- Não dá, cara. - Respondi baixo. Não consigo disfarçar a tristeza que sinto desde que saí de Fortaleza. Falei sobre o término, mas não disso o motivo. Minha família não sabe o motivo, meus amigos não sabem o motivo. Apenas disse que terminei. Bruna andou conversando com Thaila, mas parece que não entrou em detalhes com a amiga, Thaila não disse o motivo. Talvez acha que minha irmã já sabe. Meu coração dói tanto quando penso nela. Na maneira que tudo acabou, mesmo que temporariamente. Não queria ter apelado para traição, mas ela não facilitou, não acreditaria em qualquer justificativa esfarrapada. No fundo meu coração se despedaça por saber que ela realmente acreditou que eu a traí. Duvidou do meu amor. Eu sei, eu mesmo disse tudo olhando pra ela, mas eu não queria que ela realmente acreditasse. Estou maluco sem informações, o máximo que soube de minha irmã foi que ela não estava bem, mas isso faz dois dias.
- Não tô entendendo isso. - He-man disse, confuso.
- Não quer mesmo que eu ou Amarildo lancemos uma nota sobre o fim? - Arleide perguntou pela milésima vez esses dias.
- Não.
- Não deixa ela escapar assim, Luan. - Lelê continuou a falar. Fechei os olhos com força.
- Ela não vai escapar. - Disse mais para mim do que para ela.
- Ela é incrível, muito incrível mesmo. Não vai ser difícil aparecer um cara que... - Antes de Cirilo terminar, o interrompi:
- Isso não vai acontecer. Que porra! - O olhei bravo e ele mostrou as mãos em modo de defesa.
- Qual é, viado? - Rober me olhou.
- Não quero mais falar sobre isso. Por favor! - Os olhei quase implorando. Eu vou explodir a qualquer momento. A sensação é essa. Todos os dias antes de dormir e quando acordo, eu olho as fotos que tenho dela. Fotos bobas, fotos que eu achei tão lindas, que acabei passando pra mim. Fotos de nós dois. Vídeos... Todas as lembranças. Já não basta minha cabeça relembrando todos os momentos que passamos, ainda tem as fotos e vídeos. Eu me torturo. Olho mesmo, lembro de muita coisa e é impossível não chorar. Acho que nunca chorei tanto por uma mulher. Durante todo o dia eu geralmente fico pensativo, não me comunico muito com as pessoas como de costume. Não consigo. Estou muito destruído.
- Eu não sei se devo ir ao aniversário dela. - Arleide disse em dúvida. Hoje é sábado e a festa já é segunda.
- Por que? - a olhei. Antes de o namoro acabar, estava confirmado toda a equipe ir. Thaila os convidou por ser próxima, afinal, todas as vezes que vinha ficar comigo acabava ficando bastante tempo com eles também. Viraram amigos.
- Eu não sei o motivo que levou você a terminar com ela, Luan. Vai que ela não goste de ter uma " representação" sua lá. - Fez aspas no ar.
- Não. Ela não é assim. Independente do motivo ela vai tratar todos vocês bem. - defendi.
- Eu vou. - Rober disse. - Os bois aqui também vão. - Apontou para He-man e Cirilo.
- Gutão vai? - Arleide voltou a perguntar. Thaila comentou com ela que convidou todos os casais ainda durante a nossa viagem.
- Ele não vai ter disponibilidade. Juju vem e vai com a Bubu. - Expliquei. - Max também não vai poder ir por conta de trabalho assim como Sthefany. Douglas, Ju e Marquinhos ainda são incerteza. Mas eles não querem também porque nós terminamos.
- Você terminou. - He-man fez questão de me dar uma facada ao me corrigir. Engoli seco, sentindo meu coração apertado.
- É, isso.
- Não sei, tô muito em dúvida. - Arleide franziu a testa.
- Ela vai ficar feliz se você for. Vocês sempre conversaram tanto, se deram bem desde o início. Para com bobagem. - incentivei.
- É verdade. - Fechei os olhos, encostando minha cabeça na poltrona da van e suspirei. Como eu queria ir, ver ela. Estava tão ansiosa por conta dessa festa e acredito que agora deva estar ainda mais. Sei que hoje ela vai ou já foi para São Paulo. Eu só vou chegar na cidade na segunda. Claro que percebi que ela me bloqueou do whatsapp, mas sei também que não apagou nossas fotos de seu instagram.
- Olha só, a galera de Fortaleza já fez uma surpresinha pra ela. - Rober disse e então abri os olhos e o olhei. Ele está de olho em seu celular.
- Cadê? - Perguntei, sedento por informações sobre ela. Sumiu das redes sociais desde que fui lá. Espero que seja por estar focada nos estudos e não sofrendo por mim. As vezes não gosto nem de imaginar a dor que estou causando nela. Eu não tenho como dimensionar e na verdade nem quero. Se eu soubesse exatamente como ela anda, séria muito, muito, arriscado eu voltar atrás e que se danasse o pedido de seu Humberto. Olhei a foto e vi um bolinho lindo, em seguida li a legenda e sorri. Sorri só por saber que ela acordou feliz, diferente de mim.
- Termina, mas fica com esse sorriso bobo só de olhar pra uma publicação dela. Ê boizera! - He-man me criticou de maneira leve. Eles nunca entenderiam. Na verdade, acho que ninguém. Mas eu preciso falar com alguém sobre isso, preciso dividir esse peso. Só não sei quem. Tenho medo de falar pra quem não deve e acabar estragando tudo.
- Vai se foder, He-man. - Volte a fechar os olhos, ficando na postura anterior. Logo eles entraram em outro assunto e eu agradeci aos céus imensamente. Já basta minha cabeça estar um caos, não preciso das pessoas me questionando, me repreendendo. Apesar de que, minha família e amigos só fizeram isso desde a minha ida a Fortaleza. Não entendem, mas querem entender. Ela é tão incrível, eu a amo tanto, porque terminei? Estou sofrendo tanto por uma decisão que eu tomei? Qual foi o motivo realmente? São esses questionamento, entre alguns outros. Imediatamente lembrei de sua família. Devem estar me odiando. Gostava bastante do irmão dela e aprendi a gostar de Diego no carnaval que passamos juntos, sem comentar de sua mãe, sempre foi uma queridona! Agora eles devem me querer carbonizado, no mínimo.
|| Thaila narrando ||
A confraternização familiar na casa de minha vó começou faz um tempinho. Ver meus tios, tias, primos, me deixou bem feliz. Claro, logo que pousei em São Paulo eu lembre do maldito. E ainda na presença de tantas pessoas especiais, eu consigo pensar nele. Adoraria dividir o dia com ele também. Adoraria receber uma ligação mais tarde e conversar longos minutos, recebendo toda sua atenção, seu interesse em saber como foi meu dia. Ele sempre foi tão atencioso! Isso chamou minha atenção desde o primeira vez que conversamos. Hoje eu sei que está em Pernambuco, se estivéssemos juntos, eu receberia sua ligação mais tarde. Lhe enviaria fotos e se duvidar até vídeo de algo engraçado que pode acontecer aqui. Ele ia rir e dizer que lamenta muito não estar comigo e que ficou contente por eu ter passado um dia tão alegre. Senti minha garganta se fechar, o choro querendo vir. Merda. Não é lugar e nem hora.
- Thaila, vem cá. - Meu avô me chamou e então eu saí do transe e levantei da cadeira que estava. Caminhei a até ele. Estamos no enorme quintal de minha meus avós paternos. Conversas, música, animação. Três palavras que resumem a reunião já em celebração do meu aniversário.
- Oi, Vô. - Sorri e sentei na cadeira ao seu lado.
- Você tava tão sozinha ali. As suas primas te chamaram pra dançar e você não quis. - Ele disse, me olhando todo afetuoso. Ele tem os olhos verdes, dele que minha mãe herdou os olhos claros e sucessivamente fui concebida com os olhos cor de mel. - Desde que você era picototinha dançava feito maluca. - Riu e eu sorri também. - Toda essa tristeza é por conta do fim do namoro? - perguntou cauteloso.
- Não. - Neguei, franzindo a testa. - Eu só tô cheia demais. A vó arrasou na comida. - Sorri, tentando mudar de assunto.
- A mãe de Humberto sempre cozinha bem, só perde para minha mulher. - Me olhou por alguns instantes sorrindo. - Não fica assim, minha picota. - Passou o braço em volta de meus ombros e eu me aconcheguei em seu peito. - Eu sei que você ama muito aquele moleque, mas as decepções fazem parte da vida. Infelizmente vem das pessoas que menos esperamos.
- Eu não quero que ele tire minha alegria de viver. - Falei abertamente.
- Não deixa. Seja firme. Ele errou feio com você, eu não cheguei a conhecê-lo pessoalmente, mas sempre soube por sua mãe e Gustavo que ele te fazia muito feliz. Eu fazia muito gosto do namoro, mas a gente se surpreende com as pessoas. - Suspirou.
- É verdade. Ele me fez muito feliz, mas eu nem consigo saber o que pesa mais sabe? Se é a felicidade que senti nos três meses de namoro, ou a dor que sinto agora. É horrível! - Franzi a testa.
- A felicidade sempre tem que pesar mais. Deixa o tempo agir. Vai vivendo sua vida, sem perder sua alegria e sua essência. Muitas vezes certas coisas acontecem para nos fortalecer. A vida sempre está querendo nos fortalecer através de aprendizados. As vezes ela é um pouco cruel? É sim, mas cabe a nós ter jogo de cintura. Isso eu sei que cê tem. A família Pereira toda tem! - Sorri ao ouvir suas sábias palavras e também ao ouvir o sobrenome de minha mãe, da família materna. Sempre usei o de meu pai, assim como, Gustavo usa.
- Eu amo muito você! - O abracei verdadeiramente, apertado.
- Eu também amo você, minha picota. - acariciou meus cabelos.
- Ei, ei! Quero receber carinho e beijo também. - Meu avô paterno se aproximou. - Larga esse velho e vem aqui pro seu avô preferido. - ele disse abrindo os braços e eu sorri, desfazendo o abraço com meu avô Valdemir.
- Eita, chorão! - O pai de minha mãe alfinetou e eu ri dos dois. Ah, minha família! Levantou e abracei meu avô paterno, o beijando repetidas vezes, todo o seu rosto. Ele soltou sua risada contagiante e eu sorri mais ainda. Meu avô é tão diferente de meu pai! Não sei a quem ele puxou. Minha vó é uma doçura. Aliás, as duas.
- Vamos dançar? - O convidei, segundo os conselhos de seu Valdemir. Viver minha vida, sem perder minha alegria e minha essência.- Eu não sei se devo ir ao aniversário dela. - Arleide disse em dúvida. Hoje é sábado e a festa já é segunda.
- Por que? - a olhei. Antes de o namoro acabar, estava confirmado toda a equipe ir. Thaila os convidou por ser próxima, afinal, todas as vezes que vinha ficar comigo acabava ficando bastante tempo com eles também. Viraram amigos.
- Eu não sei o motivo que levou você a terminar com ela, Luan. Vai que ela não goste de ter uma " representação" sua lá. - Fez aspas no ar.
- Não. Ela não é assim. Independente do motivo ela vai tratar todos vocês bem. - defendi.
- Eu vou. - Rober disse. - Os bois aqui também vão. - Apontou para He-man e Cirilo.
- Gutão vai? - Arleide voltou a perguntar. Thaila comentou com ela que convidou todos os casais ainda durante a nossa viagem.
- Ele não vai ter disponibilidade. Juju vem e vai com a Bubu. - Expliquei. - Max também não vai poder ir por conta de trabalho assim como Sthefany. Douglas, Ju e Marquinhos ainda são incerteza. Mas eles não querem também porque nós terminamos.
- Você terminou. - He-man fez questão de me dar uma facada ao me corrigir. Engoli seco, sentindo meu coração apertado.
- É, isso.
- Não sei, tô muito em dúvida. - Arleide franziu a testa.
- Ela vai ficar feliz se você for. Vocês sempre conversaram tanto, se deram bem desde o início. Para com bobagem. - incentivei.
- É verdade. - Fechei os olhos, encostando minha cabeça na poltrona da van e suspirei. Como eu queria ir, ver ela. Estava tão ansiosa por conta dessa festa e acredito que agora deva estar ainda mais. Sei que hoje ela vai ou já foi para São Paulo. Eu só vou chegar na cidade na segunda. Claro que percebi que ela me bloqueou do whatsapp, mas sei também que não apagou nossas fotos de seu instagram.
- Olha só, a galera de Fortaleza já fez uma surpresinha pra ela. - Rober disse e então abri os olhos e o olhei. Ele está de olho em seu celular.
- Cadê? - Perguntei, sedento por informações sobre ela. Sumiu das redes sociais desde que fui lá. Espero que seja por estar focada nos estudos e não sofrendo por mim. As vezes não gosto nem de imaginar a dor que estou causando nela. Eu não tenho como dimensionar e na verdade nem quero. Se eu soubesse exatamente como ela anda, séria muito, muito, arriscado eu voltar atrás e que se danasse o pedido de seu Humberto. Olhei a foto e vi um bolinho lindo, em seguida li a legenda e sorri. Sorri só por saber que ela acordou feliz, diferente de mim.
- Termina, mas fica com esse sorriso bobo só de olhar pra uma publicação dela. Ê boizera! - He-man me criticou de maneira leve. Eles nunca entenderiam. Na verdade, acho que ninguém. Mas eu preciso falar com alguém sobre isso, preciso dividir esse peso. Só não sei quem. Tenho medo de falar pra quem não deve e acabar estragando tudo.
- Vai se foder, He-man. - Volte a fechar os olhos, ficando na postura anterior. Logo eles entraram em outro assunto e eu agradeci aos céus imensamente. Já basta minha cabeça estar um caos, não preciso das pessoas me questionando, me repreendendo. Apesar de que, minha família e amigos só fizeram isso desde a minha ida a Fortaleza. Não entendem, mas querem entender. Ela é tão incrível, eu a amo tanto, porque terminei? Estou sofrendo tanto por uma decisão que eu tomei? Qual foi o motivo realmente? São esses questionamento, entre alguns outros. Imediatamente lembrei de sua família. Devem estar me odiando. Gostava bastante do irmão dela e aprendi a gostar de Diego no carnaval que passamos juntos, sem comentar de sua mãe, sempre foi uma queridona! Agora eles devem me querer carbonizado, no mínimo.
|| Thaila narrando ||
A confraternização familiar na casa de minha vó começou faz um tempinho. Ver meus tios, tias, primos, me deixou bem feliz. Claro, logo que pousei em São Paulo eu lembre do maldito. E ainda na presença de tantas pessoas especiais, eu consigo pensar nele. Adoraria dividir o dia com ele também. Adoraria receber uma ligação mais tarde e conversar longos minutos, recebendo toda sua atenção, seu interesse em saber como foi meu dia. Ele sempre foi tão atencioso! Isso chamou minha atenção desde o primeira vez que conversamos. Hoje eu sei que está em Pernambuco, se estivéssemos juntos, eu receberia sua ligação mais tarde. Lhe enviaria fotos e se duvidar até vídeo de algo engraçado que pode acontecer aqui. Ele ia rir e dizer que lamenta muito não estar comigo e que ficou contente por eu ter passado um dia tão alegre. Senti minha garganta se fechar, o choro querendo vir. Merda. Não é lugar e nem hora.
- Thaila, vem cá. - Meu avô me chamou e então eu saí do transe e levantei da cadeira que estava. Caminhei a até ele. Estamos no enorme quintal de minha meus avós paternos. Conversas, música, animação. Três palavras que resumem a reunião já em celebração do meu aniversário.
- Oi, Vô. - Sorri e sentei na cadeira ao seu lado.
- Você tava tão sozinha ali. As suas primas te chamaram pra dançar e você não quis. - Ele disse, me olhando todo afetuoso. Ele tem os olhos verdes, dele que minha mãe herdou os olhos claros e sucessivamente fui concebida com os olhos cor de mel. - Desde que você era picototinha dançava feito maluca. - Riu e eu sorri também. - Toda essa tristeza é por conta do fim do namoro? - perguntou cauteloso.
- Não. - Neguei, franzindo a testa. - Eu só tô cheia demais. A vó arrasou na comida. - Sorri, tentando mudar de assunto.
- A mãe de Humberto sempre cozinha bem, só perde para minha mulher. - Me olhou por alguns instantes sorrindo. - Não fica assim, minha picota. - Passou o braço em volta de meus ombros e eu me aconcheguei em seu peito. - Eu sei que você ama muito aquele moleque, mas as decepções fazem parte da vida. Infelizmente vem das pessoas que menos esperamos.
- Eu não quero que ele tire minha alegria de viver. - Falei abertamente.
- Não deixa. Seja firme. Ele errou feio com você, eu não cheguei a conhecê-lo pessoalmente, mas sempre soube por sua mãe e Gustavo que ele te fazia muito feliz. Eu fazia muito gosto do namoro, mas a gente se surpreende com as pessoas. - Suspirou.
- É verdade. Ele me fez muito feliz, mas eu nem consigo saber o que pesa mais sabe? Se é a felicidade que senti nos três meses de namoro, ou a dor que sinto agora. É horrível! - Franzi a testa.
- A felicidade sempre tem que pesar mais. Deixa o tempo agir. Vai vivendo sua vida, sem perder sua alegria e sua essência. Muitas vezes certas coisas acontecem para nos fortalecer. A vida sempre está querendo nos fortalecer através de aprendizados. As vezes ela é um pouco cruel? É sim, mas cabe a nós ter jogo de cintura. Isso eu sei que cê tem. A família Pereira toda tem! - Sorri ao ouvir suas sábias palavras e também ao ouvir o sobrenome de minha mãe, da família materna. Sempre usei o de meu pai, assim como, Gustavo usa.
- Eu amo muito você! - O abracei verdadeiramente, apertado.
- Eu também amo você, minha picota. - acariciou meus cabelos.
- Ei, ei! Quero receber carinho e beijo também. - Meu avô paterno se aproximou. - Larga esse velho e vem aqui pro seu avô preferido. - ele disse abrindo os braços e eu sorri, desfazendo o abraço com meu avô Valdemir.
- Eita, chorão! - O pai de minha mãe alfinetou e eu ri dos dois. Ah, minha família! Levantou e abracei meu avô paterno, o beijando repetidas vezes, todo o seu rosto. Ele soltou sua risada contagiante e eu sorri mais ainda. Meu avô é tão diferente de meu pai! Não sei a quem ele puxou. Minha vó é uma doçura. Aliás, as duas.
- Não sei dançar essas danças de hoje em dia. - Meu avô Antônio resmungou.
- Vovô! - fiz bico.
- Ah, tudo bem! - Se rendeu. Eu sabia que se renderia.
- Tem que rebolar. - Brinquei e ele negou com a cabeça. Ouvi a risada de me avô Valdemir. O olhei e pisquei um olho, ele piscou de volta. Foi como se eu dissesse: " Vou seguir seu conselho. " E ele respondesse: " Boa, minha picota! " Está tocando funk e eu tentei a todo custo fazer meu avô rebolar, ele tentava, mas é tão durinho que eu acaba gargalhando. Percebi Gustavo registrar um de nossas tentativas, talvez isso vá parar no snap. Talvez não, com certeza. Meu irmão é um ser humano tão incrível que, quando soube da traição do maldito, se manteve neutro. Eu não esperava outra postura dele, confesso. Ele nunca se mete em minha vida, sei que se aproximou do babaca e mais, ele chegou a me alertar uma única vez sobre essa possibilidade. Antes mesmo de Luan me pedir em namoro. Luan não, o babaca. É claro que meu irmão me confortou da maneira que ninguém fez. Só ele, só o seu jeitinho e suas palavras. Mas em nenhum momento xingou Luan, ou deixou explicito odiar meu namora... Meu ex namorado. Minha mãe é quem não quer vê-lo nem pintando de ouro. Meu pai continua sem tocar no assunto comigo e eu ainda não estive com Diego, ainda não conversamos sobre isso, apesar de eu saber que ele já sabe. Não sei se ele também tá fervendo de raiva do babaca, ou se está neutro igual meu irmão. Foi quase insuportável ver o assunto fim do meu namoro durante o almoço. Minhã mãe não contou o motivo do término para minhas tias e tios e, meu pai também não. Ou seja da nossa grande família, só quem sabe são meus avós. Acho bem melhor assim, quem sabe mais na frente eu consiga falar sobre isso com mais naturalidade. Não quero ser exposta por toda a enorme família, sem contar que Luan é uma pessoa publica. De maneira alguma a imprensa pode saber disso. E não é segredo para ninguém que quanto mais gente sabe de algo, é pior. De boca em boca, chega em quem não deve. Começou uma música de Mamonas Assassinas. Minha mãe soltou um grito e junto com as irmãs de meu pai, começou a dançar. Sorri a olhando, expulsando meus pensamentos.
- Essa eu sei Inha! - Meu avô paterno segurou minha mão e eu comecei a dançar mais uma música com ele. É cada apelido estranho as pessoas tem na família. Os meus então... Todos, absolutamente todos, se referem a minha altura. Na verdade, a falta dela.
- Você sabe mesmo. - O olhei surpresa.
- Claro. Quem não sabe? Eles foram um febre. - Disse divertido e eu sorri, me deixando preencher por toda a harmonia que envolve minha família.
(...)
- Chulé? - olhei rapidamente para meu irmão que logo sentou ao meu lado.
- Oi. - sorri forçado.
- Essa comemoração é pra você. - Me lembrou.
- Eu sei. - voltei a mexer em meu celular.
- Isso tudo vai passar, te prometo.
- Eu também sei disso, só queria que passasse logo. - Falei baixinho.
- É uma pena que ele tenha feito isso. Mas posso te dizer? - o olhei e assenti. - Eu não tenho raiva dele. Ele ter feito isso, não o torna um ser humano ruim. Ele ter feito isso não quer dizer que não te ama. - O olhei incrédula.
- E quer dizer o que? - Ironizei.
- Thaila, são muitas mulheres em cima o tempo todo, ninguém sabe se foi um beijo ou algo mais. Não tô tentando justificar o erro dele, achei isso uma puta sacanagem, mas se ele fez...
- Ele fez! Ele me disse. - o interrompi.
- Tenho certeza que ele te amou de verdade e ainda ama, o que aconteceu não anula o sentimento. Aposto que ele se arrepende. - Olhei meu irmão brava.
- Você tá defendendo ele descaradamente.
- Não, eu tô te falando o meu ponto de vista. Não deixa de ser uma sacanagem, não aprovo. Mas todos erram, vocês deveriam conversar, ouvir a explicação dele e ver o que realmente significou pra ele. Com certeza foi nada.
- Não. Não. - Neguei convicta. - Não quero receber nem um oi vindo dele.
- Tá brava comigo?
- Só um pouco chateada por você achar natural a traição dele.
- Não acho natural. - bufou. - Não quero mais me meter nisso, só queria te dizer meu ponto de vista. Vocês são felizes juntos, eu ainda não conversei com ele e nem quero. Não cabe a mim fazer isso, cabe a você. Mas você que sabe.
- É, eu que sei. - Cruzei os braços e vi ele sorrir.
- Sua marrenta! - Me abraçou e eu continuei imóvel. - Te amo. - Continuei calada. - Cê me ouviu? Te amo! - Beijou minha bochecha. - Você me ama?
- Não sei... - Segurei o sorriso, me sentindo impossibilitada de ficar brava com ele.
- Sabe sim. Eu acho que sabe. Me diz.
- Vai pedir eu te amo pro babaca lá. - Ele gargalhou e eu revirei os olhos.
- Agora é babaca?
- Babaca, imbecil... Entre outros que falo em meus pensamentos. - Sorri.
- É muito amor viu?!
- Pode parar com isso. Eu tô bem magoada com ele. Não vai ter volta, você me conhece.
- Tá, agora diz que me ama. - Sorri ao perceber que ele quer encerrar o assunto. - Diz logo! - começou a me fazer cocegas.
- Te amo, caramba! - Falei alto e rindo.
- Bom, muito bom. Agora vem, vamos voltar pra festinha.
- Me passa aquela foto que a gente bateu depois do almoço. - Pedi já levantando.
- É pra já. - Disse e me abraçou de lado, ocupando a outra mão com o celular. Logo que chegou eu editei rapidinho e postei:
" Chulézimmm. Love u 💜 "
Me surpreendi com o que meu irmão falou, não esperava que ele fosse dar sua opinião. Ele só dá palpite em minha vida quando acha realmente necessário, sempre absorvo todas as palavras que ele me diz, mas desta vez não. Desta vez ninguém vai me convencer a dar outra chance a Luan. Acabou. É definitivo. Voltei a me divertir com minha família e tentei esqueci Luan por um tempo. Ele não faz mais parte da minha vida, sendo assim, que desapareça dos meus pensamentos.
OIIIIIIII lindas! Luan está um caco né?! Tadinho, está completamente destruído. Quem se surpreendeu com o irmão da Thaila? Parece que ele é a favor da volta do casal, mas Thaila permanece decidida. Por mais que tente, não consegue esquecer o ex namorado. Não está sendo nada fácil pra ela. E o avô materno? Um amor não é?! Conselhos ótimos! O avô paterno também muito divertido. Uma família legal. É o que ela mais precisa agora, certo? Já o Luan não tem ninguém pra apoiá-lo, ele preferiu não se abrir com ninguém. Seus amigos e seus familiares estão todos confusos. Complicadãaao!
Comentários respondidooooos!
Bjs, Jéssica.
Tô com tanta pena dos dois,queria q o pai dela tomasse uma posição ou que tivesse a narração dele sobre isso queria que Luan contasse pra alguém (quem sabe o chulé)
ResponderExcluirSei que faz bastante tempo que não comento (desde a outra fica kkk) mais sempre acompanho ❤❤
A cada capítulo eu tenho vontade de entrar na história só pra falar pra Thaila que o Luan não te é culpa de nada que ele não fez nada daquele que ele só acatou um pedido do pai dela , poxa isso tá tão triste Luan tá péssimo 😭😭😭
ResponderExcluirMinha opinião seria bom se ele aparecesse no aniversário dela só acho bjs
Pedisse desculpas na frente de todos aaáaaaaaaa eu morreria kkkk
ResponderExcluirTchau
Tadinhos dos meus bichinhos não aguento ver eles sofrendo! Que essa fase ruim passe logo 😘😘😘
ResponderExcluirTadinho tá sofrendo ai que dó bem que ela poderia liga para o luan só para ouvir a voz dele,e ele ter um pontinho de esperança ou o chulé liga para saber como foi que o luan traiu a Thaila
ResponderExcluirTadinhos gente ... 😭
ResponderExcluirAcho que a Jeeh já percebeu que eu não vou conseguir ficar longe ... Eu tento mais não consigo ! Depois me passa o endereço dá clínica de reabilitação de viciados em fanfic tá ?
Continuaaaa e já quero a Thai pegando geral , pro Luan murrê de ódio 😂😂
Oi. Você tem outra fanfic? Quero ler 😁
ResponderExcluirSobre isso, eles tem que se resolver
É tanto sofrimento... Já quero um reencontro deles, tipo sem querer se encontrar acabam se encontrando! ♥ Continua logo!
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