quinta-feira, 10 de novembro de 2016

" Desejo recíproco. " Cap 14

O fim de outubro chegou e com ele se aproxima as provas finais. Vou concluir dois anos de faculdade! Sinto muito orgulho de mim mesma. Hoje depois da aula, eu vou para uma consulta com minha ginecologista, após o ocorrido com Luan, eu não fui lá e sei que é preciso. Admito que estou um pouco envergonhada, afinal ela sabe que eu não tenho namorado nem coisa alguma, apesar de ginecologista, nós conversamos sobre assuntos pessoais nas consultas. Ela é uma das melhores aqui de Fortaleza.
Fiz meu percurso diário até a faculdade, tive uma manhã cheia e logo em seguida fui para minha consulta. A mais constrangedora até hoje. Um lado bom de já ter se passado semanas é que eu não sou mais assunto na internet e nem sou alvo de xingamentos e ódio gratuito. Um lado bom também é que a cada dia eu lembro menos do que aconteceu. Claro que não esqueçi totalmente, afinal nada vai me fazer esquecer um dia tão importante, tão gostoso e também um dia que fiz a maior maluquice da minha vida. Meu pai com o passar dos dias está melhorando, agora ele já troca mensagens comigo. Claro, sempre bem frio, mais frio que de costume. Eu entendo seu lado, é a filhinha mais nova que foi pra cama com um homem, ele idealizava que eu só perderia depois do casamento. Ele é bem antiquado e a religião influência muito. Não aconteceu nem ao menos com um namorado... Não me arrependendo, eu sei que queria ter transado com ele, queria perder minha virgindade também e meu pai acabou estimulando mesmo sem saber para que isso acontecesse. Só não gosto da minha atitude de ter sido com alguém que nem lembra mais do que aconteceu, me condeno de ter sido com alguém que pega uma por noite e o pior de tudo, alguém que não tem um pingo de sentimento por mim.
Estacionei meu carro em frente ao prédio comercial e desci. Subi até o andar onde fica a clínica dela e encarei. Ela me olhou surpresa, mas não fez nenhuma pergunta constrangedora, nem precisava eu já estava constrangida demais. Ela perguntou se usamos preservativos, disse sobre os riscos de doenças e explicou boa parte delas. Perguntou se eu queria a partir de hoje anteconsepional. Neguei, pois sei que não vai voltar a acontecer até que eu encontre um namorado. Não vai. Depois de tudo esclarecido, fui embora. Suspirando aliviada, eu fiquei tão tensa que mal consegui falar. Estava a caminho de casa, quando Wesley me ligou.

- Thai, vamos almoçar? - Ele comentou sobre o que aconteceu com Luan, mas seus comentários foram os mais divertidos possíveis como; " Eita, se pegaram hein?! " Agora sou cupido! ", entre outros que ele falou entre risadas.

- Claro, vamos sim. - sorri. - Qual restaurante?

- Na beira mar, lá no oásis.

- Combinado. Em menos de uma hora tô lá.

- Nós vamos chegar um pouco depois, você espera a gente lá.

- Certo. Beijo.

- Outro. - Desligou e eu já fui direto para o restaurante. Cheguei e escolhi uma mesa, fiquei no celular enquanto eles não chegavam, decidi postar uma foto do snap no instagram, quando ainda estava no consultório antes da consulta começar, a doutora havia ido na recepção e eu me aproveitei de seu espelho:
  " Snap: thailasampaioo 👻 " 

Fiquei olhando as fotos, vi uma de Alice, na fotos estavam tantas mulheres! Conheço todas, entre elas claro que Fernanda e Luísa. As três não se desgrudam, curti e comentei: " Saudadeeeeeee. ♥♥♥ " Fui olhando outras e haviam várias dos fã clubes do Gustavo, haviam também fotos dos meus, decidi curtir algumas e pronto, já foi motivo para elas ficarem felizes.

- Com licença, vai pedir algo agora?

- Eu estou esperando uns amigos. Mas pode me trazer uma água sem gás?

- Sim, um minuto. - o garçom sorriu e se afastou. Continuei olhando o instagram e me deparei com uma foto do Luan. Não vou negar, ele é lindo. Estava sem camisa, aparecendo metade do seu peitoral, deitado na cama e com uma carinha de sono. Lembrei das sensações que ele me causou, foi muito gostoso. Lembrei também de todo seu carinho, ele não é um bruto e isso me encantou. Ele não estava preocupado só em ter um orgasmo, estava com sua total atenção para meu corpo e meu prazer. Suspirei e me repreendi mentalmente, decidi bloquear o celular e o garçom voltou.

- Obrigada. - Sorri e ele sorriu de volta. Bebi e olhei as pessoas que também estavam ali. Até que vi meus amigos com seus filhos entrando, sorri e levantei.

- Tudo bem, meu amor? - Thyane perguntou ao meu abraçar.

- Tudo ótimo e com você?

- Tudo bem. - Desfez o abraço e eu abracei Wesley, que fez a mesma pergunta, depois de eu deixar uns beijinhos nos pequenos nos sentamos novamente, o garçom voltou e nos entregou o cardápio. Escolhemos e enquanto esperávamos, conversamos.

- Tudo certo pros dias na casa de praia né?! - Wesley perguntou animado. Todos os anos marcamos algo no fim do ano.

- Claro! Marcado demais.

- As meninas vem? - Se referiu as minhas melhores amigas.

- Elas disseram que mais perto vão dar certeza.

- Igual o Gustavo. - riu de leve.

- É. - sorri.

- Convidei o Luan. - Sorriu malicioso me olhando.

- Foi?! - Fingi naturalidade, mas meu corpo tremeu todo. Eu não quero mais encontrar ele.

- É, mas ele também não deu certeza. Vocês ainda se falam?

- Não, eu nem troquei número com ele. - Falei e me remexi na cadeira. Assunto desconfortável.

- Não?! - Ele franziu a testa e Thyane entrou em outro assunto imediatamente.

- Nós vamos alugar uma lá em Águas Belas. - Citou uma praia. Assenti sorrindo.

- Eu gosto de lá. - falei.

- Vamos aproveitar muito. - Wesley esfregou uma mão na outra, nos causando risadas por sua enorme animação. - Quando vai ser a final do campeonato brasileiro mesmo? - Perguntou, mudando de assunto mais uma vez.

- Próxima semana. - sorri ao lembrar do meu irmão.

- Corinthians contra Grêmio... Vai ser um jogão!

- Vai sim e eu acho que vou conseguir ir.

- Eu queria muito ir, mas vou ter show. - Ele fez careta.

- Ele te entende totalmente. - passei a mão afetuosamente por seu braço. Continuamos conversando bastante, tivemos um almoço incrivelmente agradável. Fiquei pensando na possibilidade de Luan e eu estarmos no mesmo lugar de novo. Tomara que ele não vá. Tomara que ele não vá. Eu pedi em silêncio incontáveis vezes.

••• Uma semana depois •••

|| Luan narrando. ||

Hoje eu vou a um jogo do timão, final do brasileirão. Recebi o convite do Tite e vou com meu pai.
Saímos de casa e fomos para o estádio, chegando lá ficamos no camarote, não tinha quase ninguém.

- Acho que a gente chegou cedo, pai. - Falei em meio a um sorriso.

- É o que parece. - Ele riu me contagiando. Já havia algumas pessoas sim, mas muito pouco. Não demorou muito e foi lotando. Aproveitei para postar uma foto que meu pai bateu, quando ainda não havia quase ninguém.
Bloqueei o celular e quando olhei pra frente, senti meu coração acelerar. Ela. Estava com um casal que provavelmente são seus pais. Sentou em umas fileiras abaixo da minha e nem sequer me viu. Estava com uma blusa do timão e atrás tinha o nome Gustavo, o número 10 vestia uma saia jeans. É claro, o irmão dela! Vi que ela sorria com a mulher, que palpito ser sua mãe. Tá linda. Lembrei imediatamente da nossa noite e o quanto isso ficou na minha cabeça desde então. Várias vezes pensei em pegar o número dela com minha irmã e ligar pra saber como ela estava, se estava tudo bem, mas logo desistia. Achei que era melhor não, o que aconteceu deve ter mexido com ela e eu não queria perturbar mais sua cabeça. Suspirei e fechei os olhos por um segundo.

- Tudo bem, filhão?

- Tudo. - sorri de lado e olhei meu pai, mas logo voltei a observa-lá. Senti que algo me puxava pra ela, nem sei explicar direito. Ainda desejo? Pra ser sincero eu tive vontade de tê-la na cama alguma vezes novamente. Todos levantaram animados e gritando, batendo palmas e eu fiz o mesmo. Eram os jogadores que entravam no campo. Haviam alguns famosos além de mim e pelo que percebi família de alguns jogadores.

- Arrasa, meu amor! - Ouvi a voz dela. Não segurei o sorriso. Sua voz é tão fininha, eu acho muito bonitinha. Eu estava umas três fileiras acima da dela. Com pouquíssimos minutos o jogo começou. Eu até tentei assistir, mas ela tomou toda minha atenção. Eu prestava atenção em casa gesto, em cada grito e em cada sorriso. Porque ela decidiu perder a virgindade comigo?

- Não, Gustavo! Poxa, cara! - ela levantou exaltada após seu irmão perder um gol. Sorri de novo e cruzei os braços. Toda bravinha e nem tamanho de gente tem.

- O cara perde um gol e cê tá sorrindo? - Meu pai disse um pouco irritado também.

- Acontece de perder gol, pai. Vai dar certo é só ter calma. - falei tranquilo, pois apesar de estar no estádio eu não estava nenhum pouco envolvido no jogo, diferente do meu pai.

(...)

O primeiro tempo acabou e nada de gol de nenhum dos times. Vi Thaila falar com o homem que provavelmente é seu pai. Depois de ouvir ela e a mulher, ele subiu e foi comprar alguma coisa.

- Cê não vai querer comer nada?

- Não, tô de boa.

- Então eu vou pegar um refri pra mim. - apenas assenti e meu pai levantou em seguida. Pensei em ir falar com Thaila, mas é melhor não. Ela não está sozinha. Chegou um menino, aparentemente nos seus 17, 18 anos de idade e pediu foto com ela, com certeza deve ser fã do seu irmão. Thaila levantou e toda simpática o atendeu. Em seguida uma menina se aproximou e pediu uma foto também, parecia ter a mesma idade do carinha. Ela sorria e fala algo com a garota, como se já conhecesse a anos. É fácil de entender porque a Bruna se deu tão bem com ela, sua espontaneidade e simpátia encantam.

O segundo tempo começou e nada de ela me notar, atendi alguns pedidos de foto, mas não foram tantas e eu agradeci, não queria que nada atrapalhasse meu foco.
Já quase no meio dos segundo tempo, um gol. Todos do camarote gritaram comemorando eu ouvia xingamentos e ela abraçava o casal. É gol do Corinthians, do irmão dela. Ele veio até próximo do camarote e por seus lábios eu consegui ler um amo vocês e fez um coração com as mãos. Quando ele voltou para a área de ataque, ela sorria toda boba falava algo que eu não conseguia entender. Meu pai finalmente me abraçou ainda comemorando, eu percebi que ele já havia abraçado tanta gente, menos eu.

- Eu disse que ia dar certo. - Ri de leve e ele gargalhou muito feliz. Desfez o abraço e gritou;

- Mais um! Só mais um! - Nesse momento ela olhou em nossa direção sorrindo e quando seus olhos encontram os meus, senti uma conexão, seu sorriso desfez e me olhou por mais alguns segundos, totalmente surpresa. Quando eu pensei em falar ou acenar ela virou o rosto para o campo novamente. Franzi a testa sem entender. Ela agiu como se não me conhecesse e eu lembro muito bem da sua frase antes de sair do quarto de hotel dizendo que nada mudaria entre nós e agora ela me vira a cara? Senti raiva. Só pode ser maluca...

(...)

O jogo acabou e eu mesmo com raiva e mais confuso que antes não deixei de observá-la. Ela por sua vez, não me olhou mais nenhuma vez.

- Bora? Dois gols! Eu gostei demais. - meu pai disse, enquanto todo o estádio ainda comemorava.

- Espera mais um pouco, pai. Eu quero falar com uma pessoa.

- Que pessoa? - ele olhou ao redor para ver se encontrava alguém conhecido.

- Uma amiga. - sentamos novamente e ele me envolveu numa conversa animada sobre o jogo, mas meu pensamento estava nela e na sua atitude. Depois das entregas das medalhas, vi ela levantar junto do casal, imediatamente levantei também. Um outro homem chamou o provável pai dela e ela continuou caminhando rumo a saída com sua mãe, elas conversavam e eu não acreditei que ela iria mesmo fingir que não me conhece. Apressei os passos e chamei:

- Thaila. - ela virou e ouvi sua mãe dizer:

- Filha, vou esperar você e seu pai no carro.

- Não mãe, espe... - antes que ela terminasse a mãe dela se afastou.

- Qual é a sua? - perguntei sem esconder minha irritação, ela só me olhava calada e eu sentia a atração forte entre nós.

- Luan eu tenho que ir... - Falou sem esconder a vontade de estar longe de mim, dos meus olhos.

- Você fingiu que nem me conheceu o jogo todo!

- Eu te vi já no segundo tempo. - ela se explicou.

- E virou a cara sem ao menos falar. Você é maluca?

- Ei, fala direito comigo!

- Me desculpa, mas o que eu posso pensar? Depois de tudo que aconteceu você agir assim.

- Me desculpa, eu... - as palavras lhe faltaram.

- Você ainda não me explicou porque tomou aquela decisão e eu ainda quero saber. Eu não parei de pensar no que aconteceu desde aquele dia.

- Isso não tem importância Luan, por favor esquece o que aconteceu. Foi uma maluquice minha...

- Uma maluquice? Uma maluquice que você tava morrendo de vontade de fazer. - continuamos conversando civilizadamente.

- Sim, eu tive vontade mesmo.

- Muita vontade. - sussurrei e ela corou, olhou pro lado. - Quero muito entender o porque, você me deixou completamente confuso.

- Luan, já faz um mês ou pouco mais. Não interessa os motivos. Aconteceu e pronto.

- Pra você é simples assim? Porque eu não acredito nisso?!

- Eu... Eu... - colocou uma parte do cabelo atrás da orelha, antes que ela começasse seu pai chegou.

- Vamos embora, Thaila. - passou o braço em volta da cintura dela.

- Claro, vamos.

- A gente não terminou de conversar. - falei.

- Luan, eu tenho que ir. - me abraçou e meu sangue ferveu ao sentir seu corpo tão próximo, retribui. Pena que seu abraço foi rápido e em seguida saiu em passos largos junto do seu pai. Olhei para cima e suspirei. Ela não esclareceu nada! Contínuo no escuro, sem entender nada. E o mais estranho é que eu continuo desejando ela, e por seu olhar o desejo é recíproco.






OLHA O REEENCONTRO AÍÍÍÍ!!!! E OS CORAÇÕES? HAHAHAHA Thaila não explicou nada e a atração continua forrrte! O que acharam? 🙊 
Bjs, Jéssica. 💕

12 comentários:

  1. Socorroooooooooo eles são loucos um pelo outro se peguem loogooo seus pêssegos 😂😂😂😍 continuaaaa

    ResponderExcluir
  2. Faz o Luan ir pra Praia com o safadao kkkk por favorzinho Jé, nunca te pedi nada kkkk, tadinho ele merece um explicação e também eles perecem dá uma amenizada nesssa atração 🙈🙊😂

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Toda vez que tu me pedi alguma coisa, diz que nunca me pediu nada. hahahahaha, vou começar a anotar!

      Excluir
  3. O Luan tem que ir pra praia. Continuaa

    ResponderExcluir
  4. num te faz de louca thaila quer apanhar. Continuaaaa

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Quer levar umas chineladas é???? hahahaha continueiii, lindona!

      Excluir
  5. Luan vai na praia né pelo amor de Deus ele tem que ir continua por favor

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Vou responder nos próximos capítulos, amor! hahahha Continuei

      Excluir
  6. O luan tem q ir para praia, e a Thaila tem q parar com isssoooo.. quase se estrupam socorrooooo.. continua mulher

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Alguém socorre essa locaaa da Zaira!!!! hahahhahaha continuei, minha linda!

      Excluir