quarta-feira, 16 de agosto de 2017

" Discussões inevitáveis " Cap 171

Antes de sairmos para ir ao jogo, conversei com meu pai. Expliquei que vamos ficar juntos dos amigos e pais de Thaila. Pedi para que não haja nenhuma situação desconfortável. Ele disse firmemente que não vai arrumar discussão, mas deixou claro que não vai admitir qualquer ofensa, ou algo assim, do pai de Thaila.
Ao chegar no local do jogo, liguei para ela que logo atendeu.

- Chegamos, Thai.

- Tem um camarote pra nós, pode vir. - Me explicou como fazer e então eu fiz como ela disse. Ela nos recebeu e então começou uma sessão de abraços. As amigas dela com alguns amigos meus, apresentamos uns aos outros que ainda não se conhecem, todos os caras que estão junto dela são conhecidos, porém o único que tenho afinidade é Diego mesmo. O jogo ainda vai começar, mas a grande maioria já está bebendo cerveja e comendo petiscos. Fui até os pais dela, não posso evitá-los e nem quero.

- Oi. - Sorri de lado.

- Pensei que nunca viesse falar com a gente. - A mãe de Thaila alfinetou.

- Eu queria, mas Thaila achou melhor não.

- Se você realmente preza pelo bem estar da Thaila, saia de perto de mim! - Humberto disse, me olhando raivoso.

- Eu só queria dizer que eu tô com ela, vou estar com ela para o que for preciso. Nosso bebê vai ser muito amado e sempre vai haver respeito e amizade entre Thaila e eu.

- Você ferrou com a vida da minha filha! - Humberto esbravejou.

- Você não tem moral nenhuma pra falar assim com meu filho. - Puta merda! Meu pai. Com a falação enorme no camarote que é tem a parede da frente toda de vidro, ninguém percebeu que está havendo uma discussão.

- Ele engravidou uma menina solteira. Não me venha falar de moral! Você nem me conhece. - Olhou diretamente para meu pai. Procurei Thaila com o olhar e vi Ela abraçando Paiva de lado, enquanto riem de algo com as melhores amigas dela.

- Sei como tratou e anda tratando ela. Que tipo de pai é você? Do que adianta dar uma estabilidade financeira quando não dá amor? - Vi o pai de Thaila ficar com o maxilar ainda mais tenso.

- Você não deu orientação suficiente pro seu filho! Se tivesse dado, ele não sairia transando sem proteção por aí. Ela sempre teve amor. Não fale o que não sabe. Não se meta na relação que levo com minha filha!

- Pai, por favor. - Pedi. Eu também quero dizer umas boas verdades para Humberto, mas agora não é o momento certo. Thaila me pediu. Não quer nada de discussão.

- Luan, é melhor você ir pra lá com seu pai. - Ângela ficou na frente de Humberto, claramente prevenindo uma possível briga. Meu pai negou com a cabeça.

- Ainda bem que ela não se deixou de contagiar por esse seu jeito. - Meu pai o olhou com desprezo antes de se afastar e eu só sei pensar em vários palavrões. Não era pra ter sido assim.

- Porra, pai! Eu pedi. - Reclamei.

- Luan, eu tenho sangue nas veias. Ele não merece a filha que tem!

- Não quero chatear a Thaila. Ela não precisa disso, já tem que lidar com muitas coisas. - Lelê se aproximou.

- Tá tudo bem? - Perguntou. Antes que pudêssemos responder, Diego me chamou.
- Tô indo, Diegão. - Dei um olhar de aviso ao meu pai. Não quero mais discussão. - Meu pai é muito impulsivo, Lelê. - Falei, antes de me afastar.

- Vi vocês conversando e tô vendo sua cara nada boa. - Diego falou assim que me aproximei.

- Seu Humberto sendo seu Humberto. Relaxa. - Olhei para o campo e vi algumas pessoas acenando. Sorri e acenei de volta. - Falta muito pra começar?

- Não, eles já vieram aquecer no campo, já devem estar voltando.

- Entendi.

- Come alguma coisa, cara. Cê toma cerveja?

- Não vou beber. Mas o que tem pra comer? - Olhei a bancada cheia de comidinhas.

- Vai lá, pô. Pega alguma coisa. - Me afastei e ouvi as meninas soltarem gritinhos, seguidos de gargalhadas. Além de Paiva, Dani, Bruna e Ju, agora ainda tem as melhores amigas de Thaila. Sinalzinho de perigo pra tanta mulher junta! Vi meus amigos conversando com uns caras que são amigos de Gustavo. Percebi Diego se juntar a eles. É bom ver todos se enturmando. Ângela permanece bem pertinho da parede de vidro com Humberto e meu pai continua conversando com Lelê. Peguei um petisco e vi um mini refrigerador. Abri e encontrei água. Peguei uma garrafinha.

- E ai, tudo bem? - Thaila se aproximou.

- Tudo. - Sorri. Ela tá a coisa mais linda com a camiseta do Brasil e um shortinho jeans.

- Você foi falar com eles? - Franziu a testa e eu suspirei.

- Fui, Thaila.

- E ai?

- Não vamos falar disso agora. Depois tá? - ela suspirou.

- Já sei que não foi bom. - Ergueu as sobrancelhas.

- Vocês vão voltar pra São Paulo hoje? - Mudei de assunto, tomando um gole da água.

- É. As meninas disseram que vocês também voltam hoje. - Assenti e olhei sua boca. O desejo está falando tão alto! No mesmo instante, ouvimos todos gritarem animados e então olhamos para o campo, são os jogadores entrando. Vai começar. - Vem! - Thaila sorriu animada e sentou-se no sofá branco que tem, meu pai e Lelê sentaram ao lado dela, seus pais sentaram no outro, do outro lado do camarote. Alguns sentaram-se no " braço " do sofá e o restante ficou em pé, atentos ao campo. Eu fiquei em pé, junto de Diego, Caio, Paiva e alguns amigos de Gustavo. Caio está com o braço envolta dos ombros de Paiva. Eles realmente estão dando certo. Os amigos de Gustavo começaram a gritar animados, torcendo, falando o nome do Gustavo. Vi Thaila rir da euforia dos meninos. É claro que Gustavo não vai ouvir. Quando o juiz apitou, o silêncio tomou conta do camarote. Ficamos atentos ao jogo e todos vibramos com cada ameaça de gol do Brasil.

- Você quer sentar? - Bruna me perguntou após alguns minutos de jogo.

- Quer saber, eu vou sentar aqui no chão mesmo. - Diego disse, procurando espaço entre as pernas de Alice. Ela acariciou os cabelos dele, voltando a olhar para o campo.

- Não, tô bem. - Sorri para minha irmã.

- Isso é falta! - Paiva berrou e Caio riu.

- Foi uma trombada comum. - Caio disse.

- Luan, vem pra cá. - Thaila chamou, para eu sentar como seu amigo e então eu fiz como Diego. Sentei no chão, entre as pernas dela. Senti os olhares dos pais dela em nós, mas fingi não perceber. E então um gol!

- É Miguel! Porra! - Diego comemorou e eu franzi a testa. Será que é o mesmo Miguel? Todos comemoraram e eu também.

- Thaila. - A chamei baixinho e ela inclinou para frente, ficando com o rosto ao lado do meu. - É aquele Miguel? - Franzi a testa.

- É. Ele foi convocado também. - Voltou a sentar normalmente, dando o assunto por encerrado. A vida é realmente cheia de coincidências. O fim do primeiro tempo chegou com o Brasil ganhando de 2x0. Um gol de Miguel e outro de David Luiz.

|| Thaila narrando ||

Todos levantaram quando o primeiro tempo acabou. Fomos em direção da bancada e todos se pegaram algum petisco. Eu estou realmente amando tê-los aqui! Ver todos juntos e se dando bem! Luan está sendo extremamente respeitoso, o que me deixa bem tranquila. Não quero que ele fique forçando a barra. Eu não posso ter mais nada com ele, estamos bem sendo amigos. Meu pai só sorriu quando houveram os gols e quando Gustavo fez lances bonitos com a bola. Minha mãe não está totalmente confortável, eu a entendo. Sinceramente, não importa o que eles acham de Luan. Ele é pai do meu bebê, somos somente amigos e acabou. Vão ter que aprender a conviver com ele, apesar de ser difícil. Eu fui magoada e estou tentando superar, meus pais também podem tentar.

- Haja coração, viu?! - Rober disse e eu sorri.

- Cada lance é uma parada cardíaca. - Wellington falou e eu gargalhei.

- Brasil é assim, parceiro. - Yuri falou, um dos amigos da família.

- Thaila! - Ouvi Ju, a namorada de Douglas me chamar. Logo achei ela e me aproximei da rodinha que está Luan, Douglas, Amarildo, Marquinhos e Dani.

- Oi. - sorri pra eles.

- A gente tava comentando aqui... - Douglas começou e Luan negou com a cabeça. Já sei que vem graça por aí. - A Bruna perguntou se o Luan queria sentar, mas não, ele não quis. Foi só você chamar que ele foi. - Olhei Luan e ri.

- Bobagem. - Luan negou com a cabeça novamente e eu vi todos o olhando.

- Por que será hein?! - Marquinhos continuou.

- Vocês são uns bobos! - Sorri. - Cadê a Lelê? - Mudei de assunto.

- Tá conversando com a Bruna ali. - Amarildo apontou e eu assenti. Continuamos conversando e Juju acabou sendo assunto, nem sei como chegamos nesse assunto, mas meu coração doeu ao lembrar. Não vai ser nada fácil voltar a Fortaleza e encontrar a casa vazia. Nossa, não vai ser mesmo.
Pouco antes do jogo continuar, Luan e eu tivemos um tempinho sozinho novamente e ele perguntou:

- Cê vai tá em casa amanhã?

- Eu vou passar a tarde com o Jefferson, faz tempo que não nos vemos e eu quero dar a notícia. - sorri e ele acariciou minha barriga rapidamente.

- Tô doido pra saber o que é.

- Ainda vai demorar, eu perguntei na consulta.

- Você tem preferencia?

- Sabe que não?! Não tive tempo pra pensar nisso. Vindo com saúde é o que importa. - Ele assentiu sorrindo.

- Verdade. - Colocou as mãos no bolso de sua bermuda.

- E você? - inclinei minha cabeça para o lado. Que homem lindo!

- Eu queria um moleque. Já imaginou um menininho? - Seus olhos brilharam e eu quase morri de amor.

- Quem sabe né?! - Ele assentiu sorrindo. E então o assunto morreu, a tensão sexual subiu. Porra, é tão difícil lidar com isso. - Acho que já vai começar. - Falei qualquer bobagem, olhando para o campo, evitando os olhos dele.

- É, também acho. - Douglas logo se juntou a nós junto com Wellington e a tensão sexual baixou um pouco. É muito desejo! Não deveria ser mais assim.

(...)
...Horas depois...

Cheguei em São Paulo pouco depois de meio dia. Luan, Bruna e Amarildo insistiram para que eu vá jantar com eles amanhã. Eu acabei aceitando. O jogo terminou de 4x1. Um gol de chulé e outro de Neymar. Mais uma vitória, mais uma vez morri de orgulho!
Tirei meus tênis e então bateram na porta.

- Entra.

- O que você andou dizendo na casa daquele moleque? - Meu pai entrou feito um furação.

- Humberto! Para! - Minha mãe entrou logo atrás.

- Fala, Thaila! - Gritou e eu estremeci.

- Falei sobre o que? Não tô entendendo.

- Aquele pai dele veio cheio de razão dizer que você não teve amor, me colocou como a pior pessoa! Quero saber que porra você falou! - Fechei os olhos com força. Droga, era isso que eu não queria.

- Pai, eu só disse que não estamos muito bem. Você não tá falando comigo, me evitando.

- E eu sou ruim por isso? Depois de tudo que fiz por você, depois de tudo! Você me dá um desgosto desse e eu não posso reagir da minha maneira? - Continuou gritando e minha mãe segurando o braço dele.

- Eu já não dependo mais de você, pai. Eu ainda estou aqui porque essa casa foi comprada com o dinheiro do meu irmão. Você parece que não me tem mais como filha, então nunca mais trate minha gravidez como desgosto. Estou carregando uma vida aqui dentro. Vou cuidar direitinho e Luan vai me ajudar. Me admira você reagir dessa maneira. Passou a mesmo coisa que eu! Quando minha mãe engravidou do Gustavo o pai dela reagiu parecido, não foi?! - Ele claramente ficou surpreso. - Pois é, e agora você tá cometendo o mesmo erro. Cuidado pra quando você se der conta de que errou feio comigo, não ser tarde demais. - Passei por ele em passos rápidos e firmes.

- Thaila, volta aqui! Thaila! Eu tô chamando. - Ele gritou, mas eu não dei atenção. Ouvi minha mãe tentar acalmá-lo, o impedindo de vir atrás de mim.
Procure refugio na casa de Alice, que me consolou bastante e transformou minha tristeza em sorriso.


UM MÊS DEPOIS

Tudo continua na mesma com meu pai, ele continua sem falar comigo. Não me liga mais, parece que eu nem existo pra ele. Isso têm me afetado bastante, me peguei chorando algumas vezes durante todo o mês que passou. Mas ando tentando não ficar triste, sei que isso não faz bem para minha criança. Meus amigos como sempre estão ajudando bastante. Não lembro de ter ficado sozinha por pelos menos três dias desde que voltei de São Paulo. A falta de Juju é grande e isso também acaba me deixando deprimida as vezes, mas eu tenho que conviver sem a presença dela. Infelizmente. Luan está presente em todos os meus dias, mesmo que não seja fisicamente, está sempre conversando e até fez umas duas chamadas de vídeo durante o mês. Eu aumentei um kg, continuo treinando, mas tudo voltado para meu estado. A barriga não está com formato de gravidez. Luan me fez gravar um vídeo poucos dias atrás, para ele ver se eu realmente estava falando a verdade quanto ao tamanho. Não conseguimos mais nos ver, ele está com a agenda bem lotada e eu tenho minha rotina aqui. Chulé recebeu proposta do Barcelona e Psg depois de ganhar a copa das confederações com a seleção. Ele, juntamente com meu pai, estão decidindo qual o melhor caminho. Uma coisa é certa: em breve, ele vai sair do Corinthians. Hoje é sábado e eu vou passar o dia com Wesley e sua família em sua fazenda. Sei que será divertido e assim eu também vou esquecer os sonhos esquisitos que ando sonhando. É terrível a sensação de acordar quase gozando, percebendo que tudo não passou de um sonho erótico. Isso começou a uma semana e está incontrolável! Tenho sonhado todos os dias com Luan. Ele e todo o seu sexo maravilhoso. Não sabia que a líbido ficava encontrável desse jeito. Espero que a médica possa me explicar isso e espero mais ainda que tenha uma solução para esses sonhos. Meus dedos não são aquela coisa maravilhosa que Luan tem entre as pernas.






OIIIIIIIIIII lindas! Capítulo conteve discussões que já eram previstas. Amarildo enfrentou Humberto, Humberto tirou satisfações com Thaila e desta vez ela respondeu a altura. Não chorou, nem recuou. Até agora aquele segredinho está intocável, Luan disse que ia contar, eu já avancei um mês. Quando será que isso vai acontecer? Destaque para esses sonhos eróticos da Thaila hahaha Tadinha né?! Ou não! 
Comentários respondidoooos!
PS: Indicando a fanfic dessa lindaaa. Mais uma dela, tenho certeza que vale dar uma conferida! http://fanficamordeinterior.blogspot.com.br/2017/08/personagens-principais.html?m=1
Bjs, Jéssica.

9 comentários:

  1. Luan já pode contar a vdd e ela ver quem é o pai dela né não aguento mais a Marra desse velho AFF

    ResponderExcluir
  2. Bem que o luan poderia ir na fazenda,e realizar o sonho que a thaila tá tendo kkkkkkk

    ResponderExcluir
  3. Bem que o Luan poderia dar um cachorrinho pra ela né já que a Juju se foi e poderia ser (oq é o dela de verdade o odin sou apaixonada nele ����) Continua

    ResponderExcluir
  4. Alguém tira seu humberto da história? saco viu 😑🙄 kk. Luan tem que ir pra essa fazenda, tem que ir!!!! hahahaha

    ResponderExcluir
  5. Esse pai dela é muuuuito insuportável, eu hein, o que o Luan foi arrumar pra life dele

    ResponderExcluir
  6. o luan podia aparecer la de surpresa e oferecer um cachorrinho para ela...ela tem q descobrir a verdade o mais rápido possível e continuo a insistir numa menina mas eu acho q a tua ideia é outra mas prontos...
    Continua rápido sff

    ResponderExcluir
  7. Luan ao lado dela nesses momentos, tô amando esse jeito dele. Esse pai dela, affs tô cada dia com mais raiva dele.

    Continuaaaa

    ResponderExcluir