sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

" Se sentindo culpada. " Cap 62

Acordei com um celular tocando insistentemente. Abri os olhos com esforço e me vi totalmente sufocada pelo corpo do Luan. Sorri e beijei seu braço que está em meu ombro.

- Desliga isso, Thai. - ele resmungou e eu levantei. Até já sei, é o meu despertador. Coloquei pra despertar ontem antes de sair da casa do Luan. Tenho que ir visitar o Jefferson. Que noite boa ontem, mais uma transa de descobertas. Ontem eu percebi que estou apaixonada, completamente apaixonada. Mesmo com todo o ciúmes, um defeito que eu detesto, eu gosto de estar com ele, sinto um afeto por ele, mesmo com seu ciúme não quero deixar de estar ao seu lado. Daí tirei minhas conclusões. Fiz meu primeiro oral e ele gozou na minha boca! O gosto é estranho, mas a sensação de levá-lo ao seu limite é maravilhosa! Sentei na poltrona depois de desligar o despertador e sorri o olhando. Eu zero a vida todas as vezes que vejo ele assim, quando ele acorda e quando me fode. Estou sentindo meu corpo todo dolorido, tenho que tomar banho e me despedir dessa pessoa gostosa, branquinha e linda. Levantei em meio a um suspiro, estou me sentindo exausta! Devo ter dormido apenas umas quarto, cinco horas. Hoje o dia vai ser bastante corrido! Dentro do banheiro tirei sua camiseta ficando pelada, tomei um banho quente, mas não tão demorado. Quando saí o encontrei ainda dormindo de bruços, com o lençol cobrindo apenas sua bunda. Que bundão! Peguei peça por peça e fui me vestindo. Que fome! Minha barriga está roncando, necessitada. Vou deixar pra comer em casa. Não molhei meus cabelos e então, apenas fiz um coque. O olhei com um sono profundo na cama, vou sentir sua falta. Mesmo que rapidamente eu amei vê-lo. Sentei na cama, próximo a sua cabeça, acariciei seus cabelos com toda a leveza do mundo.

- Bebê? - chamei baixinho, me inclinado deixando meu rosto mais próximo do seu. Ouvi um suspiro pesado e sorri. - Luan? - beijei sua testa. - Luan? - chamei novamente ao perceber que ele não me ouviu. - Eu preciso me despedir, acorda bebê. - Vi ele despertando e me olhou com dificuldade.

- Que horas são? Cê já vai porque? Tá tão tarde assim? - me encheu de perguntas com a voz rouca e sonolenta.

- Ainda é cedo, eu preciso ir visitar uma pessoa especial. - ele acordou mais, creio que quase totalmente e me olhou com olhos atentos.

- Que pessoa? - franziu a testa.

- O Jefferson.

- Mais um amigo homem? - fechou os olhos e fez cara de quem está sofrendo. - Não, Thai. Não me diz que depois de ontem cê vai me deixar aqui pra ver outro homem. - me olhou.

- Vou, vou ver um homenzinho lindo. É meu amigo também.

- Tá tentando me irritar a essa hora da manhã? - disse sério e ao perceber que ele realmente está ficando de mal humor, decidi explicar melhor.

- É uma criança, faz parte de uma das instituições que eu ajudo. - ele relaxou visivelmente e vi seu olhar de admiração sobre mim.

- Jefferson?

- Isso. Faz uns meses que não vejo ele, tô me sentindo mal por isso. Nós gostamos tanto um do outro.

- Quero conhecer essa pessoinha que é tão especial pra você. - sorriu todo lindo pra mim.

- Se você for hoje vai causar muito tumulto. É domingo, muitos voluntários estão por lá. Pode ser outro dia?

- Já que não dá, então tudo bem. De uma próxima vez eu vou.

- Eu não vou conseguir mais te ver antes de ir embora, por isso te acordei.

- Ah, cara! - ele falou em um gemido frustrado. - Cê podia morar mais perto.

- Mas não moro, bebê. - beijei seu nariz.

- Eu te levo na instituição. - se dispôs.

- Não, pode ficar mais eu vou chamar um uber.

- Não, Thai. Eu te levo. - Ergui as sobrancelhas demostrando que não vai adiantar ele insistir. - Tá, tá bom. - suspirou. - Deita comigo por enquanto. - atendi seu pedido me encaixando em seus braços, ficamos de lado, lhe abracei e cheirei seu pescoço.

- Vou sentir sua falta. - falei.

- Eu também, não tenho noção de quando vai dar pra gente se ver em Fevereiro. Esse mês não dá mais.

- Nem eu.

- Cê vai mesmo pro Rio no carnaval?

- Vou, como cê sabe?

- Ouvi vocês falando quando a gente tava em Morro Branco e ontem o Gustavo disse também, até me convidou. Já você não faz isso... - o olhei.

- Para com isso. Eu não chamei porque imaginei que você vai ter shows durante o carnaval.

- Não custa chamar. - revirei os olhos.

- Ao mesmo tempo que você é maravilhoso, você é um chato.

- Ah é? Chato? Beleza. - disse tentando se afastar de mim, deitou de barriga pra cima e eu montei nele, encostando meu nariz no seu.

- Desculpa. Luan, você quer viajar com a gente?

- Não, cê só tá chamando porque eu falei, não foi por livre e espontânea vontade.

- Nossa senhora! - sentei e ele continuou me olhando. É muito gostoso! Me olhando assim, todo bravinho com essa boca linda, os cabelos assanhados e com essa carinha de neném de pele branquinha.

- Eu tenho show. - Ele disse ainda bravo.

- Sabia. Eu tinha razão. Todos os dias?

- Não, mas eu vou aproveitar a folga com meus amigos em Salvador.

- Tá. Então vai demorar um tempão pra eu te ver de novo. - acariciei seus cabelos, continuou me olhando impassível. Segurei o sorriso ao perceber que ele ainda está emburrado. Aproximei meu rosto do dele e lhe dei um beijinho rápido e mordi sua bochecha em seguida. Ele já é lindo, quando fica emburrado se torna mais lindo ainda.

- Cê tá mordendo forte. - finalmente me tocou, segurando a parte posterior das minhas pernas. Fui para seu pescoço e mordi também. - Thaila! - reclamou. Sorri o olhando.

- Não fica emburrado comigo. - pedi e beijei seu olho. Continuou em silêncio me olhando. - Luan, não quero ir brigada com você.

- Não brigamos.

- Então desfaz essa cara de bosta. - apertei suas bochechas e por consequência sua boca fez um biquinho lindo. Sorri lhe dando seguidos selinhos. - Bebezinho. - sussurrei contra sua boca, vi ele segurar o sorriso e eu sorri. - Tá bem comigo?

- Tô.

- Então me beija. - fez o que eu pedi ainda segurando minhas pernas, beijar ele é sempre tão bom, é bom até mesmo depois de acordar e sem escovar os dentes como agora.

- Vai com Deus viu?! - passou o dedo por minha bochecha carinhosamente. - O chato e ciumento vai sentir sua falta.

- Esqueceu que ele é lindo e maravilhoso também. - sorrimos. - Tenho que chamar o uber. - saí de cima dele e peguei meu celular na poltrona, depois de chamar o uber voltei para a cama, agora ele está sentado, o lençol está cobrindo da sua cintura pra baixo.

- Cê chegou a ver mais alguma foto? - me perguntou.

- Não, não olhei nenhuma rede social hoje.

- Entendi. A Lelê não me ligou, então acho que tá tudo de boa.

- Tudo de boa? - ri de leve. - É claro que não, deve ter vários xingamentos no meu insta. Sua fãs são fogo! Nem vou entrar no instagram hoje.

- Faz bem. Vem cá, coisa linda. - ele disse puxando minha mão, deitou e eu deitei em cima dele. Me beijou longamente, passando as mãos por meu corpo sem pressa alguma. - Não esquece do nosso combinado. Exclusividade. - Ele disse após o beijo.

- Quem não deve esquecer é você.

- Eu lembro sempre.

- Ótimo. - sorri. - Preciso ir agora. O uber já deve tá chegando.

- Fazer o que né?! - fez um biquinho e eu mordi.

- Beijo. - lhe beijei de leve.

- A gente vai se falando. Faz uma boa viagem.

- Obrigada. - selei nossos lábios mais a vez e ele iniciou um beijo. - Tchau. - falei após encerrar e saí de cima dele.

- Tchau, coisa linda. - ele passou os dedos por seu cabelo. Maravilhoso do caramba! Peguei minha bolsa, calcei minhas botas e ele me observando o tempo todo. Depois de estar realmente pronta pra ir embora, soltei beijo de longe e ele também. Saí dali com seu cheiro em mim, entranhado na minha pele. Peguei o uber até minha casa, ao chegar vi apenas Maria, ela disse que meus pais estão na piscina se refrescando e Gustavo dormindo. Disse também que seu Amarildo trouxe o carro do Gustavo que usei ontem, ficou lá, afinal eu fui para a balada no carro do Luan. Depois tenho que agradecer a gentileza. Me disse também que não encontrou ninguém da minha família, ela quem  quem o atendeu e ele estava com pressa, veio junto de outro homem que o levou de volta em outro carro. Subi para meu quarto, escovei os dentes e troquei de roupa. Escolhi uma calça jeans e a blusa simples, um par de sapatilha nos pés e pronto. Já posso ir ver o Jefferson. Deixei o recado com a Maria caso meus pais perguntem por mim, não vou perde tempo indo até a piscina. Hoje meu dia já está sendo extremamente corrido.

(...)

Entrei na salinha de lazer, onde a fundadora do lar disse que Jefferson está com sua mãe. Os encontrei brincando realmente, ele está tão alegrinho!

- Oi! - cumprimentei a todos com um sorriso, tanto os voluntários quanto as crianças. Jefferson me olhou surpreso e sem esperar nenhum minuto se passar correu para meu braços, o acolhi e nos abraçamos bem forte.

- Você sumiu, tia Tha. - sorri ao ouvir sua voz.

- Você desculpa a tia? Eu estive sem tempo.

- Minha mãe disse a mesma coisa, eu desculpo sim. - desfez o abraço e me olhou com seu sorriso lindo. Ele é tão sapeca!

- Senti sua falta. - passei a mão por sua cabecinha careca.

- E eu então?! Senti sua falta desse tamanho. - esticou os braços para os lados o máximo que conseguiu me fazendo rir.

- Meu lindo! - passei os dedos por sua bochecha.

- Thaila, tudo bom? - a mãe de Jefferson disse.

- Oi, Verônica! - nos abraçamos. - Eu tô bem e vocês?

- Estamos bem com a graça de Deus. Quase todos os dias ele perguntava por você. - desfiz o abraço.

- Eu senti uma culpa enorme por não poder vim. - lamentei e o peguei em meus braços. - Cê tá pesadão! - o olhei sorrindo.

- Tô forte, tia. - Sorriu todo convencido.

- Thaila, apareceu! - Uma voluntária passou por mim sorrindo.

- É, consegui um tempinho. - sorri de volta. Os voluntários fiéis já me conhecem. - Meu amor, você espera a tia falar um pouquinho com seus colegas? Depois a gente pode ir brincar no castelo do parquinho lá no jardim. - Ele assentiu sorrindo.

- Eu e minha mamãe vamos te esperar lá. - beijou minha bochecha e eu o coloquei no chão. Esse garotinho é lindo! Tão encantador. Observei ele saindo com sua mãe e em seguida comecei a interagir com o restante.

- Quero um abraço de cada um. - falei toda convencida e fiquei de joelhos e braços abertos, logo a maioria veio ao meu encontro, me fazendo quase cair no chão e me fazendo gargalhar bastante também.
Fiquei junto deles cerca de meia hora e fui brincar com meu menino preferido. passei o resto da manhã ao lado dele, dividindo sorrisos, bricando com outras crianças também, fazendo minha alma se encher de alegria. Eu realmente senti falta de vir aqui e trazer alegria pra eles, receber alegria deles. Pouco antes de ir embora conversei com a mãe do Jefferson e ela me passou tudo, como ele está e fiquei extremamente feliz por saber que ele está a cada vez melhor e os médicos estão bastante positivos quanto a sua recuperação. Parti prometendo não demorar muito a voltar, pretendo cumprir minha promessa.
 Antes mesmo de chegar em casa recebi a ligação da Alice, me cobrando o almoço que combinei com ela, Nanda e Lulu.

- Qual o restaurante? - perguntei.

- Connection.

-Certo, preciso passar em casa e tomar um banho, suei demais com as crianças. - rimos.

- Já sei que fou visitar alguma das Instituições. Você pode nos contar tudo durante o almoço. A gente te espera. Beijo, amiga!

- Beijo, sua linda. - desliguei e em poucos minutos cheguei em casa. Já na sala encontrei meus pais descendo as escadas e gargalhando.

- Olha só, se não é a sumida. - Meu pai disse todo irônico. - Pensei que não ia te ver mais antes de voltar para Fortaleza.

- Se enganou. - sorri de lado e me aproximei, o abracei e em seguida abracei minha mãe. - Fui visitar o Jefferson e as outras crianças, Maria disse? - Perguntei depois de desfazer o abraço.

- Falou. Ele tá bem, filha? - minha mãe perguntou.

- Tá sim. Ficou tão feliz em me ver! - Sorri.

- Ele vai se curar. - meu pai acariciou meu braço. Ele não está frio como eu esperava, mesmo depois de eu ter dormido em casa. Talvez esteja deixando eu usar minhas asas e voar. - Já viu as notícias? - mudou de assunto.

- Humberto, deixa assunto chato pra lá. - minha mãe falou. Franzi a testa e perguntei.

- O que aconteceu?

- Várias fotos suas com o Luan ontem na balada, flagaram vocês aos beijos, tem seu irmão em algumas também. - senti meu coração acelerar, porra!

- Mentira. - passei as mãos por meu rosto.

- Thaila, você saiu com ele sabendo que correria o risco. - ele disse e eu os olhei novamente.

- Eu sei. - falei baixo.

- Seu instagram tá uma loucura e não para de chegar emails pra mim querendo saber se estão namorando. - arregalei os olhos.

- Namorando?

- É, todos estão dizendo que vocês são namorados.

- Não acredito. O Luan tem que desmentir isso.

- Eu não vou me pronunciar sobre isso. - Meu pai disse enfim mostrando seu incomodo.

- Não precisa mesmo. - suspirei. - Desculpa por te causar esse incomodo, imagino que tenha vários emails realmente.

- Sim, tem.

- Ele estava muito estressado e eu consegui convecê-lo a passar um tempo na piscina e sair do escritório.

- É cada notícia, Thaila! - ele passou a mão na testa.

- Pai, tenta não olhar mais nada. Não se irrita com isso.

- Impossível! Além de causar reboliço com o nome dos meus filhos nas redes sociais e sites de fofoca ele já tá te tomando da gente. Pela primeira vez na vida você veio aqui e ficou com a gente pouquíssimas horas. - ele desabafou claramente chateado. Olhei minha mão procurando uma saída. - Você tá mudando. Mudando por causa dele.

- Humberto, para. - minha mãe pediu.

- Eu vou almoçar com minhas amigas e volto pra ficar com vocês. Eu sei que fiquei ausente dessa vez, mas... Mas culpar ele é...

-  É certo! Não esquece que somos sua família. - ele saiu em direção a cozinha e minha mãe o acompanhou tentando acalmá-lo. Meu pai conseguiu me deixar com a consciência pesada. Ele tem razão, nunca fiquei tão pouco tempo ao lado deles. Todas as vezes eu aproveitei ao máximo meus pais e meus amigos. Droga! Ainda tem as fotos... Eu estou realmente mudando? Minhas amigas estão me esperando. Tudo é tão em paz quando estou com Luan, basta a gente se afastar e algo sempre acontece tirando minha tranquilidade. Como sempre meu pai e desta vez tem as fotos novamente.







Gostaram? Quem além da Thaila concorda com o pai dela? Alguém? 
Obrigada por cada comentárioooo, suas lindas! 😍
Bjs, Jéssica. ❤

8 comentários:

  1. Não concordo com o pai dela não , a menina tem que viver se vazar fotos deixa isso é normal eles tem mais é que assumir logo esse namoro .

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  2. Affs mais o Humberto gosta de sufocar a thai né, fala sério! Que isso não atrapalhe o meu casal!

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Sempre o pai ne?! Ele nao deixa ela 'voar' sempre ta la para atrapalhar aaaaanemmm viu

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  5. Ai seu Humberto filhos são feitos pro mundo, deixa a menina voar

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  6. Humberto é muito charo e não concordo com ele. Deixa a menina ser feliz, se divertir. Fica o tempo todo nos estudos, ele cobrando ela. Ela é jovem, tem que aproveitar a vida. E as fotos? Que se FODA! O que tem? Tem nadinha beijar e já podem assumir o namoro. Eles não devem se pronunciar de nada, deixa pensarem o que quiserem. Marminino😌
    Quero mesmo é o encontro do meu casal😍

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  7. Não concordo não, a Thaila precisa ser feliz!

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