- Vai lá abrir a porta pra ela. - Meu pai sorriu cúmplice, logo após a campainha tocar. Caminhei até a porta e abri. Vi ela com uma calça jeans e camisão moletom. Que gata!
- Oi. - Sorriu, corando. Será que ela percebeu meu jeito de olhar?
- Oi. - Lhe abracei e senti seu cheiro inundar minhas narinas. - Que cheirosa. - ela riu de leve, passando os braços em volta do meu pescoço. - Tudo bem?
- Sim. Eu tô levando. Ele continua sem falar comigo, mas o restante das pessoas estão me dando apoio. - Desfiz o abraço.
- Quem mais já sabe? - Perguntei.
- Luan, convida a menina pra entrar. Tá frio aí fora. - Ouvi a voz de meu pai.
- Desculpa, Thaila. Entra. - ela riu de leve e logo caminhou até meu pai. Ele a abraçou e eu o ouvi dizer:
- Fiquei bem surpreso com a notícia, como já te disse através das mensagens ontem, mas que bom que é você. Eu vejo seu cuidado com o próximo e quem te olha consegue ver a maternidade. Você vai ser uma mãe maravilhosa. Tá sabendo lidar com a gravidez melhor que muitas por aí.
- Obrigada por todo o apoio. Eu sou muito grata. Sei que erramos e eu não queria de maneira alguma agora, mas aconteceu. - Desfizeram o abraço e eu dei uma boa olhada em sua bunda. É muito gostosa. - Minha mãe me falou dessa coisa de lidar com a gravidez, ela disse que a reação dela foi bem pior que a minha. - Sorriu e me olhou ainda sorrindo. Porra, essa mulher é minha fraqueza!
- Ela também engravidou cedo? - Meu pai perguntou e sentou, fazendo Thaila sentar também. Eu sentei na poltrona.
- Sim. Ela tá me ajudando bastante.
- Conte com uma segunda mãe pra ajudar também. - Minha mãe surgiu com um pano de prato no ombro, sorrindo.
- Marizete! - Thaila levantou animada e logo as duas se abraçaram. - Que saudade.
- Agora estaremos juntas sempre que possível. - Desfez o abraço e olhou a barriga e logo acariciou. Sorri, maravilhado com o que estou vendo. - Vocês quase me mataram de susto ontem! - Olhou para Thaila.
- Desculpa, Marizete. Eu sei que você não queria isso pro Luan agora.
- Não se desculpe. Se em uma vez aconteceu, algum propósito tem. - Sorriu sapeca e me olhou piscando um olho. Eu amo minha mãe! Ri de leve e meu pai me acompanhou.
- Vocês são uns danadinhos! - Thaila negou com a cabeça. - Continuamos amigos, já falei pro Luan. - Ela me olhou e eu sustentei o olhar. Amigos? Tá, Thaila. Tá. Voltou sua atenção a minha mãe.
- Temos tanto tempo pela frente... - Minha mãe disse e Thaila riu sem graça, me olhou, esperando que eu a salve. Não, eu não vou fazer isso. - Me diz, cê vai ficar o mês todo por aqui?
- Sim, pretendo. Eu vim pra acompanhar meu irmão em alguns jogos, além de ver meus amigos de São Paulo. Se a seleção avançar, eu vou ao de BH, vou ao de São Paulo e para a final no Rio também.
- E eles vão chegar! - Meu pai se mostrou otimista.
- Vamos sentar, meu amor. - Minha mãe disse e então meu pai afastou, deixando mais espaço no sofá para as duas. - Quando você não estiver viajando esse mês, quero sempre ver você. Saber como está. - Thaila assentiu sorrindo.
- Nós queremos. - Corrigi.
- Isso. - minha mãe riu de leve. - Tá tudo bem? Como tá na sua casa?
- Do mesmo jeito. Eu nem o vi hoje. Acabei acordando só a tempo de vir pra cá. Ontem eu fui dormir muito tarde. Fiquei pensando em tudo, são muitos questionamentos e eu tenho medo.
- Você nasceu pra ser mãe. Nem todas as mulheres nascem pra isso. Costumo dizer que ser mãe é dom. Por isso em alguns casos filhos são maltratados, abandonados e abusados. Muitas não nasceram com a maternidade. Claro que não estou generalizando, mas em alguns casos é a falta desse dom. E ver você aqui, sorrindo, Só mostra o quão forte e mãe você já é. - Thaila sorriu.
- Cê vai me fazer chorar! - Vi seus olhos lagrimejando e as duas se abraçaram novamente. - Obrigada, vocês são incríveis.
- Chegou a maravilhosa! Ninguém me avisa. - Bubu desceu com os cabelos molhados. Uma calça de pano molinho e frouxo, junto com uma camisa de mangas longas. Thaila desfez o abraço com minha mãe e então foi a vez das amigas se abraçarem. - Já se imaginou com um barrigão? Vai ficar linda! - falou após desfazer o abraço e Thaila fez bico.
- Vou ficar muito gorda também. - Lamentou e nós rimos.
- Vai ficar linda. - Falei e ela corou tanto! Logo começamos a falar sobre o pré-natal e ela disse que já marcou uma consulta com um obstetra que a ginecologista de sua mãe indicou. Vai ser amanhã. Minha mãe disse o quão importante é. Dona Marizete não se deu por satisfeita e levou Thaila para a cozinha, Bubu foi junto. Não gostei nada, mas também não disse nada. Eu quero fico com ela também! Só nós dois.
- Que cara emburrada é essa? - meu pai riu de leve.
- Eu também quero ficar com ela. - Bufei.
- Sua mãe é fogo! Talvez você consiga um tempo depois do almoço. - Meu pai está claramente se divertindo as minhas custas. Bufei de novo e levantei, subindo as escadas.
|| Thaila narrando. ||
Fiquei tão feliz quando Luan me ligou para dizer que sua família está nos apoiando. Ele disse que não se safou das repreensões, mas depois todos ficaram mais tranquilos. Falou que sua mãe chorou, completamente chocada, mas que depois ficou toda animadinha para saber o sexo do bebê. Um alívio enorme me tomou. Só meu pai que teve aquela reação horrorosa. Fui repreendida por todas as pessoas, todos que sabem, mas me deram palavras de apoio no fim. Mas ele não. Seu Humberto realmente me odeia.
- Você ainda não sentiu enjoo, Thaila? - Marizete perguntou, dividindo sua atenção entre o fogão e eu.
- Ainda não. - Sorri.
- Nossa, que sorte. Faz quanto tempo?
- Vai fazer um mês daqui a alguns dias.
- Vocês tiveram uma recaída a quase um mês e você não me disse nada! - Bru me olhou com os olhos encolhidos. Sorri um pouco sem graça.
- Bruna... - A olhei, totalmente sem graça, sem saber o que dizer. Marizete riu.
- Deixa ela, Bubu. - Minha ex sogra me defendeu. Amarildo logo apareceu e eu senti falta do Luan.
- Cadê o pi? - Bruna perguntou e eu olhei atenta, esperando a resposta.
- Subiu todo bicudo porque cês não deixaram ele passar um tempo com a Thaila. - Meu rosto queimou ao ouvir a risada das duas e meu coração explodiu de tanta alegria. As vezes dá vontade de encher aquele pé pão de beijo. Mas é melhor continuarmos como amigos. Não vou conseguir reatar sabendo que ele foi infiel.
- E você entrega ele assim? - Bru riu de leve e meu ex sogro deu de ombros.
- Tadinho. Ele ainda é doidinho por você. - Marizete me olhou.
- Gente, é um complô? - Fiz graça, para tentar aliviar minha tensão. Eles riram.
- A nossa torcida nunca foi segredo. - Bubu me olhou com seu sorriso de menina. Neguei com a cabeça e então mudaram de assunto. Entramos no assunto dos desejos novamente, o que levou ao assunto comida, que levou a família em Campo Grande, que levou a acontecimentos engraçados. E ainda levou a acontecimentos recentes deles lá, nada muito significativo. Quando me dei conta já haviam passado horas e eu perdi as contas de quantas vezes eu ri e quantos assuntos nós falamos.
- Está pronto. Só falta arrumar direitinho na mesa. - Marizete disse.
- Eu ajudo. - Bubu se dispôs e eu levantei para ajudar também.
- Não, você vai chamar o Luan. - Marizete sorriu.
- Vocês são fogo! - Logo me direcionei ao quarto dele, enquanto os três ficaram na cozinha com sorrisinhos nos rostos. Bati na porta do quarto uma vez.
- Pode entrar. - Ao entrar, me deparei com ele todo encolhidinho na cama. Meu coração reagiu, meu corpo reagiu. Ele não deveria mexer tanto comigo! Está de lado e de costas pra mim. Tão branquinho e grande, mas tão bebê!
- O almoço tá pronto. - Ele se virou e sorriu. Vi sua carinha de sono. - Tava dormindo? - Sorri, ridiculamente derretida. Ele fica ainda mais neném quando acorda.
- Acordei agorinha.
- Não te falta sono. - segurei o sorriso.
- Acordei cedo. - Se justificou, passando a mão pelos cabelos e eu acompanhei sua ação com os olhos.
- Devia ter ficado com a gente. - Me aproximei e sentei na ponta da cama. Me arrependi do que falei quando vi um sorriso malicioso surgindo em seus lábios.
- Sentiu minha falta? - Revirei os olhos.
- Você foi que ficou todo bicudo porque não me deixaram passar um tempo contigo. É um bebezão mesmo. - Ri de leve, virando o jogo.
- Quem te dis... Ah, meu pai. - Ele riu de leve. - Eu queria conversar, te olhar e ter tua atenção.
- Carente. - neguei com a cabeça.
- Muito carente, gatinha. Carente de você. - Fiz menção de levantar, quando percebi o rumo da conversa, mas ele foi mais rápido. Só registrei quando ele me abraçou por trás, já sentado na cama.
- Luan, me solta! - Dei um tapinha em suas mãos, pousadas em minha barriga. Ele nem me deu ouvidos e começou a acariciar minha barriga. Meu coração não suportou. Eu quase morri de amor.
- Será que vai puxar a você? - Puxou papo. Eu sei que ele quer me enrolar para continuar me abraçando por mais tempo, mas eu me permiti viver esse momento.
- Não sei. Mas eu não quero que tenha seus pés. - Ele gargalhou e meus ouvidos ouviram um dos melhores sons que existe.
- Você disse que eram fofinhos. É uma palavra broxante, tanto quanto bonitinhos. - Desta vez eu ri.
- Bobo. - Olhei suas mãos ainda se movendo em minha barriga.
- Será que vai demorar muito pra crescer?
- Não sei. - Senti ele cheirar meus cabelos. - Luan! - o repreendi novamente.
- Para de chatisse. - Sorriu contra meu pescoço.
- Ah, eu sou a chata? Me mandaram vir chamar você pro almoço, não pra você ficar tirando casquinha de mim.
- Eu? Que isso, Thaila. - Fingiu estar ofendido. Não consegui segurar a risada. Mordeu meu pescoço e eu me encolhi toda, sentindo uma dorzinha boa e um arrepio.
- Filho da mãe! - tentei me sair dos seus braços e só consegui porque ele permitiu.
- Agora eu tirei casquinha. - Levantei e o olhei, me deparando com ele já de joelhos na cama, me olhando com um sorriso sapeca. Lhe acertei um tapa no ombro e virei para sair. Pude ouvir sua gargalhada e logo ele ficou ao meu lado no corredor. - Quem mais já sabe do nosso bebê? - Vou ser julgada se eu soltar fogos internamente todas as vezes que ele falar da minha gravidez com tanto carinho?
- Todo mundo que é mais próximo.
- Seja especifica.
- Minha família, minhas amigas, a galera que é mais próxima de mim em Fortaleza. Minha mãe fez questão de dar a notícia a minhas tias maternas e paternas. - Ri de leve.
- Cê saiu daqui ontem a noite dizendo que só seus pais, seu irmão e as meninas sabiam. - Ele disse admirando.
- Luan, eu já disse que fui dormir bem tarde. Troquei mensagens com as pessoas. São meus amigos, eu quero dividir esse acontecimento.
- Cê parece tá feliz com a gravidez. - Nos deparamos com a escada e começamos a descer.
- Eu chorei muito quando descobri, mas receber tanto apoio tá me ajudando. Não tô pirando, até porque eu tento não pensar em tudo ao mesmo tempo que eu penso em tudo, entendeu? - Ele riu.
- Não, mas tudo bem. Nós vamos dar conta. Formamos uma boa dupla. - Erguei sua mão para mim e eu fiz o mesmo, batemos uma na outra. Sorri. Esse cara é demais!
- Quando cê vai viajar? - Perguntei, enquanto seguimos para a sala de jantar.
- Amanhã. - Me olhou. - Volto daqui a três dias.
- Precisamos conversar muito, combinar algumas coisas que são necessárias. - Ele assentiu.
- Quando você quiser, meu amor. - Piscou um olho e eu revirei os olhos, fingindo indiferença. Mas a verdade é que eu fico imensamente boba. Nos juntamos a sua família, que não fizeram nenhum comentário que me deixasse constrangida. Ainda bem. Durante o almoço, eu voltei no tempo. Até pareceu dias de meses atrás. Eu namorando o Luan e passando um tempo com ele e sua família. Quando acabamos a refeição eu tive uma irrelevante discussão com Marizete e Amarildo. Eu queria ajudar, lavar a louça, ou secar, mas ele me impediram e Luan me arrastou lá pra cima. Para a parte da piscina, deixando claro para sua família que precisamos conversar. Ele não disse de maneira maliciosa e sua família não entende mal. Realmente temos o que conversar e eles sabem disso. Sentamos na beira da piscina, em posição de indiozinho.
- Seus pais não me deixam ajudar. A gravidez não tá me deixando inválida. - Reclamei.
- Para de fizer bico! - ele riu.
- Não tô fazendo bico! - protestei.
- Agora tá ainda maior. - Continuou rindo de mim.
- Vai se ferrar, Luan! - Olhei para a piscina.
- Uma das questões que precisamos discutir é quando comunicar a imprensa. - Ele foi ao assunto que interessa, assumindo uma postura séria. O olhei.
- Conversei com minha mãe sobre isso. Ela acha melhor contar depois de eu estar com três meses, mas eu quero contar logo. Essas coisas vazam com uma facilidade enorme e se não sair de você, vão distorcer.
- O que você não quer que saia distorcido?
- Que voltamos. - Ele ergueu as sobrancelhas, tentando disfarçar que ficou um tanto chateado.
- Isso te incomoda tanto?
- Luan, não me entenda mal. Só não quero mentiras. Somos amigos e só isso. Você sabe.
- Sei, apesar de não ser algo que eu queira. - Olhou para a piscina. Suspirei. Ele não facilita.
- Você errou comigo. Foi você.
- Você não sabe de nada. - Me olhou com o maxilar tenso.
- Então me diz. - Ergui as sobrancelhas.
- Agora não. - Ele mordeu o lábio inferior. - Mais pra frente eu juro que te explico tudo. - Assenti, não querendo saber dos detalhes. Ele me traiu e por mais que eu não saiba dos detalhes, isso dói. E ele ainda quer justificar mais pra frente.
- Então é isso. Cê pode comunicar a imprensa. Estou grávida, mas nós continuamos apenas amigos. - Ele assentiu.
- Vou falar com meu pai e Lelê. Vou ver se ele pode viajar comigo amanhã para termos uma reunião.
- Tá.
- E sua faculdade? - Me olhou com um carinho quase palpável.
- Vou continuar até quando der. - Sorri e ele sorriu também.
-Depois cê pode concluir. Só vai adiar seu sonho, mas vai realizar. Tá bom? - Assenti. Ele é incrível, muito incrível. - Tá me olhando assim porque? - riu de leve e eu desviei o olhar dele rapidamente.
- Tô olhando normal. - Droga, tenho que parar de parecer uma boba apaixonada!
- Apesar de tudo, seu pai vai continuar responsável por suas despesas, assim cê pode continuar a faculdade. - Voltou ao assunto.
- Eu ainda não tinha falado, mas ele não vai continuar. Cortou tudo.
- O que? - Me olhou surpreso.
- É, mas meu irmão vai pagar. Eu não quero depender dele... - Antes de eu continuar ele me interrompeu.
- Eu pago. Você é a mãe do meu filho.
- Ou filha e não, eu não quero depender de você.
- Ah, então cê vai fazer o que? - Falou em tom de deboche.
- Vou trabalhar! - Rebati.
- Trabalhar e estudar, Thaila? Você não deve ficar se sobrecarregando.
- Gravidez não é doença. - Ele suspirou.
- Amor, por favor. - Apelou e meu coração palpitou.
- Amor é o caralho. - Ele riu, enquanto eu continuei séria.
- Com o que cê vai trabalhar?
- Não sei, mas vou dar um jeito.
- Uhum, tá. - Falou desacreditado.
- Cê acha que eu sou incapaz? - Fiquei irritada. Ele se inclinou em minha direção ficando com o rosto mais próximo ao meu.
- Eu acho você linda, uma gata. E muito, muito inteligente, mas teimosa.
- Não sou teimosa. - ele voltou a sua postura normal.
- É sim. Me deixa cuidar de vocês. Eu vou ficar preocupado se você começar a trabalhar e estudar, enquanto eu tô longe. Isso vai te deixar exausta. E o máximo que você pode conseguir com um emprego e pagar a mensalidade da sua faculdade. - Bufei. Ele tem razão.
- Meu irmão vai pagar então.
- Puta que pariu! - se irritou.
- Ou é isso, ou eu vou trabalhar e viver como eu conseguir.
- Você é uma chantagista. - Me olhou bravo e eu sorri. Apertei suas bochechas. - Pode dar um beijinho também. - Fez um biquinho lindo e eu gargalhei. Ele não perde uma! Continuamos conversando o que é necessário e vez ou outra ele fazia gracinhas, ou me olhava intensamente, me deixando sem graça. Nunca vou admitir pra ninguém que estou amando passar mais tempo com ele. Sou uma corna idiota.
OIIIIIIIIIIII lindas! Casalzão heinnn?! Passaram um tempo juntos e claramente ainda se amam. Luan tá dando umas entradinhas e a família tá ajudanuuuu! Thaila está se mostrando amigável, mas apenas isso. Até agora né?! Ninguém sabe mais pra frente... O que vcs achammm? Gostaram?
Comentários respondidooooos!
Bjs, Jéssica.
Fiquei tão feliz quando Luan me ligou para dizer que sua família está nos apoiando. Ele disse que não se safou das repreensões, mas depois todos ficaram mais tranquilos. Falou que sua mãe chorou, completamente chocada, mas que depois ficou toda animadinha para saber o sexo do bebê. Um alívio enorme me tomou. Só meu pai que teve aquela reação horrorosa. Fui repreendida por todas as pessoas, todos que sabem, mas me deram palavras de apoio no fim. Mas ele não. Seu Humberto realmente me odeia.
- Você ainda não sentiu enjoo, Thaila? - Marizete perguntou, dividindo sua atenção entre o fogão e eu.
- Ainda não. - Sorri.
- Nossa, que sorte. Faz quanto tempo?
- Vai fazer um mês daqui a alguns dias.
- Vocês tiveram uma recaída a quase um mês e você não me disse nada! - Bru me olhou com os olhos encolhidos. Sorri um pouco sem graça.
- Bruna... - A olhei, totalmente sem graça, sem saber o que dizer. Marizete riu.
- Deixa ela, Bubu. - Minha ex sogra me defendeu. Amarildo logo apareceu e eu senti falta do Luan.
- Cadê o pi? - Bruna perguntou e eu olhei atenta, esperando a resposta.
- Subiu todo bicudo porque cês não deixaram ele passar um tempo com a Thaila. - Meu rosto queimou ao ouvir a risada das duas e meu coração explodiu de tanta alegria. As vezes dá vontade de encher aquele pé pão de beijo. Mas é melhor continuarmos como amigos. Não vou conseguir reatar sabendo que ele foi infiel.
- E você entrega ele assim? - Bru riu de leve e meu ex sogro deu de ombros.
- Tadinho. Ele ainda é doidinho por você. - Marizete me olhou.
- Gente, é um complô? - Fiz graça, para tentar aliviar minha tensão. Eles riram.
- A nossa torcida nunca foi segredo. - Bubu me olhou com seu sorriso de menina. Neguei com a cabeça e então mudaram de assunto. Entramos no assunto dos desejos novamente, o que levou ao assunto comida, que levou a família em Campo Grande, que levou a acontecimentos engraçados. E ainda levou a acontecimentos recentes deles lá, nada muito significativo. Quando me dei conta já haviam passado horas e eu perdi as contas de quantas vezes eu ri e quantos assuntos nós falamos.
- Está pronto. Só falta arrumar direitinho na mesa. - Marizete disse.
- Eu ajudo. - Bubu se dispôs e eu levantei para ajudar também.
- Não, você vai chamar o Luan. - Marizete sorriu.
- Vocês são fogo! - Logo me direcionei ao quarto dele, enquanto os três ficaram na cozinha com sorrisinhos nos rostos. Bati na porta do quarto uma vez.
- Pode entrar. - Ao entrar, me deparei com ele todo encolhidinho na cama. Meu coração reagiu, meu corpo reagiu. Ele não deveria mexer tanto comigo! Está de lado e de costas pra mim. Tão branquinho e grande, mas tão bebê!
- O almoço tá pronto. - Ele se virou e sorriu. Vi sua carinha de sono. - Tava dormindo? - Sorri, ridiculamente derretida. Ele fica ainda mais neném quando acorda.
- Acordei agorinha.
- Não te falta sono. - segurei o sorriso.
- Acordei cedo. - Se justificou, passando a mão pelos cabelos e eu acompanhei sua ação com os olhos.
- Devia ter ficado com a gente. - Me aproximei e sentei na ponta da cama. Me arrependi do que falei quando vi um sorriso malicioso surgindo em seus lábios.
- Sentiu minha falta? - Revirei os olhos.
- Você foi que ficou todo bicudo porque não me deixaram passar um tempo contigo. É um bebezão mesmo. - Ri de leve, virando o jogo.
- Quem te dis... Ah, meu pai. - Ele riu de leve. - Eu queria conversar, te olhar e ter tua atenção.
- Carente. - neguei com a cabeça.
- Muito carente, gatinha. Carente de você. - Fiz menção de levantar, quando percebi o rumo da conversa, mas ele foi mais rápido. Só registrei quando ele me abraçou por trás, já sentado na cama.
- Luan, me solta! - Dei um tapinha em suas mãos, pousadas em minha barriga. Ele nem me deu ouvidos e começou a acariciar minha barriga. Meu coração não suportou. Eu quase morri de amor.
- Será que vai puxar a você? - Puxou papo. Eu sei que ele quer me enrolar para continuar me abraçando por mais tempo, mas eu me permiti viver esse momento.
- Não sei. Mas eu não quero que tenha seus pés. - Ele gargalhou e meus ouvidos ouviram um dos melhores sons que existe.
- Você disse que eram fofinhos. É uma palavra broxante, tanto quanto bonitinhos. - Desta vez eu ri.
- Bobo. - Olhei suas mãos ainda se movendo em minha barriga.
- Será que vai demorar muito pra crescer?
- Não sei. - Senti ele cheirar meus cabelos. - Luan! - o repreendi novamente.
- Para de chatisse. - Sorriu contra meu pescoço.
- Ah, eu sou a chata? Me mandaram vir chamar você pro almoço, não pra você ficar tirando casquinha de mim.
- Eu? Que isso, Thaila. - Fingiu estar ofendido. Não consegui segurar a risada. Mordeu meu pescoço e eu me encolhi toda, sentindo uma dorzinha boa e um arrepio.
- Filho da mãe! - tentei me sair dos seus braços e só consegui porque ele permitiu.
- Agora eu tirei casquinha. - Levantei e o olhei, me deparando com ele já de joelhos na cama, me olhando com um sorriso sapeca. Lhe acertei um tapa no ombro e virei para sair. Pude ouvir sua gargalhada e logo ele ficou ao meu lado no corredor. - Quem mais já sabe do nosso bebê? - Vou ser julgada se eu soltar fogos internamente todas as vezes que ele falar da minha gravidez com tanto carinho?
- Todo mundo que é mais próximo.
- Seja especifica.
- Minha família, minhas amigas, a galera que é mais próxima de mim em Fortaleza. Minha mãe fez questão de dar a notícia a minhas tias maternas e paternas. - Ri de leve.
- Cê saiu daqui ontem a noite dizendo que só seus pais, seu irmão e as meninas sabiam. - Ele disse admirando.
- Luan, eu já disse que fui dormir bem tarde. Troquei mensagens com as pessoas. São meus amigos, eu quero dividir esse acontecimento.
- Cê parece tá feliz com a gravidez. - Nos deparamos com a escada e começamos a descer.
- Eu chorei muito quando descobri, mas receber tanto apoio tá me ajudando. Não tô pirando, até porque eu tento não pensar em tudo ao mesmo tempo que eu penso em tudo, entendeu? - Ele riu.
- Não, mas tudo bem. Nós vamos dar conta. Formamos uma boa dupla. - Erguei sua mão para mim e eu fiz o mesmo, batemos uma na outra. Sorri. Esse cara é demais!
- Quando cê vai viajar? - Perguntei, enquanto seguimos para a sala de jantar.
- Amanhã. - Me olhou. - Volto daqui a três dias.
- Precisamos conversar muito, combinar algumas coisas que são necessárias. - Ele assentiu.
- Quando você quiser, meu amor. - Piscou um olho e eu revirei os olhos, fingindo indiferença. Mas a verdade é que eu fico imensamente boba. Nos juntamos a sua família, que não fizeram nenhum comentário que me deixasse constrangida. Ainda bem. Durante o almoço, eu voltei no tempo. Até pareceu dias de meses atrás. Eu namorando o Luan e passando um tempo com ele e sua família. Quando acabamos a refeição eu tive uma irrelevante discussão com Marizete e Amarildo. Eu queria ajudar, lavar a louça, ou secar, mas ele me impediram e Luan me arrastou lá pra cima. Para a parte da piscina, deixando claro para sua família que precisamos conversar. Ele não disse de maneira maliciosa e sua família não entende mal. Realmente temos o que conversar e eles sabem disso. Sentamos na beira da piscina, em posição de indiozinho.
- Seus pais não me deixam ajudar. A gravidez não tá me deixando inválida. - Reclamei.
- Para de fizer bico! - ele riu.
- Não tô fazendo bico! - protestei.
- Agora tá ainda maior. - Continuou rindo de mim.
- Vai se ferrar, Luan! - Olhei para a piscina.
- Uma das questões que precisamos discutir é quando comunicar a imprensa. - Ele foi ao assunto que interessa, assumindo uma postura séria. O olhei.
- Conversei com minha mãe sobre isso. Ela acha melhor contar depois de eu estar com três meses, mas eu quero contar logo. Essas coisas vazam com uma facilidade enorme e se não sair de você, vão distorcer.
- O que você não quer que saia distorcido?
- Que voltamos. - Ele ergueu as sobrancelhas, tentando disfarçar que ficou um tanto chateado.
- Isso te incomoda tanto?
- Luan, não me entenda mal. Só não quero mentiras. Somos amigos e só isso. Você sabe.
- Sei, apesar de não ser algo que eu queira. - Olhou para a piscina. Suspirei. Ele não facilita.
- Você errou comigo. Foi você.
- Você não sabe de nada. - Me olhou com o maxilar tenso.
- Então me diz. - Ergui as sobrancelhas.
- Agora não. - Ele mordeu o lábio inferior. - Mais pra frente eu juro que te explico tudo. - Assenti, não querendo saber dos detalhes. Ele me traiu e por mais que eu não saiba dos detalhes, isso dói. E ele ainda quer justificar mais pra frente.
- Então é isso. Cê pode comunicar a imprensa. Estou grávida, mas nós continuamos apenas amigos. - Ele assentiu.
- Vou falar com meu pai e Lelê. Vou ver se ele pode viajar comigo amanhã para termos uma reunião.
- Tá.
- E sua faculdade? - Me olhou com um carinho quase palpável.
- Vou continuar até quando der. - Sorri e ele sorriu também.
-Depois cê pode concluir. Só vai adiar seu sonho, mas vai realizar. Tá bom? - Assenti. Ele é incrível, muito incrível. - Tá me olhando assim porque? - riu de leve e eu desviei o olhar dele rapidamente.
- Tô olhando normal. - Droga, tenho que parar de parecer uma boba apaixonada!
- Apesar de tudo, seu pai vai continuar responsável por suas despesas, assim cê pode continuar a faculdade. - Voltou ao assunto.
- Eu ainda não tinha falado, mas ele não vai continuar. Cortou tudo.
- O que? - Me olhou surpreso.
- É, mas meu irmão vai pagar. Eu não quero depender dele... - Antes de eu continuar ele me interrompeu.
- Eu pago. Você é a mãe do meu filho.
- Ou filha e não, eu não quero depender de você.
- Ah, então cê vai fazer o que? - Falou em tom de deboche.
- Vou trabalhar! - Rebati.
- Trabalhar e estudar, Thaila? Você não deve ficar se sobrecarregando.
- Gravidez não é doença. - Ele suspirou.
- Amor, por favor. - Apelou e meu coração palpitou.
- Amor é o caralho. - Ele riu, enquanto eu continuei séria.
- Com o que cê vai trabalhar?
- Não sei, mas vou dar um jeito.
- Uhum, tá. - Falou desacreditado.
- Cê acha que eu sou incapaz? - Fiquei irritada. Ele se inclinou em minha direção ficando com o rosto mais próximo ao meu.
- Eu acho você linda, uma gata. E muito, muito inteligente, mas teimosa.
- Não sou teimosa. - ele voltou a sua postura normal.
- É sim. Me deixa cuidar de vocês. Eu vou ficar preocupado se você começar a trabalhar e estudar, enquanto eu tô longe. Isso vai te deixar exausta. E o máximo que você pode conseguir com um emprego e pagar a mensalidade da sua faculdade. - Bufei. Ele tem razão.
- Meu irmão vai pagar então.
- Puta que pariu! - se irritou.
- Ou é isso, ou eu vou trabalhar e viver como eu conseguir.
- Você é uma chantagista. - Me olhou bravo e eu sorri. Apertei suas bochechas. - Pode dar um beijinho também. - Fez um biquinho lindo e eu gargalhei. Ele não perde uma! Continuamos conversando o que é necessário e vez ou outra ele fazia gracinhas, ou me olhava intensamente, me deixando sem graça. Nunca vou admitir pra ninguém que estou amando passar mais tempo com ele. Sou uma corna idiota.
OIIIIIIIIIIII lindas! Casalzão heinnn?! Passaram um tempo juntos e claramente ainda se amam. Luan tá dando umas entradinhas e a família tá ajudanuuuu! Thaila está se mostrando amigável, mas apenas isso. Até agora né?! Ninguém sabe mais pra frente... O que vcs achammm? Gostaram?
Comentários respondidooooos!
Bjs, Jéssica.
Um casalzão desses ein?! Amoooo dms!!!! 😍 Já quero maaaaaiss
ResponderExcluirPois tome mais capítulo com o casalzãoooo!
ExcluirEspero que o Luan conte logo pra ela. Eles precisam ficar logo juntos, é seu Humberto tem que aceitar logo isso. Ê quero que seja uma menininha, luan vai ficar tão bobo. Continua logo mulher, não demora! Tá muito boa a fanfic.
ResponderExcluirhahahaha quer muitas coisa hein?! Tudo vai terminar muuuuito bem! Desculpa a demora. Obrigadaa, fico feliz que goste!
ExcluirSaca só esse casaaaaal, meu Deus do céu
ResponderExcluirContinuaaaaa, pfv pfv pfv
Já num tem mais coração que aguente hein?! hahaha
ExcluirAi eu vou passar mal
ResponderExcluirUltimamente tu tá desse jeito hahaha Segura essa barra que é shippar o casal!
ExcluirComo querer um Casal desses separado ?! Amo muito. To que nem a Bruna doida pra ver o barrigão
ResponderExcluirQuem quer né?! Vou te contar uma coisa: Já tenho fotos dela com barriguinhaaa de grávida.
ExcluirHahahahahaha Luan não perde a oportunidade, isso aí!
ResponderExcluirO menino é esperto, entende dos negócios hahaha
ExcluirAmeeeei essa capítulo quero meu casal mais juntos 😍😍😍❤
ResponderExcluirPróximo cap tem eles juntosss, num perde tempo!
ExcluirAiii como eu amo esse casal! ♥
ResponderExcluirÉ um amorzinho danadoooo!
ExcluirJunta eles rápido de novo...
ResponderExcluirE O Luan tem q contar logo a verdade porque quanto mais tarde pior vale mais ela saber por ele do que por outros...
E tem q ser uma menina parecida ao pai e a doçura da mae
continua rápido e se possível posta todos os dias sff é que a historia esta cada dia mais viciante
Queria mtoooo postar todos os dias como no início. Infelizmente tá sendo quase impossível. Quero que vicie maissss! hahaha
ExcluirCadê o capítulo quer me matar mulher .
ResponderExcluirMulher, tu já passou mal tantas vezes, não morre mais hahahaha
ExcluirAo vc poderia postar um capítulo por dia. É muita ansiedade pra sabe o que vai acontece.
ResponderExcluirEu queria muito, vcs nem imaginam
ExcluirCADÊ VCCVV
ResponderExcluirTÔ AQUIIIIII hahahahhahaha
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