailinha! - As meninas começaram e então fui para o meio. Fiquei de costas para os meninos e comecei a rebolar, descendo devagarinho, sem deixar o sorriso escapar dos lábios.
- Valeu, Thaila! - Ouvi um dos meninos gritar e eu ri, eles assobiaram também. Fizeram isso com todas. Logo saí do centro e foi a vez da Luíza, a última. Gritamos quando ela quase encostou na garrafa e gargalhamos junto dela em seguida. Depois que o cantor finalizou a música, começou a se despedir e eu aproveitei para pedir mais um drink ao barman. Enquanto aguardo, senti as mãos do Luan em volta da minha cintura.

- Vou querer um igual ao dela. - pediu e o barman assentiu sorridente. Logo pegamos as bebidas e ele se afastou de todos, ficando bem no fundo do camarote e me levando junto.

|| Luan narrando ||

Encostei Thaila na parede nos fundos do camarote e olhei seu corpo. Que porra gostosa! Olhei seu rosto e ela tem um sorriso lindo nos lábios, está suada.

- Eu tô morrendo de calor.

- Eu também. - Ela me causou calor, eu desejo essa mulher como nunca desejei nenhuma outra!

- Você nem dançou e tá assim? - Falou inocente, enquanto a gente ouve algumas músicas eletrônicas.

- Culpa sua. - Apertei sua bunda com uma das mãos e ela riu, pousando a cabeça na curvatura do meu pescoço. Provei da bebida e senti ela cheirar meu pescoço, o mordendo em seguida. Mordendo provocadoramente. Parece ter esquecido o ataque que recebi da fã no restaurante, o que me faz agradecer silenciosamente. Não quero que ela fique chateada com isso. Senti ela chupando e juntando seu corpo mais ao meu. Provocadora do cassete! Sorri e ela me olhou.

- Você e eu aqui me lembram um certo dia... - Disse sorrindo. Ela está muito feliz!

- Que dia? - perguntei curioso.

- O dia que a gente foi pro hotel. - disse agora segurando o sorriso. Fechei os olhos e sorri, inclinando a cabeça para trás. Ela tá falando do dia que perdeu a virgindade. Lembro de cada detalhe daquele dia.

- Aquilo foi tão gostoso. - Falei e ela riu.

- Foi muito bom. - Voltei a olhar em seus olhos. - Quem diria que aquela noite daria em namoro. - Concordei rindo de leve. Ela tem toda razão, eu nunca imaginei.

- Sorte minha por ter dado no que deu. - falei bem pertinho de sua boca. Puxei seu lábio inferior com os dentes e o chupei em seguida. Iniciei um beijo, sentindo sua língua em minha boca com toda a liberdade. Uma de suas mãos em meus cabelos e a outra segurando o copo com bebida. Minha mão permanece em sua bunda, acariciando-a. Senti meu corpo todo relaxar e ao mesmo tempo senti uma agitação gostosa. Só o beijo dela me causa isso. Chupou minha língua e eu abri os olhos para olhá-la. Que mulher excitante! Voltei a fechá-los. Desci minha mão de sua bunda para a parte posterior da sua perna, erguendo-a em seguida, deixando-a na altura do meu quadril. Nossas línguas em uma disputa acirrada. Seus lábios macios envolvendo os meus. Poderia fazer isso a minha vida toda, o tempo todo, juro que não enjoaria nunca! O beijo dela é algo tão viciante. Mordeu meu lábio inferior o puxando e simultaneamente puxando também meus cabelos. Gemi com a sensação gostosa. Acariciei sua perna, tentando acariciar sua bunda além da saia. Voltei a segurar firme sua perna e toquei sua língua dançante. Ficamos acariciando a língua um do outro até que eu chupei a dela. Deu um beijinho rápido em minha boca, mais um e mais um. Olhando minha boca. A dela está vermelhinha por conta da pressão do beijo. Beijou o canto da minha boca e eu soltei sua perna, passando o braço em volta da sua cintura. Beijou minha bochecha e bem abaixo do meu olho. Sorri. Que carinhosa. Me abraçou e começou a cantar a música em inglês baixinho. Acariciei suas costas, com uma vontade absurda de ir para a casa onde estamos e fazer amor, fazer amor do nosso jeito. Do melhor jeito. Com certeza a melhor escolha que fiz neste carnaval foi vir ficar com ela. Esses dias estão sendo maravilhosos! Ela faz de tudo para que nós dois estejamos bem. Perdoa meu ciúmes, que eu sei, são exagerados. No momento em que ele me domina, eu acho que estou com toda a razão, depois eu vejo que me excedi um pouco. Nunca tive tanto medo de perder uma mulher. Nunca tive alguém tão maravilhosa quanto ela. Não quero nunca, em hipótese alguma saber o que é viver sem ela.








OIIIIIIII, lindas! Capítulo já começou tenso, Thaila viu uma cena bem indesejada. Ele não teve culpa e depois de uma conversa, conseguiram se resolver! Esse amor é lindooo né?! Os dias de carnaval estão chegando ao fim. Faltam dois dias. Segunda e terça. O que será que os aguardam??? Logo depois vai ter o TÃO ESPERADO jantaaaar! Gostaram????
Comentários respondidooooos!
Bjs, Jéssica.