" Foi cada modão hoje hein?! "
Wesley, Matheus e Kauan também postaram essa fotos. Curti e continuei olhando outras publicações.
- Tem alguém que vai pra segunda consulta amanhã. - Ouvi a voz de Luan e o olhei. Ele está com o celular em minha direção de novo.
- Gravando de novo? - eu ri e ele também.
- É pro insta. Fala aí, como tá se sentindo? Ansiosa? - Concordei com a cabeça, sem parar de sorrir. - Eu nem tô nervoso, tô de boa. - Ele ironizou e eu gargalhei, ele acabou rindo junto, encerrando o vídeo.
- Cê tá nervoso porque? - Perguntei, enquanto ele posta.
- É a primeira vez que eu vou, uai. Quero fazer umas perguntas e não faço ideia do que vai acontecer lá. - Ri de leve.
- Certeza que vai postar esse vídeo?
- É no stories do instagram.
- Eu sei, mas você sabe como são as fãs...
- Já postei. - deu de ombros. - Não tem nada demais. Somos amigos e elas sabem disso.
- Uhum, tá. Você gosta é de colocar lenha na fogueira. - Ele riu despreocupado. Me agarrou de repente, me apertando. - Para! - gritei, sorrindo. Romeu latiu e quando Luan se afastou, ele parou.
- Ciúmes? Qual é, cara! Sou seu pai. - Luan começou a conversar com o cachorro e eu ri. De repente, senti um enjoo. Não foi nada crescente, veio com força total, do nada. Levantei as pressas e corri para o banheiro. Levantei a tampa do vaso e comecei a despejar o que comi. Senti Luan segurando meus cabelos, enquanto eu vomito sem parar. É horrível, até parece que minhas tripas vão ser despejadas também. Meus olhos encheram de lágrimas quando enfim, o vômito acabou. Sem olhar Luan, segui até a pia e lavei minha boca. - É a primeira vez também? - Assenti, sentindo lágrimas rolando por meu rosto. É terrível! Vomitar suga todas as suas forças, me sinto doente. - Ei, vem cá. - Me puxou delicadamente para seus braços e então meu choro ganhou som. - Tá tudo bem. - Ele acariciou meus cabelos. - Você exagerou nas cocadas. É só não fazer mais. - Apertei mais em braços em volta dele. - Tô aqui. Tô com você, Thaila. - Beijou meus cabelos, fazendo eu me sentir um pouco melhor.
- Obrigada. - Funguei.
- Vamos voltar pra cama? Você não parou em casa o dia todo. Amanhã tem faculdade e ainda tem a consulta. - Ele me tratou como uma criança e desta vez eu não me importei. Caminhamos ainda abraçados de lado e vi Romeu nos olhar como quem não entende nada. Esbocei um sorriso. Esse bichinho realmente é lindo! Deitei na cama e Luan permaneceu sentado, colocando a coberta sobre mim.
- E você? - Perguntei, sentindo meu choro cessar.
- Eu o que?
- Não vai deitar? - Eu nem me importei em como ele pode interpretar meu pedido. Eu só preciso ser cuidada agora.
- Você quer que eu fique? - Assenti e então ele sorriu, deitando-se ao meu lado. - Vem, pode chegar pertinho. Vou colocar minhas crianças enjoadas pra dormir. - Ri da maneira que ele se referiu ao nosso bebê e eu. Me aconcheguei em seu corpo, pousando meu rosto em seu pescoço, sentindo um cafuné gostoso em meus cabelos. Tenho absoluta certeza de que ele não vai dormir agora. Já eu, dormi dentro de alguns minutos com Luan ao meu lado, Romeu do outro e minha criança em meu ventre.
...No dia seguinte...
Acordei com o celular despertando. Quase todos os dias é isso. Senti Luan quase me sufocando com seu corpo e sorri. Eu gosto tanto disso! Acariciei seus cabelos e ele aninhou ainda mais a cabeça entre meus seios, senti uma dorzinha, mas nada demais.
- Luan? - chamei com a voz rouca e ele me olhou assustado, sem entender nada direito.
- Tá sentindo alguma coisa? - Como não amar essa pessoa? Sorri.
- Não, eu só preciso levantar.
- Já? - franziu a testa.
- É. Tenho academia pra ir e faculdade.
- Certeza que quer ir? Tá se sentindo bem mesmo?
- Juro que tô. - Ele me avaliou pra saber se estou mesmo sendo sincera.
- Tá. Qualquer coisa me liga. Qualquer coisa mesmo. - Assenti e então ele me liberou, deitando-se ao meu lado. - Bom dia, bundunda! - Falou quando eu levantei, o olhei e vi seus olhos em meu traseiro.
- Toma jeito! - Ri dele, que sorriu lindamente, voltando a fechar os olhos.
Depois das higienes matinais, segui para minha rotina. Academia, risadas com Vinícius, começando bem meu dia. Logo depois, eu fui para a faculdade e amo ser bajulada por todos, que acariciam minha barriga e perguntam se estamos bem. Fico imaginando quando minha barriga já estiver maiorzinha. Até agora não tem nada de diferente. Já na saída, comentei sobre meu enjoo com Mathias e Vivi.
- Nossa, o Luan é muito fofo! - Minha amiga disse, encantada.
- Mas fez o que fez. - Mathias lembrou. É exatamente como minha cabeça fica. Um lado encantado, o outro não esquece o que aconteceu.
- É, mas enfim, foi muito ruim. - Fiz careta.
- Tadinha da minha criança. - Mathias me abraçou e eu sorri.
- Eu vou ser mãe! Para de me chamar assim! - Exigi, brincando. E ele riu.
- Tu nunca vai deixar de ser minha criança.
- Amiga, mais tarde conta pra mim como foi a consulta. - Vivi pediu e Mathias desfez o abraço.
- Tá, eu conto. Tô animada. - Sorri e eles também.
- Imagina quando tiver com um barrigão?! - Mathias falou.
- Eu quero mesmo é ver o rostinho. - Falei.
- Onw! Eu também! Vai ser lindo, ou linda. - Vivi disse.
- E o nome? Já falaram sobre isso? - Meu amigo quis saber.
- Ainda não. Vamos deixar pra decidir depois de descobrirmos o sexo do bebê.
- Ah sim. Então, meu amor, boa consulta. - Mathias me abraçou novamente.
- Obrigada. - Em seguida Vivi me abraçou também.
- Boa consulta, mamãe. - Sorri e agradeci novamente. Eu contei sobre minha recaída mais recente e achei lindo nenhum dos dois me julgar. Quando falei para Vini mais cedo na academia, ele fez uma careta. Não foi preciso palavras pra eu entender que ele não aprovou o que aconteceu. Nem eu mesma aprovo. É muito complicado! Voltei pra casa e encontrei tudo muito silencioso. Se Luan ainda estiver dormindo, eu não vou me surpreender. Depois de jogar minha bolsa no sofá, segui para meu quarto. Ao abrir a porta, encontrei ele ainda embolado na coberta, brincando com Romeu.
- Olha só quem chegou! - Ele disse e então o cachorrinho pulou da cama, correndo em minha direção.
- Oi, meu amor! Sentiu saudade? - O peguei em meus braços. - Como foi a manhã, filho? Não me diga que você é dorminhoco igual aquele ali. - Sorri.
- Ei, me deixa! - Luan riu e eu beijei repetidas vezes meu bichinho, o colocando no chão em seguida.
- Como você guarda tanto sono?
- O estoque parece infinito. - Ele brincou e eu sentei na cama.
- Bobão.
- Como cês tão?
- Bem. Precisamos comer e ir a consulta.
- Eu não esqueci disso um segundo. - Ri de sua ansiedade. Levantou-se e enquanto eu fui para a cozinha, ele fez suas higienes matinais. Quando voltou, ficou fazendo graça o tempo todo. Fiz uma comidinha rápida e ele me ajudou. Comemos e em seguida fomos para a consulta.
Ao entrar na sala da doutora, eu conseguia ouvir as batidas do meu coração. Agora sim estou ansiosa.
- Oi papai e mamãe! - A doutora falou de forma meiga.
- Oi! - Luan e eu respondemos em uníssono.
- Podem sentar. - Assim fizemos. - Não sabia que Luan Santana vai ser pai!
- É, não tava planejando isso, mas tô muito feliz.
- Com certeza vai ser uma criança linda!
- Obrigada. - Agradeci sorrindo.
- Vamos ao que interessa? Preciso ver seus exames. Sua doutora de São Paulo me passou tudo que aconteceu na consulta e como vocês estavam. - Assenti e abri a bolsa, pegando os exames. Esperamos um tempinho, ela analisando um por um. Em seguida ela disse que está tudo bem e então começou a nos passar uma série de informações: estilos de vida saudável, sinais de alerta e de aborto, suplementação com ferro elementar (30-60mg/dia). Luan e eu ouvimos tudo atentamente.
- Não dei conta de guardar tudo isso. - Ele disse por fim e a doutora riu.
- Compreensivo. Eu posso imprimir um papel com uma lista do que é essencial.
- Ai, obrigada! - Suspirei aliviada e ela riu mais uma vez. É tão simpática!
- Agora eu vou passar mais alguns exames pra você. - Assenti. Droga, mais exames! Ela começou a falar novamente e explicar qual a necessidade e importância de cada um deles. Me pesou, fez o exame de toque no útero e disse que eu estava uma gravidinha perfeita. Fiquei toda boba! - E agora, temos que fazer um último passo de hoje. Pode deitar-se ali - Apontou para outra especie de cama que eu já conheço, ela fica perto de um aparelho. Fiz como a doutora disse, mesmo um pouco sem graça de estar com uma especie de vestido azul bem transparente que ela pediu pra eu vestir. - O pai ficou no exame de toque, então também vai ficar agora não é?! - Sei que é porque vou ficar com meu sexo exposto como na hora que ela enfiou dois dedos em mim.
- Sim, ele fica. - Sorri. Não vou privar Luan desses momentos, mesmo que não sejamos mais um casal.
- Bom, provavelmente não vamos conseguir ouvir o coração, ainda é muito cedo, mas podemos ver o bebezinho de vocês por aqui. - Apontou para a tela. É uma ultrassonografia! Percebi que Luan perdeu a língua faz tempo, está atento a tudo, mas não fala nada. Tadinho, acho que está muito surpreso com tantos cuidados que envolvem uma gravidez.
- Que massa! - Ele sorriu grandemente. Até que enfim uma frase! - Me dá sua mão. - Logo ficamos com as mãos entrelaçadas e meu vestido foi afastado para os lado, ele tem uma abertura na frente. Fiquei exposta e constrangida. Então ela começou a passar um treco em minha barriga, um gel se espalhando, uma sensação boa e então um som invadiu o quarto. Tum, tum, tum, tum. Tão aceleradinho! Meus olhos encheram de lágrimas e eu olhei Luan. Ele está perplexo.
- Olha só! Tá batendo muito bem! - A doutora comemorou. Luan continua sem reação, mas seus olhos já estão repletos de lágrimas também. Tanto ele quanto eu, somos emoção agora. Somente emoção. Agora parece ainda mais real. Um coração além do meu batendo dentro de mim.
- Ah, cara! - Ele sussurrou e colocou sua mão sobre os olhos. Apertei sua mão, sorrindo.
- Estão vendo essa coisinha pequena? - A doutora apontou e então voltamos nossa atenção para a tela.
- Sim. - Luan e eu respondemos com a voz embargada.
- É o filhinho, ou filhinha de vocês. - Suspirei de forma audível. É tanta emoção! Meu coração nunca esteve tão alegre e agora eu posso afirmar com toda a certeza do mundo: meu coração nunca sentiu amor dessa maneira. Tão forte, feroz! É meu bebê e eu vou proteger com minha vida.
- Obrigado por isso. - Luan agradeceu e eu o olhei. Vi lágrimas em seu rosto.
- Eu que agradeço. - Ele beijou minha testa.
- Vocês formam um lindo casal. Essa criança vai ter sorte de ter pais que se amam tanto. - A doutora falou inocentemente. Não explicamos nossa situação, ela não sabe de nada. Sorri sem graça. - Acabamos por aqui. Você pode se trocar, mamãe. E então vamos sentar e vocês podem tirar suas dúvidas. Tem lenço na mesa, papai. - Olhei Luan e vi ele ainda chorando silenciosamente. Levantei e o abracei forte, passando os braços em volta de suas costas, ele passou os dele em volta de meu pescoço. E então seu choro ganhou som.
- Eu sei, é forte né?! Parece que é um amor maior que nós. - Acariciei suas costas.
- Eu nunca senti isso. É a coisa mais linda que eu já vivi e senti. - Por um momento a doutora deixou de existir, formamos nossa bolha e não existia nada e nem ninguém em volta. Só nós, o som do coração do nosso bebê ainda fresco em nossos pensamentos e o amor por ele, ou ela, fazendo o coração saltitar e as emoções aflorarem. Beijei sua bochecha longamente, repetidas vezes. - Vai lá se trocar. - Desfez o abraço. Enxuguei suas lágrimas.
- Seu lindo! - Não resisti em dizer e ele riu de leve, dando uma fungada.
- Vou precisar de um lenço, doutora. - E então voltamos a nos dar conta de onde ainda estamos.
- Claro, fique a vontade. - Ela disse, já sentada em sua cadeira, olhando alguns papeis. Segui para a pequena cabine para trocar de roupa e quando voltei, Luan já estava com o choro cessado, mas a pontinha do nariz permaneceu vermelhinha. Quando começamos a tirar as dúvidas ele disparou. Eu fiz algumas, mas ele perguntava sem parar. Só mostra mais uma vez o quão cuidadoso ele é. Por fim, eu não poderia sair sem fazer uma pergunta.
- Luan, preciso falar com ela rapidinho. Encontro você lá fora. - O olhei, após ele se despedir da doutora.
- Tá. - Vi que ele está claramente confuso, mas eu não poderia perguntar isso na frente dele.
- O que aconteceu? - Ela perguntou sorridente, quando ele fechou a porta.
- É que eu ando sonhando umas coisa esquisitas. Sonhos eróticos. Todos os dias. É normal? - perguntei, sentindo meu rosto queimar. Ela riu de leve.
- Os sonhos estranhos na gravidez são resultado de um aumento hormonal considerável. Então podemos dizer que a culpa é toda dos níveis de progesterona e estrogênio que estão em um pico constante e cada vez mais alto. Então fica tranquila, é normal.
- Então não tem nada que possa evitar?
- Não. Mas não são pesadelos, não é tão ruim. - Ah é muito ruim! Você nem imagina o quanto. Sorri de lado.
- Obrigada. Fiquei sem graça de perguntar na frente dele.
- Entendo. - Agradeci pelo excelente atendimento e em seguida encontrei Luan.
- Segredinho com a médica? - Sabia que ele iria perguntar.
- Era coisa íntima, não ia perguntar na sua frente. - Ele ergueu as sobrancelhas como se eu tivesse acabado de falar um absurdo.
- Como se a gente não tivesse intimidade. - Alfinetou
- Vamos embora. - Segurei seu braço e então caminhamos até o estacionamento. Lembrei do dia que fui fazer o exame para saber se estava grávida. Senti inveja da moça com o companheiro ao lado. Agora é bom saber que tenho Luan comigo. Mesmo que por agora nossa relação não passe de amizade, sem que posso contar com ele e isso é extremamente importante e tranquilizador. Entramos no carro e fomos ouvindo música. Cada um perdido nos próprios pensamentos. Foi uma experiência tão grandiosa, tão especial. Ouvir o coraçãozinho realmente mexeu com tudo em mim e em Luan também. Me sinto outra pessoa depois do que passei hoje. Há mais amor em mim. Um amor tão arrebatador! E é pelo serzinho que carrego comigo.
Entramos em meu apartamento e Romei nos recebeu animado.
- Tá tudo bem com seu irmão, garoto. - Luan comunicou, o pegando nos braços.
- Você sentiu nossa falta, amorzinho? - Me aproximei, o acariciando.
- Sentiu né, folgado?! Mas ó, vou te dizer, papai vai embora hoje. Mas volta logo. - Sorri. Ele não pode ser menos lindo? Um tiquinho pelo menos?
- Vamos esperar você, né Romeu? - e então meu cachorrinho latiu como quem concorda. Luan sorriu, o colocando no chão. - Tô com vontade de comer doce.
- Desejo de novo? - Me olhou sorrindo.
- Acho que não. Não é tão forte quanto da outra vez. - Caminhei até a cozinha e ele veio atrás. Vi ele me observando comer o doce caseiro que tirei da geladeira. Ele me olha com tanto amor, isso alimenta minha alma, minha alto estima. - Quer? - Ele negou.
- Não vai exagerar. - Pediu e eu assenti.
- Que dia hein?!
- É. Inesquecível! Ainda tô anestesiado. - Concordei.
- Eu tô morrendo de sono. - Larguei o doce e ele riu.
- Cê não sabe o que quer.
- Claro que sei. Queria doce e comi, agora quero dormir e mais tarde preciso estudar.
- Tá. No fim da tarde eu vou embora. - Meu coração doeu.
- Quer saber? Mudança de planos. Vou dormir depois. - Ele sorriu e então eu coloquei o doce na geladeira novamente. - Filme?
- Topo demais!
- No meu quarto, porque minha é mais confortável que o sofá. - Comuniquei e ele simplesmente concordou. - Ação? - Perguntei já em meu quarto com Romeu em meus braços.
- Pode ser. Vou no teu banheiro rapidão. - Concordei e coloquei Romeu no chão, pegando o controle remoto em seguida. - Thaila! - Luan gargalhou e logo colocou sua cabeça para fora do banheiro. - Cê já viu o que o Romeu fez?
- Ah, não acredito! - Já sei que é molecagem. Quando entrei no banheiro vi papel higiênico repicado por todos os lados. - Romeu! Porque você fez isso? - Voltei para o quarto e ele ficou me olhando com a maior cara de coitado.
- Acho melhor a gente limpar isso e depois ver o filme. - Luan disse rindo.
- Você acha isso engraçado? Que estrago ele fez! - Luan continuou rindo e eu fui contagiada. - Você é um idiota mesmo. - Iniciamos uma limpeza pelo banheiro e nem preciso dizer que houveram inúmeras risadas. Se Luan está envolvido, as risadas também estão. É cheio de gracinhas.
Quando enfim, deitamos na cama, ele segurou minha mão.
- Quero te agradecer. - Suas palavras deteram minhas ações. Eu iria ligar a TV, mas minha atenção se voltou toda pra ele.
- Por...?
- Por ser a mãe do meu filho, ou filha. O que eu senti hoje, nunca vou conseguir explicar em palavras. Eu achava que já tinha me dado conta de toda a grandeza de sentimento que envolve um filho, mas não. Eu estava enganado. Eu soube depois de ouvir aquele som. - Sorrimos juntos. - Minha vida tomou um sentindo diferente a partir daquele momento. Me sinto muito melhor do que já fui um dia, me sinto mais forte. E acima de tudo, eu sinto um amor que é maior que... que qualquer coisa que você puder imaginar. Sinto um amor tão grande por alguém que eu ainda nem conheço e mais, todo o sentimento que eu carrego por você se ampliou de tal forma... É inexplicável. Então, obrigado. De verdade. Eu tô muito feliz! - Sorri, completamente emocionada. Mas não chorei. Não quero parecer aquelas grávidas sentimentais.
- Você me deixou sem palavras. - Ele riu de leve.
- É que tava aqui. - Apontou para a garganta. - Precisava colocar pra fora.
- Eu que agradeço por você ser homem o suficiente pra assumir toda a responsabilidade, por ser tão generoso comigo, paciente, atencioso. Esse bebê vai ter o melhor pai do mundo. - Ele deu um sorriso tão sincero!
- Eu amo vocês. - Beijou minha mão. - Agora coloca o filme aí pra nós. - Sei que sua ultima frase foi para não deixar um clima tenso. O amei ainda mais por isso.
Começamos assistir o filme e quase na metade dele, os enjoos voltaram. Vomitei uma vez, Luan ao meu lado. Depois de uns 30 minutos, vomitei novamente e Luan ao meu lado. Ele aflito e eu me sentindo fraca. Acabei vomitando mais duas vezes antes de ele ir embora e quando chegou a hora, senti uma imensa vontade de chorar. Meu corpo todo pede por descanso, estou fraca e tudo que eu não quero é ficar sozinha.
- Não quero te deixar desse jeito. - Vi dor em seus olhos, já na sala.
- Eu tô melhor.
- Você tá pálida.
- Mas já tomei água de coco. Vou dormir um pouco e estarei novinha. - Fingi estar bem alegre.
- Vou ficar tão preocupado. - Acariciou minha bochecha. Ele está aflito.
- Prometo que ligo se for preciso. E eu ainda posso levar você ao aeroporto.
- De jeito nenhum. Cê vai descansar. - Me abraçou tão forte e eu senti que nada pode me fazer mal. - Pede pra Vivi vir ficar com você. Eu vou ficar preocupado. Por favor, Thai.
- Porque a Vivi? - O olhei e ele revirou os olhos. Ri de leve. Ciumento!
- Vai chamar?
- Vou. - Ele olhou minha boca por uns segundos e voltou para meus olhos.
- Amo você. - Sussurrou. - E amo nosso trenzinho também. - Acariciou minha barriga.
- Vai com Deus tá?! - beijei sua bochecha e o abracei de novo.
- Fiquem com ele. Não esquece de chamar sua amiga. Por favor.
- Tá. - Desfiz o abraço e vi seu semblante preocupado. - Vou mandar uma foto de nós duas pra você ficar tranquilo.
- Melhor uma chamada de vídeo. - Rimos. - Tchau. - Beijou minha testa e minha mão em seguida.
- Tchau. - Beijei sua bochecha novamente. E então ele se despediu de Romeu, em seguida foi embora cheio de preocupação comigo e nosso bebê e, me deixou com o astral lá embaixo. Já está fazendo falta aqui.
OIIIIIIIIIIII lindas! Thaila teve o primeiro enjoo e Luan ao lado dela. Abraçou, acalentou. Na consulta ouviram o coração do neném (a)!!! Ficaram bobos né?! E então foi a vez de Thaila acalentar Luan. Me digam se esse casal não é sinônimo de companheirismo? E o agradecimento que o lindo fez? E a falta que a Thaila já tá sentindo??? Aguaaarrrdemmmm a bomba já vai extourar, mores.
Comentários respondidoooos!
Bjs, Jéssica.
- Ciúmes? Qual é, cara! Sou seu pai. - Luan começou a conversar com o cachorro e eu ri. De repente, senti um enjoo. Não foi nada crescente, veio com força total, do nada. Levantei as pressas e corri para o banheiro. Levantei a tampa do vaso e comecei a despejar o que comi. Senti Luan segurando meus cabelos, enquanto eu vomito sem parar. É horrível, até parece que minhas tripas vão ser despejadas também. Meus olhos encheram de lágrimas quando enfim, o vômito acabou. Sem olhar Luan, segui até a pia e lavei minha boca. - É a primeira vez também? - Assenti, sentindo lágrimas rolando por meu rosto. É terrível! Vomitar suga todas as suas forças, me sinto doente. - Ei, vem cá. - Me puxou delicadamente para seus braços e então meu choro ganhou som. - Tá tudo bem. - Ele acariciou meus cabelos. - Você exagerou nas cocadas. É só não fazer mais. - Apertei mais em braços em volta dele. - Tô aqui. Tô com você, Thaila. - Beijou meus cabelos, fazendo eu me sentir um pouco melhor.
- Obrigada. - Funguei.
- Vamos voltar pra cama? Você não parou em casa o dia todo. Amanhã tem faculdade e ainda tem a consulta. - Ele me tratou como uma criança e desta vez eu não me importei. Caminhamos ainda abraçados de lado e vi Romeu nos olhar como quem não entende nada. Esbocei um sorriso. Esse bichinho realmente é lindo! Deitei na cama e Luan permaneceu sentado, colocando a coberta sobre mim.
- E você? - Perguntei, sentindo meu choro cessar.
- Eu o que?
- Não vai deitar? - Eu nem me importei em como ele pode interpretar meu pedido. Eu só preciso ser cuidada agora.
- Você quer que eu fique? - Assenti e então ele sorriu, deitando-se ao meu lado. - Vem, pode chegar pertinho. Vou colocar minhas crianças enjoadas pra dormir. - Ri da maneira que ele se referiu ao nosso bebê e eu. Me aconcheguei em seu corpo, pousando meu rosto em seu pescoço, sentindo um cafuné gostoso em meus cabelos. Tenho absoluta certeza de que ele não vai dormir agora. Já eu, dormi dentro de alguns minutos com Luan ao meu lado, Romeu do outro e minha criança em meu ventre.
...No dia seguinte...
Acordei com o celular despertando. Quase todos os dias é isso. Senti Luan quase me sufocando com seu corpo e sorri. Eu gosto tanto disso! Acariciei seus cabelos e ele aninhou ainda mais a cabeça entre meus seios, senti uma dorzinha, mas nada demais.
- Luan? - chamei com a voz rouca e ele me olhou assustado, sem entender nada direito.
- Tá sentindo alguma coisa? - Como não amar essa pessoa? Sorri.
- Não, eu só preciso levantar.
- Já? - franziu a testa.
- É. Tenho academia pra ir e faculdade.
- Certeza que quer ir? Tá se sentindo bem mesmo?
- Juro que tô. - Ele me avaliou pra saber se estou mesmo sendo sincera.
- Tá. Qualquer coisa me liga. Qualquer coisa mesmo. - Assenti e então ele me liberou, deitando-se ao meu lado. - Bom dia, bundunda! - Falou quando eu levantei, o olhei e vi seus olhos em meu traseiro.
- Toma jeito! - Ri dele, que sorriu lindamente, voltando a fechar os olhos.
Depois das higienes matinais, segui para minha rotina. Academia, risadas com Vinícius, começando bem meu dia. Logo depois, eu fui para a faculdade e amo ser bajulada por todos, que acariciam minha barriga e perguntam se estamos bem. Fico imaginando quando minha barriga já estiver maiorzinha. Até agora não tem nada de diferente. Já na saída, comentei sobre meu enjoo com Mathias e Vivi.
- Nossa, o Luan é muito fofo! - Minha amiga disse, encantada.
- Mas fez o que fez. - Mathias lembrou. É exatamente como minha cabeça fica. Um lado encantado, o outro não esquece o que aconteceu.
- É, mas enfim, foi muito ruim. - Fiz careta.
- Tadinha da minha criança. - Mathias me abraçou e eu sorri.
- Eu vou ser mãe! Para de me chamar assim! - Exigi, brincando. E ele riu.
- Tu nunca vai deixar de ser minha criança.
- Amiga, mais tarde conta pra mim como foi a consulta. - Vivi pediu e Mathias desfez o abraço.
- Tá, eu conto. Tô animada. - Sorri e eles também.
- Imagina quando tiver com um barrigão?! - Mathias falou.
- Eu quero mesmo é ver o rostinho. - Falei.
- Onw! Eu também! Vai ser lindo, ou linda. - Vivi disse.
- E o nome? Já falaram sobre isso? - Meu amigo quis saber.
- Ainda não. Vamos deixar pra decidir depois de descobrirmos o sexo do bebê.
- Ah sim. Então, meu amor, boa consulta. - Mathias me abraçou novamente.
- Obrigada. - Em seguida Vivi me abraçou também.
- Boa consulta, mamãe. - Sorri e agradeci novamente. Eu contei sobre minha recaída mais recente e achei lindo nenhum dos dois me julgar. Quando falei para Vini mais cedo na academia, ele fez uma careta. Não foi preciso palavras pra eu entender que ele não aprovou o que aconteceu. Nem eu mesma aprovo. É muito complicado! Voltei pra casa e encontrei tudo muito silencioso. Se Luan ainda estiver dormindo, eu não vou me surpreender. Depois de jogar minha bolsa no sofá, segui para meu quarto. Ao abrir a porta, encontrei ele ainda embolado na coberta, brincando com Romeu.
- Olha só quem chegou! - Ele disse e então o cachorrinho pulou da cama, correndo em minha direção.
- Oi, meu amor! Sentiu saudade? - O peguei em meus braços. - Como foi a manhã, filho? Não me diga que você é dorminhoco igual aquele ali. - Sorri.
- Ei, me deixa! - Luan riu e eu beijei repetidas vezes meu bichinho, o colocando no chão em seguida.
- Como você guarda tanto sono?
- O estoque parece infinito. - Ele brincou e eu sentei na cama.
- Bobão.
- Como cês tão?
- Bem. Precisamos comer e ir a consulta.
- Eu não esqueci disso um segundo. - Ri de sua ansiedade. Levantou-se e enquanto eu fui para a cozinha, ele fez suas higienes matinais. Quando voltou, ficou fazendo graça o tempo todo. Fiz uma comidinha rápida e ele me ajudou. Comemos e em seguida fomos para a consulta.
Ao entrar na sala da doutora, eu conseguia ouvir as batidas do meu coração. Agora sim estou ansiosa.
- Oi papai e mamãe! - A doutora falou de forma meiga.
- Oi! - Luan e eu respondemos em uníssono.
- Podem sentar. - Assim fizemos. - Não sabia que Luan Santana vai ser pai!
- É, não tava planejando isso, mas tô muito feliz.
- Com certeza vai ser uma criança linda!
- Obrigada. - Agradeci sorrindo.
- Vamos ao que interessa? Preciso ver seus exames. Sua doutora de São Paulo me passou tudo que aconteceu na consulta e como vocês estavam. - Assenti e abri a bolsa, pegando os exames. Esperamos um tempinho, ela analisando um por um. Em seguida ela disse que está tudo bem e então começou a nos passar uma série de informações: estilos de vida saudável, sinais de alerta e de aborto, suplementação com ferro elementar (30-60mg/dia). Luan e eu ouvimos tudo atentamente.
- Não dei conta de guardar tudo isso. - Ele disse por fim e a doutora riu.
- Compreensivo. Eu posso imprimir um papel com uma lista do que é essencial.
- Ai, obrigada! - Suspirei aliviada e ela riu mais uma vez. É tão simpática!
- Agora eu vou passar mais alguns exames pra você. - Assenti. Droga, mais exames! Ela começou a falar novamente e explicar qual a necessidade e importância de cada um deles. Me pesou, fez o exame de toque no útero e disse que eu estava uma gravidinha perfeita. Fiquei toda boba! - E agora, temos que fazer um último passo de hoje. Pode deitar-se ali - Apontou para outra especie de cama que eu já conheço, ela fica perto de um aparelho. Fiz como a doutora disse, mesmo um pouco sem graça de estar com uma especie de vestido azul bem transparente que ela pediu pra eu vestir. - O pai ficou no exame de toque, então também vai ficar agora não é?! - Sei que é porque vou ficar com meu sexo exposto como na hora que ela enfiou dois dedos em mim.
- Sim, ele fica. - Sorri. Não vou privar Luan desses momentos, mesmo que não sejamos mais um casal.
- Bom, provavelmente não vamos conseguir ouvir o coração, ainda é muito cedo, mas podemos ver o bebezinho de vocês por aqui. - Apontou para a tela. É uma ultrassonografia! Percebi que Luan perdeu a língua faz tempo, está atento a tudo, mas não fala nada. Tadinho, acho que está muito surpreso com tantos cuidados que envolvem uma gravidez.
- Que massa! - Ele sorriu grandemente. Até que enfim uma frase! - Me dá sua mão. - Logo ficamos com as mãos entrelaçadas e meu vestido foi afastado para os lado, ele tem uma abertura na frente. Fiquei exposta e constrangida. Então ela começou a passar um treco em minha barriga, um gel se espalhando, uma sensação boa e então um som invadiu o quarto. Tum, tum, tum, tum. Tão aceleradinho! Meus olhos encheram de lágrimas e eu olhei Luan. Ele está perplexo.
- Olha só! Tá batendo muito bem! - A doutora comemorou. Luan continua sem reação, mas seus olhos já estão repletos de lágrimas também. Tanto ele quanto eu, somos emoção agora. Somente emoção. Agora parece ainda mais real. Um coração além do meu batendo dentro de mim.
- Ah, cara! - Ele sussurrou e colocou sua mão sobre os olhos. Apertei sua mão, sorrindo.
- Estão vendo essa coisinha pequena? - A doutora apontou e então voltamos nossa atenção para a tela.
- Sim. - Luan e eu respondemos com a voz embargada.
- É o filhinho, ou filhinha de vocês. - Suspirei de forma audível. É tanta emoção! Meu coração nunca esteve tão alegre e agora eu posso afirmar com toda a certeza do mundo: meu coração nunca sentiu amor dessa maneira. Tão forte, feroz! É meu bebê e eu vou proteger com minha vida.
- Obrigado por isso. - Luan agradeceu e eu o olhei. Vi lágrimas em seu rosto.
- Eu que agradeço. - Ele beijou minha testa.
- Vocês formam um lindo casal. Essa criança vai ter sorte de ter pais que se amam tanto. - A doutora falou inocentemente. Não explicamos nossa situação, ela não sabe de nada. Sorri sem graça. - Acabamos por aqui. Você pode se trocar, mamãe. E então vamos sentar e vocês podem tirar suas dúvidas. Tem lenço na mesa, papai. - Olhei Luan e vi ele ainda chorando silenciosamente. Levantei e o abracei forte, passando os braços em volta de suas costas, ele passou os dele em volta de meu pescoço. E então seu choro ganhou som.
- Eu sei, é forte né?! Parece que é um amor maior que nós. - Acariciei suas costas.
- Eu nunca senti isso. É a coisa mais linda que eu já vivi e senti. - Por um momento a doutora deixou de existir, formamos nossa bolha e não existia nada e nem ninguém em volta. Só nós, o som do coração do nosso bebê ainda fresco em nossos pensamentos e o amor por ele, ou ela, fazendo o coração saltitar e as emoções aflorarem. Beijei sua bochecha longamente, repetidas vezes. - Vai lá se trocar. - Desfez o abraço. Enxuguei suas lágrimas.
- Seu lindo! - Não resisti em dizer e ele riu de leve, dando uma fungada.
- Vou precisar de um lenço, doutora. - E então voltamos a nos dar conta de onde ainda estamos.
- Claro, fique a vontade. - Ela disse, já sentada em sua cadeira, olhando alguns papeis. Segui para a pequena cabine para trocar de roupa e quando voltei, Luan já estava com o choro cessado, mas a pontinha do nariz permaneceu vermelhinha. Quando começamos a tirar as dúvidas ele disparou. Eu fiz algumas, mas ele perguntava sem parar. Só mostra mais uma vez o quão cuidadoso ele é. Por fim, eu não poderia sair sem fazer uma pergunta.
- Luan, preciso falar com ela rapidinho. Encontro você lá fora. - O olhei, após ele se despedir da doutora.
- Tá. - Vi que ele está claramente confuso, mas eu não poderia perguntar isso na frente dele.
- O que aconteceu? - Ela perguntou sorridente, quando ele fechou a porta.
- É que eu ando sonhando umas coisa esquisitas. Sonhos eróticos. Todos os dias. É normal? - perguntei, sentindo meu rosto queimar. Ela riu de leve.
- Os sonhos estranhos na gravidez são resultado de um aumento hormonal considerável. Então podemos dizer que a culpa é toda dos níveis de progesterona e estrogênio que estão em um pico constante e cada vez mais alto. Então fica tranquila, é normal.
- Então não tem nada que possa evitar?
- Não. Mas não são pesadelos, não é tão ruim. - Ah é muito ruim! Você nem imagina o quanto. Sorri de lado.
- Obrigada. Fiquei sem graça de perguntar na frente dele.
- Entendo. - Agradeci pelo excelente atendimento e em seguida encontrei Luan.
- Segredinho com a médica? - Sabia que ele iria perguntar.
- Era coisa íntima, não ia perguntar na sua frente. - Ele ergueu as sobrancelhas como se eu tivesse acabado de falar um absurdo.
- Como se a gente não tivesse intimidade. - Alfinetou
- Vamos embora. - Segurei seu braço e então caminhamos até o estacionamento. Lembrei do dia que fui fazer o exame para saber se estava grávida. Senti inveja da moça com o companheiro ao lado. Agora é bom saber que tenho Luan comigo. Mesmo que por agora nossa relação não passe de amizade, sem que posso contar com ele e isso é extremamente importante e tranquilizador. Entramos no carro e fomos ouvindo música. Cada um perdido nos próprios pensamentos. Foi uma experiência tão grandiosa, tão especial. Ouvir o coraçãozinho realmente mexeu com tudo em mim e em Luan também. Me sinto outra pessoa depois do que passei hoje. Há mais amor em mim. Um amor tão arrebatador! E é pelo serzinho que carrego comigo.
Entramos em meu apartamento e Romei nos recebeu animado.
- Tá tudo bem com seu irmão, garoto. - Luan comunicou, o pegando nos braços.
- Você sentiu nossa falta, amorzinho? - Me aproximei, o acariciando.
- Sentiu né, folgado?! Mas ó, vou te dizer, papai vai embora hoje. Mas volta logo. - Sorri. Ele não pode ser menos lindo? Um tiquinho pelo menos?
- Vamos esperar você, né Romeu? - e então meu cachorrinho latiu como quem concorda. Luan sorriu, o colocando no chão. - Tô com vontade de comer doce.
- Desejo de novo? - Me olhou sorrindo.
- Acho que não. Não é tão forte quanto da outra vez. - Caminhei até a cozinha e ele veio atrás. Vi ele me observando comer o doce caseiro que tirei da geladeira. Ele me olha com tanto amor, isso alimenta minha alma, minha alto estima. - Quer? - Ele negou.
- Não vai exagerar. - Pediu e eu assenti.
- Que dia hein?!
- É. Inesquecível! Ainda tô anestesiado. - Concordei.
- Eu tô morrendo de sono. - Larguei o doce e ele riu.
- Cê não sabe o que quer.
- Claro que sei. Queria doce e comi, agora quero dormir e mais tarde preciso estudar.
- Tá. No fim da tarde eu vou embora. - Meu coração doeu.
- Quer saber? Mudança de planos. Vou dormir depois. - Ele sorriu e então eu coloquei o doce na geladeira novamente. - Filme?
- Topo demais!
- No meu quarto, porque minha é mais confortável que o sofá. - Comuniquei e ele simplesmente concordou. - Ação? - Perguntei já em meu quarto com Romeu em meus braços.
- Pode ser. Vou no teu banheiro rapidão. - Concordei e coloquei Romeu no chão, pegando o controle remoto em seguida. - Thaila! - Luan gargalhou e logo colocou sua cabeça para fora do banheiro. - Cê já viu o que o Romeu fez?
- Ah, não acredito! - Já sei que é molecagem. Quando entrei no banheiro vi papel higiênico repicado por todos os lados. - Romeu! Porque você fez isso? - Voltei para o quarto e ele ficou me olhando com a maior cara de coitado.
- Acho melhor a gente limpar isso e depois ver o filme. - Luan disse rindo.
- Você acha isso engraçado? Que estrago ele fez! - Luan continuou rindo e eu fui contagiada. - Você é um idiota mesmo. - Iniciamos uma limpeza pelo banheiro e nem preciso dizer que houveram inúmeras risadas. Se Luan está envolvido, as risadas também estão. É cheio de gracinhas.
Quando enfim, deitamos na cama, ele segurou minha mão.
- Quero te agradecer. - Suas palavras deteram minhas ações. Eu iria ligar a TV, mas minha atenção se voltou toda pra ele.
- Por...?
- Por ser a mãe do meu filho, ou filha. O que eu senti hoje, nunca vou conseguir explicar em palavras. Eu achava que já tinha me dado conta de toda a grandeza de sentimento que envolve um filho, mas não. Eu estava enganado. Eu soube depois de ouvir aquele som. - Sorrimos juntos. - Minha vida tomou um sentindo diferente a partir daquele momento. Me sinto muito melhor do que já fui um dia, me sinto mais forte. E acima de tudo, eu sinto um amor que é maior que... que qualquer coisa que você puder imaginar. Sinto um amor tão grande por alguém que eu ainda nem conheço e mais, todo o sentimento que eu carrego por você se ampliou de tal forma... É inexplicável. Então, obrigado. De verdade. Eu tô muito feliz! - Sorri, completamente emocionada. Mas não chorei. Não quero parecer aquelas grávidas sentimentais.
- Você me deixou sem palavras. - Ele riu de leve.
- É que tava aqui. - Apontou para a garganta. - Precisava colocar pra fora.
- Eu que agradeço por você ser homem o suficiente pra assumir toda a responsabilidade, por ser tão generoso comigo, paciente, atencioso. Esse bebê vai ter o melhor pai do mundo. - Ele deu um sorriso tão sincero!
- Eu amo vocês. - Beijou minha mão. - Agora coloca o filme aí pra nós. - Sei que sua ultima frase foi para não deixar um clima tenso. O amei ainda mais por isso.
Começamos assistir o filme e quase na metade dele, os enjoos voltaram. Vomitei uma vez, Luan ao meu lado. Depois de uns 30 minutos, vomitei novamente e Luan ao meu lado. Ele aflito e eu me sentindo fraca. Acabei vomitando mais duas vezes antes de ele ir embora e quando chegou a hora, senti uma imensa vontade de chorar. Meu corpo todo pede por descanso, estou fraca e tudo que eu não quero é ficar sozinha.
- Não quero te deixar desse jeito. - Vi dor em seus olhos, já na sala.
- Eu tô melhor.
- Você tá pálida.
- Mas já tomei água de coco. Vou dormir um pouco e estarei novinha. - Fingi estar bem alegre.
- Vou ficar tão preocupado. - Acariciou minha bochecha. Ele está aflito.
- Prometo que ligo se for preciso. E eu ainda posso levar você ao aeroporto.
- De jeito nenhum. Cê vai descansar. - Me abraçou tão forte e eu senti que nada pode me fazer mal. - Pede pra Vivi vir ficar com você. Eu vou ficar preocupado. Por favor, Thai.
- Porque a Vivi? - O olhei e ele revirou os olhos. Ri de leve. Ciumento!
- Vai chamar?
- Vou. - Ele olhou minha boca por uns segundos e voltou para meus olhos.
- Amo você. - Sussurrou. - E amo nosso trenzinho também. - Acariciou minha barriga.
- Vai com Deus tá?! - beijei sua bochecha e o abracei de novo.
- Fiquem com ele. Não esquece de chamar sua amiga. Por favor.
- Tá. - Desfiz o abraço e vi seu semblante preocupado. - Vou mandar uma foto de nós duas pra você ficar tranquilo.
- Melhor uma chamada de vídeo. - Rimos. - Tchau. - Beijou minha testa e minha mão em seguida.
- Tchau. - Beijei sua bochecha novamente. E então ele se despediu de Romeu, em seguida foi embora cheio de preocupação comigo e nosso bebê e, me deixou com o astral lá embaixo. Já está fazendo falta aqui.
OIIIIIIIIIIII lindas! Thaila teve o primeiro enjoo e Luan ao lado dela. Abraçou, acalentou. Na consulta ouviram o coração do neném (a)!!! Ficaram bobos né?! E então foi a vez de Thaila acalentar Luan. Me digam se esse casal não é sinônimo de companheirismo? E o agradecimento que o lindo fez? E a falta que a Thaila já tá sentindo??? Aguaaarrrdemmmm a bomba já vai extourar, mores.
Comentários respondidoooos!
Bjs, Jéssica.
QUE HINO DE CAPITULO!!!!!! ai tô mt apaixonada por um casal (que não é casal no momento) kkkkkkkkk sofrendo antecipadamente com a provavel briga pos-bomba
ResponderExcluirAAAAAAAA! Fico tão feliz que tenha gostado!
ExcluirMlr o que tu quis dizer com " a bomba já vai estourar " AAAAAAAAAAAAaaaaaaaaaaaa ele vai contar a vdd ??? Espero que não seja pela boca de ninguém ao não ser dele
ResponderExcluirTu entendeu, mlr. Seguraaaaaa!
ExcluirCho-reei seriooo 😍😢 pq tao fofos, só falta eles voltarem, ele contar a verdade.. ai Jeh muler pq tu faz isso comigo?? Em? Contiinuuuuaa
ResponderExcluirNão faço nada hahahahaha
ExcluirO coraçãozinho do bebê foi a cena mais fofa do capítulo ! Ess cuidado que Luan tem pela Thaila e o bebê só faz ele mais amorzinho.todo preocupado vontade de apertar
ResponderExcluirFoi lindo né?! Dá vontade de esmagarrrrr
ExcluirA reação deles ao ouvir o coraçãozinho do bebe foi o momento do capitulo...
ResponderExcluirAgora para ser perfeito só falta no próximo já(se não for pedir muito)a descoberta da verdade q causou o fim da relação deles e claro o q eu quero muito tb(mas n vou pedir de novo senão tu vais dizer porra a portuguesa é chata demais)beijinho e continua o mais rápido possível sff
Thaila vai saber de parte da verdade no próximo. Já sei o que tu quer hahaahahaha Beijo!
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