" Conversa. " Cap 23

- Pode, claro. - falei tentando disfarçar o nervosismo, eu estava com as pernas cruzada de sentada de lado e ele também de lado olhando para mim, sem camisa pra acabar com tudo.

- Porque você decidiu fazer o que fez naquela noite? Eu preciso saber, Thaila.

- Luan... - suspirei e coloquei o prato em cima de uma pequena mesinha ao lado do sofá. - Eu não queria falar os motivos, entende?

- E eu fico sem entender nada?

- Eu fiquei com muita raiva depois da ligação que recebi e eu também queria... E aconteceu. - falei agora olhando meus dedos.

- Você tava com raiva daquele cara que tá sempre com você? Vocês tem alguma coisa? - o olhei.

- O Vinicius? - ele assentiu. - É claro que não! - ri de leve das suas conclusoes equivocadas. - Ele é só meu amigo.

- Então você é solteira, solteirinha mesmo?

- Sou, Luan. - ele se aproximou todo sorrisos.

- Eu não vou mais insistir pra saber seus motivos, tudo bem? Já que não quer falar, eu tenho que respeitar. Mas espero saber um dia.

- Eu fico muito agradecida. - ele colocou uma mecha do meu cabelo atrás da orelha.

- Eu tô muito afim de você. - foi direto, falando em quase um sussurro.

- É? E porque nunca pediu meu número ou algo do tipo? Isso são atitudes que tomamos quando estamos querendo alguém. - ergui as sobrancelhas e peguei uma balinha mentos que estava ao lado do prato, eu já havia trazido e comecei a mascar.

- Eu pensei em pedir, mas também pensei que eu só encheria mais sua cabeça depois do que tinha acontecido, e no dia do estádio eu estava decidido a pegar seu numero, mas não consegui falar com a Bruna logo e então depois percebi que teria outras oportunidades de te encontrar, seria melhor falar pessoalmente, você não fugiria de mim. Eu vim só pra ficar com você. - nossos olhares se cruzando o tempo todo e eu já estava a ponto de me jogar em seus braços, ao mesmo tempo pensando no que pode causar se eu beijá-lo. Ao perceber que eu não falei nada ele aproximou seu rosto do meu na intenção de me beijar e eu desviei, pousando minha cabeça na curvatura do seu pesçoso, ouvi sua risada.

- Porque tá evitando?

- Eu acho melhor a gente não ficar mais.

- Porque? - ele perguntou mexendo na alça do meu bíquini. Voltei a olhar em seus olhos.

- Luan o que eu fiz naquela noite foi por impulso, eu quebrei meus principios, desviei totalmente da educação que recebi dos meus pais e eu não quero repetir com alguém que eu não tenha algo mais sério.

- Eu percebi que foi por impulso, mas você se mostrou decidida a ir em frente. Nós não vamos fazer nada que você não queira. Eu sei que não é só eu que tô atraido não, você também tá.

- Eu me sinto atraida por você sim. - confessei e ele sorriu, seu rosto foi para a curvatura do meu pescoço e ele começou a distribuir beijos leves, todo delicado, enquanto uma de suas mãos já estava entre meus cabelos. Eu já estava toda arrepiada e relaxada ao sentir seus carinhos.

- Não vamos fazer nada que você não queira, beleza? - falou me olhando, com uma pouca distância da minha boca, eu já totalmente afetada por sua proximidade.

- Uhum. - Foi o que consegui falar e ele me beijou, senti meu corpo todo se agitar ao sentir seus lábios nos meus, ele me beijava com tanta vontade e eu não ficava atrás. Sua língua acariciando a minha, seus lábios macios nos meus e sua pegada firme em meus cabelos. Me aproximei mais, quase nada, pois já estavamos próximos demais, meu corpo todo gritava por ele, cada célula queria ele. Ele puxou meu cabelo e chupou minha língua, me fazendo gemer baixinho.

- Não geme. - pediu com a boca encostada na minha e sem me dar chance para falar qualquer coisa, voltou a me beijar ferozmente, me levando a outra dimensão, que beijo é esse?! Ele só encerrou quando o ar começou a faltar, deu um mordidinha no meu lábio inferior e em seguida selou nossos lábios uma, duas vezes. Eu já sentia um calor absurdo, parecia que o vento constante não conseguia me refrescar. Nossos olhares se encontrando novamente.

- Pensei tanto nesse teu beijo. - passou o dedo indicador por meus lábios, com os olhos neles.

- Você já disse isso pra quantas? - sorri e ele me olhou impassível.

- Se eu já falei foi depois de realmente pensar. - respondeu sem exitar. Ergui as sobrancelhas e ele suspirou. - Vai ficar aqui os três dias? - mudou de assunto.

- Vou e você?

- Vou embora amanhã. Pretendo sair daqui no fim da tarde ou a noite.

- Entendi. - falei pegando em suas pulseiras, olhando os detalhes. - Você vai fazer shows?

- Isso. - seu rosto já estava no meu pescoço, cheirando e beijando. - Você faz o que dá vida? - voltou a me olhar.

- Estudo. Tô cursando arquitetura.

- Que massa! Cê gosta mesmo?

- Amo! - sorri e ele sorriu também.

- Você é linda, sabia?!

- E você tá tentando me seduzir, sabia?! - ele riu selou nossos lábios demoradamente. - Ainda tá com meu mentos. - falei ao perceber que ele tirou da minha boca, durante o beijo.

- Se quiser de volta é só vir pegar. - disse sugestivo e uma de minhas mãos foi para entre seus cabelos, logo minha boca estava na dele. As mãos dele passeavam por meu corpo semi nu, coberto apenas pelas pequenas peças do biquini, passando por minhas pernas, minha barriga e até por parte da minha bunda. Sabia que ele estava se aproveitando, mas eu não o impedi. Gosto de suas mãos em mim. Chupei seu lábio inferior e encerrei o beijo. Ele voltou a me dar uns selinhos.

- Agora eu tô com a minha balinha de volta. - sorrimos um para o outro. - Que coincidência suas folgas baterem com os dias da casa de praia né?!

- Foi, só assim pra eu conseguir falar com você direitinho. - acariciou minha bochecha, sorri de lado. - Que idade cê tem?

- 19.

- Que? - ele me olhou incredulo.

- Isso mesmo que você ouviu, 19 anos. - repeti sorrindo ao ver sua surpresa.

- Não parece, cara! Tudo bem que cê é toda pequenininha e tem esse rostinho, mas eu pensei que tivesse mais.

- Se enganou. - selei nossos lábios mais uma vez e quando eu iria me afastar, ele manteve minha cabeça no lugar, segurando meus cabelos e me beijando lentamente, saboreando o momento, tanto eu quanto ele. Encerrei o beijo ao perceber que ele tirou a balinha da minha boca de novo. - Me devolve! - falei bem próximo a sua boca e voltei a beijá-lo, ele sorriu entre o beijo e logo eu consegui pegar de volta o mentos, parando o beijo em seguida, ele ainda me olhava sorrindo. - O que foi?

- Nada, uai. - ele falou mexendo na alça do meu bíquini novamente, seu dedo subindo e descendo.

- E você, que idade você tem? - perguntei e ele olhou em meus olhos.

- 24.

- Parece ter essa idade mesmo. - pousei minha mão em sua perna e olhei sua tatuagem. O abracei passando minhas mãos em volta do seu pescoço, ele me acolheu, passando os braços em volta da minha cintura. Senti ele sorrir contra meu pescoço, cheirei seu pesçoco e beijei em seguida. - Você é muito cheiroso, alguém já te disse isso? - falei ainda abraçada com ele.

- Já, quase todos os dias.

- Convencido! - dei um tapinha fraco em seu ombro e ele riu.

- É verdade, minhas fãs sempre dizem.

- Elas são malucas por você. - falei e comecei a fazer um cafuné nos cabelos já próximos de sua nuca.

- São...

- Me xingaram horrores nos últimos meses.

- Quando saiu nossas fotos então... - Ele disse e eu ri, desfez o abraço, segurou minhas mãos e me olhou. - Eu fiquei preocupado com você, elas pegam bem pesado. Bem pesado mesmo!

- Eu nem li nada. - Ri de leve e ele sorriu.

- Sério?

- Muito sério! Acha que eu vou me maltratar assim? Claro que não!

- Que bom que cê não leu nada, eu olhei por cima e tava um negocio bem feio.

- Meu irmão disse.

- E ele ficou de boa?

- Ele quase sempre não dá palpite de nada, mesmo que não tenha gostado não te xingou, nem me repreendeu por ter ficado com você. Só disse pra eu me poupar de olhar os comentários.

- Entendi. - ele me olhava com toda atenção de sempre. Eu adoro esse jeito dele, focado só em mim, no que eu estou falando.

- Porque você decidiu fazer essas tatuagens? - perguntei.

- O terço foi pra simbolizar minha fé e essa a minha profissão. - Li a frase da sua costela em inglês.

- Muito legal!

- É, eu também acho. - aproximou seu rosto do meu e me beijou de novo, lentamente novamente, mas bem envolvente. Que momento bom! O barulho imenso da parte de baixo não nos afetava, na verdade parecia nem existir.

|| Luan narrando. ||

Consegui o que tanto queria! Não tudo, pois ela não esclaresceu seus motivos para transar comigo e só me resta aceitar, não vou forçá-la a nada. Depois de uma conversa franca, ela deixou de resistir e eu beijei essa boquinha de novo! Ô meu pai, tanta vontade eu senti desse beijo de novo! Ela beija muito bem e nossa atração é tão forte. Encerrei mais um de nossos beijos e ela sorria toda linda pra mim.

- As pessoas devem tá sentido sua falta.

- Ah, tá me expulsando? - me fiz de ofendido e ela riu, me fazendo sorrir.

- Não, seu bobo. Claro que não. - sua mão procurou a minha e começou a minha mão com seus dedos. Tão carinhosa. Ela é tão leve e tão espontanea, me sinto muito bem aqui conversando com ela, conhecendo-a melhor e provando desse beijo gostoso. Ela olhava para a parte de baixo onde jogavam uma mulher na piscina de roupa e tudo. - Nossa, se fosse eu... - ela disse sorrindo e eu ri de leve.

- Thaila, porque cê decidiu vir estudar aqui, tão longe da sua família? - Perguntei mais uma de minhas curiosidade, seu olhar se voltou todo atento pra mim.

- Ah, eu sempre quis ter independencia e lá é meio dificil, meu pai é super protetor e morando sozinha eu conquistei uma certa liberdade.

- Ele é muito bravo? - perguntei, ainda sentindo seu carinho em minha mão.

- As vezes e em alguns aspectos. - ela sorriu e seu olhar ficou distante por alguns segundos, como se estivesse lembrando dele.

- Minha irmã fez seu altar lá em casa. - mudei de assunto e ela deu uma risada gostosa.

- Como assim?

- Falando muito bem de você pra minha família, até meus pais ficaram encantados com a Thaila maravilhosa. - falei segurando o riso e ela gargalhou forte mais uma vez, desta vez sua risada foi mais longa, fui contagiado e ri junto dela.

- Nossa... Cara, a Bruna é de outro mundo! Sério! Eu nunca tinha prestado atenção que falo tanto essa palavra e ela percebeu.

- A Bubu é bem observadora. - beijei sua bochecha, enquanto ela ainda estava toda risonha.

- Senti saudade dela e da Dani. Acostumo rápido quando alguém fica na minha casa por dias, depois que vai embora eu estranho muito.

- Sei qual é essa sensação. - sorri. - Vem cá. - segurei uma de suas pernas e coloquei sobre a minha, fazendo com que ela ficasse mais próxima. Suas mãos foram para entre meus cabelos, os puxando de leve. Sorri e ela tomou a iniciativa de me beijar, sua língua se movimentando dentro da minha boca, enquanto eu estava com minhas mãos pousadas em sua bunda, nossas cabeças em movimento, o beijo cada vez mais profundo e a vontade de levá-la para cama me tomando por completo.

- Opa! - ouvimos a voz de Wesley, o que interrompeu nossos beijo.

- Fala, parceiro! - eu disse sorrindo, enquanto ela estava toda coradinha.

- Quero te levar pra cantar, o povo tá pedindo. Não queria atrapalhar nada, mas a voz do povo é a voz de Deus. - Ele disse brincalhão.

- Bora, bora sim. - levantei de bom grado, apesar da vontade de ficar com Thaila ser bem maior. - Vem, Thai. - estiquei meu braço, em direção a ela.

- Eu vou daqui a pouco. Vou levar o prato pra cozinha e depois encontro vocês lá. - disse sorrindo, mas sua vergonha ainda é explícita.

- Tudo bem. - me inclinei e selei nossos lábios demoradamente.

- Bora, Luan! - Wesley me puxou pelo braço, causando uma risada em Thaila e em mim também.






Roloooou! Ela não disse os motivos e finalmente o beijoo! Se conheceram mais e esse fogo? Hahaha. 
Continua no próximo! 
Comentários respondidos com amooorrr! 😍
Bjs, Jéssica. 💕