Acordei com Luan me chamando, a sensação é de ter dormido apenas meia hora. Que cansaço!
- Que foi? Vamos dormir, Luan. - resmunguei sentindo meus olhos pesando, me impedindo de abri-los.
- Já dormimos quatro horas, bora descer e passar um tempo juntos.
- Vamos. - falei sonolenta ainda de olhos fechados.
- Então levanta, amor. - ele riu de leve.
- Eu tô morrendo de sono, bebê. - falei sem nem ao menos conseguir raciocinar direito.
- Vou descer e chamar a Bubu pra ficar um tempo na piscina com a gente, quando eu voltar aí cê levanta e toma um banho comigo.
- uhum.- falei já quase dormindo novamente e ouvi sua risada antes de apagar completamente.
(...)
- Thaila. - ouvi sua voz novamente, droga, ele já voltou! Abri os olhos com esforço e vi ele em pé. - Bora levantar? - sorriu e eu sorri junto. - Lá em Vitória a gente pode dormir o tempo que você quiser.
- Jura?
- Juro. Vai levantar ou quer que e te leve nos braços? - disse todo carinhoso e eu senti vontade de apertá-lo. Sentei com os pés pra fora da cama e o olhei. - Coisa linda! - se inclinou e me deu um selinho. Segurou minha mão, me impulsionando a levantar. Fiquei de pé e o abracei forte, inalei o perfume do seu pescoço e ele acariciou minhas costas. Acabei dormindo apenas com sua camiseta, já que minha mala ficou na sala.
- Bom dia! - falei com a voz rouca.
- Bom dia, gatinha. - desfez o abraço e entrelaçou nossas mãos. - Vem, vamos tomar um banho e você vai ficar mais disposta. - me guiou até seu banheiro e é espaçoso, com uma decoração de muito bom gosto. Eu lembro de ter ficado encantada quando entrei ontem para tomarmos banho antes de dormir. Tirou sua camiseta do meu corpo e eu já estou completamente pelada, ele tirou sua bermuda de moletom e sua cueca, então entramos no boxe, ligou o chuveiro e então a água quente correu sobre nós. O abracei sentindo seu corpo, como é bom estar junta dele.
- A gente poderia morar mais perto um do outro né?! - encostei meu queixo um pouco acima do seu peito, o olhando.
- Poderia, mas essa distância não atrapalha nada.
- Atrapalha sim. - revidei com convicção. - Você faz uma falta do caramba. - franzi a testa e ele sorriu.
- A cada dia eu te amo mais, projeto de gente. - encolhi meus olhos ao ouvir meu apelido.
- Prefiro quando você me chama de amor ou de gatinha. - ele sorriu novamente e me beijou. O primeiro beijo pra valer do dia, um beijo lento, carregado de sentimentos bons. Eu amo ele e quando eu penso no tamanho do sentimento, meu coração chega a doer, nunca senti algo tão intenso. Tenho medo de ser só um sonho e eu acordar sem ter ele na minha vida. Não, não gosto nem de pensar. Encerrei o beijo com selinhos e segurando as laterais do seu rosto eu disse baixinho: - Te amo.
- Pensei que fosse demorar mais pra ouvir você me dizer isso. - acariciou meu rosto.
- E eu pensei que demoraria pra falar, mas não posso negar o que sinto por você. Não é nada fraquinho não, é amor. Ontem quando eu te vi, enquanto a gente tava transando, eu cheguei a conclusão de que eu já fiz de você parte da minha vida e que eu não quero te perder, o que você despertou em mim é amor. - sorrimos um para o outro e ele me abraçou forte.
- Te amo, te amo muito. - falou baixinho contra meu ouvido. - Só agradecer por você aparece na minha vida. - Desfiz o abraço e então, peguei o sabonete líquido. Coloquei um pouco em minha mão e em seguida comecei espalhando por seus ombros. - Só dá cintura pra cima. - me avisou e eu soltei uma risada.
- Não pode descer mais um pouco? - rapidamente tentei tocar seu amigo, mas ele segurou minha mão antes.
- Não mexe com fogo, Thaila. - falou rindo de leve. - Combinei com a minha irmã que a gente vai pra piscina.
- Tá bom, não vou mexer. - mordi meu lábio inferior e ele sorriu negando com a cabeça, soltou meu pulso e eu voltei a ensaboar seus ombros. Depois de chegar até sua cintura ele terminou de se ensaboar, desliguei o chuveiro para poupar água. Vi ele ensaboar suas partes íntimas e eu senti vontade de tê-lo dentro de mim novamente. Soltei um suspiro pesado e ele me olhou me repreendendo. - Que foi?
- Para de me olhar assim. - desviei meu olhar do dele, porra, será que nunca vou saber disfarçar quando eu sentir vontade dele? Peguei um pouco do sabonete. - Ei, deixa que eu retribuo sua gentileza. - pegou o sabonete da minha mão e espalhou nas dele, começando a me ensaboar.
- Não tenho restrições, pode passar com suas mãos por onde quiser. - lhe dei meu sorriso mal intencionado e ele me olhou todo sem vergonha segurando o sorriso.
(...)
Saímos do banho e tudo não passou de provocações.
- Minha mala ainda tá lá na sala. - falei parando perto da cama.
- Não, eu já trouxe. - apontou para o cantinho ao lado da poltrona do seu quarto.
- Obrigada. - lhe dei um beijinho e fui até a mala. Escolhi um biquíni depois de passar um tempinho procurando, sempre levo tudo, tudo mesmo em qualquer viagem que eu faça. Me desfiz da toalha e fui até o espelho, onde Luan está passando a mão nos cabelos já com uma bermuda de pano molinho. - Dá licença? Não consigo ver nada com esse poste na minha frente. - ele me olhou rindo com sua covinha aparecendo, olhou meus seios e me abraçou.
- Quem mandou ser um projeto de gente? - fez graça.
- Indiretamente você está ofendendo sua sogra.
- Que golpe baixo. - nós rimos.
- Deixa eu vestir isso. - Ainda sorrindo lhe mostrei o biquíni em minha mão.
- Tudo bem. - deu um tapinha em minha bunda antes de me soltar. Vesti a parte inferior, enquanto ele está teclando no celular, com certeza está conversando com alguém. Em seguida a parte de cima, fiquei arrumando as bordas do sutiã e logo fique pronta. Só procurei um short rapidinho e vesti, passei perfume e desodorante também.
- Vamos? - o chamei e só então ele tirou os olhos do celular. Levantou-se e segurou minha mão, descemos as escadas, logo chegamos na cozinha, encontrando todos. Amarildo encostado no balcão comendo um pedaço de bolo e uma xícara na outra mão, creio que com café. Marizete, secando uns copos na pia e Bru comendo já de biquíni, sentada em uma das cadeiras da mesa.
- Gente, vai chover dinheiro hoje. Vamos pra rua. - minha sogra brincou e todos riram, acabei rindo também mesmo sem entender direito o motivo da sua brincadeira.
- Bom dia. - beijei o alto da cabeça da minha amiga.
- Bom dia, maravilhosa! - sorri e segui para meu sogro.
- Bom dia, Amarildo. - nos abraçamos e ele beijou meus cabelos também.
- Bom dia, fez boa viagem?
- Sim. - sorri. Eles me tratam tão bem! Desejei bom dia para Marizete e nos abraçamos também.
- Filho, que mudança hein?! - ela fez graça novamente e eu sentei ao lado do Luan.
- Thaila, pode vir dormir aqui mais vezes, só você pra fazer esse cara acordar cedo. - Amarildo disse e eu ri.
- Eu que acordei ela, cês não sabem de nada. - Luan disse bem humorado e eles riram, enquanto eu sorri pegando um pedaço de mamão.
- Nem é cedo, já são 10:00 horas da manhã. - Bru mostrou a língua pro irmão, terminando de tomar seu iogurte.
- Mari, desculpa eu não ter voltado ontem. - Sorri sem graça.
- Eu disse que você não voltava. - riu de leve. - Não tem problema, minha linda.
- Cê virou a noite pra tá aqui né?! O Luan falou do show que cê foi e a Marizete disse a hora que você chegou.
- Foi. Nem dormi direito ainda. - falei provando do mamão.
- Lá em Vitória cê dorme. - Luan disse e eu assenti. Continuamos comendo e conversando, meu sogro perguntou se vou ver minha família ainda hoje e eu neguei. Não quero que meu pai saiba que estive aqui, que dormi aqui e somente passei lá rapidinho. Quero evitar discussões. Depois de nos alimentar devidamente, subimos para a espécie de cobertura deles, onde fica a piscina. Uma parte coberta e outra a luz do sol. Coloquei o óculos de sol da minha cunhada.
- Tenho tanto trabalho pra esse fim de semana, tô sem tempo de respirar. - Bru fez careta sentando em uma das cadeiras, debaixo de uma mesinha com coberta. Luan sentou em outra e me puxou delicadamente para seu colo.
- E você tá aqui de boa? Eu não consigo, quando tenho trabalho quero me livrar o quanto antes. - ri de leve e senti Luan morder meu ombro e cheirar em seguida.
- Amiga, tudo vai se resolver. - ergueu as mãos pra cima como quem pede ajuda a Deus e eu ri. Queria muito que ela morasse mais perto de mim também.
- O boi não te chamou pra viajar com ele? - Luan perguntou.
- Chamou, mas como que vai? - ela fez bico. O celular de Luan tocou e ele me pediu licença. Levantei e ele levantou em seguida também, se afastando para atender a ligação.
- Já que o Luan tocou no nome do Breno, me diz, como vocês estão?
- Muito bem. - sorriu apaixonada. - É a coisa mais rara do mundo acontecer uma briga nossa, é muito difícil.
- Ele é muito ciumento?
- Eu sou mais. - riu de leve.
- Então é de família né?! - olhei seu irmão ironicamente, enquanto ele está distraído falando ao telefone, minha amiga riu.
- Acho que sim, amiga. Será que vai demorar muito pra gente conseguir ir pra Natal?
- Só depende do seu irmão.
- Eu queria ir passar um fim de semana com você lá, sabe? Programa de amigas, já que não nos vemos com frequência, mas ele disse que seus fins de semana são ao lado dele. - fez uma voz de deboche e eu ri.
- Nós combinamos assim, sempre que eu estiver livre de qualquer estudo nos fins de semana, eu viajo com ele. É a única maneria, moramos muito longe um do outro.
- É, é verdade. Aí pra ele não ficar atrapalhando uma possível viagem nossa, decidi que é melhor irmos de casais.
- Cê pode chamar a Paiva e o Caio também. - sorri sapeca e ela riu.
- Aqueles dois são uma novela, uma hora estão se querendo, outra hora já estou ficando com pessoas totalmente diferentes. - negou com a cabeça e vi Marizete aparecer com uma bandeja e três sucos nela.
- Sua mãe não cansa de ser gentil. - falei sorrindo somente para que Bruna escute.
- Você diz que o Gustavo é a melhor pessoa do mundo não é?! No meu caso a melhor pessoa do mundo é ela. - sorrimos uma pra outra e meu coração apertou ao lembrar do meu chulé. Estamos tão perto e mesmo assim não vou vê-lo.
- Trouxe suco de abacaxi.
- Mari, eu tõ ficando sem graça com tanta gentileza. - fui sincera, me sentindo realmente sem graça.
- Não vai ficar pensando que é incomodo. - negou com a cabeça e nós pegamos os sucos.
- Obrigada. - sorri e ela sorriu de volta.
- O Rober já tá no pé do Luan. - nós olhamos para ele que agora está rindo, ainda ao telefone.
- Eles são bem próximos, acho legal, a relação deles vai muito além de trabalho.
- São muitos anos juntos. - minha sogra disse.
- São muitos podres divididos e guardados. - Bru disse eu ri de leve imaginando o estrago que eles já fizeram juntos.
- Vou ao shopping com Amarildo. - Mari disse e nós assentimos.
- Bom passeio. - falei.
- Vão com Deus. - minha amiga falou e Marizete se afastou sem tirar seu sorriso do rosto. - Amiga, como sua família tá lidando com o namoro de vocês?
- Todos gostaram, menos meu pai. - lhe dei um sorriso meio desanimado.
- Essa fama do pi não ajuda. - ela fez careta e nós provamos do suco.
- Não é só isso, ele diz que o namoro vai me atrapalhar na faculdade, além de do seu ciúmes. Ele já disse que mudei com a família depois que conheci o Luan.
- Nossa, que ciumento! - ela riu de leve. - Ainda bem que meus pais adoram o Breno, mas também já fazem anos que o conhecem.
- É, se fosse o Vini também, meu pai iria fazer uma festa. - rimos.
- Se fosse o Vinicius o que? - Luan perguntou e eu nem acredito que ele ouviu, vi ele caminhando em nossa direção, mas não pense que fosse ouvir.
- Nada. - falei e Bru e eu bebemos o suco.
- A Xum trouxe pra nós, pega o seu. - Bruna disse tentando desviar os pensamentos do irmão, mas ele continua de cara fechada e agora cruzou os braços.
- Pode parar vocês duas. Você quis dizer que se fosse o Vinicius seu namorado, seu pai iria fazer festa? - ergueu as sobrancelhas e eu suspirei.
- Você tá interpretando mal porque só ouviu uma frase e não a conversa toda. - expliquei.
- Então me ajuda a interpretar corretamente. - falou ainda cheio de marra.
- Pi, você nunca sentiu ciumes de bobagem, para com isso. - ele só deu um olhar repreendedor para a irmã e eu pude ver o olhar incrédulo da minha amiga.
- Você vai querer discutir? - perguntei, na tentativa de fazer com que ele pare com isso.
- Você que fica falando bobagem. - rebateu e eu estou completamente sem graça por ele estar agindo assim na frente da sua irmã. - Pro seu pai querer fazer festa deve ter motivo.
- Luan, por favor! - pedi, ao ouvir ele começar com insinuações. - A Bruna perguntou como minha família reagiu ao nosso namoro, eu expliquei como tá a situação com meu pai. Ela comentou da sorte do Breno se dar bem com todos vocês e vice versa e então eu falei o que você ouviu, porque o Vinicius é meu amigo a bastante tempo, como o Breno era amigo da Bruna, a aceitação séria total, foi só um exemplo. - ele continuou a me olhar sério.
- Vou dar um pulo na piscina. - disse frio, ficou de costas pra nós e logo entrou na piscina. Olhei minha amiga que ainda está incrédula.
- Cê viu como ele é? - falei.
- Tô muito surpresa, ele nunca foi assim.
- Que sorte a minha ele ser assim logo comigo. - suspirei.
Vixiiiiii, olha o Luan ciumento em cena de novo. :| Como vai ser no próximo capítulo?
Obrigada por cada comentário, amo ver que estou agradando vocêssss.
Bjs, Jéssica.
Affs esses ciúmes do Luan tá ultrapassando já , migo aproveita que ela tá contigo pare com esse ciúmes besta se a aceitou ficar contigo é pq gosta de você 😒👌
ResponderExcluirContinua
Dá esse toque pra ele, migaaaa
ExcluirVishe que ciumento esse boy magia ! Só que no fundo ele tem um pouco de razão. mas tomara que se resolvam logo
ResponderExcluirO boy é virado no ciumes haha, tomara messsmo, molier
ExcluirCiumentinho lindoo, mas da vontade de dar uma porrada nele ao mesmo tempo! Kkk
ResponderExcluirÔ molier, penso igualzinho a ti hahaha
ExcluirIh ele ficou boladinho? Será que vai desbolar sozinho ou dona Thaila vai ter que dar um gelo?
ResponderExcluirOu será que ela vai atrás? É aquela frase que tu já disse: " casal de bestas. " HAHAHA
ExcluirQuanta insegurança meu Pai .. Luan com ciumes e tão fofinho, mas a vezes extrapola. Continua mulher
ResponderExcluirNão vamos passar do limite, Louam. Continueeei, minha linda.
ExcluirLuan tem que aprender a controlar seus ciúmes. A Thai poderia dá um gelo nele.
ResponderExcluirTem que aprender mesmo, será que alguém vai ensinar?
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