quarta-feira, 28 de junho de 2017

" E depois da meia noite ele aparece " Cap 150

Logo vi o ambiente bem lotado. É bem linda a decoração e tem um ar de rusticidade. É aconchegante mesmo. Nos direcionamos a mesa perto da parede toda decorada com frases. A localização da mesa que escolhemos é bem discreta. Melhor assim.

- Aqui é lindo. Como eu não conhecia esse lugar ainda? - Comentei, enquanto Alice senta ao meu lado e Nanda ao lado de Alice.

- É a nossa primeira vez também. - Luíza comentou.

- A primeira vez sempre é inesquecível. - Fernanda disse com malicia e nós rimos.

- E as meninas hein?! - Perguntei, ao perceber que nenhuma chegou ainda.

- Estão chegando, acabei de falar com elas. - Alice disse.

- Quem vem? - perguntei.

- Aline, Vivi, Gabriela e Lili.

- Eu não conseguia encontrar as três desde aquela gravação do Jorge e Matheus, vocês lembram? Gostei de ver elas ontem no restaurante também.

- Claro. - Alice riu de leve. - Os amigos de Luan pegaram elas.

- Até hoje eu não sei quem pegou quem. - Franzi a testa.

- O Wellington pegou a Aline, o Rober pegou a Lili e o He-man pegou a Gabi. - Lulu explicou.

-  He-man e Gabi combinam. Não quero shippar, mas ele é muito gente boa. - Sorri.

- Eles são bem legais, mas o Rober é muito mulherengo. - Alice comentou e eu concordei rindo de leve. Sinto saudade daqueles três. Espero vê-los amanhã em minha festa.

- Olha só, ela veio toda trabalhada no decote. - Nanda disse ao ver Gabi chegar. Ela deu uma voltinha e riu em seguida.

- Oi, amigas. - Logo se aproximou, cumprimentando de uma por uma. Sentando-se em seguida. - Já podemos pedir a vodka? - Perguntou bem humorada e eu ri dela.

- Essa bebida é pesada. - Comentei.

- Thaila, meu amor. Até a meia noite, nós podemos dar uma segurada, mas depois? Depois a gente pode beber muito! - Gabi continuou brincando e nós rimos.

- Sua maluca! - Alice disse.

- Tô brincando, vamos pegar leve. Amanhã a gente pode colocar pra rasgar tudo! - Rimos novamente.

- Eita, já tão chamando a atenção de todos com essas risadas discretas? - Aline disse ao se aproximar.

- Line! - Exclamei e logo ela veio me abraçar. fez o mesmo com o restante. As conversas de tantas pessoas no mesmo ambiente se misturam. Muita gente bonita.

- Nossa, quantos homens! - Aline disse olhando ao redor.

- Essa já chegou com a periquita pegando fogo. - Fernanda disse e nós rimos.

- Nossa, falou a puritana. - Ironizou e Nanda revirou os olhos.

- Blá, blá, blá. Vocês todas são umas... - Luíza foi interrompida por Gabi.

- Opa, opa! Olha lá, se começar as ofensas eu vou começar a soltar seus podres. - Gabriela ameaçou sorrindo e Luíza lhe mostrou a língua, em uma atitude infantil. Ri delas. Olhei em direção a porta e vi Vivi chegar e mais atrás Lili.

- Chegaram. - Falei ainda olhando na mesma direção.

- Até que enfim! - Aline bateu palmas e as duas riram, já próximas.

- Oi, suas gatas! - Lili disse.

- Oi, oi, oi! - Vivi acenou e logo todas nos abraçamos novamente.

- Já podemos começar a pedir. - Falei, olhando para o cardápio.

- Será que a Thai tá com fome? - Vivi ironizou e eu ri.

- Não, amiga. Meu estômago não aguenta nem água de tão cheio. - Ironizei também em tom de brincadeira e nós rimos.

- Sua linda! - Alice disse, me abraçando e eu sorri alegremente. Eu amo essas meninas! Começamos a pedir os petiscos não demoram a chegar, pedi salada também e um coquetel com álcool. Nós conversávamos animadamente. Risadas, relembrando momentos divididos, dividindo experiências engraçadas da vida. Soube por Vivi que seu namorado chega amanhã. Ele também foi convidado e fico feliz por ele fazer questão de vir comemorar comigo. As meninas pediram fondue de chocolate, enquanto esperávamos, gravando alguns vídeo para o snap e bebemos mais.
Quando nosso fondue chegou, ficamos animadinhas para comer.

- Uma fotinha antes. Vamos registrar o momento. - Lulu disse e logo pediu ao garçom. Fizemos pose e logo Luíza me passou, postei no mesmo instante: 

" Minhas meninas amadas que fazem eu me sentir extremamente amada " 

- Esperem! - Nanda disse e todas olharam para ela. - Já é meia noite! - Quase gritou, chamando a atenção de mesas vizinhas. Sorri olhando-as.

- Bora de parabéns mais uma vez? - Alice propôs.

- Não, não. Por favor. - Juntei as mãos, já prevendo a vergonha que vou sentir se elas cantarem. Tarde demais. Todas ficaram de pé e eu sorri, sentindo meu rosto queimar. Elas cantam e batem palmas, cerca de três mesas cheias ajudaram e eu quase morri de vergonha. Alice quase me obrigou a ficar de pé e eu coloquei as mãos em meu rosto, ainda sorrindo. Sorrindo de nervoso. Quando a música enfim acabou, eu sentei imediatamente. - Obrigada por me matarem de vergonha. - As olhei, sentindo meu rosto ainda fervendo de vergonha. Vi uma mesa com cerca de cinco rapazes nos olhando. Eles estavam claramente sorrindo, quase rindo de mim. Logo as meninas começaram com suas declarações, discretamente. Senti a emoção me tomar e segurei as lágrimas. Elas são umas lindas! Por fim, eu disse: - Amo vocês! Vamos comer! - Rimos e então voltamos nossa atenção para o fondue. Quando olhei em direção a entrada novamente, vi Luan ocupando uma mesa e dois homens. Puta merda! Nossos olhares se cruzaram, mas ele não demonstrou surpresa. Ele já me viu. Com certeza já havia me visto antes mesmo de eu notar sua presença. Desviei o olhar, sem acreditar na terrível coincidência. Meu coração está na boca e meus movimentos corporais estão difíceis. Meu Deus, por que? Eu não precisava ver ele. muito menos hoje.

|| Luan narrando ||

Meu show de domingo acabou sendo cancelado por conta de problemas técnicos, me informei se realmente séria necessário o cancelamento, não gosto de cancelar shows, porém já foi remarcado. Acabei voltando mais cedo para São Paulo e  indo compor com Dudu, Escandurras e Bruno Caliman. Depois de algumas horas, Bruno, Escandurras e eu decidimos ir a um barzinho. Dudu ficou esperando outro artista, ele me disse o nome, mas eu não lembro mais. Esqueci de tudo quando sentei e vi ela. Ela sorrindo. Sorrindo toda emocionada, enquanto uma das meninas falava algo. Já passa um pouquinho da meia noite. Já é aniversário dela. Meu coração reviveu. Meu corpo reviveu no instante em que vi ela. Eu estou sofrendo o pão que o diabo amassou longe dela. Agora estamos no mesmo lugar. Eu tô louco pra ir lá, falar com ela, desejar feliz aniversário e dizer o quanto desejo sua felicidade. Os meninos estão decidindo o que pedir, eu só consigo olhar pra ela. Tá tão linda! Puta merda, muito linda. Vi ela dizer algo animada, com seu sorrisão e em seguida seus olhos encontraram os meus. O sorriso desapareceu e meu coração doeu, ao perceber que ela não está satisfeita ao me ver. Ficamos em uma infinidade de segundos nos olhando. Meu coração já tá fazendo uma festa em meu peito e ao mesmo tempo estar querendo murchar por perceber a reação dela. Ela deixou de me olhar e eu respirei fundo.

- O que foi, boi? - Escandurras perguntou despreocupado.

- Minha ex tá aqui. - Os olhei, tentando passar naturalidade.

- Isso é bom ou ruim? - Bruno perguntou.

- Bom, mas a reação dela não tornou esse encontro tão bom. - Acabei me atrapalhando todo com as palavras.

- Vocês eram bonitos juntos. - Bruno comentou.

- É, mas acabou não dando certo. - Sorri fraco.

- Não se falam mais? - Escandurras perguntou.

- Eu... Ela disse que... Por ela não. Mas não precisa ser assim. - Franzi a testa, sentindo meu coração doer. Olhei ela novamente, enquanto come morango parcialmente coberto de chocolate, distraidamente.

- Ih, complicado. - Bruno lamentou.

- Lascou. - Escandurras também lamentou, com seu sotaque baiano.

- É aniversário dela hoje. - Sorri de lado e então eles não resistiram, olharam na mesma direção que eu.

- Aquela loirinha... - Bruno comentou, se distraindo com as amigas de minha namora... Ex namorada.

- He-man já pegou. - Ri de leve.

- Filho da puta sortudo! Gostosa, cara. - Bruno disse.

- Ela não parece tá com um humor ruim. Talvez, não seja tão ruim cê ir lá. - Escandurras disse.

- Não sei. - Coloquei os cotovelos na mesa e apoiei meu queixo em uma das mãos.

- É tentando que se sabe. - Bruno palpitou.

- Vamos escolher as bebidas. - Tente mudar o foco do assunto, mas meu corpo todo está em êxtase. Que saudade da minha gatinha. Do cheiro dela, de sentir aqueles cabelos em minhas mãos. Saudade da boquinha, da voz adorável, da bunda. Saudade da companhia e do amor que ela me dava. Saudade do meu projeto de gente.
Fizemos os pedidos e enquanto esperamos, fiquei olhando ela a maior parte do tempo. Tentei prestar atenção no assunto dos meninos, mas em meus pensamentos só rolava uma confusão: Vou até lá. Não vou. Vou. Não, não vou. É, eu acho eu vou sim.

- Cassete, Luan! Vai logo lá. - Bruno falou ao perceber meu jeito ainda mais distraído que o normal.

- Eu ainda não sei se devo. - E nesse instante ela me olhou novamente. Meu coração acelerou de imediato. Porra, ela mexe muito comigo.

- Puta que pariu, vai lá. - Escanrrudas também aconselhou. Levantei de supetão e então ela olhou para Luíza, que fala algo. Suas amigas já me viram. Comecei a caminhar e antes de chegar até ela, acabei sendo parado por cerca de três vezes para bater foto com as pessoas. Em nenhum momento Thaila me olhou, o nervosismo tomou conta de mim. Sou todo nervosismo e expectativa. Uma péssima combinação. Cheguei até a mesa delas.

- Oi, boa noite meninas. - Coloquei as mãos nos bolsos e todas me responderam educadamente, menos Thaila. Ela apenas me olha séria. - E ai, tudo bem? - A olhei diretamente, me sentindo completamente sem graça por ela não ter ao menos levantado.

- Estava, Luan. - Senti uma faca rasgando meu peito. Porra. Porra. Porra. Eu não deveria ter vindo.

- Amiga... - Alice disse baixinho, em tom de repreensão.

- Não precisa me tratar assim, eu só queria te desejar feliz aniversário. - Ela continuou me olhando séria, sem demonstrar nenhuma emoção há não ser raiva. Só Deus sabe como eu fiquei ao receber esse olhar.

- Por favor, não força a farra. - Falou, enquanto todas me observam. Que constrangedor.

- Luan, acho que não foi uma boa ideia. - Fernanda disse solidária, franzindo a testa.

- Vem comigo rapidinho. - Voltei a tentar uma conversa. Já perdi a dignidade mesmo.

- Não.

- Thaila! Aqui fora, rapidinho. - Quase implorei com o olhar.

- Luan, não.

- Amiga, algumas pessoas estão olhando. - Vivi falou.

- Por favor. - Falei e então ela bufou. Levantou-se e saiu andando rapidamente, puta de raiva. A segui comemorando por dentro. Logo que saímos em meio a olhares ela cruzou os braços na altura dos seios e eu olhei eu macaquinho listrado perfeitamente em seu corpo. Ela tá tão linda!

- Só vim aqui fora, porque aquilo já estava virando um show. Por sua causa! - Disse de forma um pouco agressiva. Ainda bem que não tem quase ninguém na avenida. Somente os automóveis passando o tempo todo.

- Não precisava me tratar daquele jeito.

- Você queria um abraço e um agradecimento pelo que fez comigo? Não seja tão cara de pau! - Cuspiu as palavras sem hesitar, olhando em meus olhos o tempo todo.

- Não, isso não. Mas nós podemos nos cumprimentar quando a gente acabar se vendo por aí. Somos maduros o suficiente. - Olhei bem para seus olhos. Eu amo a cor deles.

- Não, nós não podemos. Era isso? Não lembra da sua última visita ao meu apartamento? Eu não quero que fale comigo. Sinto desprezo por você.

- Thaila! - Franzi a testa. Suas palavras machucam e ela as usa sem parar. Me agredindo o tempo todo. - Caramba! - Fiquei com vontade de jogar tudo em sua cara, falar tudo que fiz pelo bem dela. Por ela. Suspirei e ela começou a bater a sola de seu salto freneticamente no chão, me olhando impaciente. É, está tudo fracassado. Lamentei profundamente. - Feliz aniversário. - sorri torto, me sentindo despedaçado. Ela me odeia. Não adianta tentar falar sobre como vai ficar nossa relação, tentar ser amigáveis um com o outro. Ela me odeia. - Você merece toda a felicidade desse mundo. Sei que todo mundo sempre usa essas palavras em aniversários, mas você verdadeiramente merece. - Senti minha garganta se fechar e então engoli seco, segurando minhas emoções. - Eu admiro muito você. - Inclinei a cabeça para o lado e coloquei as mãos nos bolsos novamente. Agora ela me olha magoada. Claramente magoada. Culpa minha. Eu não precisava ter inventado aquela mentira. - Desejo de todo o coração que você alcance seus objetivos pessoais e profissionais. Você é especial demais viu?! Nunca deixa de esbanjar o sorriso lindo que Deus te deu. - Ela desviou seu olhar do meu, olhando para os carros em movimento. Abaixei a cabeça, olhando para meus pés. Voltei a olhá-la. Continua olhando para o trânsito. Tenho certeza que algumas pessoas lá dentro do barzinho conseguem nos ver, mas isso pouco importa agora. - Você é luz na vida das pessoas. Que Deus continue te protegendo e te abençoando. - Ela voltou a me olhar com os olhos cheios de lágrimas. - O sorriso lembra? - Pedi, sentindo as lágrimas invadindo parcialmente meus olhos. Nós dois estamos sofrendo, mas eu tinha que fazer o que fiz, talvez eu mudasse a maneira que fiz, mas isso também já é impossível.

- Terminou o que tinha pra falar? - Franziu a testa,  falando em um fio de voz.

- Terminei. Posso te dar um abraço?

- Eu acho melhor não.

- Só hoje. - Ela suspirou e então descruzou os braços me olhando. Cedeu. Sorri e me aproximei para lhe abraçar, passei  um braço em volta da sua cintura fininha e a outra mão pousou em seus cabelos. Ela colocou as duas mãos em um ponto alto de minhas costas. - Não queria que fosse assim, mas... Ah, deixa pra lá. - Meu corpo todo relaxou ao sentir seu corpinho encaixando no meu, senti seu cheiro doce e percebi sua respiração irregular.

- Espero que você nunca repita o que fez comigo. Ninguém merece passar por isso e, por favor, nunca mais fale comigo. - Fechei os olhos com força, sentindo uma dor terrível.

- Como você quiser. - eu disse por fim e então ela desfez o abraço.

- Preciso voltar para minhas amigas. - Olhei minuciosamente seu rosto, querendo guarda cada detalhe. Não faço ideia de quando verei novamente minha saudade.

- Tudo bem. - E então ela se virou, deixando seu cheiro comigo, deixando as emoções a flor da pele, me deixando despedaçado.












OIIIIIIIIIIII lindas! O reencontro aconteceu. Foi bem tenso né?! Dois corações sofrendo. Thaila exalando raiva e o Luan continua mantendo segredo sobre o real motivo do término. Sei que o encontro não foi como vocês queriam. Esse reencontro não estava em meus planos, mas como vocês pediram muito e eu levo em consideração os comentários de vocês, cedi ao pedidos. O capítulo foi feliztriste. Tudo junto.
Comentários respondidoooosss! 
Bjs, Jéssica.



segunda-feira, 26 de junho de 2017

" Conversa inesperada " Cap 149

Cheguei ao restaurante junto com minhas amigas e assim que entrei, vi muitos amigos de São Paulo. Todos comemoraram minha chegada e meu sorriso não cabe na boca.

- Eu. Não. Acredito! - Coloquei as duas mãos na boca.

- Já pode cumprimentar todos, amiga. - Alice disse próximo ao meu ouvido e então eu me movi. Várias mesas juntas, todos juntos, felizes e estão aqui por mim.

- Vivi! - Não acreditei quando vi ela, enquanto eu abraçava um dos vários amigos aqui de São Paulo. Ele beijou minha bochecha e lodo desfez o abraço. - Você disse que... Espera, falo já com você. - Continuei a cumprimentar todos em ordem, até que cheguei em Vivi, minha maior surpresa. - Você disse que só viria amanhã, vaca! - Ela riu e eu a abracei.

- Não poderia estragar a surpresa que as meninas planejaram.

- Eu tô bem feliz por ter você aqui. - fechei os olhos.

- Eu também tô feliz por estar aqui. Mathias não conseguiu vir, mas amanhã ele estará na tua festa.

- Se ele não aparecesse, eu mataria ele. - Disse bem humorada e ela riu. Continuei a cumprimentar o restante até que cheguei em minha família: Gustavo, minha mãe, meu pai e Diego.

- Demorou hein?! - Gu olhou as horas no relógio e eu lhe mostrei minha língua.

- Precisei ficar enganando a fome com salgadinhos e cerveja. - Diego disse e eu ri.

- Calem a boca! Essa mania de apressar minha mãe e eu não é legal. - Peguei o celular de minha mãe na bolsa e ele riram.

- Ainda bem que você lembrou, filha. - Me olhou agradecida. - Culpa desses três!

- Eu sei. - ri de leve e beijei o rosto dos quatro e sentei entre meu pai e Gustavo.

- Como foi no Rio de Janeiro? - Meu pai me olhou.

- Foi muito bom! - Sorri animada e ele deu um sorrisinho também.

- Quantos anos já? 50? - Começaram as gracinhas.

- Carinha de 13, mas vou completar 20 aninhos de vida. Uma bebê. - Fiz graça e eles riram. Ficamos entre brincadeiras, enquanto esperamos a comida, após os pedidos. Os meninos não perdiam tempo em me zoar, eu os amo tanto! Não vejo sempre, mas no bonde de São Paulo sempre é será muito especial. Conheço a grande maioria há alguns anos, muitos dos meninos foi através de Gustavo.

- Amanhã a Rebeca tá na área, pensei que alguém pudesse querer saber. - Luíza disse maliciosa, olhando Davi e ele mostrou seu sorriso de matar. Eles formaram um casal tão lindo! Porém não se viram mais depois do carnaval.

- Eu não tô interessado em saber. - Franziu a testa, fingindo seriedade, mas logo riu e minha amiga riu junto. As conversas se misturam. Vivi não para de tagarelar com Alice e o meninos estão se zoando neste exato momento. A comida chegou e então eu peguei meu celular e postei uma foto do que escolhi no snapchat, em seguida fiz um pequeno vídeo mostrando todos distraídos entre conversas. Eu realmente não tenho palavras para o meu dia. Me sinto imensamente amada, é uma sensação tão grandiosa. É maravilhoso me sentir assim. Meu coração se enche de gratidão nesse momento. Olho o rosto de cada pessoinha e vejo o quão importantes são pra mim e percebo a consideração que eles têm por mim. Reciprocidade é realmente valiosa.

Depois que terminamos de comer, pedimos a sobremesa. Esperei enquanto conversava com minha mãe sobre a manhã no Rio. Meu pai entrou nas brincadeiras dos meninos, se mostrando bem descontraído. Eu sei que ele fica feliz com tantas pessoas especiais por perto. Comigo por perto.

- Parabéns pra você! Nesta data querida, muitas felicidades, muitos anos de vida. - Todos começaram a bater palmas e cantar, enquanto o garçom trás um bolinho já com a vela acesa. De novo. Ai meu coração. Sorri e bati palmas junto deles. Todos do restaurante olhando e eu senti meu rosto corar um pouco. Apaguei a vela ao fim da música.

- Obrigada. - Agradeci ao garçom quando ele colocou o bolo a minha frente. - Gente! Tô com vergonha. - Falei baixinho e todos riram alto. Fiquei com mais vergonha. Olhei para Vivi que já está com o celular em minha direção. Com certeza gravando vídeos para o snap. - Obrigada. Eu vou enjoar de comer tanto bolo. Mentira, não vou não. - Ri de leve e todos me acompanharam. - Amo vocês. Cada um de vocês. - Os olhei sorrindo e senti meu pai beijar meus cabelos.

- Você merece, meu amor. - minha mãe disse e Chulé apertou minhas bochechas.

- Bora comer! - peguei a faca que o garçom deixou ao lado e então fizemos do bolo nossa sobremesa, mas antes de partir o bolo Luíza roubou o lugar de Gustavo e pediu para um de nossos amigos bater uma fotinha nossa. Os pedidos de sobremesa não foram levados a sério, a galera do restaurante já sabiam da surpresa.
Seguimos para fora em busca de luz boa para fotos. Tem bastante gente curtindo a música que toca, conversando. É um restaurante com um toque de barzinho. É ótimo. Eu já vim aqui com meu irmão e amigos algumas vezes. Começamos as fotos, o que demorou um bom tempinho. Bati foto com cada um, com a turma toda, com parte da turma, só com as meninas, só com os meninos. Conversamos um pouco mais até decidirmos ir embora. Agradeci mais uma vez, de todo o coração, pela surpresa. Amanhã verei todos novamente. Vivi foi para o hotel que se hospedou e ela disse que nos encontrará no lugar combinado a noite. As meninas já falaram com ela. Voltei no carro de meu pai e ainda durante o trajeto eu postei algumas fotos, a primeira com Vivi:
  " Aquele tipo de presente que a gente não sabe como agradecer ❤ #tenteificardomesmotamanho #deimeujeito "

Em seguida escolhi uma com parte da turma. Uns amigos de São Paulo, Gu, Alice, amigos e amigas de São Paulo:
" Amo vocês! #faltougentenafoto #maisumasurpresa #maisumacomemoração " 

Logo vi uma que Alice postou. Eu ela e Vivi na foto:
" Respeita as comemorações delaaa! "

- Vocês ainda vão sair a noite. - Meu pai me olhou através do retrovisor interno, afirmando.

- Vamos. - Falei olhando o celular e então logo minha mãe começou a lembrar de momentos engraçados do almoço. Cheguei em casa e subi diretamente para meu quarto, me sentindo exausta. O dia ainda nem acabou. Lembrei de Luan novamente e meu coração doeu. Que saudade! Suspirei e passei as mãos por meu rosto. Não sei quando ele pretende anunciar que terminamos, os fãs nem desconfiam. Ouvi uma batida na porta, despertando meus pensamentos.

- Pode entrar. - Meu pai entrou, me olhando com cautela.

- Posso conversar com você? - Vixe, vem chumbo grosso por aí.

- Claro. - Sentei e comecei a tirar meus saltos. Ele sentou ao meu lado e ficou calado até eu me desfazer completamente de meus calçados. - Pode falar. - O olhei.

- Eu sei que você tá sofrendo pelo fim do namoro. - suspirei. Que droga de assunto! - Mas filha, agora você vai conseguir se dedicar mais a faculdade. Isso é tão importante pra nós não é?!

- Pai, eu sempre me dediquei.

- Não era a mesmo coisa, admita. - Me calei. É verdade, não era a mesma coisa. Luan virou uma grande prioridade, mas eu nunca direi isso em voz alta para meu pai. - Você sabe tudo que passamos e sabe que tudo isso poderia virar uma bola de neve. Primeira uma dp, depois outra, no fim, poderia ser reprovada. E ai? De que valeu todo meu esforço? Todo o seu esforço? Eu sempre pedi tanto, Thaila. Pedi muito. Eu fiquei realmente decepcionado.

- Vou recuperar isso, pai. - Segurei o revirar de olhos.

- Eu sei que vai, conto com isso. Mas eu quero te dizer que talvez não tenha sido no tempo certo. Talvez mais na frente vocês se reencontrem e possam ser realmente felizes.
- Com você desejando o contrário? - Ergui as sobrancelhas.

- Não desejo sua infelicidade. Me dê suas mãos. - Assim fiz e ele segurou minhas mãos. - De todo meu coração, com toda a sinceridade do mundo. Eu só desejo que você seja feliz, tudo que eu fizer é pro seu bem, por mais que você não entenda hoje. Mas tudo é pro seu bem.

- Pai, eu sei. Desculpa. Na verdade, eu nunca duvidei disso. - Falei comovida com suas palavras e seu olhar.

- Jura mesmo? - sorri de lado.

- Juro mesmo.

- Você e Gustavo são o que eu tenho de mais importante aqui na terra. Eu vou cuidar de vocês até os meu último dia. Você se formar é realmente importante pra mim.

- Pra mim também.

- Então é isso. Quem sabe mais na frente vocês possam viver o que não viveram agora. - Assenti. Ainda não acredito que ele veio me consolar pelo fim do namoro. - Eu amo você. Você é minha vida. - Vi seus olhos lagrimejarem e eu sorri.

- Eu também amo você. - O abracei, me surpreendendo com sua demonstração enorme de afeto e emoção. - Obrigada por toda sua dedicação tá, pai? Desculpa pelo meu deslize na faculdade, eu também fiquei muito triste, mas eu vou conseguir me redimir.

- Eu acredito em você. - Beijou meu ombro e afagou minhas costas. - Bom, eu preciso ir... Ver umas coisas. - Desfez o abraço voltando a ser o durão de sempre.

- Tá bom. - Sorri ao ver ele todo sem graça. Ele se direcionou a porta e logo desapareceu. Meu pai é uma figura! Não esperava uma conversa como essa, mas sei que ele se importa comigo.

- Filha! - ouvi a voz de minha mãe. É, realmente eu não consigo ficar sozinha aqui e adoro isso.

- Entra, sua linda. - Deitei na cama novamente.

- Precisamos ir falar com Dani. - Falou da responsável pela decoração da minha festa.

- Jura, mãe? - Resmunguei, me sentindo cansada.

- Juro, minha neném.

- Mãe! - Repreendi.

- Tá, velhona. Não disse nada. - levantou os braços em demonstração de defesa e eu ri. - Amanhã eu vou te tratar como bebê o quanto eu quiser.

- Te amo. - Soltei beijo, ainda sorrindo e ela sorriu também.

- Vamos logo! Você ainda vai sair com as meninas. - Levantei e tirei meu casaco, em seguida procurei meus chinelos e amarrei meus cabelos em um rabo de cavalo.

- Vamos. A gente podia passar no salão né?! Preciso hidratar meus cabelos.

- Amanhã. Amanhã o dia vai ser nosso. - Sorriu.

- Nossa! Isso tá muito chique. - Brinquei e nós rimos. Saímos juntos e fomos conversar sobre os últimos detalhes, horários, vi algumas fotos de como a decoração está ficando, entre outras coisas. Consumiu bastante meu tempo. Já a caminho de casa, recebi uma ligação de Alice.

- Amiga! Caramba, faz tempo que a gente tenta falar com você pelo whatsapp! - Lembrei de Luan. Ele sempre ficava puto por que eu demorava pra responder as mensagens. Esquece isso, Thaila. Esquece ele.

- Eu estava em uma reunião sobre o aniversário.

- Nossa! Demorou hein?!

- Bem mais do que eu imaginei. Manda. É sobre a última surpresa que vocês prepararam pra hoje?

- É sim. - pude perceber que ela estava sorrindo. - Você tem meia hora pra ficar pronta. Vamos para um barzinho maravilhoso. Noite de meninas. Podemos beber um pouco também. Não vai dar em coisa boa né?! Na verdade vai sim, vamos rir muito. - Riu e eu a acompanhei.

- Com certeza vamos colecionar boas memórias.

- Ah, vamos sim. Corre, você tem pouco tempo. Passamos pra te pegar.

- Pouco tempo, Lice. Vou tentar.

- Vai conseguir. Beijo, te amo. Prometo que por hoje chega de bolo! - Gargalhei.

- Te amo. - Desliguei e então minha mãe perguntou o motivo da ligação. Lhe expliquei e logo entramos em outros assuntos até chegar em casa. Não quis falar sobre a conversa com meu pai, vou guardar pra mim. Foi um momento só nosso. De nós dois.








OIIIIIIII lindas! Postando tarde, mas postando. Humberto foi conversar com a filha... O que vocês acharam dessa conversa? E as surpresas? Essa galera é massa né?! E para finalizar o dia, vai ter barzinho com azamigaaaa. Vou dar spoiler: Vai ter ex aparecendo simmmmm. HAHAHAHA Luan e Thaila cara a cara. O que esperar do encontro? Pretendo voltar logoooo.
Comentários respondidoooos!
Bjs, Jéssica.


sexta-feira, 23 de junho de 2017

" Dando continuidade as comemorações " Cap 148

Chegamos a um heliponto e eu fiquei boquiaberta.

- Aonde vamos? - Perguntei, olhando para o helicóptero já a nossa espera.

- Podemos dizer a cidade? - Alice olhou as meninas com um sorriso cúmplice.

- Será? - Lulu fez suspense.

- Eu acho que sim. - Nanda disse por fim.

- Rio de Janeiro! - as três falaram juntas e eu imediatamente sorri mais ainda. Eu amo o Rio!

- Sério? Gringa. Rebeca, Rodrigo e Claudinho vão tá com a gente também? - Perguntei muito, muito animada com a possibilidade de rever meu amigos cariocas.

- Já tá perguntando demais. - Luíza disse.

- Fique satisfeita por saber a cidade. - Nanda disse e então nos direcionamos para entrar no helicóptero.

- Vamos passar o dia todo? Eu ainda tenho coisas do aniversário pra resolver. - Fiquei preocupada por um momento.

- Deixa a responsabilidade um pouco de lado, amiga? Obrigada. - Alice disse com seu sorriso doce e eu ri de leve.

- Suas malucas! - Falei já me acomodando. - Bom dia! - cumprimentei o piloto.

- Bom dia! - sorriu lindamente. Caramba, ele é um gato! Muito sexy mesmo. Olhei para minhas amigas e elas sorriram como quem diz " É, nós somos fodas. Ele é maravilhoso mesmo. "

- Você pode me dar mais uma dica? - Falei com ele.

- Não, o combinado foi que eu não iria falar nada pra você até o fim da viagem. - Colocou o óculos escuro, sem deixar de sorrir. Ele tem uma voz rouca... Nossa! Apesar de toda a decepção que passei e apesar de o babaca ainda ser o dono do meu coração, eu não sou cega. Não posso ficar imune a esse piloto.

- Léo, você é bom mesmo de combinado. - Luíza disse sorrindo. Então o nome dele deve ser Leandro ou Leonardo. Foda-se, eu não quero saber. Fomos o trajeto todo conversando, o piloto também participou das conversas. Eu falei algumas vez, mas passei a maior parte do tempo pensando para lugar nós vamos. Infelizmente lembrei de Luan novamente. Será que ele iria fazer alguma surpresa pra mim? Talvez sim, talvez não. Ele demonstrava muito seu amor por gestos, eram gestos simples, mas significativos. Acorda, Thaila! Que amor o quê? Era tudo fingimento. Era incrível a maneira que ele conseguia fazer eu me sentir especial e acreditar que tudo aquilo era verdade. Cretino babaca!

- Thaila, você ouviu o que ele disse? - Alice falou, enquanto todos estão gargalhando e então eu despertei de meus pensamentos.

- Nã-Não. O que foi? - Forcei um sorriso.

- Ele falou que um dia levou uma família e o menininho, filho do casal, soltava pum sem parar. - Luíza gargalhou, tomou folego e voltou a falar: - A cada pum era uma risada do menininho. - Todas riram, inclusive o piloto e eu os acompanhei, contagiada por tantas gargalhas e nem tanto pela história em si.

- Que tipo de pessoa ri toda vez que solta pum? - Nanda se questionou, enquanto chora de rir.

- Era uma criança. Foi engraçado. - O Piloto disse, se recuperando.

- Imagino que as experiências são as mais variadas possíveis! - Comentei.

- Sim. Quando eu tô levando um artista então?! Uma vez eu levei o cantor Luan Santana e Angélica, eles estavam gravando pro programa dela. Eu sempre fui muito fã do cara e graças a minha profissão, eu pude passar alguns minutos com ele e ver que é realmente gente boa. - Meu sorriso desapareceu.

- Pib! Assunto proibido. Ele é ex dela. - Nanda disse.

- Não sabia! Desculpe, eu realmente não sabia. Foi legal o dia que levei Alcione, aquela mulher é maravilhosa! - Mudou de assunto agradavelmente e foi assim até pousarmos. Uma droga ouvir o nome do imbecil quando tudo que eu quero e preciso é não lembrar. que ninguém me faça lembrar.
Nos despedimos do piloto e então as meninas chamaram um uber, fomos o caminho todo cantando a música que tocava no carro e o motorista sorria o tempo todo. Nós não cantamos nada bem, mas isso não nos impede de cantar.

- Chegamos! - Alice disse animada e então o carro estacionou. É uma casa de praia! Linda!

- Você precisa ver a varanda de frente pro mar. - Lulu disse, enquanto saímos do carro. Estamos nos fundos da casa, mas eu consigo ver o imenso mar.

- Vocês são demais! - Sorri.

- Não vamos perder tempo, venham! - Nanda disse, após sair do carro. E então o carro se afastou e nós entramos.

- Vamos passar a manhã toda aqui e então voltamos para São Paulo. Vai ter um almoço especial. - Luíza soltou mais um pouco dos planos que fizeram para meu dia.

- Ai, meu Deus! - Falei ansiosa e elas riram de mim. Entramos e então o celular de Nanda começou a tocar. Imediatamente vi meus amigos cariocas, reunidos na cozinha, bebendo e com vestes de banho. Gritei muito animada e corri para abraçá-los.

- Gostou, bebezinha? - Rodrigo disse, se referindo a surpresa.

- Claro! - falei, enquanto Claudinho mantem o braço em volta da minha cintura.

- Ei, loira! Vem cá. - Ele chamou Luíza e ela foi segurando o sorriso, enquanto todos nós olhamos para os dois com sorrisinhos.

- Eu shippo tanto esses dois! - Gringa começou a soltar corações no ar e Rebeca começou a bater palminhas.

- Caramba, para com isso! - A voz de Nanda chamou a atenção de todos. Ela ainda está falando ao telefone, um pouco afastada de nós, mas ainda na cozinha. - Você é extremamente incompreensível, cara. - Ela se calou por um momento. - É melhor você desligar essa merda. - ouviu novamente. - Não! - Suspirou. - Mano, eu tô perdendo a paciência. É sério.

- É o boy dela. - Alice disse e então ouvi Nanda bufar, enquanto ouve algo que o cara fala.

- Qual é a dele? - Rebeca perguntou.

- Ciumento. É o Wallison, que joga no Palmeiras. - Alice explicou.

- Se ele souber que eu tô por aqui, vai se sentir extremamente ameaçado. A Fernanda sempre teve uma quedinha por mim. - Claudinho disse e nós rimos. Até parece que ele séria uma ameaça!

- Seu palhaço! - Gringa disse e eu beijei o rosto de meu gordinho.

- Cê devia me dar valor, Luíza. Eu nem sou ciumento. - Rodrigo disse.

- Em compensação é mulherengo... - Nós rimos mais uma vez e ele beijou o pescoço de minha amiga. Nanda voltou com uma cara nada boa.

- Esse cara é um filho da puta! Sério! - Disse realmente furiosa.

- Ciumes de novo? - Lulu perguntou.

- É, só porque eu disse que dois homens estão com a gente. Caramba, são nossos amigos.

- Vem ser feliz comigo, gatinha. Você não vai querer saber de mais ninguém. - Claudinho soltou uma cantada e nós rimos, apesar de eu lembrar imediatamente de Luan. Eu adorava quanto ele me chamava assim. Droga de pensamentos!

- Vamos dar uma passadinha no mar? - Sugeri.

- Agora! - Rebeca levantou animada.

- Eu não trouxe nada. Elas me acordaram tão apressadas, nem o doce do Diego eu fiz. Ele deve estar bem puto comigo. - ri de leve.

- Eu trouxe, amiga. - Nanda disse. - Vamos nos vestir devidamente, né?!. - E então minhas melhores amigas e eu fomos até um dos quartos. A casa é bem menor em comparação com a que ficamos no carnaval, mas não deixa de ser aconchegante.

Depois de estar com biquínis, nos juntamos aos meus amigos cariocas que já nos esperavam na varanda. Realmente a vista é incrível! Entramos no mar, Claudinho me carregou nos braços e me jogou no mar diversas vezes, Luíza e Rodrigo trocaram vários beijos. Nanda no iniciou ficou um pouco séria, por estar chateada com Wallison, mas eu logo tratei de trazer minha amiga maluquinha de volta. Alice, Gringa, Rebeca também me ajudaram nisso. Passamos uma manhã extremamente agradável. Eu não lembro de ter gargalho tanto desde o término. Eu repetirei quantas vezes for necessário: meus amigos são os melhores do mundo! Em nenhum momento eles tocaram no assunto proibido. Tenho certeza que minhas três meninas os alertaram quanto a isso. A manhã passou em um piscar de olhos. Tudo que é bom dura pouco. Um velho ditado muito certo! Tive que voltar para São Paulo e meus amigos cariocas confirmaram mais uma vez a presença em minha festa amanhã. Logo cedo estarão em São Paulo, se hospedarão e a noite estarão junto comigo para celebrar mais um ano de vida. Quando Alice pediu um uber, Rebeca apareceu com um bolinho e mais uma vez cantarão parabéns pra mim. Fiquei imensamente comovida com o gesto deles. Acabei entrando no carro ainda comendo o pedaço de bolo e minhas amigas também. Aproveitei para postar uma foto que Rodrigo bateu, enquanto todas as meninas estão de olho em seus celulares também: 
" Rio, até breve! "

- Eu não queria estragar o dia, nem nada, mas o Luan acabou de ver toda a minha história. - Alice disse e então eu a olhei imediatamente. Elas fizeram vários vídeos durante nossas brincadeiras e conversas descontraídas. 

- Acabei de ver que ele também olhou a minha história. - Nanda disse, sentada no banco da frente. 

- Olhou de todas nós, amigas. - Luíza acabou de confirmar que ele olhou a dela também. Merda. Mil vezes merda! Por que isso me afeta tanto? Por que meu coração insiste em bater mais rápido? Por que a sensação de que ele ainda se interessa por minha vida, me invade? 

- Foi? Ele me viu bem feliz. - Sorri de lado, tentando disfarçar todo o efeito que as informações me causaram. No fundo, eu fico feliz por ele ver que eu tô muito bem sem ele. Não que isso seja verdade, mas ele também não precisa saber de todo meu sofrimento. As meninas riram e concordaram. Eu não registrei nada em meu snapchat, somente postei a foto agora. Comecei a olhar alguns comentários e os fã clubes de meu irmão, de Luan e os meus se misturavam mostrando carinho. Alguns fã clubes de meu ex, comentavam coisas desagradáveis, mas eu não me importo. Vi comentários de amigos e ri ao ler o de Diego: " Quando você chegar a gente conversa sobre uma certa promessa de fazer um doce... " 
Acabei decidindo olhar minhas mensagens e há várias! Família e amigos. Logo vi a de Diego: 

" Caramba! Valeu, sua sem palavra! " 

" HAHAHAHA sorry, amigo. Elas me apressaram muito. Te amo! " 

Abri a conversa de Vini, que também mandou mensagem: 

" Amanhã eu tô chegando a tardeeee, pernuda! Se prepara, eu vou ser o mais gato da festa " 

" Será que você bem alto estima? Acho que não HAHAHA. "
" Espero você e Deisy. Não sei quem vai estar em casa, mas Maria com certeza estará. Aproveita pra descansar quando chegar. " Logo ele respondeu.

" Beleza. Aproveita seu diaaaa. "

" Deixa commmigggooo! " Fiquei entre conversas com primos e alguns amigos até chegarmos ao heliponto, o que interrompeu algumas conversas. Voltamos conversando com Leo sobre nossa manhã, ele ouvia tudo e ria das partes engraçadas. Ele é daquelas pessoas que faz você se sentir extremamente a vontade. Aquelas pessoas que parece que você reencontra, ao invés de encontrar pela primeira vez. Ele deve ter 27 anos, por aí. Pouco antes de posarmos, Nanda perguntou na cara dura se ele era solteiro. E ele disse sim, elas soltaram gritinhos de aprovação e ele riu, enquanto eu sorri negando e sentindo vergonha alheia. 
(...)
- É o seguinte: você entra, vai pro banho, se arruma e daqui a quarenta minutos vamos passar pra te pegar aqui. - Alice disse, após o uber estacionar em frente de minha casa.

- Tá. 

- Fica linda, amiga! - Nanda disse. 

- Pode deixar. - ri de leve e saí do carro, enquanto elas seguiram. Entrei em casa e não encontrei ninguém da família, somente Maria. Perguntei por todos e ela disse que já saíram para o almoço. Eles também estarão lá! Subi as escadas correndo e tratei de me apressar. Antes dos quarenta minutos eu fiquei pronta. 

- Maria! Vem aqui. - Logo ela apareceu e eu vi o celular de minha mãe na mesinha de uma das salas. - Bate uma foto minha. - Pedi sorrindo. 

- Você tá tão linda! 

- Obrigada, Ma! - Continuei sorrindo. - Bate do celular da minha mãe, ela esqueceu. - revirei os olhos e Maria riu. 

- Os meninos ficaram apressando ela. - Neguei com a cabeça e então eu fiz algumas poses e em seguida agradeci a Maria. Fiquei em uma das cadeiras, editando as que mais gostei e por fim decidi pela que mais gostei:
  " E as comemorações não parammmm "

- Thaila! As meninas chegaram. - Ouvi Maria gritar e então levantei. Nem imagino o que me espera a noite... Pensei, sem saber o peso de meus pensamentos.







OIIIIIIII lindas! Quanto tempo! Me desculpem a demora, eu realmente não consegui terminar esse capítulo no tempo esperado. Mas enfim saiu! Thaila toda feliz, mas sem esquecer Luan e ele quis saber dela descaradamente através de suas amigas. Essa situação... O que será que espera Thaila a noite???? Nummm sei, vocês têm algum palpite? 
Comentários respondidoooossss!
PS: Obrigada pela paciência, lindas!
PS2: Vi que uma leitora perguntou sobre minha outra fanfic, então respondendo: Tenho outra sim, o nome é Vitimas do Destino!
Bjs, Jéssica.



segunda-feira, 19 de junho de 2017

" Sigilosas " Cap 147

Na noite de sábado eu fiquei ocupada com alguns detalhes do aniversário e pela primeira vez eu fui até o local da festa. Minha mãe me acompanhou e claro, comentamos um pouco sobre Luan. Ela também não entende o por quê de ele ainda não ter anunciado nada, sem contar que ela descarregou toda sua decepção durante o caminho. Meu pai continua sem tocar no assunto, ainda não tivemos um momento a sós, mas eu sei que ele está satisfeito por eu estar solteira.

- Vai ser lindo, filha. - Minha mãe disse animada sobre minha festa ao entrarmos em casa.

- Vai. Eu amei o lugar! - Comentei animada também. Tudo está sendo feito com tanto capricho. - Olha só! - Sorri para Diego que está sentado junto com meu pai e meu irmão no sofá da sala.

- Ei, eu quero que cê faça aquele doce caseiro de leite. - Disse sem rodeios.

- Oi, Diego. Tudo bom, amigo? Ah, sim, sim, eu tô bem. Obrigada por perguntar. - Ele gargalhou e então eu soltei a bolsa na poltrona sorrindo, minha mãe fez o mesmo logo em seguida. Me inclinei um pouco para beijar a bochecha dos três homens. Sentei ao lado de Diego e minha mãe ao lado de meu pai.

- E ai, tudo certo pra segunda? - Di me olhou.

- Mais que certo. Já tem o look?

- Cê pensa que tá falando com uma das suas amigas? Me respeita! - Ri dele e apertei suas bochechas.

- Eu vou fazer seu doce amanhã tá? - soltei sua bochechas.

- Fechado. Cedinho eu tô por aqui. - Revirei os olhos com sua ansiedade e ele riu.

- Eu tô tão animada pra essa festa! - Minha mãe comentou.

- Você gostou do lugar, Thaila? - meu pai perguntou.

- Amei. Muito lindo e diferente. Tem uma enorme parede toda de vidro. É incrível!

- Que bom que ficou ao seu gosto. - ele sorriu e eu sorri também.

- As meninas vão vir dormir aqui mesmo? - Gu perguntou, mudando de assunto.

- Vão. Elas já devem tá chegando. - É, minhas melhores amigas e eu combinamos de dormir todas juntas em meu quarto. Mas já deixei claro que um assunto está proibido, espero que elas respeitem meu pedido.

- Ô Maria! - Gustavo gritou e segundos depois Maria apareceu. - Elas vão vir mesmo. - Fez careta e eu os olhei sem entender. Maria também está confusa. - Você disse que não queria elas aqui, mas vai ter que aturar. - Disse sério e eu ri.

- Esse menino! Deixa de mentira, Gustavo! - Maria se defendeu e Gu gargalhou.

- Senta aqui com a gente, Mariazinha. - Chamei ainda sorrindo.

- Tô terminando de fazer uma torta de abacaxi.

- Você não para! Por que não deixou pra amanhã? - Minha mãe a repreendeu de forma amigável.

- Eu quis fazer logo. - Neguei sorrindo. Essa é a Maria. Nunca deixa faltar alimentos gostosos em nossa casa. Geralmente ela dorme aqui, não são todos os dias. Eu não sei bem como funciona, minha mãe é que se encarrega disso.

- Vem cá, Maria. Me dá um beijo. - Gu levantou e a agarrou, enquanto ela reclama e nós rimos. Ele beijou sua bochecha repetidas vezes e quando a soltou ela reclamou, voltando para a sozinha. Ainda estávamos nos recuperando das risadas, quando meu pai disse:

- E a faculdade? - Que bosta.

- Tá indo bem. - respondi vagamente.

- Aquilo não era pra ter acontecido. - Relembrou a dp.

- Humberto, lembra da nossa conversa? - Minha mãe disse o repreendendo. Ouvimos buzinadas seguidas.

- Chegaram! - Levantei, sentindo o sorriso voltar ao meu rosto. São minhas amigas! Eu quase morri de saudade. Fui até a porta e em seguida as recebi.

- Esse teu brilho tá me ofuscando! - Nanda já chegou brincando.

- Sua boba! - Lhe abracei. - Tudo bem?

- Sempre bem, amiga. - Desfiz o abraço.

- Senti saudade de vocês! - Falei sorrindo, enquanto Lulu tira sua bolsa do banco de trás e Alice já vem me abraçar.

- Eu também senti saudade da sua cara feia. - Luíza disse e nós rimos.

- Preparada pra amanhã? - Alice perguntou ao me abraçar.

- Nossa noite de amanhã?

- Não, amiga! O dia todo! - Riu divertida. Elas estão fazendo um grande mistério de como vai ser meu domingo.

- Como assim o dia todo? - Desfiz o abraço e as olhei curiosa.

- Não sabe de nada, Thailinha... - Luíza disse e me abraçou.

- Cuidado com o que vocês aprontam! - Lhe dei um tapinha no ombro e ela riu.

- Perdeu a confiança em nós? - Me olhou, desfazendo o abraço.

- Claro que não, mas sei que vocês tem uma alta dose de loucura nessas cabecinhas. - Elas gargalharam e então entraram, eu fui logo atrás.

- Oi, gente! - Nanda disse animada, quase gritando ao ver minha família.

- Boa noite, Tião! Boa noite, Gusnadinha! Boa noite, Gê gatona! - Luíza falou animadamente, enquanto Alice já abraça todos. Olhou por fim para o Diego. - Boa noite Diego. - Falou sem animação alguma.

- Vai se ferrar, Luíza! - Ele riu e ela pulou no sofá o abraçando.

- Te amo, cara! - Ouvi ela dizer, enquanto Gustavo já implica com Nanda e Alice fala algo com meu pai e minha mãe. Uma confusão de tantas conversas ao mesmo tempo.

- Maria! - Gustavo voltou a gritar. - Cadê a vassoura que eu pedi pra você colocar ao lado da porta? - Brincou.

- Para com isso, Gustavo! - ,meu pai o repreendeu, enquanto as meninas riem.

- Elas sabem que é brincadeira. - Minha mãe disse sorrindo.

- Isso tudo é amor, Gus! - Alice disse.

- Eu não gosto de você, magrela. - Ele fez careta e ela lhe deu um tapa.

- Olha isso, Tião! - Olhou meu pai e ele sorriu. Ele adora minhas amigas. Meu pai passou o braço em volta de seus ombros fraternalmente.

- Quero comer. - Luíza disse ainda agarrada em Diego.

- E ai, Dieguito! - Nanda soltou beijo e Di soltou de volta.

- Aqui não é restaurante. - Gustavo continuou a brincar e todos riram novamente e ele nos acompanhou. - Tem uma torta de frango e um escondidinho de carne. Vão lá. - Ele disse.

- Eu não tô com fome. Será que tem alguma coisa doce? - Alice disse.

- Sempre tem. - sorri.

- Vamos lá. - Nanda puxou e eu as acompanhei. O restante continuou na sala. Na cozinha as conversas descontraídas continuaram e nós rimos bastante com Maria, enquanto minhas amigas comiam. Voltamos para a sala e falamos sobre meu aniversário na maior parte do tempo. Não teve assunto desagradável, seja sobre Luan, seja sobre a dp na faculdade. Quando todos decidiram subir, as meninas e eu pegamos algumas besteiras para comer na cozinha. Subimos gargalhando das idiotices de Nanda. Ela sempre foi a mais maluquinha de nós quatro.

- Vou trocar de roupa. - Luíza comentou e já foi se trocando em nossa frente mesmo, enquanto Nanda continua a contar sua experiência com o ultimo peguete. Um jogador de futebol, apresentado por Gustavo em uma das festa que foram juntos. Eles nunca deixam de sair juntos e elas nunca deixam de aparecer por aqui mesmo eu não estando em São Paulo.

- Tá bem enrolada essa relação né?! - franzi a testa já começando a me trocar também.

- Você precisa presenciar a forma que ela muda de humor por causa dele. - Alice disse. - Quando estão bem ela fica feliz da vida, quando eles discutem por bobagem, ela fica quase cuspindo fogo.

- Mano, você acabou de me chamar de dragão? - Fernanda se fingiu estar ofendida e nós gargalhamos. - Não fico mais um segundo nessa casa. - Caminhou até a porta, mas logo voltou sorrindo. - Ele é muito ciumento, amiga. Já te falei sobre isso em nossas conversas. - Assenti e terminei de vesti meu pijama. Uma calça em conjunto com uma blusinha.

- Ciumento é horrível! - Falei ao lembrar de Luan.

- Ela sabe bem. - Luíza disse me olhando.

- Mas eu gosto do danado! Caramba, como pode? - Nanda bufou e eu sorri. Pode demais. Eu amei tanto o Luan. O fato de ele ser ciumento não atrapalhava em nada meu sentimento.

- Acontece, amiga. Mas e namoro? Ele não fala sobre isso?

- Já falou umas duas vezes, na verdade, insinuou um possível namoro. Mas eu não quero. Já sinto vontade de arrancar a cabeça dele sem ter nada sério, imagine se eu tivesse? - Ri dela mais uma vez.

- O cara é gato! Cê viu o insta dele? - Luíza disse.

- Vi, joga no Palmeiras. Ele é lindo mesmo. Fico me perguntando como meu irmão conhece ele. - Ri de leve.

- Gustavo conhece todo mundo. - Alice disse e eu tive que concordar.

- Mesmo sendo jogador de um time rival. - Lulu riu de leve. Nos calamos por um momento, até que Nanda suspirou.

- Amiga, deixa ver no que vai dar. Pode dar muito certo. - Falei.

- Ainda bem que a Thai não ficou amarga com essa coisa de amor. - Alice comentou.

- Não é porque deu no que deu comigo, que todas vão passar por isso. Eu não quero mais namorar ninguém, mas são histórias diferentes, pessoas diferentes.

- Até parece que vai ficar sem namorar pra sempre! Deixa só você esquecer aquele trouxa. - Lulu disse.

- Na verdade a trouxa sou eu. - Ri da minha própria desgraça pela primeira vez.

- Não fala assim. Você confiou nele, amou ele. Pena que nem todas as pessoas tem um bom caráter, - Alice disse.

- É, aquele filho da mãe não te merece! - Nanda disse.

- Não vamos entrar nesse assunto proibido né? Lembram do meu pedido? - As olhei.

- Tá. - disseram juntas.

- Mas então, Nanda. Você me disse que ele vai pra Europa? - Voltei a focar o assunto em minha amiga.

- Possivelmente, ele recebeu proposta de dois times. Ainda tem isso. Não vou namorar um cara que mora na Europa.

- Distância não é problema. - Alice disse. Ela é tão romântica.

- Pra mim não dá. Se ele for é ainda esse ano.

- Complicado. - Fiz careta e então continuamos a conversar sobre esse assunto, até entrarmos em outros. Elas não tocaram em nada profundo sobre Luan e eu, sobre a traição e sobre o quanto eu devo estar sofrendo com tudo isso. Eu realmente tenho as melhores amigas do mundo! Tentei descobrir algo sobre o dia de amanhã, mas o sigilo é absoluto. Eu tenho certeza que elas vão tornar meu dia inesquecível. Elas sempre fazem nossos momentos se tornarem história boas pra contar, pra lembrar. Mesmo que seja situações aonde a gente se ferrou muito, no fim, nós rimos. Espero que seja assim com Luan também. Espero que no futuro eu dê boas risadas de tudo isso e lembre o quão boba eu fui ao sofrer por alguém sem caráter nenhum.

(...) 
No dia seguinte

- Vamos, Thaila! - Ouvi uma voz bem distante. É Alice.

- Acorda, caramba! - Fui atingida por um travesseiro. Essa é a voz de Nanda. 

- Thaila! - Luíza realmente gritou e me sacudiu. Acordei totalmente e resmunguei. 

- Ainda é cedo. - Reclamei. 

- Levanta. Nós temos mais dia incrível para viver juntas. - Alice disse animada. 

- Vamos viver um dia inesquecível nessa cama. Só mais meia horinha. Só isso. - Pedi.

- Não. - Luíza disse e uma delas puxou minha coberta. As olhei brava. 

- Que merda! 

- Cala a boca. Levanta logo. - Nanda disse e então eu sentei na cama, ainda olhando as três bem brava. Elas riram descaradamente de mim. 

- Vão se foder. - Fingiram espanto e eu segurei o sorriso, indo em direção ao banheiro. É, elas realmente estão animadas pra isso. Eu tenho absoluta certeza que vou estar radiante no fim do dia.









OIIIIIIII lindas! Demorei pra voltar né? Esse foi um capítulo complicado, quase não consigo terminar. Faltou tempo e quanto tive, não conseguia escrever muita coisa. Acontece. Agora sobre o capítulo: Família maravilhosona essa né? Humberto como sempre falando algo em um momento inapropriado. E essas amigas? O que será que reservaram para a Thaila? E essa absoluta certeza de que vai estar radiante no fim do dia... Sei não hein?! Gostarammm??? 
Obrigada por todos os comentáriosssss, eu amo ler todos e ver o envolvimento de vocês com a história. Obrigada mesmo, fico muito feliz! Não respondi os do capítulo anterior para não adiar mais a postagem desse capítulo. Já demorei demais né? 
Bjs, Jéssica.

quinta-feira, 15 de junho de 2017

" Irmão surpreendendo " Cap 146

- Cara, cê precisa reagir. Procura ela. - Testa disse, enquanto vamos dentro da van para mais um compromisso . Uma sessão de fotos em Pernambuco.

- Não dá, cara. - Respondi baixo. Não consigo disfarçar a tristeza que sinto desde que saí de Fortaleza. Falei sobre o término, mas não disso o motivo. Minha família não sabe o motivo, meus amigos não sabem o motivo. Apenas disse que terminei. Bruna andou conversando com Thaila, mas parece que não entrou em detalhes com a amiga, Thaila não disse o motivo. Talvez acha que minha irmã já sabe. Meu coração dói tanto quando penso nela. Na maneira que tudo acabou, mesmo que temporariamente. Não queria ter apelado para traição, mas ela não facilitou, não acreditaria em qualquer justificativa esfarrapada. No fundo meu coração se despedaça por saber que ela realmente acreditou que eu a traí. Duvidou do meu amor. Eu sei, eu mesmo disse tudo olhando pra ela, mas eu não queria que ela realmente acreditasse. Estou maluco sem informações, o máximo que soube de minha irmã foi que ela não estava bem, mas isso faz dois dias.

- Não tô entendendo isso. - He-man disse, confuso.

- Não quer mesmo que eu ou Amarildo lancemos uma nota sobre o fim? - Arleide perguntou pela milésima vez esses dias.

- Não.

- Não deixa ela escapar assim, Luan. - Lelê continuou a falar. Fechei os olhos com força.

- Ela não vai escapar. - Disse mais para mim do que para ela.

- Ela é incrível, muito incrível mesmo. Não vai ser difícil aparecer um cara que... - Antes de Cirilo terminar, o interrompi:

- Isso não vai acontecer. Que porra! - O olhei bravo e ele mostrou as mãos em modo de defesa.

- Qual é, viado? - Rober me olhou.

- Não quero mais falar sobre isso. Por favor! - Os olhei quase implorando. Eu vou explodir a qualquer momento. A sensação é essa. Todos os dias antes de dormir e quando acordo, eu olho as fotos que tenho dela. Fotos bobas, fotos que eu achei tão lindas, que acabei passando pra mim. Fotos de nós dois. Vídeos... Todas as lembranças. Já não basta minha cabeça relembrando todos os momentos que passamos, ainda tem as fotos e vídeos. Eu me torturo. Olho mesmo, lembro de muita coisa e é impossível não chorar. Acho que nunca chorei tanto por uma mulher. Durante todo o dia eu geralmente fico pensativo, não me comunico muito com as pessoas como de costume. Não consigo. Estou muito destruído.

- Eu não sei se devo ir ao aniversário dela. - Arleide disse em dúvida. Hoje é sábado e a festa já é segunda.

- Por que? - a olhei. Antes de o namoro acabar, estava confirmado toda a equipe ir. Thaila os convidou por ser próxima, afinal, todas as vezes que vinha ficar comigo acabava ficando bastante tempo com eles também. Viraram amigos.

- Eu não sei o motivo que levou você a terminar com ela, Luan. Vai que ela não goste de ter uma " representação" sua lá. - Fez aspas no ar.

- Não. Ela não é assim. Independente do motivo ela vai tratar todos vocês bem. - defendi.

- Eu vou. - Rober disse. - Os bois aqui também vão. - Apontou para He-man e Cirilo.

- Gutão vai? - Arleide voltou a perguntar. Thaila comentou com ela que convidou todos os casais ainda durante a nossa viagem.

- Ele não vai ter disponibilidade. Juju vem e vai com a Bubu. - Expliquei. - Max também não vai poder ir por conta de trabalho assim como Sthefany. Douglas, Ju e Marquinhos ainda são incerteza. Mas eles não querem também porque nós terminamos.

- Você terminou. - He-man fez questão de me dar uma facada ao me corrigir. Engoli seco, sentindo meu coração apertado.

- É, isso.

- Não sei, tô muito em dúvida. - Arleide franziu a testa.

- Ela vai ficar feliz se você for. Vocês sempre conversaram tanto, se deram bem desde o início. Para com bobagem. - incentivei.

- É verdade. - Fechei os olhos, encostando minha cabeça na poltrona da van e suspirei. Como eu queria ir, ver ela. Estava tão ansiosa por conta dessa festa e acredito que agora deva estar ainda mais. Sei que hoje ela vai ou já foi para São Paulo. Eu só vou chegar na cidade na segunda. Claro que percebi que ela me bloqueou do whatsapp, mas sei também que não apagou nossas fotos de seu instagram.

- Olha só, a galera de Fortaleza já fez uma surpresinha pra ela. - Rober disse e então abri os olhos e o olhei. Ele está de olho em seu celular.

- Cadê? - Perguntei, sedento por informações sobre ela. Sumiu das redes sociais desde que fui lá. Espero que seja por estar focada nos estudos e não sofrendo por mim. As vezes não gosto nem de imaginar a dor que estou causando nela. Eu não tenho como dimensionar e na verdade nem quero. Se eu soubesse exatamente como ela anda, séria muito, muito, arriscado eu voltar atrás e que se danasse o pedido de seu Humberto. Olhei a foto e vi um bolinho lindo, em seguida li a legenda e sorri. Sorri só por saber que ela acordou feliz, diferente de mim.

- Termina, mas fica com esse sorriso bobo só de olhar pra uma publicação dela. Ê boizera! - He-man me criticou de maneira leve. Eles nunca entenderiam. Na verdade, acho que ninguém. Mas eu preciso falar com alguém sobre isso, preciso dividir esse peso. Só não sei quem. Tenho medo de falar pra quem não deve e acabar estragando tudo.

- Vai se foder, He-man. - Volte a fechar os olhos, ficando na postura anterior. Logo eles entraram em outro assunto e eu agradeci aos céus imensamente. Já basta minha cabeça estar um caos, não preciso das pessoas me questionando, me repreendendo. Apesar de que, minha família e amigos só fizeram isso desde a minha ida a Fortaleza. Não entendem, mas querem entender. Ela é tão incrível, eu a amo tanto, porque terminei? Estou sofrendo tanto por uma decisão que eu tomei? Qual foi o motivo realmente? São esses questionamento, entre alguns outros. Imediatamente lembrei de sua família. Devem estar me odiando. Gostava bastante do irmão dela e aprendi a gostar de Diego no carnaval que passamos juntos, sem comentar de sua mãe, sempre foi uma queridona! Agora eles devem me querer carbonizado, no mínimo.

|| Thaila narrando ||

A confraternização familiar na casa de minha vó começou faz um tempinho. Ver meus tios, tias, primos, me deixou bem feliz. Claro, logo que pousei em São Paulo eu lembre do maldito. E ainda na presença de tantas pessoas especiais, eu consigo pensar nele. Adoraria dividir o dia com ele também. Adoraria receber uma ligação mais tarde e conversar longos minutos, recebendo toda sua atenção, seu interesse em saber como foi meu dia. Ele sempre foi tão atencioso! Isso chamou minha atenção desde o primeira vez que conversamos. Hoje eu sei que está em Pernambuco, se estivéssemos juntos, eu receberia sua ligação mais tarde. Lhe enviaria fotos e se duvidar até vídeo de algo engraçado que pode acontecer aqui. Ele ia rir e dizer que lamenta muito não estar comigo e que ficou contente por eu ter passado um dia tão alegre. Senti minha garganta se fechar, o choro querendo vir. Merda. Não é lugar e nem hora.

- Thaila, vem cá. - Meu avô me chamou e então eu saí do transe e levantei da cadeira que estava. Caminhei a até ele. Estamos no enorme quintal de minha meus avós paternos. Conversas, música, animação. Três palavras que resumem a reunião já em celebração do meu aniversário.

- Oi, Vô. - Sorri e sentei na cadeira ao seu lado.

- Você tava tão sozinha ali. As suas primas te chamaram pra dançar e você não quis. - Ele disse, me olhando todo afetuoso. Ele tem os olhos verdes, dele que minha mãe herdou os olhos claros e sucessivamente fui concebida com os olhos cor de mel. - Desde que você era picototinha dançava feito maluca. - Riu e eu sorri também. - Toda essa tristeza é por conta do fim do namoro? - perguntou cauteloso.

- Não. - Neguei, franzindo a testa. - Eu só tô cheia demais. A vó arrasou na comida. - Sorri, tentando mudar de assunto.

- A mãe de Humberto sempre cozinha bem, só perde para minha mulher. - Me olhou por alguns instantes sorrindo. - Não fica assim, minha picota. - Passou o braço em volta de meus ombros e eu me aconcheguei em seu peito. - Eu sei que você ama muito aquele moleque, mas as decepções fazem parte da vida. Infelizmente vem das pessoas que menos esperamos.

- Eu não quero que ele tire minha alegria de viver. - Falei abertamente.

- Não deixa. Seja firme. Ele errou feio com você, eu não cheguei a conhecê-lo pessoalmente, mas sempre soube por sua mãe e Gustavo que ele te fazia muito feliz. Eu fazia muito gosto do namoro, mas a gente se surpreende com as pessoas. - Suspirou.

- É verdade. Ele me fez muito feliz, mas eu nem consigo saber o que pesa mais sabe? Se é a felicidade que senti nos três meses de namoro, ou a dor que sinto agora. É horrível! - Franzi a testa.

- A felicidade sempre tem que pesar mais. Deixa o tempo agir. Vai vivendo sua vida, sem perder sua alegria e sua essência. Muitas vezes certas coisas acontecem para nos fortalecer. A vida sempre está querendo nos fortalecer através de aprendizados. As vezes ela é um pouco cruel? É sim, mas cabe a nós ter jogo de cintura. Isso eu sei que cê tem. A família Pereira toda tem! - Sorri ao ouvir suas sábias palavras e também ao ouvir o sobrenome de minha mãe, da família materna. Sempre usei o de meu pai, assim como, Gustavo usa.

- Eu amo muito você! - O abracei verdadeiramente, apertado.

- Eu também amo você, minha picota. - acariciou meus cabelos.

- Ei, ei! Quero receber carinho e beijo também. - Meu avô paterno se aproximou. - Larga esse velho e vem aqui pro seu avô preferido. - ele disse abrindo os braços e eu sorri, desfazendo o abraço com meu avô Valdemir.

- Eita, chorão! - O pai de minha mãe alfinetou e eu ri dos dois. Ah, minha família! Levantou e abracei meu avô paterno, o beijando repetidas vezes, todo o seu rosto. Ele soltou sua risada contagiante e eu sorri mais ainda. Meu avô é tão diferente de meu pai! Não sei a quem ele puxou. Minha vó é uma doçura. Aliás, as duas.

- Vamos dançar? - O convidei, segundo os conselhos de seu Valdemir. Viver minha vida, sem perder minha alegria e minha essência.

- Não sei dançar essas danças de hoje em dia. - Meu avô Antônio resmungou.

- Vovô! - fiz bico.

- Ah, tudo bem! - Se rendeu. Eu sabia que se renderia.

- Tem que rebolar. - Brinquei e ele negou com a cabeça. Ouvi a risada de me avô Valdemir. O olhei e pisquei um olho, ele piscou de volta. Foi como se eu dissesse: " Vou seguir seu conselho. " E ele respondesse: " Boa, minha picota! " Está tocando funk e eu tentei a todo custo fazer meu avô rebolar, ele tentava, mas é tão durinho que eu acaba gargalhando. Percebi Gustavo registrar um de nossas tentativas, talvez isso vá parar no snap. Talvez não, com certeza. Meu irmão é um ser humano tão incrível que, quando soube da traição do maldito, se manteve neutro. Eu não esperava outra postura dele, confesso. Ele nunca se mete em minha vida, sei que se aproximou do babaca e mais, ele chegou a me alertar uma única vez sobre essa possibilidade. Antes mesmo de Luan me pedir em namoro. Luan não, o babaca. É claro que meu irmão me confortou da maneira que ninguém fez. Só ele, só o seu jeitinho e suas palavras. Mas em nenhum momento xingou Luan, ou deixou explicito odiar meu namora... Meu ex namorado. Minha mãe é quem não quer vê-lo nem pintando de ouro. Meu pai continua sem tocar no assunto comigo e eu ainda não estive com Diego, ainda não conversamos sobre isso, apesar de eu saber que ele já sabe. Não sei se ele também tá fervendo de raiva do babaca, ou se está neutro igual meu irmão. Foi quase insuportável ver o assunto fim do meu namoro durante o almoço. Minhã mãe não contou o motivo do término para minhas tias e tios e, meu pai também não. Ou seja da nossa grande família, só quem sabe são meus avós. Acho bem melhor assim, quem sabe mais na frente eu consiga falar sobre isso com mais naturalidade. Não quero ser exposta por toda a enorme família, sem contar que Luan é uma pessoa publica. De maneira alguma a imprensa pode saber disso. E não é segredo para ninguém que quanto mais gente sabe de algo, é pior. De boca em boca, chega em quem não deve. Começou uma música de Mamonas Assassinas. Minha mãe soltou um grito e junto com as irmãs de meu pai, começou a dançar. Sorri a olhando, expulsando meus pensamentos.

- Essa eu sei Inha! - Meu avô paterno segurou minha mão e eu comecei a dançar mais uma música com ele. É cada apelido estranho as pessoas tem na família. Os meus então... Todos, absolutamente todos, se referem a minha altura. Na verdade, a falta dela.

- Você sabe mesmo. - O olhei surpresa.

- Claro. Quem não sabe? Eles foram um febre. - Disse divertido e eu sorri, me deixando preencher por toda a harmonia que envolve minha família.

(...)

Os minutos se passaram e eu procurei a sala, querendo aquietar um pouco, ficar longe de toda a festividade. É, pra pensar nele. Pensar livremente e deixar minha alegria de viver um pouco de lado novamente. Eu vou segui o conselho de meu avô, mas eu sou humana. Vou ter recaídas. Fiquei passando meu celular de uma mão para outra, perdida em tantos pensamentos. A saudade gritante, gritando dolorosamente. A decepção também. As duas gritam tão alto que acho que até Luan pode ouvir, esteja onde estiver. Tudo poderia ser tão diferente!

- Chulé? - olhei rapidamente para meu irmão que logo sentou ao meu lado.

- Oi. - sorri forçado.

- Essa comemoração é pra você. - Me lembrou.

- Eu sei. - voltei a mexer em meu celular.

- Isso tudo vai passar, te prometo.

- Eu também sei disso, só queria que passasse logo. - Falei baixinho.

- É uma pena que ele tenha feito isso. Mas posso te dizer? - o olhei e assenti. - Eu não tenho raiva dele. Ele ter feito isso, não o torna um ser humano ruim. Ele ter feito isso não quer dizer que não te ama. - O olhei incrédula.

- E quer dizer o que? - Ironizei.

- Thaila, são muitas mulheres em cima o tempo todo, ninguém sabe se foi um beijo ou algo mais. Não tô tentando justificar o erro dele, achei isso uma puta sacanagem, mas se ele fez...

- Ele fez! Ele me disse. - o interrompi.

- Tenho certeza que ele te amou de verdade e ainda ama, o que aconteceu não anula o sentimento. Aposto que ele se arrepende. - Olhei meu irmão brava.

- Você tá defendendo ele descaradamente.

- Não, eu tô te falando o meu ponto de vista. Não deixa de ser uma sacanagem, não aprovo. Mas todos erram, vocês deveriam conversar, ouvir a explicação dele e ver o que realmente significou pra ele. Com certeza foi nada.

- Não. Não. - Neguei convicta. - Não quero receber nem um oi vindo dele.

- Tá brava comigo?

- Só um pouco chateada por você achar natural a traição dele.

- Não acho natural. - bufou. - Não quero mais me meter nisso, só queria te dizer meu ponto de vista. Vocês são felizes juntos, eu ainda não conversei com ele e nem quero. Não cabe a mim fazer isso, cabe a você. Mas você que sabe.

- É, eu que sei. - Cruzei os braços e vi ele sorrir.

- Sua marrenta! - Me abraçou e eu continuei imóvel. - Te amo. - Continuei calada. - Cê me ouviu? Te amo! - Beijou minha bochecha. - Você me ama?

- Não sei... - Segurei o sorriso, me sentindo impossibilitada de ficar brava com ele.

- Sabe sim. Eu acho que sabe. Me diz.

- Vai pedir eu te amo pro babaca lá. - Ele gargalhou e eu revirei os olhos.

- Agora é babaca?

- Babaca, imbecil... Entre outros que falo em meus pensamentos. - Sorri.

- É muito amor viu?!

- Pode parar com isso. Eu tô bem magoada com ele. Não vai ter volta, você me conhece.

- Tá, agora diz que me ama. - Sorri ao perceber que ele quer encerrar o assunto. - Diz logo! - começou a me fazer cocegas.

- Te amo, caramba! - Falei alto e rindo.

- Bom, muito bom. Agora vem, vamos voltar pra festinha.

- Me passa aquela foto que a gente bateu depois do almoço. - Pedi já levantando.

- É pra já. - Disse e me abraçou de lado, ocupando a outra mão com o celular. Logo que chegou eu editei rapidinho e postei:

" Chulézimmm. Love u 💜 "

Me surpreendi com o que meu irmão falou, não esperava que ele fosse dar sua opinião. Ele só dá palpite em minha vida quando acha realmente necessário, sempre absorvo todas as palavras que ele me diz, mas desta vez não. Desta vez ninguém vai me convencer a dar outra chance a Luan. Acabou. É definitivo. Voltei a me divertir com minha família e tentei esqueci Luan por um tempo. Ele não faz mais parte da minha vida, sendo assim, que desapareça dos meus pensamentos.








OIIIIIIII lindas! Luan está um caco né?! Tadinho, está completamente destruído. Quem se surpreendeu com o irmão da Thaila? Parece que ele é a favor da volta do casal, mas Thaila permanece decidida. Por mais que tente, não consegue esquecer o ex namorado. Não está sendo nada fácil pra ela. E o avô materno? Um amor não é?! Conselhos ótimos! O avô paterno também muito divertido. Uma família legal. É o que ela mais precisa agora, certo? Já o Luan não tem ninguém pra apoiá-lo, ele preferiu não se abrir com ninguém. Seus amigos e seus familiares estão todos confusos. Complicadãaao!
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Bjs, Jéssica.

terça-feira, 13 de junho de 2017

" Início de comemorações " Cap 145

Sábado pela manhã eu acordei bem cedo e logo me vesti após um banho, vou para São Paulo hoje. Meu aniversário é somente segunda, mas passarei o fim de semana todo em comemorações com amigos e familiares de São Paulo. Terá um almoço na casa de minha avó paterna ainda hoje, já em comemoração. Toda a família de minha mãe e meu pai estarão juntos lá. Esses dias têm sido difíceis. Somente as pessoas próximas sabem o real motivo para o fim do namoro entre eu e Luan. Meu pai não tocou no assunto comigo e segundo minha mãe, ele ficou sem reação quando soube do término e o motivo dele. Não sei o que deu nele, em outros tempos teria ido a casa de Luan e teria falado poucas e boas, no mínimo. Thyane me convocou a ir em sua casa ontem e eu fiquei sem graça por encontrar Wesley lá. Ele também é amigo do babaca e eu contei a minha amiga o motivo que levou ao nosso término, só que fiquei com vergonha de encarar Wesley. Vergonha mesmo. Vergonha de ser corna e vergonha por ter acreditado que Luan me amava. Ele somente me abraçou e disse: " Bora seguir a vida né? ", beijando meus cabelos. Como não amar? Me repreendi em pensamento por me tornar tão ausente com eles também. Luan realmente era uma das minhas grandes prioridades. Sou uma completa idiota. Geralmente não gosto de sentir a compaixão das pessoas por mim, mas eu realmente estou me sentindo bem especial com o certo apoio das pessoas que sabem o que aconteceu. Ele ainda não anunciou nada, não tentou contato e eu tenho evitado as redes sociais. Para falar a verdade, olhei somente o whatsapp esses dias. O bloqueei no whatsapp, ainda não fiz nada em relação as outras redes sociais, pois ainda não olhei nenhuma delas. Caminhei até a cozinha e estranhei não ver Julieta me seguindo como uma sombra. Ao chegar na cozinha, vi Vini, Mathias, Vivi e Thyane. Wesley junto com Odete aparecendo na tela do celular que Thyane está segurando. Os dois estão em uma chamada de vídeo. Vinícius segurando o bolinho lindo em suas mãos e então todos começaram a cantar:

- Parabéns pra você, nesta data querida, muitas felicidades, muitos anos de vida! - Continuaram até o fim e eu nem segurei as lágrimas. Que surpresa mais linda!

- Vocês são uns lindos! - falei limpando as lágrimas.

- Vem, apaga a vela. - Vivi disse e assim fiz.

- Faz um pedido, Thaila! - Odete disse através do vídeo. Tarde demais.

- Eu esqueci. - Fiz careta e ela soltou um " ahhh" lamentando.

- Não problema. - Thy disse com sua voz suave de sempre.

- Vamos cortar agora? - Mathias disse e eu ri de sua pressa. O abracei bem apertado. Eu amo tanto essa criatura!

- Coisa linda, meu Deus! - falei com voz de criança e ele riu.

- Parabéns adiantado, criança. - Lhe dei um tapinha por me chamar de criança. - Você merece um mundo de paz, amor, saúde e prosperidade. Conta sempre comigo tá? Eu te amo, muito.

- Eu também te amo. Muito obrigada, meu amorzinho. - Lhe apertei mais e percebi ele sorrir contra meu ombro. O beijou e então eu desfiz o abraço. - Vocês me pegaram de surpresa mesmo! Hoje ainda é sábado. - Os olhei sorrindo.

- A ideia era essa. - Vivi disse.

- Nós só vamos te ver na segunda, então decidimos improvisar algo antes de tu ir pra São Paulo. - Wesley disse através da tela do celular. O olhei sorrindo.

- Nossa, eu amo muito vocês. - Falei colocando minhas mãos em minhas bochechas. Meu primeiro momento de alegria realmente desde que o babaca esteve aqui. Vini soltou o bolo no balcão e veio em minha direção, segurou minhas duas mãos e olhando em meus olhos começou a falar:

- Você é uma das pessoas mais especiais da minha vida. É a irmã que a vida me deu, de verdade. O que eu puder fazer pra ver esse sorriso em seu rosto, eu vou fazer. Quero te agradecer por todos os momentos que me ajudou, que esteve ao meu lado. Todos aqui sabem a benção que é ser seu amigo. Sabe o quão gratificante é poder ter você. Thaila, pessoas iguais a você hoje em dia é difícil. Eu sei que vou poder contar sempre com você, sei que sempre terei você ao meu lado. Eu também sempre, sempre e sempre estarei contigo tá? Eu te amo demais. pernuda. Demais mesmo, tu nem imagina o quanto! - O abracei já emocionada novamente.

- Af, Vini! Para de ser lindo! - Ouvi Vivi dizer e eu ri de leve.

- Eu que te amo, cara. Eu que sou grata, eu que sou abençoada por ter vocês. Sempre nós, Vini. Pode contar sempre. Obrigada. Te amo hoje e sempre, meu lindo. - beijei sua bochecha várias vezes.

- Ei, quero falar também! - Ouvi Wesley dizer.

- Eita, vão me fazer chorar mesmo hoje hein?! Acordaram decididos. - Brinquei desfazendo o abraço com meu amigo.

- Queria muito te dar um abraço hoje, agora. - Disse e Odete permanece ao seu lado. - Você é uma pessoa excelente pra caralho! - ri de seu palavrão. - Eu sempre vou ter você e toda sua família como minha família também. Lembra que do que eu sempre falei? - Assenti e mesmo assim ele repetiu a frase que eu tanto já ouvi: - Você faz parte da família que eu escolhi, eu vou te proteger como tal. Vou te amar como tal. Não importa a frequência que a gente se encontre, que a gente se fale, você sempre vai ser muito especial. Te amo, frescurenta! - Gritou divertido e eu sorri, segurando as lágrimas.

- Eu que te amo. Você também é muito importante pra mim, Wesley. Sério. Uma amizade igual a sua, a de Thyane... Eu sempre vou carregar vocês em meu coração com o maior carinho e gratidão do mundo. Eu te amo também. - Soltei beijo e ele continuou sorrindo. Odete começou a falar:

- Ei, eu não sou muito boa com as palavras, mas quero dizer que eu sinto saudade tá?! Faz um tempão que a gente não se vê. Quero dizer também que você é uma amigona incrível! Amiga de dança, amiga de conselhos muito bons e obrigada por todos os boys que você já me ajudou a pegar. Não que eu precise de ajuda, mas você sempre deu uns empurrãozinhos bons. - Ri dela.

- Te amo, Odetinha. Sei que se esforçou pra acordar essa hora. - Ela assentiu e todos riram. - Vamos matar a saudade segunda. Vamos dançar muito!

- Gostei, gostei muito! - Passou a mão nos cabelos e eu sorri.

- Vamos desligar tá? Vocês podem comer por nós. - Wesley disse.

- Vou mandar a Thy guardar o de vocês.

- Ótimo! Já disse que amo essa menina? - Odete olhou Wesley e eu ri.

- Beijo, beijo. Amo vocês. - Soltei beijo e então Thyane encerrou a chamada.

- Tu quer cortar o primeiro pedaço ou eu posso ir cortando? - Vini perguntou.

- Pode ir cortando. - Falei e então Vivi veio até mim. Nos abraçamos.

- Amiga, bendita faculdade que colocou você em meu caminho. - Rimos de leve. - Parabéns desde já por mais um ano de vida que vai completar e também por ser essa pessoa maravilhosa. Eu te muito. Da faculdade pra vida, cê sabe.

- Sei sim. Da faculdade pra vida! - reafirmei o que sempre falamos. - Eu te amo, amiga. Muito obrigada. - Ela beijou minha bochecha e então desfez o abraço.

- Falta eu! - Thy disse e então nos abraçamos. - Deus nos dá boas amizades e cabe a nós cultivá-las. Eu acredito muito nisso. Se a amizade é duradoura, é porque cultivamos. Houve verdade, cumplicidade e muito amor. Você é uma amiga e tanto, tu sabe disso, mulher. - Ri de leve com seu sotaque. - Conta sempre comigo, com minha família. Nós te amamos. - Fechei os olhos, ouvindo suas palavras.

- Obrigada, Thy. Eu também amo vocês e sou muito feliz por ter vocês, Wesley e as crianças em minha vida. Muito obrigada mesmo. - Ela desfez o abraço e sorrimos uma para outra.

- Já podemos comer. - Vini disse.

- Vocês são inacreditáveis! - Falei ainda surpresa pela surpresa que recebi.

- Somos, ainda bem que tu sabe disso. - Mathias disse e nós rimos. Começamos a comer, sentados. E então Vini me passou uma foto que bateu do bolo antes de tudo.

- Vou postar. - Falei ainda comendo. Entrei em meu instagram, depois de dias. Uma baita loucura, mas é normal. Faz tempo que eu não olho nada do aplicativo. Sem olhar nada, postei a foto:
" Amizades especiais. Surpresa especial. Já acordei chorando de felicidade! As comemorações já começaram! #nãovourevelaridade #borafingirqueninguemsabe #xiuuuu "

Marquei na foto todos que participaram da surpresa.

- Eu amei muito, gente. - Voltei a deixar explicita minha felicidade, após bloquear o celular. Eles sorriram. - Não vou mais deixar liberada sua subida, Vinícius! Um dia ainda me mata do coração. - Brinquei e nós rimos. Ficamos juntos, conversando, até que eu tive que ir embora. Chamei um uber e agradeci mais uma vez pelo que fizeram. Eu realmente gostei muito. Eles se despediram e então logo o uber chegou e eu entrei junto com Juju. Estamos chegando São Paulo! Que meu dia seja só felicidade e paz. Que nada estrague meu sábado. Que eu não receba nenhum sinal de fumaça dele. Por favor. Só felicidade. Pelo menos até segunda. Esses dias vão ser especiais pra mim.








OIIIIIIIIII lindas! Trouxe um pouquinho de alegria pros capítulos e pra Thaila. Ela é rodeada de pessoas especias né?! E agora foi dada a largada das comemorações! Será que vai correr tudo em paz como ela tanto quer? Nem sinal de fumaça dele, por favor! Será? 
Estou realmente comovida com vocês buscando soluções pra esse problema, mas toda história tem o conflito. Só confiem em mim tá? Tudo vai acabar lindamente. Entendo que ninguém quer sofrer junto com Luan e Thaila, mas é só por um tempo. 
Comentários respondidoooos! ( Amando ver meninas que nunca comentaram antes, aparecendo por aqui!)
Bjs, Jéssica.

domingo, 11 de junho de 2017

" Coração destruído " Cap 144

Não tenho ideia de quanto tempo já passou, mas meu choro não sessa. Não consigo parar desde que ele saiu daqui. Como o Luan foi capaz de fazer isso comigo? Causar essa dor em meu coração, me trair! Caramba, eu sempre tentei ser o máximo presente, sempre dei amor, carinho. Sempre dei o meu melhor pra que nosso relacionamento funcionasse. Eu amei aquele homem como nunca amei outro! Dei todo meu coração, minha alma. Fui totalmente dele. Só consigo sentir dor. Uma dor em meu coração, me dilacerando. Uma dor de cabeça terrível. 

- Não acredito, Luan! - Falei sozinha em um gemido triste. Ele nunca me amou. Sempre me desejou. Sempre quis transar, só isso. Claro que não iria se satisfazer só comigo. Completamos três meses e eu descubro isso. Na verdade, ele me disse com a maior naturalidade do mundo! Passei a mão por meus cabelos, ainda sentada no chão da sala e puxei meus fios, grunhido. É uma dor tão imensa! Ouvi meu celular tocar, mas continuei imersa em meus pensamentos. Julieta sentou ao meu lado e latiu me olhando. - É, você também tá brava com ele? - passei a mão em sua cabecinha pequena, com a visão embaçada por lagrimas. Ela soltou uma latido manhoso. - É, ele magoou sua mamãe. - Voltei a chorar e só quando não havia mais lágrimas eu decidi levantar. Sentindo meu coração em pequenos pedaços, todo meu corpo fraco. Segui para o banheiro e tomei um banho, na tentativa de me livrar de toda a dor que sinto. Mas foi em vão. Quando saí do banheiro, continuei derrotada. Já não bastava os problemas com meu pai, a ligação aflita de minha mãe e Gustavo me mandando áudios tentando me tranquilizar em relação a Dp da faculdade. Como eu imaginava, minha família toda se envolveu nisso. Minha mãe disse bem resumidamente que houve uma discussão entre os três por conta disso. Minha culpa. Eu já não estava nada bem e para completar vem o Luan. aquele cafajeste, terminar comigo, assumir que me traiu. Que girada minha vida deu. Tudo estava tão bem e agora tudo está tão ruim. Suspirei e procurei um camisão confortável. Acabei me deparando com algumas poucos roupas dele. Fechei os olhos com força. A dor de cabeça ainda me persegue. Vesti um de meus camisões e procurei por um remédio para dor. Séria maravilhoso se service para a dor do meu coração também. Uma pena que não curam as dores que os sentimentos causam. Maldito amor! Maldita hora que me envolvi com ele, que o conheci, que beijei, que entreguei minha virgindade. Puta merda! Estou com tanta raiva de mim, me dá vontade de me dar uns tapas. Eu mereço. Mereço por acreditar cegamente nele, por amá-lo e por me doar tanto para um relacionamento onde somente eu amei. Paro para pensar em nossos momentos, no modo que ele me olhava. Não dá para acreditar que não me amava, parecia ser verdade. Parecia ser amor. Talvez eu ainda tenha que aprender mais sobre isso, não tive muitas experiências. O primeiro homem que eu realmente amei, partiu meu coração sem dó. Talvez ele não me amou mesmo. Fui enganada o tempo todo. Ele já teve várias experiências, eu não. Resultado: saí perdendo. Saí machucada. Dizem que geralmente quando um relacionamento chega ao fim um sofre mais. Esse alguém sou eu. Infelizmente. Senti meus olhos ardendo, as lágrimas querendo voltar e eu deixei. Chorei o que pensei que não poderia chorar mais, meus olhos inchados, tão inchados que mal consigo abri-los. Fiquei chorando até apagar.

(...)
Acordei ouvindo Julieta latir animada. Abri um pouco os olhos confusa e percebi que continuam inchados. Logo tudo que aconteceu mais cedo veio a tona em meus pensamentos. Gemi e fechei os olhos novamente. Julieta não para de latir!

- Pernuda? - Ouvi a voz de Vini. Não queria ver ninguém hoje. O que ele tá fazendo aqui?

- No quarto. - falei e não demorou para ele entrar.

- Ei, o que aconteceu? - Franziu a testa e logo sentou-se ao meu lado.

- O Luan terminou comigo. - Falei, segurando o choro novamente.

- O que? - perguntou espantado. - Mas... Por quê?

- Ele me traiu. Uma vez ou algumas vezes. - Pousei minha mão em minha testa.

- Thaila, quem te disse isso? - perguntou ainda duvidoso.

- O próprio. - Olhei meu amigo. Os olhos se enxeram de lágrimas e ele me olhou com compaixão.

- Meu amor. - Deitou-se e me abraçou. - Você é tão incrível. Ele não podia ter feito isso. - Chorei, sentindo meu amigo afagando meus cabelos e meu rosto na curvatura do seu pescoço.

- Eu tô péssima com isso tudo. - falei entre soluços, Não aguento mais chorar, queria poder controlar as minhas lágrimas.

- Eu imagino que seja difícil. Quem saiu perdendo foi ele, Thai. Você é a mulher mais incrível que eu conheço depois da minha mãe. Não deixa a Deisy saber disso. - Acabei rindo entre o choro. Só podia ser meu amigo!

- Bobo. - funguei.

- Estou sendo sincero. Não quero você sofrendo por isso.

- Eu também não quero, mas eu não consigo controlar. - Falei com a voz muito embargada pelo choro.

- Eu sei. - Suspirou. - Eu te amo. Vai ficar tudo bem. - Beijou meus cabelos e eu continuei a chorar, enquanto ele ´permaneceu em silêncio, respeitando meu momento. Sabendo que eu realmente preciso fazer isso, que preciso do seu abraço e de sua companhia. Palavras não são necessárias, nada vai me confortar. Continuo magoada, inconformada com tudo isso. Aos poucos eu consegui ir me acalmando e quando isso aconteceu eu murmurei:

- Nunca mais vou namorar na vida! - Disse convicta e ele soltou uma risadinha. - Ei, é sério. - O olhei e ele limpou meus vestígios de lágrimas.

- Você não pode determinar isso. Nem pode determinar que vai deixar de amar o Luan amanhã. Infelizmente essas coisas não estão em nosso alcance de comando. - Disse com toda a serenidade do mundo.

- Infelizmente. - Lamentei e ele beijou minha bochecha.

- Não consigo acredito que ele foi capaz disso, vocês sempre pareceram tão parceiros, se amando mesmo.

- Só eu amei. Aquele cara é um ator, um cafajeste de primeira. Eu não devia ter me envolvido.

- Não fala isso. Tudo na vida é aprendizado. Tenta tirar algo bom disso.

- Não tem algo bom nisso, Vini. - ele fez careta como quem concorda e eu sorri triste. - Eu vou seguir minha vida. Vou sim.

- Assim que se fala. Aquele babaca não merece você. Eu me enganei com ele também, pensei que era o cara certo pra você. Ele que não apareça na minha frente, ou eu vou enchê-lo de voadoras. - Gargalhei pela primeira vez em meio a minha dor.

- Seu idiota. - O abracei apertado. - Ele não vale a pena. Eu tô sentindo muita raiva e magoa dele, mas nem isso ele merece.

- Ele veio aqui? - quis saber.

- Sim. Disse tudo olhando em meus olhos. Não consigo acreditar. - fechei os olhos e gemi.

- Calma, calma. - beijou minha bochecha. - Você vai juntar cada caquinho do seu coração e seus amigos vão te ajudar. Quando perceber já vai ter colocado esse sentimento debaixo do pé. Te ver assim dói demais em mim, pernuda. - franziu a testa.

- Eu te amo demais. Obrigada por tudo. - Comecei a ficar emocionada, realmente precisando de atenção e carinho. Companheirismo mesmo. Precisando saber que tenho pessoas que se importam verdadeiramente, que me amam e que nunca vão me magoar. Pessoas diferentes daquele babaca. Vini continuou comigo por horas, xingou Luan horrores e sempre me fazendo carinho, tetando brincar e querendo marcar uma balada. Sei que ele tentou o tempo todo levantar meu astral, até melhorei um pouco. Mas tudo coisa de momento. Quando eu fechei a porta após me despedir dele, me vi sozinha novamente. Olhei para o sofá e então as lágrimas vieram a tona. Não! De novo não! Caminhei até minha cama e então me deixei levar novamente. Vai passar. Eu vou superar. Eu sou forte, sempre fui. Vinícius tem razão, eu preciso sair, preciso me divertir e me dedicar ainda mais ao que eu tanto gosto: a faculdade. Tenho amigos aqui para me ajudar, que estarão disposto a estar ao meu lado nesse momento. Ninguém além de Vinícius sabe do término e eu não sei como vou suportar ter que dizer a todos. Pior vai ser ele, lidar com a família toda que já me conhece, lidar com a grande parte dos amigos que me conhecem e que não me conhecem pessoalmente e o pior de tudo: a imprensa. Eu nem quero saber o que ele vai inventar, talvez vai dizer alguma bobagem e fugir da verdade. Claro, o Luan Santana, o cara meigo, príncipe, nunca iria trair a namorada. Na verdade, eu também não desejo ser exposta dessa maneira. Não preciso do Brasil todo sabendo que fui corna e palhaça. Vinícius passou tanto tempo comigo, já são 23:00 horas e eu só quero dormir. Ele insistiu tanto pra eu comer algo, mas eu não sinto fome. Só um vazio imenso, mas não de fome. Fechei os olhos novamente me preparando desde já para amanhã. Não vou parar minha vida por causa daquele babaca. Amanhã vou a faculdade, ficar junto com os colegas e meus dois grandes amigos, aprendendo o que tanto me interessa e quando eu chegar, vou lidar com todas as mensagens e ligações.

(...)
No dia seguinte

- Terminou? - Minha mãe disse estérica. - Como? Por quê?

- Traição. - Falei em um fio de voz.

- Thaila... - sua voz também sumiu. Todas as pessoas que já sabem tiveram a mesma reação. Vivi, Mathias, minhas melhores amigas e agora minha mãe. - Meu Deus! - Sua voz desapareceu novamente.

- Eu realmente me enganei com ele, mas agora é seguir em frente. - Tentei mostrar um tiquinho de indiferença.

- Não me venha falando assim como se fosse a coisa mais normal do mundo! Como você tá, minha filha?

- Péssima. - disse simplesmente e então me encostei no balcão da cozinha. Pelo menos hoje eu ainda não chorei, a sensação ruim continua forte, a decepção, a raiva, a magoa, mas o choro não veio. Acho que nem tenho mais lágrimas, pelo menos nas próximas horas.

- Ô, meu amor! Como eu queria estar aí para te abraçar. Imagino que seja difícil, mas... Por que os homens são assim? Ele parecia ser diferente.

- Um mulherengo sem caráter igual aos outros. - Ela suspirou.

- Eu realmente sinto muito, muitíssimo.

- Eu também sinto, mãe. Você nem imagina o quanto. - Lamentei.

- Quem perdeu foi ele viu?! Se eu trombar com ele por aí, ele vai me ouvir! - Disse convicta.

- Mãe! Não quero isso. Não quero ninguém tomando minhas dores.

- Você é minha filha! Quer que eu fique neutra nisso tudo? Ele brincou com você, Thaila. Nós sabemos o quão importante ele foi e sempre será em sua vida. Foi o primeiro. - Suspirei ao perceber que ela se refere a minha virgindade.

- Só não entra nisso tá? É uma história muito podre, ele é um ser humano que... Me dá nojo.

- Não fale assim, você sempre é tão doce. - Lamentou.

- Mãe, ele acabou comigo!

- Eu sei, eu sei. Ele foi aí? - perguntou e mais uma vez eu contei a história sem entrar em detalhes, mas aproveitando para descarregar toda a raiva que estou sentindo dele. Minha mãe tentou me acarinhar mesmo de longe, disse palavras lindas, disse o quanto eu sou incrível, especial e rara. Que sou amada e importante na vida de muitas pessoas. Pessoas que se importam com meu bem estar, que me querem bem. Depois de encerrar a ligação, eu respirei fundo. Chega por enquanto! Daqui a pouco ele vai anunciar o fim e então todos vão saber. Nem tive coragem de olhar nossas conversas ou fotos. Estou com muita raiva pra fazer isso. Sentei e comecei a comer, finalmente almoçando depois de tanta conversa. Sei que minha mãe ficará encarregada de contar para Gustavo e meu pai. Seu Humberto vai querer dar uma grande festa ao saber que estou solteira e sei que vai querer socar o Luan por saber o motivo do término. Muito para pensar. Eu só quero parar de pensar. Queria também deixar de ser eu. Deixar de ser Thaila Sampaio, a garotinha idiota que foi enganada tão facilmente pelo cara que era o amor da minha vida.






OIIIIIII lindas! Demorei, mas voltei. Não tive tempo, agora consegui terminar. Thaila está um caco só! Sofrendo muito, tadinha. Essa situação tá feia né?! E ela ainda acha que o pai vai ficar bravo com o Luan, nem imagino que o próprio pediu, implorou para que o namoro acabasse. Vinícius é um amigão, merece o título de melhor amigo do mundo! Os amigos serão muito importantes para ajudá-la nisso né?! Como vai ficar o casal ( ex casal) ( temporariamente) ? 
Comentários respondidoooosss! 
Bjs, Jéssica.