Meu irmão atendeu prontamente meu pedido de ir embora, depois de ver meu estado. Quando entramos no carro, ele deu partida e já questionou:
- O que aconteceu?
- Sua irmã que adora agir como criança. Vai a uma balada, logo em seguida viajar e ainda ir pra faculdade. Isso tem condição? Não tem, Gustavo! - Meu pai disse irriado, no banco da frente. Esse carro do meu irmão, contém 7 lugares e então coube todo mundo muito bem.
- Pai, você sabe que a maior parte dos amigos dela, estão aqui. A Thaila dá conta sim! Se ela não desse, não iria a essa balada. - Pronto, já prevejo uma discussão.
- Que ser humano consegue passar a manhã estudando sem dormir nem ao menos cinco minutos, Gustavo Sampaio?
- Se ela quiser, ela falta caramba! Para de cobrar a menina tanto assim, isso não ajuda.
- Gente, para. - Pedi.
- Você vai apoiar essas loucuras? Eu pago tudo isso! Pago casa, faculdade, cartão. Todos os luxos da sua irmã e não quero meu dinheiro jogado fora. A única coisa que quero em troca e o empenho dela na faculdade. - Rebateu, sem ao menos dar importância ao meu pedido.
- Mais empenho, pai? Pelo o amor de Deus! - Gustavo riu sem humor.
- Parem, por favor! - Pedi mais uma vez e desta vez se calaram. Olhei Fernanda que fez uma careta pra mim. Sorte minha que elas já são acostumadas com esse tipo de cena, mas não deixo de ficar envergonhada. Ser tratada como uma criança quase sempre, quando tenho 19 anos. Palhaçada! Palhaçada das grandes.
Fomos calados o restante do caminho e quando chegamos eu fui a primeira a entrar, minhas amigas me acompanharam até meu quarto.
- Amiga, não fica assim. - Alice disse, depois de todas nós sentarmos na cama, enquanto eu já chorava.
- Vocês tem noção do quanto isso é constrangedor? Eu não tenho mais 12 anos de idade!
- E nem precisa viver pra faculdade. - Fernanda complementou. Luísa me abraçou.
- Você sabe que ele é assim, é maneira de ele demonstrar que te ama, que se preocupa com seu futuro. Vocês tiveram um começo de vida difícil, ele quer garantir que isso não volte a acontecer na vida de vocês.
- Eu sei, Luísa, mas poxa fazer essa briga todo por causa de uma balada? Ele tá pouco se lixando pra horário! Ele é um ciumento e arruma essa faculdade como desculpa pra me controlar e me tirar dos olhos de qualquer pessoa.
- Ele já me falou que a preocupação com você é redobrada por você morar longe. - Alice disse, enquanto meu choro não sessava. Minha mãe entrou no quarto como um furacão.
- Você vai nessa balada ouviu? Deixa esse careta ficar irritado, eu paguei sua passagem e você só vai na hora que está marcada.
- Mãe, eu acho melhor não.
- Ele pegou uma briga comigo lá na sala e você vai sim! Ouviu, Thaila? Você tem que fazer ele entender que você não é mais criança e que pode sim tomar suas próprias decisões.
- Não sei... - Olhei minhas amigas em dúvida e logo elas concordaram que eu devia ir.
- Não pensei que você estava cogitando a ideia de não ir. Depois dessa briga toda? - Fernanda disse.
- Eu me sinto mal sabe? Porque envolve toda minha família. Ele brigou com todos!
- Depois ele esquece. Não vai ser a primeira vez que ele briga com você, nem comigo e muito menos com Gustavo. - Minha mãe disse e sentou na cama. - Mamãe só quer ver você feliz. - eu sorri ao perceber seu jeito de falar. Como se eu fosse uma criança.
- Mãe, eu não sou criança. Fala comigo direito. - Funguei e limpei minhas lágrimas.
- Vai ser feliz, velhona! Vai nessa balada e agarra um gato por lá. - Ela disse toda animada e todas nós acabamos rindo.
- Será que devo? - perguntei ainda em dúvida.
- Claro que deve! - As quatro disseram juntas.
- Tudo bem, eu vou. Ele já ta brigado comigo mesmo não adianta eu ficar aqui mofando, ser mal educada e furona com a Bruna.
- Isso! - Alice disse e bateu uma mão na outra.
- Como eu sou feliz por ter vocês! - Abri os braços e todas se jogaram em cima de mim. O que nos rendeu boas risadas.
Minhas amigas ficaram comigo até a hora de eu ir tomar banho, elas até queriam ir, mas todas iriam ter o tempo ocupado durante boa parte da noite, assuntos de seus trabalhos. Nos despedimos e então fui me arrumar. Só pra escolher a roupa foi um dilema. Eu vou ver ele de novo. Meu cérebro fazia questão de me lembrar isso o tempo todo, eu já fico nervosa de pensar.
(...)
Depois de pronta, falei com Bruna, dizendo que já estava de saída. Encontrei minha mãe assistindo e meu irmão deitado no sofá com a cabeça nas pernas dela.
- Que gata! - Gustavo disse, assim que me viu.
- Obrigada. - Coloquei uma mecha do cabelo atrás da orelha. - Mãe, cê pode bater uma foto minha aqui? - pedi.
- Claro. - Levantou e eu fiz algumas poses, depois de umas cinco tentativa, eu parei. No mesmo instante meu pai apareceu na sala, comendo uma maçã. Me olhou impassível, devolvi o mesmo olhar e em seguida o direcionei para minha mãe.
- Tô indo. - Beijei seu rosto.
- Vai com Deus. Aproveita muito. - Sorriu e eu sorri junto.
- Pode dar uns beijos na boca, eu deixo. - Gustavo disse e eu ri. Meu pai continuou sério.
- Quero mesmo é a chave de um dos seus carros.
- Pega aí na mesinha. - Peguei uma das chaves na mesa de centro e soltei beijo, saindo em seguida. Na garagem eu peguei um de seus três carros e fui para o local do show.
Chegando lá, antes mesmo de entrar, liguei para Bruna.
- Oi, Thaila!
- Bruna, cheguei aqui. Como faço pra entrar? - Ri de leve.
- O Rober vai te buscar.
- Quem é esse?
- Um baixinho que vive com meu irmão, o secretário.
- Acho que sei quem é. - Lembrei do carinha do aniversário do Wesley.
- Você tá de vestido? Vai que cê não conhece ele...
- Tô de macaquinho e bota, sozinha.
- Tá, então até daqui a pouco. Beijo.
- Outro. - Desliguei e quase cinco minutos depois, o baixinho apareceu. Aproveitei o tempo para postar uma das fotos que minha mãe bateu:
" 🌛 "
- Que linda hein?! - me elogiou e me abraçou em seguida.
- Obrigada.
- Tudo bem? - desfez o abraço, enquanto algumas meninas que estavam chegando gritavam seu nome.
- Tudo sim e com você?
- Tudo ótimo. Bora? - assenti e ele acenou para as pessoas que o chamavam, pediram foto, mas ele fez sinal que depois. Ouvi cerca de duas, ou três falarem: " Essa é a Thaila Sampaio. "
Fomos por um trajeto diferente e logo entendi que estávamos indo para o camarim. Puta merda, ele vai me ver e vai me olhar daquele jeito...
Quando chegamos em frente a porta com o nome " camarim Luan Santana" Rober, abriu a porta. Agora sei o nome do baixinho.
- Thaila! - Bruna disse animada e já abriu os braços para me acolher em um abraço. Vi Luan rapidamente conversando com uma mulher um pouco mais velha. Abracei Bruna.
- Tudo bom, linda? - perguntei.
- Tudo sim! Que bom que cê veio. - sorri e ela desfez o abraço. Cumprimentei suas duas amigas, que estavam com ela no dia do restaurante. Haviam mais algumas pessoas que não conhecia, mas pela camiseta eram da produção dele. Havia também uma menina, que rapidamente percebi ser sua maquiadora. O olhei novamente e ele me olhava, ainda falando com a mulher mais velha. Sorriu e eu sorri de volta. Decidi ir falar, ser educada. Me aproximei e então me dei conta que os dois fortões estavam no camarim também, comendo no sofá. Acenei para eles sorrindo, e eles sorriram de volta.
- Oi. - disse assim que cheguei próximo ao Luan.
- Oi. - Ele me olhou daquele jeito... Merda. - Cê tá linda.
- Obrigada. Tudo bem? - perguntei e ele tomou iniciativa de me abraçar. Que homem enorme!
- Tudo e com você? - perguntou baixinho. Esse tom de voz...
- Tudo ótimo. - ele beijou minha bochecha e em seguida me apresentou a mulher que estava com ele.
- Lelê, essa daqui é a Thaila. Thaila, essa é a Lelê, minha assessora de imprensa.
- Oi, tudo bem? - ela disse simpática e me abraçou.
- Tudo ótimo e com você?
- Tudo bem. - Sorriu e logo se afastou, depois de pedir licença pra atender o celular. Meus olhos se voltaram pra ele que agora tinha uma das mãos dentro do bolso da calça.
- Cê não quer comer nada? Pode ficar a vontade. - Apontou com a cabeça para uma bancada cheia de comida.
- Não, obrigada. - Só então lembrei que não como nada a horas.
- Thaila, vem cá. - Bruna me chamou risonha. Sorri para Luan e me afastei. É, a presença dele me afeta. - Vamos bater uma foto.
- Claro. - Sorri e me posicionei junto dela e suas amigas, Rober bateu.
- Qual seu instagram? - Sua amiga mais baixinha perguntou.
- thailasampaio.
- Vou te seguir. - Sorriu.
- Eu também. - Bruna disse e então peguei meu celular também, para seguí-las de volta. Logo soube que os nomes de suas amigas eram Bruna e Dani. Bruna me apresentou a elas. Ficamos conversando e decidi chamar de Paiva que é o sobrenome da amiga chara de Bruna.
- Vou postar nossa foto. - Paiva disse e já voltou sua atenção para seu celular.
- Ô Thaila, vi o Wesley faz uns dias, fiz show no mesmo lugar que ele. - Luan já estava do meu lado. Meu Deus!
- Foi? Faz um tempinho que não vejo ele. A última vez foi quando fui na casa dele pra marcar algo nas férias. - o olhei e ele me olhava com toda a atenção do mundo como sempre.
- Ele mal para em casa né?!
- Graças a Deus. - sorrimos e ele ficou me olhando por instantes. Senti meu rosto corar e desviei o olhar. - Deu certo postar, Paiva? - falei a primeira coisa que veio na cabeça.
- Deu, deu sim.
- Pi, cê comeu? - Luan falou com sua irmã. Porque do " Pi" ?
- Ainda não. Vou agora. - Eles se afastaram e eu continuei conversando com Dani e Paiva. Minha vontade é de correr pra longe dele. Seu olhar deixa claro, muito claro o que ele quer. Apesar de sempre me tratar tão bem! Como um príncipe. Suspirei em meio a conversa.
|| Luan narrando. ||
Quando Bruna me disse que Thaila viria, eu fiquei tranquilo. Ela é gente boa e eu pensei que meu corpo não iria reagir ao ver ela. Me enganei. Que porra é essa que eu ainda desejo essa menina? Será que é porque sei que não vou ter? Não consigo entender, tento, mas não consigo. Ela tá tão linda e tão simpática. Trocamos algumas palavras e tenho certeza que não conseguia disfarçar meu jeito de olhar pra ela, já que ela estava toda envergonhada, mesmo que tentasse disfarçar. Ela não é pra levar pra cama. Ela não é pra levar pra cama. Eu repetia isso, tentando fazer com que eu cérebro entendesse. Minha irmã trocou várias risadas com ela. Realmente se deram muito bem. Quando chegou a hora de eu me preparar para subir para o palco, elas foram pro camarote.
- Segura, boi! - Testa já fez graça.
- O jeito de olhar disse tudo, então nem tenta mentir. - He-man disse rindo.
- Acho que alguém vai ficar na vontade hein, boi? - Negão disse e eu apenas neguei rindo. Porra, ficou tão na cara assim de todo mundo? Logo eles se ocuparam em suas funções e esqueceram a Thaila. Lelê entrou, nos apressando.
- Vamos ficar depois do show mesmo né?! - Quis confirmar o que já tínhamos combinado com Bruna.
- Vamos sim. Aí cê vai babar mais um pouquinho na morena. - Ri e não rebati. Sei que vou babar mesmo.
Depois de todos os procedimentos, subi no palco e foi gratificante ver tudo cheio. Lotado. Procurei Thaila no camarote e vi que ela sorria de algo, junto com Bruna.
Durante o show, tentei olhar o menor número de vezes que consegui em direção a elas. Eu quero essa menina!
Depois de uma tensa discussão entre a família, Thaila foi para o shooow! E ai, o que acham que vai acontecer? A atração nós já sabemos que é recíproca... Luan tá querendo demais. Hahaha, palpites? Será que ele toma atitude? Será que leva um fora? Ou decide nem tentar nada? 🙊
Comentários respondidos com amor 😍
Bjs, Jéssica. 💕
Socorroooooooooo já quero esse fica pós show pra loogooo 😍😍😍
ResponderExcluirMeu Seus esse pai da Thaila é muito chato kkk.. Maaas falando do casal, tomara que dessa vez role algo entre os dois. 😍
ResponderExcluirQue role algo AMÉM! gente q dificil viu kkkkkkkk continuuuaa
ResponderExcluirSe rolar capaz do pai dela cortar a língua dele hahaha
ResponderExcluirMeu Deus, sai pelo menos um selinho num aguento mais! Gente, esse pai dela é insuportável, esse pedaço de estrume. Continua que to me tremendo
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