quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

" Incomodado. " Cap 51

- Da faculdade, porque? - respondi cheia de marra também.

-  Você tem muitos amigos homens. - disse completamente incomodado e eu ri.

- O que é isso, Luan? - ele me olhou sem entender.

- Isso o que?

- Você aí, todo incomodado.

- Tô mesmo. - desviou seu olhar do meu e eu passei o braço em volta do seu pescoço sorrindo. Ele está com ciúmes e fica tão bonitinho.

- Eu tenho muitos amigos homens, mais homens que mulheres se duvidar. - ele me olhou com uma carinha de bravo e eu gargalhei.

- Cê tá querendo me provocar?

- Tô sendo sincera. Você vai esbarrar com muitos amigos homens agora que...

- Isso que temos ficou mais sério. - me interrompeu falando.

- Mais sério não.

- Mais sério sim. - me olhou e eu suspirei, voltou a olhar para frente.

- Tá, tá bom. Ele e o Vini são os mais presentes além do Wesley. Tem o Diego também, mas esse mora em São Paulo...

- Nossa, Thaila. Tá bom, pode parar de falar. Começa a comer que é melhor. - me interrompeu novamente ainda sem me olhar e eu ri dele.

- Olha aqui. - ele fez o que eu pedi e eu selei nossos lábios uma, duas, três vezes. - São só meus amigos. - ele apenas suspirou. Agora que sei que ele gosta de mim, sei também que vai sentir ciúmes, só não esperava que fosse ver isso dele agora. Lhe soltei e peguei um garfo e faca. - Não quer um pouco?

- Não. - disse ainda de cara fechada, mas logo ele desfaz. Comecei a comer e ele começou a mexer no celular, pelo jeito está conversando com alguém. - O que ele veio fazer aqui? - perguntou do nada e eu suspirei o olhando.

- Pegar uma matéria que foi dada na faculdade, o sobrinho dele acabou rasgando... Enfim, ele veio pegar a minha.

- Hum. - voltei a comer e ele a mexer no celular. Que bobo! Ficar com ciúmes do Mathias! Ri por dentro.

- Sua família sabe que cê tá aqui na cidade? - perguntei depois de engolir minha comida.

- Claro, uai.

- Sabe o que você veio fazer aqui?

- Não. - sorriu de lado. - Preferi não contar, mas quando eu voltar eu vou falar, até porque eles vão te ver mais frequentemente e eu não quero ter que te beijar escondido toda vez que eles estiverem presentes. - fiquei calada, afinal ele faz o que quiser quanto a isso. Cabe a ele contar ou não, contar absolutamente tudo ou não. Voltamos a ficar calados e foi assim até eu terminar. Depois de lavar minhas mão fui até meu quarto enquanto ele continuou sentado.

- Tá dando certo? - perguntei a Mathias.

- Tá sim, gata. - Ele sorriu. - Esse Luan é bonitão mesmo! - fez cara de espanto e eu ri.

- Se fosse só isso... - falei maliciosa e nós rimos. - Eu vou escovar os dentes.

- Claro, vai lá. Tem que ficar com o hálito no ponto. - fez graça e eu ri novamente. Escovei meus dentes rapidamente e passei em passos largos por Mathias, quando cheguei na cozinha encontrei Luan no mesmo lugar ainda de olho no celular.

- Vem cá, bebê. - chamei carinhosamente e sorrindo na tentativa que ele volte ao normal. Ele me olhou e levantou, colocando o celular no bolso veio até mim e parou bem em minha frente.

- Oi? - Lhe abracei forte e dei impulso em meu corpo para pular e passando minhas pernas em volta da sua cintura, ele segurou minha bunda imediatamente. Olhei seu rosto novamente.

- Desfaz essa cara, poxa. - beijei sua bochecha. - Ele é só meu amigo. - beijei a outra bochecha. - Eu tô com você. - selei nossos lábios.

- Beija de novo. - Sorri lhe dando mais um selinho demorado.

- De novo?

- Uhum, mais uma vez. - lhe dei um selinho de língua e ele iniciou um beijo pra valer, bem caprichado. Ah, que beijo meu Deus, que beijo! Enfiei minhas mãos em seus cabelos e ele começou a andar na cozinha, senti minhas panturrilhas tocar na pia e ele me colocou sentada onde eu deixo os pratos molhados, porém agora não tem nada e esta seco. Suas mãos avaçaram em meus cabelos, enquanto sua boca quase engolindo a minha e sua língua passeia livremente por minha boca.

- Opa, com licença. - Ouvi a voz de Mathias e encerrei o beijo, Luan apenas o olhou segurando minhas pernas com firmeza, logo percebi que é uma demostração de posse.

- Oi, terminou?

- Terminei, gata. Não queria atrapalhar vocês, mas precisava vir te agradecer. - ele disse todo sem graça enquanto Luan não move um músculo para se afastar de mim, apenas continua olhando para Mathias.

- Luan, dá licença por favor. - pedi e ele me olhou sério, se afastou calado e eu desci da pia indo até Mathias. Lhe abracei e ele me agradeceu.

- Obrigado, viu?! Te amo. Agora de deixa ir que seu boy quer me matar só com o olhar. - disse somente para eu ouvir, ri de sua última frase.

- Te amo também. - desfiz o abraço.

- Tchau, Luan. - Mathias disse simpático.

- Valeu, cara. - Luan disse com um sorrisinho de lado, braços cruzados. Ele nem ao menos tentou ser simpático.

- Vamos, gato. - chamei Mathias e o levei até a porta.

- Ele não parece ser muito simpático. - sussurrou fazendo careta.

- Ele tá com ciúmes de você. - ouvi sua gargalhada me contagiando.

- De mim? - perguntou incrédulo.

- É, você é lindo Mathias e sabe disso.

- Mas eu sou seu amigo, nunca rolou nada entre nós.

- Vai saber o que se passa na cabeça do Luan. - dei de ombros.

- Bom, então me deixa ir, porque se não ele volta aqui pra ver se nós não estamos aos beijos, igual naquelas novelas mexicanas.

- Idiota! - Falei rindo e ele me abraçou mais uma vez.

- Obrigada de novo.

- Não tem que agradecer nada. - beijei sua bochecha e ele desfez o abraço.

- Tchau.

- Tchau, até amanhã. - sorri e fechei a porta voltando para o senhor para amarrada. - Isso são modos, Luan? - cheguei na cozinha cruzando os braços.

- Eu não consigo disfarçar quando algo me incomoda. - falou se desculpando.

- Ele ficou super sem graça.

- Thaila, por favor! - ele disse querendo encerrar a conversa.

- Seja mais simpático de uma próxima vez. - falei ao me aproximar.

- Posso tentar. - resmungou e eu beijei o canto da sua boca.

- Ótimo, porque eu tenho certeza que a Marizete educou muito bem esse príncipezinho da Disney. - falei sorrindo e ele riu, desfazendo sua cara amarrada.

- Boba! - Passei meus braços em volta do seu pescoço e lhe beijei.

- O que vai querer fazer? - perguntei após o beijo.

- Agora eu só quero beijar você até não aguentar mais. - Falou olhando minha boca.

- Acho que eu posso resolver isso. - falei sorrindo maliciosa e ele atacou minha boca me prendendo ao seu corpo, passando os braços ao redor da minha cintura.

- Ô beijo bom! - falou após encerrar de olhos fechados e eu sorri. - Subiu até um calor. - me olhou sorrindo e eu ri.

- Nossa, você não perde uma!

- Eu nem preciso do teu beijo pra ficar com calor perto de você.

- Hummmm, tá tentando me seduzir! - Fiz graça e nós rimos.

- É verdade, Thai. - Falou mais sério me abraçando.

- Eu sei que é. Eu sinto o mesmo.

- Quero muito que você sinta algo além de atração. - suspirei e senti um beijo em meu pescoço. Mal sabe ele que não precisa de esforçar tanto pra que isso aconteça... Ele é incrível demais!

- Tudo no seu tempo. - olhei em seus olhos e passei meus dedos delicadamente por seu rosto e ele fechou os olhos sentindo meu toque. Ai, que vontade de morder! Me contentei apenas em soltar um suspiro bobo. - Bora pro meu quarto. - lhe puxei pela mão e ele veio sem falar nada. - Eu vou tirar essa calça, tá muito calor. - fiz careta e ele já foi deitando em minha cama.

- Tira aqui pra mim, faz uma dança bem sensual. - fez graça e eu lhe mostrei o dedo do meio, indo até meu closet. Peguei um short jeans e vesti no closet mesmo. Continuei com minha camiseta simples. Voltei e sentei em seu colo, montada nele. Me inclinei e lhe beijei lentamente. Ergueu seus quadris, ele não se controla.

- Para, Luan. - sorri contra sua boca e ele continuou a me beijar em seguida. Meu pedido não teve firmeza alguma! Mesmo depois daquela foda intensa ontem, se ele quiser hoje eu quero também. Suas mãos começaram a passear por minhas pernas e ele aprofundou o beijo. Filho da mãe safado! Ele mesmo acabou encerrando o beijo.

- Não, não. - ele falou consigo mesmo de olhos fechados e eu ri. - É difícil me segurar com você, nossa senhora! - me olhou e eu sorri pra ele.

- Que bom. - falei e ele me olhou surpreso.

- Cê tá ficando...

- Culpa sua. - falei antes de ele terminar sua frase. Ele continuou sorrindo e me olhando com seu olhar intenso me deixando vermelha.

- Não precisa ficar com vergonha. - ele disse rindo de leve e selou nossos lábios. Voltei a sentar, distanciando meu rosto do dele.

- Impossível com você me olhando assim, fico sem graça. - Ele riu e continuou me olhando.

- Você já namorou sério?

- Uma vez.

- E porque...? - ele franziu a testa e eu entendi. Porque eu não perdi minha virgindade com meu ex.

- Foram pouquíssimos meses e por incrível que pareça, eu não sou dessas que se entregam facilmente.

- Eu sei que não é. Naquele dia aconteceu alguma coisa que te fez agir por impulso, sonho em saber o que foi. - suspirei.

- Vou te contar. Acho que já passou da hora.

- Fala, eu vou te ouvir. Senta um pouquinho mais pra frente. - ele pediu segurando meus quadris e eu sorri, tadinho, eu estou sentada bem em cima do seu sexo. Me mexi ficando no fim da sua barriga.

- Foi por causa do meu pai. - falei enquanto ele me olha com toda atenção. Eu adoro isso nele! Seu interesse no que eu falo, nem todos são assim. - Ele sempre foi muito protetor tanto comigo quanto com meu irmão. Quando Gustavo ainda não tinha alcançado o sonho de ser jogador profissional, ele pegava muito no pé dele! A vida dele era o que é a minha hoje. Ele ainda pega no pé do meu irmão, mas nem se compara com alguns anos atrás. Ele continua querendo saber de tudo relacionado a área profissional dele e o repreende quando necessário. Comigo é por conta da faculdade, ele quer a todo custo que eu viva pra ela, pros meus estudos, quer que eu dê meu melhor a todo custo, ele é muito ciumento e muitas vezes usa isso pra me deixar longe de todos sabe? Inclusive dos meus amigos, ele é extremamente protetor e isso me irrita, não sei se é porque eu moro longe também... Enfim, é um pacote. Sou a filha mais nova, menina, moro longe e ele é ciumento, protetor e machista.

- Nossa Thai, complicado. - ele disse franzindo a testa.

- Eu te falando não é nada, quem convive e ver os shows que ele dá me entende. Naquele dia que aconteceu de eu ir pro hotel com você, foi depois de uma ligação dele. Eu já vinha juntando umas coisas dele e aquilo foi meu limite. Ele foi protetor, ciumento e machista mais uma vez. E eu já te falei que sentia vontade, você sempre me atraiu muito e juntou o útil ao agradável.

- Então você me usou?

- Não! - neguei imediatamente, mas pensando bem... - Na verdade mais ou menos. - ele cruzou os braços e ergueu as sobrancelhas. - Eu queria sim provar pra ele que eu não era mais uma menininha ingênua e também senti vontade de transar com você.

- Jura mesmo, Thaila? - me olhou ainda em dúvida.

- Juro, juro sim. Acredita em mim? - comecei a ficar preocupada com a reação dele. Ele continou calado e eu me inclinei encostando meu nariz no dele, acariciando o seu com o meu. - Eu adoro você e acho que agora é meio irrelevante o motivo que me fez perder a virgindade com você. Eu me sentia atraída, eu queria também.

-  Queria mesmo?

- Muito, Luan! Você conseguiu me fazer gozar três vezes, se eu não quisesse não teria ficado tão entregue.

- E você ainda me quer? - perguntou segurando o sorriso e eu sorri ao perceber que agora está tudo bem.

- Você tá carente? Que carente, meu Deus! - segurei seu rosto e o beijei todo, ouvindo sua risada. Ficou tão mais leve depois que Mathias foi embora. Parei e nós sorrimos um pro outro.

- Você disse que me adora agorinha né?! Acho que tivemos um avanço. - deu seu sorriso de menino. - Eu vou fazer você se apaixonar, pequenininha.

- Ah vai, fodão? - debochei e ele segurou minha cintura me jogando ao seu lado e vindo para cima de mim em seguida fazendo cócegas em minhas barriga, gargalhei e ele já começou a distribuir mordidas em meu pescoço.

- Para de usar esse deboche comigo. - falou ao parar de me morder, ainda me fazendo cócegas, o ar me faltando, mal consigo gargalhar.

- Para! - Gargalhei novamente e quando consegui um pouco de ar pedi de novo. - Pelo o amor de Deus, Luan! - E então ele parou. - Você só judia de mim! - bati em seu braço, respirando ofegante. Ele riu beijando a ponta do meu nariz.

- Eu sou carinhoso. - se defendeu. Meu celular tocou, Luan saiu de cima de mim imediatamente. Pode ser meu pai, com certeza é ele. Levantei e fui até minha bolsa que está na mesinha do notebook. Quando olhei o nome me surpreendi ao ver que é Vini, até já sei o motivo da sua ligação.

- Oi, Vini. - sorri e já voltei para a cama.

- Por quê não apareceu aqui na academia hoje? Vou te buscar! - disse cheio de razão e eu gargalhei, enquanto Luan olha para o teto.

- Eu vou deixar pra ir mais tarde.

- E janta comigo? Preciso de contar um lance que rolou entre eu e a Deisy.

- Nossa, sinto cheiro de confusão. - fiz careta.

- Mais ou menos, quero compartilhar com você um negócio também.

- Sobre? - perguntei acariciando os cabelos do Luan que continua a olhar para cima sério.

- Sobre a academia. - disse animado. - Vou desligar pra você voltar a estudar.

- Eu não tô estudando. - ri de leve.

- Por isso eu vi as nuvens escuras, vai chover! - fez graça e eu gargalhei.

- Idiota!

- Por que milagre você não tá estudando?

- Conversamos no jantar, pode ser?

- Pode sim. Beijo.

- Outro. - desliguei sorrindo. Sabia que sua ligação era por esse motivo; eu não ter ido a academia. Olhei Luan e percebi sua cara emburrada de novo, Suspirei e decidi perguntar. - O que foi hein? - ele me olhou.

- Você vai jantar com ele?

- Sim. - ergui as sobrancelhas. Ciúmes do Vini também?

- Pelo o amor de Deus, é muito homem. - colocou as mãos no rosto e eu ri de seu exagero.

- Meus amigos, Luan. Se quer mesmo ficar um tempo comigo, tem que ir se acostumando. - me olhou meio emburrado e eu lhe beijei na tentativa de fazê-lo voltar ao normal, não demorou muito e nós já estávamos trocando gargalhadas. Foi assim até a hora de ele ir embora, me fez prometer que assim que eu chegar do jantar ligarei pra ele. Sei que não ficou tão satisfeito com esse jantar, ele não conseguiu disfarçar.








Quem tá achando esse casal super fofinho? Porque eu tô demaaais! Luan com ciúmes hein?! Hahaha É muito amigo homem e ele já tá meio incomodado com isso. Thaila revelou o motivo de ter ido pra cama com ele, estão evoluindo e ele deixou claro duas vezes o desejo de ter ela apaixonada por ele também, será que demora muito pra que ela perceba/ se declare/ dê o braço a torcer?
Comentários respondidooooos! 😍
Bjs, Jéssica. ❤

12 comentários:

  1. Com a porrada de homem que cerca ela até o fim da fanfic ele tem um infarto

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  2. Luuuaaan apaixonadinho declarado , e ciumento adorei 😍💜

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  3. Oooi! Sua história está maravilhosa. Você é de Fortaleza? Se for, eu tb moro aqui! Bjos.

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    1. Muito obrigada, linda! Fico feliz que esteja gostando. Moro em Fortaleza simmmmm! Haha Legal saber que tenho mais uma conterrânea acompanhando a fanfic. Bjsss

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  4. Luan todo apaixonado, com ciúmes. Tão lindinho

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  5. Que judiação com o neném ciumentinho mds! A cada cap me apaixono mais e mais! Cooont... ❤

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    1. E eu fico morta de feliz que vocês estejam gostando!!! 😍 Continuei, linda!

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  6. porque tão fofos??? só acho q ela tmb que sentir ciumes uai... e ja passou da hora de namorarem rsrsrs ... continuuuuuuaaaa

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